EDUCAÇÃO EM PORTUGAL. Como se faz uma coisa e o seu contrário…
Em Portugal estamos numa marcha para o infinito e mais além. Mas vejamos todos os lados da questão…
Coloquemo-nos num lado da questão. De um lado da questão, verificamos que:
- estamos num país que tem uma economia incapaz de criar mais emprego sustentável, do que emprego que se perde;
- porque na grande globalização mundial foi destinado ao nosso país esse papel de actor secundário;
- paralelamente… é sistematicamente incentivado a que as pessoas estudem;
- terminem o ensino secundário … para não termos as maiores taxas de abandono escolar;
- e posteriormente se licenciem; seja lá no que for que se licenciem.
É uma forma de enganar as pessoas prometendo-lhes uma miragem – terás melhores hipóteses de arranjar emprego se te licenciares.
Num outro lado da questão,existe um:
- sistemático, consistente, regular discurso anti licenciados;
- os licenciados são apresentados como sendo os únicos culpados de não arranjar emprego;
- os licenciados é que tem que resolver os seus problemas de emprego derivados de “quererem ser doutores”;
- a culpa de não arranjarem emprego é sempre exclusivamente deles;
- o governo não tem obrigação de arranjar empregos para licenciados;
- o governo apenas existe para governar, não para resolver problemas; coisas diferentes…
- os licenciados são sistematicamente discriminados nas ofertas de emprego, precisamente porque são …… licenciados.
Isso implica, teoricamente e a priori que terá que lhes pagar mais ordenado.
Ora tal não pode ser.
Esta dualidade da mensagem é criminosa.
Mais a mais numa sociedade completamente decadente, moralmente falida e sem qualquer ideia cívica minimamente estruturada, consistente e lógica.
Logo temos que:
—- de um lado incentiva-se as pessoas a estudarem porque isso lhes garantirá emprego na área em que estudaram – mentira.
—- do outro pratica-se uma política de estigmatização dos licenciados, quase que fazendo deles criminosos porque, coitados, limitam-se a existir (mas quem os manda existir;não podem morrer e desamparar a loja?)
Existem e não arranjam empregos nas áreas para as quais andaram a ser incentivados pelo País e pela sociedade – a vida toda – para se tornarem: licenciados.
Resta tirar-se algumas conclusões acerca de como “quase todos nós” andamos a ser enganados.
Esta política é idêntica a querer ter o bolo na mão e comê-lo ao mesmo tempo.
Seguindo esta mesma lógica, qual é verdadeiramente o interesse em fazer alunos chegar ao 12º ano se depois, apenas lhes restam duas saídas:.
- Ser licenciados e esperar 3 ou 4 anos até serem promovidos a desempregados na área de estudos que escolheram; ou alternativamente, a viverem no magnifico mundo dos recibos verdes ou dos contratos a prazo…
- Ou são já desempregados mal terminam o 12º ano e apenas conseguem ser agraciados com empregos sub remunerados ao nível do passar fome e ter que depender dos pais – da família.
Lança-se duas hipóteses de trabalho trabalho analítico para cima da mesa.
Isto é uma questão de estilo, estética e Fashion.
Um desempregado com o 12º ano deve parecer melhor nas estatísticas de desemprego, do que um desempregado com o 9º ano de escolaridade. Ou um licenciado.
Mas aqui surge a surpresa.
Um terceiro lado da questão. (A surpresa pela qual ninguém esperava…)
Chego ali ao vizinho do lado e deparo-me com isto:
Este simples, fácil de entender, BARATO e que se executa em meia hora; esquema de avaliação dispensa palavras.
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