Archive for Novembro 2007
PROJECTO TOTALITÁRIO. LIBERDADE. DISTOPIA.
Tipo: Post do legoergosum / José Luís Sarmento.
Tipo: Post do Esquerda Republicana que demonstra o anterior.
Tipo:Post do blog “o Reino da macacada” que demonstra os anteriores.
Tipo: um texto que eu escrevi relacionado com este assunto. O ultimo texto deste post.
1616 palavras. Duas imagens.
Todos os textos estão relacionados embora pareçam que não e são sobre: a construção de uma oligarquia odiosa assente na Distopia totalitária completa e esquizofrénica, à qual chama de democracia, recrutando, no entanto, as características da antiga ordem feudal de há 50 anos atrás.
Põe a questão JLS no primeiro post: como poderemos defender-nos.
No ultimo texto existe um esboço de resposta meu. Não chega, mas é um bom ponto de partida.
Sugestões aceitam-se.
1 ——————————————
À medida que avança, o projecto vai ganhando contornos nítidos. No topo, os Senhores: uma aristocracia de empresários e políticos. Imediatamente abaixo virão os escudeiros: a aristocracia menor dos gestores e dos jornalistas.
Tudo o resto está destinado a ser plebe.
O problema, para os candidatos a Senhores, é que nesta massa imensa se incluem pessoas capazes, por formação cultural e conhecimento técnico, de lhes fazer frente e perturbar a ordem neo-feudal que pretendem construir. Não admira, portanto, que o esforço principal desta guerra se dirija de momento contra as «corporações»: trata-se de proletarizar primeiro, e de submeter a seguir, os juízes, os médicos, os professores, os técnicos – em suma, destruir a classe média e desarmar a sociedade civil.
Veja o leitor por si mesmo, atendendo ao que está a acontecer na sua profissão, se não é isto que se está a passar. E não só em Portugal: a nova Idade Média vai caindo sobre o mundo inteiro como um crepúsculo da democracia.
Como poderemos defender-nos? No ancien régime houve corporações que usaram como arma os conhecimentos técnicos de que dispunham e de que os Senhores necessitavam. Fizeram segredo dos seus saberes e organizaram-se em associações clandestinas, as quais com o tempo tempo vieram a dar origem às maçonarias. Receio bem que de futuro venha a ser esta a nossa única opção, se não conseguirmos agora derrotar a oligarquia.
2 —————————————-
Por exemplo, uma coisa importante nas escolas privadas são os amigos. A possibilidade de controlar com quem é que os nossos filhos se dão é uma vantagem importantíssima na educação deles.
Nos anos do cavaquismo, um amigo meu, a trabalhar numa empresa financeira qualquer, perguntou a um banqueiro amigo do pai porque é que o banco dele tenha deixado sair um determinado gestor (que segundo o meu amigo era extraordinariamente competente e tinha acabado de começar a trabalhar na empresa dele). O banqueiro respondeu que o gestor em questão “era de baixa extracção”. O meu amigo riu-se e perguntou se ainda fazia sentido nos anos oitenta ser-se snob no mundo dos negócios. O banqueiro respondeu-lhe que havia pessoas que eram de confiança – “dos nossos” – e pessoas que não eram de confiança. Por exemplo – dizia o banqueiro – a seguir ao 25 de Abril, uma data de trabalhadores de longa data tinham-se identificado com a revolução e não hesitaram em atacar os interesses do banco e das empresas da família dele. Lugares de responsabilidade deviam ser dados a “pessoas de confiança, com os mesmos valores que nós.”
3 ———————————
Um pequeno texto já com 10 anitos em cima que andava por aqui guardado. Uma certa clarividência não nos pode deixar indiferentes.
David Apter forneceu-nos uma descrição das nossas sociedades desenvolvidas, prósperas e democráticas, que se pode resumir assim: a modernização e a rápida mutação tecnológica criaram três categorias distintas de cidadãos – as elites, que controlam o saber e o dinheiro; uma massa de “funcionalmente significantes”; e os “funcionalmente supérfluos”.
Já não se trata, pois, de uma divisão por classes em que,com mais ou menos benefícios, mais ou menos poder, mais ou menos trabalho, quase todos tinham uma utilidade social. Trata-se de um novo grupo dos “funcionalmente supérfluos”, dos que não servem para nada, dos excluídos, no verdadeiro sentido da palavra. Os que “apenas têm presente” e para os quais os sistemas de aprendizagem, que exigem a noção de futuro, não fazem sentido. Não interessa se são imigrantes ou autóctones, os imigrantes com especialização (“funcionalmente significantes”) podem ser absorvidos, os outros juntam-se irremediavelmente ao exército dos “supérfluos”, dos marginalizados. Todos constituem um grupo de “elevado risco” e acabam por causar “mais custos sociais”, que têm de ser pagos pelo mercado politico em contraposição ao” mercado económico” que os gera.
4 ————————————
Há muitos anos atrás, quando eu tinha muitas ilusões acerca do que era Portugal, adquiria regularmente, nos seus primeiros anos de vida, o Jornal Público. Num qualquer artigo de fundo que lá li vinha explicada a seguinte situação que se tinha passado nos EUA. Isto relacionado com direitos cívicos, cidadania, acções concretas que cidadãos podem fazer para alterar “um certo estado das coisas”. Era um caso absolutamente claro de discriminação – racial – mas o que importa para a situação é que era discriminação que tinha um fundo mais amplo do que ser somente a cor da pele. E quem ler isto e pensar que a questão que estava em causa era só a cor da pele está redondamente enganado. O caso era o seguinte.
Um supermercado no sul do Estados Unidos, numa determinada cidade, não pertencente a nenhuma cadeia de supermercados, tinha a política “oficiosa” de não contratar pretos. O dono, por razões que já não me lembro, mas que lembro que não eram só de índole racista não contratava pretos para trabalhar no supermercado. Pura e simplesmente não contratava.
Um belo dia uma associação cívica de pretos da área fartou-se da brincadeira e decidiu dar uma lição ao dono do supermercado. Contratou um tipo que era, salvo erro, advogado especializado, ou pelo menos que tinha experiência em problemas de discriminação laboral ou outras semelhantes para que ele resolvesse o problema a contento das partes.
O tal especialista podia ter entrado de forma “normal”a funcionar, de acordo com a mentalidade típica portuguesa que é a seguinte: só através de manifestações, barulheira e chinfrim é que se vai lá. Felizmente para ele e para os pretos da associação que representava, ele olhou para o caso em questão e percebeu que aquilo tinha outro tipo de nuances.
Como tinha outro tipo de nuances, decidiu acertar um directo em cheio no estômago da discriminação praticada pelo supermercado. E como fez?
Contratou por um dia 200 pretos. Pretos é a palavra politicamente incorrecta. Para que conste sou incorrecto politicamente. E para quê os contratou? Para escavacarem as instalações? Fazerem comícios à frente do supermercado? Andarem com carros e megafones à volta a gritar palavras de ordem?
Nada disso. Deu-lhes a seguinte missão. Entrariam a partir das 9 da manhã na loja, passeariam dentro dela entre 5 a 10 minutos, comprariam uma pastilha pagando com muitas moedas e assim perderem tempo – algum tempo na caixa a pagar – e sairiam. Após sair um, entrava outro e assim sucessivamente durante o dia todo. Parece que isto durou uma semana inteira. Finda a qual, o dono do estabelecimento começou a contratar pretos para lá trabalhar.
Parece que a visão de jovens pretos, como clientes que vagueavam durante um dia inteiro, no supermercado, começou a afastar os clientes normais, tradicionais e regulares do supermercado e começou a afectar fortemente as vendas. No mesmo artigo do Público; se bem me lembro vinha a ideia e a descrição de como isto – um acto semelhante a este – seria danoso aplicado a um banco comercial – a uma simples sucursal.
Parece que, se 100 pessoas abrirem conta durante um dia e 100 pessoas a fecharem durante um dia isto é suficiente para engasgar um sistema informático inteiro de um banco. Pelo menos à época em que eu li a história era. Penso que actualmente ainda é.
Isto é a versão …… suave …… e bem educada …… do que certo fundamentalismo faz. Guerra assimétrica para destruir a civilização ocidental. (O que não significa que eu apoie o tipo de guerra assimétrica fundamentalista em questão, note-se.)
Contudo, nós cidadãos individualmente considerados estamos – quase todos – colocados na mesma posição de ter que fazer guerra assimétrica. A posição de quem está a ser lentamente escravizado, por um poder autocrático e de tendência totalitária. Por uma oligarquia que quer criar uma distopia e chamar a isso “democracia”.
A denominada classe política – empresarial – elite brasonada, despreza intensamente aquilo que se denominou chamar de “o povo”. São chamados de “cidadãos” apenas para fins propagandísticos. Como “despreza” o povo, não tem por ele qualquer tipo de respeito e comporta-se exactamente como se comporta um rufia que faz intimidação. A única resposta à dar à intimidação é responder – inteligentemente; organizadamente; sistematicamente, regularmente – a ela.
Vivemos num mundo, eficaz. Dizem-nos. Então o que importa “é a maneira” como respondemos à intimidação – é a classe e a eficácia de como respondemos, e não o barulho inconsequente. Se existir pressão, sistemática, regular, consistente, inteligente, feita por muitas pessoas ao mesmo tempo, de vários lados e de vários sítios do país, sobre vários assuntos diferentes, a cobardia do poder aparece imediatamente.
Afastando os partidos políticos de quaisquer tentativas de interferência nisto.
Já tiveram 33 anos de oportunidades e falharam todas gloriosamente.
Não são de confiança.
Resta saber se as pessoas estão dispostas a auto organizarem-se.
Resta saber se as pessoas NÃO estão cansadas de liberdade.
POLITICAMENTE CORRECTO
Pessoas de esquerda cheias do “politicamente correcto”, mas convencidas que são progressistas, de esquerda, modernas, e desempoeiradas, deixam-se condicionar relativamente a Hugo Chavez. Que Chavez não é de ser apoiado, porque é um ditador semelhante a “x” e a “y” e a “z”.
De facto Chavez, actualmente começa a ser um ditador. Que mais poderá ele fazer que não ser isso?
Quando foi derrubado em 2002 por um golpe de Estado inspirado pela CIA e pela oligarquia de direita que tem arrastado a Venezuela para o fundo do poço há já 50 anos, Chavez foi defendido pela “Esquerda”?
Claro que não. Foi deixado pendurado a secar nas cordas da roupa.
É a política económica de Chavez lógica?
Claro que não. Mas poderá ele fazer outra coisa senão o que está a fazer…
Agora os esquerdistas de meia tigela não vêem isto e acham Chavez o demónio completo apenas porque a “direita” lhes diz que Chavez é o demónio completo. E aí , num acesso de politicamente correcto colocam-se ao lado dos pseudo defensores da liberdade e democracia. Convenientemente esquecendo que Chavez foi “empurrado” para ser aquilo que é hoje.
Como poderá Chavez ( ou outro qualquer governante nas mesmas circunstancias ) não ser aquilo que é hoje nas circunstâncias em que é hoje e foi ontem nas circunstâncias de ontem?
A esquerda portuguesa na blogosfera, ou melhor, os que se reclamam ser de esquerda são apenas marionetas do que a direita blogosférica lhes diz ser o pensamento politicamente correcto. Lhes diz, mas só em alguns assuntos. Noutros, não.
É um pensamento “politicamente correcto”selectivo. Que as ” toupeiras ” pseudo situadas à esquerda jogam e aceitam. Em relação a Chavez e a muitos outros assuntos.
Jogam e aceitam porquê?
Nota mental para mim mesmo: vivo num país de casas mortuárias com pernas, que se auto declaram como sendo de esquerda, e nem sequer percebem que estão a ser manipulados com este pensamento politicamente correcto selectivo.
Sou forçado a constatar que a maior parte dos “tipos de esquerda”, acaso nem percebam isto, são estúpidos que nem uma porta. Perdão, mais estúpidos que uma porta. Um porta serve para separar dois espaços. Estas pessoas não servem para separar coisa nenhuma. Não nos separam da sua infinita estupidez.
CORRUPÇÃO E PIQUETES DE GREVE.
Numa democracia e numa ditadura; existem duas escolhas para lidar com uma greve.
Pela lei ou pela força.
Prender um piquete de greve que viola a lei.
Bater com bastões num piquete de greve que viola a lei.
As ditaduras escolhem sempre o bastão.
As democracias (como a portuguesa?) …… escolhem o bastão?!?!
Qual é mesmo a diferença entre uma ditadura e uma democracia?
Ø
Vote.
Não deixe que outros decidam por si.
Ø
Irá escolher entre eleger representantes que mandam dar com bastões ou… eleger representantes que mandam dar com bastões?!?!?
Ø
Um cidadão que fique confuso perante esta situação começa a perceber que devia ter ido às aulas todas de corrupção.
Sob pena de ficar com graves lacunas nessa área de conhecimentos.
Não se consegue por isso apreciar devidamente a escolha de um governo eleito em democracia; que manda bater em piquetes de greve, em vez de prender os piquetes de greve.
Graves lacunas de densidade densidade pessoal em matéria de corrupção aparecem impossibilitando compreender-se isto…interroga-se o cidadão… perplexo.
Então uma democracia não é contra ouso da violência arbitrária?
HOSPITAL AMADORA SINTRA . GABINETE DO UTENTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE – 5

Resposta do gabinete do utente às reclamações por mim efectuadas em relação ao que se passou com a minha avó.
O ponto 2 que se vê em cima está relacionado com um outro assunto.
Ainda não entrou aqui o conceito que por lei, o doente ou o utente dos hospitais pode e tem direito a pedir um relatório médico, sobre actos médicos sobre si ou sobre terceiros praticados. Não é a “médica de família”.
No meu caso particular fui eu que os pedi, mas como a lei que temos em Portugal para proteger uma classe profissional diz que se tem que pedir um relatório médico e indicar um médico para ser o receptor do mesmo, como é óbvio, foi o que eu fiz.
Aqui misturado com o assunto da minha avó vem este assunto.

Depois começam as constantes deturpações e o contar de uma fábula que nunca aconteceu.
Esta “história” descrita acima durou desde as 4 Horas da tarde até à meia noite e meia.
Ou seja 8 horas e meia para produzir o que vem aqui em cima escrito.
A expressão “informações prestadas à filha” traduzem-se ao que eu percebi numa conversa de 30 segundos a 1 minuto – sem dúvidas um tempo excelente para dizer toda esta suposta fantasia aqui descrita.
De facto fizeram todos estes exames, no entanto só à meia noite é que a minha mãe soube que a minha avó ficaria internada.

Aqui na terceira imagem temos as inverdades.
Desde logo fala-se em familiares contactados. Ninguém, mas absolutamente ninguém contactou com familiar nenhum para ir buscar a doente. Pura e simplesmente eu e a minha mãe fomos ao meio dia de 13 ao hospital e não existiam informações, dizendo para voltarmos ás 7 horas da tarde.
Às 19 horas da tarde fico eu e a minha mãe ainda mais com cara de parvos, ao ser-lhe dito a ela que “veio buscar o doente”; já teve alta” trouxe a roupa?”

Depois temos o paternalismo e a condescendência a gozar. Os “familiares” devem pedir informações ao médico assistente. Só existe um problema.
O médico assistente não estava em posição de ser encontrado pelos familiares.
Se não se sabe onde está o médico assistente, para o encontrar, logo como qualquer pessoa consegue entender, os familiares não o conseguirão encontrar e como tal não vão deixar nos corredores do Hospital uma pessoa de 88 anos que acabou de ter um AVC, e deixa-la assim, indo em busca do médico assistente.
Também aproveitam para nos informar que existe um balcão de serviços informativos.
De facto existe, conjuntamente com mais 70 pessoas à espera tudo agrupado num espaço exíguo, na maior confusão que se pode organizar, para obterem informações e curiosamente foi este balcão informativo que informou que a minha avó tinha alta.

UM VIRULENTO SENTIMENTO DE DESPREZO.
Uma classe profissional de funcionários públicos promove a discriminação.
Merece divulgação. Transcrição completa.
Um virulento sentimento de desprezo
Tristeza, vergonha e abominação: o tribunal da Relação de Lisboa, Portugal, acaba de dar razão à direcção de um hotel no despedimento com justa causa de um dos seus cozinheiros portador de HIV. Se não fosse trágica esta decisão “quarto mundista” seria no mínimo risível. Assim torna-se no espelho desta Nação com Rei mas sem Roque.
A lista é infindável: os tresvarios autocráticos do governo, os atropelos constantes aos direitos legais da contestação e da greve, a pulverização sistematizada da classe média e do poder de compra de quem realmente dá no duro, os desmandos na Educação e na Saúde com medicamentos de ponta a serem “políticamente travados” no Infarmed e a institucionalização de uma “saúde de segunda” prefigurada na morte anunciada do Serviço Nacional de Saúde, a mais que provável sobrecarga de pagamento de portagens em estradas que não são auto-estradas e que não possuem alternativa viária credível, a “espécie de magazine” em que se tornou o(s) caso(s) Casa Pia que, qual Ballet Rose versão século XXI, bafeja os corredores do poder….
Em baixo: Quadro de Paula Rego intitulado: Salazar a vomitar a Pátria ( retirado do Obvious)

O Governo elege-se, e em boa medida temos aquele que merecemos.
A Justiça nomeia-se e em má medida temos aquela que nos impingem.
Que a Justiça é cega já se sabia. Que é tão cega assim só se intuia. Agora sabe-se!
O que dói neste caso de absoluto desrespeito pelos direitos deste trabalhador é o facto de quer o Tribunal de Trabalho no primeiro acórdão, quer o Tribunal da Relação no segundo, terem ignorado pareceres técnicos de comprovada fidedignidade que avalizavam a pretensão do trabalhador, negando a possibilidade de transmissão do HIV pela manipulação de alimentos.
Ademais qualquer consulta séria ao manancial de informação especializada sobre este assunto em particular, e à infecção por HIV e suas formas de transmissão em geral, bastaria para pôr cobro à paranóia que se apossou dos causídicos em questão.
Outra das graves implicações deste caso ultrajante prende-se com o sigilo sobre o estado de saúde dos pacientes, a que estão sujeitos por dever todos os profissionais de saúde, que foi neste caso aparentemente desrespeitado pelo médico de Trabalho da empresa em questão, e das repercussões que esta quebra de ética vai ter sobre os portadores de HIV: quem no seu perfeito juízo, sendo portador de HIV e trabalhador de um ramo sensível de actividade económica, vai doravante confiar a sua seropositividade ao médico suspeitando que o mesmo pode “bufar” o seu estado à entidade patronal e assim pôr em risco o seu posto de trabalho?
Se a ideia de “quem tem HIV é despedido” prevalecer isso não vai ajudar ninguém. Os doentes não reportarão o facto de serem HIV positivos e o risco de contágio vai ser claramente maior. Um mau serviço e um mau exemplo este que nos estão a prestar, o qual exige da nossa parte o mais vivo repúdio, e da parte de quem de direito, OM e STJ, resposta rápida, cabal e exemplar. Antes que seja tarde.
Estes senhores, a exemplo de Salazar, vomitam no bom senso dos portugueses. Para eles e para os seus inqualificáveis actos o meu, o nosso, mais virulento sentimento de desprezo.
HOSPITAL AMADORA SINTRA . GABINETE DO UTENTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE – 3
No dia a seguir ao dia 13 de Novembro 2007, ou seja, dia 14 de Novembro de 2007, enviei nova mensagem ao Gabinete do utente do ministério da saúde, reclamando de novo, pelo comportamento do Hospital Amadora Sintra, no dia anterior e no próprio dia 14 de Novembro de 2007. O gabinete de utente do ministério da saúde está vigilante. É pena é não actuar em tempo útil. Mas isso é uma outra conversa.
O primeiro post sobre este assunto encontra-se aqui
O segundo post sobre este assunto encontra-se aqui
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Ao cuidado de Isabel Teodoro.
Assunto: reclamação acerca do comportamento do Hospital Amadora Sintra.
Explicação.
1
Conforme mensagem datada de dia 13 de Novembro, enviada para a ARSLVT acerca do comportamento do hospital amadora Sintra e recebida por “Isabel Teodoro” venho, mais uma vez, reiterar, confirmar e acrescentar novos factos ao comportamento do referido hospital.
2
Na primeira mensagem para a ARSLVT, expliquei que a minha avó de:
88 anos;
que aparentava ter tido um AVC;
tinha sido internada no Hospital Amadora Sintra, após transporte feito pelo INEM, no dia 12 de Novembro por volta das 16 horas;
e que não tinha sido prestada qualquer explicação por parte do referido hospital acerca do assunto, durante todos os dias, respectivamente; dia 12 Novembro – segunda feira à partir da parte da tarde e terça feira, dia 13 Novembro, até às 19 horas da tarde.
3
Posso acrescentar que a minha avó já teve alta
Posso acrescentar que não foi prestada qualquer explicação sobre os motivos da alta.
Posso acrescentar que não foi prestada qualquer explicação durante o período que ela esteve no hospital Amadora Sintra.
4
A minha mensagem para a ARSLVT foi feita dia 13 de Novembro durante a parte da tarde
a essa mensagem correspondeu vossa resposta referindo que tinham remetido o assunto para o referido hospital
5
A ideia que dá é que a vossa mensagem fez o hospital imediatamente dar alta à minha avó.
Verifico posteriormente, que, ao chegar às 19 horas do dia 13 de Novembro ao Hospital Amadora Sintra com a minha mãe para saber noticias.
Para saber se os supostos responsáveis do pseudo hospital amadora Sintra se dignavam a descer do pedestal olímpico onde habitam;
Para que os olímpicos responsáveis pudessem ter a amabilidade, a gentileza e a cortesia de prestar informações acerca do Estado da minha avó;isto é;
se estava viva;
se estava morta,
se a tinham perdido dentro do hospital e não sabiam dela;
se teria até, eventualmente, sido raptada por extraterrestres;
6
Verifico que – para minha enorme surpresa – que foi dito à minha mãe que a podia levar para casa;
dado que a doente – a minha avó – tinha tido alta clínica.
Perguntaram à minha mãe se ela trazia a roupa da doente para ser levada para fora dali.
7
Gostaria de partilhar com o Gabinete do Utente da ARSLVT os meus mais profundos agradecimentos pelo facto de o referido hospital confiar nos poderes inexistentes de telepatia e ubiquidade que atribuiu como capacidades inatas à minha mãe, mas estou em condições de assegurar ao Gabinete do utente da ARSLVT, que tais poderes são falsos, inexistentes, não cognoscíveis.
Como são poderes falsos, inexistentes, não cognoscíveis seria impossível que a minha mãe soubesse às19 horas de dia 13 de novembro de 2007 que a minha avó teria tido alta, dado que, do referido hospital se esqueceram de mencionar alguma vez esse facto.
8
Esse facto ou qualquer outro facto ou qualquer outra informação.
Esqueceram-se de mencionar fosse o que fosse.
A competência da gestão privada de hospitais é realmente diferente
Acaso tivesse sido decidido não ir às 19 horas do dia 13 de Novembro ao Hospital amadora Sintra, como seria o assunto resolvido pelo hospital?
9
Volto a acrescentar ainda, o facto de a minha mãe, nos diversos contactos que teve com o hospital, nunca ter tido oportunidade de falar com alguém, isto é, um médico.
por exemplo
que lhe explicasse o que é que EXACTAMENTE sucedeu com a minha avó.
Só era preciso um
10
Suponho que o gabinete do utente da ARSLVT ainda concordará com a visão do mundo segundo a qual, em hospitais, é possível e desejável encontrar médicos.
11
Não existiu médico a explicar o que ela teve.
Não existiram recomendações de comportamentos a adoptar,
sugestões,
indicações sobre alimentação,
cuidados a ter,
e outros pormenores do mesmo género acerca do estado da doente.
12
Apenas se deu alta.
Não informando os familiares que se dava alta deixando estes com cara de parvos no posto de atendimento do hospital quando souberam que a doente da qual não tinham tido notícias durante um dia e meio afinal…… tinha tido alta.
Tendo depois de regressar de novo a casa para ir buscar roupa, para vestir a minha avó, e cobertores para a aquecer durante a viagem.
13
Apenas um pedaço de carne que ficou para ali à espera que alguém,
eventualmente
a fosse buscar.
Talvez.
14
Como tal queria felicitar o gabinete do utente da ARSLVT pelo facto de continuar a caucionar e a aprovar positivamente mantendo em vigor e não censurando estes comportamentos do referido hospital.
Atesta a qualidade.
15
O hospital Amadora Sintra teve, contudo, uma grave falha segundo o modelo de desorganização e caos anárquico estúpido que os orienta nas suas acções.
Enganaram-se e fizeram uma carta para enviar ao médico de família e mais ainda, preencheram umas prescrições médicas de novos medicamentos.
A ser entregue pelos familiares ao médico de família
Paralelamente a esta grave falha na ética da desordem e do manicómio em auto gestão que é o hospital Amadora Sintra, anulou-se a antiga medicação prescrita pela médica de família e passou a vigorar a nova ordem medicamentar emanada do hospital amadora Sintra.
16
Mais esclarecimentos? Não há
Vão-se lixar, ò familiares da octogenária
Desamparem a loja
Que é lá isso de quererem que vos explique o que é que a octogenária pode ou não pode comer doravante
17
A médica de família, contactada, hoje, de manhã, dia 14 de Novembro
obviamente,
não tem horário livre para consultas e mandou
mas que mais poderia fazer
que se mantivesse a medicação emanada do hospital pedestal olímpico
18
Portanto agora estamos no reino da adivinhação e da teorização especulativa
Deveremos dar à minha avó esta comida ou aquela?
Não dar os outros comprimidos ou dar?
Quando fazer isto ou quando não fazer?
E se a situação se alterar?
19
Parabéns.
Queria felicitar o Gabinete do utente da ARSLVT.
Tutelar um hospital como este é um orgasmo
Sem outro assunto de momento, subscrevo-me atenciosamente
Pedro xxxxxxx xxxxxxxxx Silva