PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO.
No dia 4 de Abril de 2007 ( data do diploma; pode não ter saido nesse dia exacto…) foi publicada uma resolução do conselho de ministros. Misturada, no meio de outras resoluções, como sejam a certificação de queijos e o regulamento de pesca ao cerco surge formosa e segura, uma resolução sobre turismo. A resolução é a 53/2007. Por resolução entenda-se que os ministros / primeiro ministro assim resolveram fazer.
É o que resolveram? Transcrevem-se pedaços de poesia legislativa da referida.
“… o turismo como uma área decisiva para o desenvolvimento sustentável a nível ambiental, económico e social.”
“O turismo é um sector estratégico prioritário para o País e deve dar um contributo significativo, nomeadamente através do aumento das receitas externas, para a cobertura do défice da nossa balança comercial e para o combate ao desemprego. “
Continuando:
Para tal, o Governo definiu como objectivos estratégicos o aumento da contribuição do turismo para o PIB nacional e para o emprego qualificado e a dinamização do turismo interno, elementos cruciais para a melhoria da qualidade de vida dos Portugueses.
Este texto é truncado. Antes destas partes que eu citei existe um discurso patriótico redondo exaltando a coesão nacional, a melhoria da qualidade de vida e restante jargão retórico.
Simbolizam, basicamente, pagar-se impostos extremamente altos, pagar-se serviços antes públicos, mas no futuro a serem totalmente privados, e continuar a sustentar uma estrutura estatal arcaica, cheia de cargos públicos políticos e respectivos assessores com generosos ordenados, em paralelo com negócios privados de lucros garantidos em regime disfarçado de monopólio, como é aquele que orienta as magníficas empresas portuguesas.
Definem-se 5 pilares principais.
” Para responder aos desafios estratégicos enunciados, o Plano Estratégico Nacional do Turismo define cinco eixos de intervenção
- território, destinos e produtos;
- marcas e mercados;
- qualificação de recursos;
- distribuição e comercialização;
- e inovação e conhecimento.”
Depois dos 5 pilares, mas não os da sabedoria, designa-se a burocracia que irá desenvolver este grandioso e vasto programa. O instituto de turismo de Portugal.
A coisa tem que ter nome: Plano estratégico nacional de turismo.
Em seguida, e fazendo uma derivação, importa definir “traição”, citando a Wikipédia.
Traição, como uma forma de decepção ou repúdio da prévia suposição, é o rompimento ou violação da presunção do contrato social (verdade ou da confiança) que produz conflitos morais e psicológicos entre os relacionamentos individuais, entre organizações ou entre indivíduos e organizações. Geralmente a traição é o ato de suportar o grupo rival, ou, é uma ruptura completa da decisão anteriormente tomada ou das normas presumidas pelas outros.
Em seguida cita-se uma parte do post inaugural deste tugúrio chamado Dissidente-x.
Como povo, somos vitimas de uma mistificação nacional.
Foi “decidido” internacionalmente; com a ajuda do sentimento de inferioridade, desejo de agradar, recompensas em bens materiais e prestígio, e temor reverencial dos políticos portugueses – da actual classe política – que deveria Portugal aceitar ser pobre, ser um país de “serviços”, um país de turismo, um país de mão de obra apenas qualificada para esses sectores.
Os políticos portugueses – aquilo a que se chama “a elite”, decidiu trair.
Trair é o nome do jogo.
Para trair com eficácia é necessário desmantelar todas as áreas que impliquem investimento de dinheiro formando pessoas extremamente qualificadas em áreas que não estas acima descritas.
Pelo meio, alguns dos sectores destas áreas a transformar serão, nalguns casulos e nichos específicos, retirados da concorrência internacional e “oferecidos” aos privados portugueses para que estes continuem a produzir mau serviço, mas com lucros altos garantidos e quotas de mercado asseguradas.
Uma falsa concorrência.
AQUI percebe-se melhor o resto lendo até ao fim. ( Quanto a este post … continua… amanhã…)
A parte 2 deste post encontra-se AQUI
A parte 3 deste post encontra-se AQUI
A parte 4 (e última) deste post encontra-se AQUI
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