RECENSEAMENTO ELEITORAL AUTOMÁTICO.
Esta imagem de uma notícia simples do correio da manhã de hoje, 4 de Julho de 2008, demonstra em todo o esplendor a completa, total, absoluta, transcendente corrupção do actual regime político português.
Grande parte das pessoas mais novas não vê ( e porque veriam? ) qualquer utilidade em recensear-se, isto é, em inscrever-se para ir votar.
As razões são várias.
Desde logo porque são – demograficamente – uma minoria da população. Uma minoria que é, regra geral, não tida nem achada para se tomarem decisões. ( Se são minoria e são ignorados, para quê irem votar, pensarão os próprios?)
Depois porque, nas escolas, dos programas escolares foram cuidadosamente retirados dos currículos, as matérias que explicavam porque é que se deveria ir votar e qual é o objectivo do voto. Ou nunca foram lá postas.
Agora está-se a colher o que se semeou. Alguma admiração?
Também existem pessoas mais novas que sabendo qual é o objectivo do voto optam por nem sequer se registarem porque já perceberam que “votem ou não votem” serão no futuro sempre prejudicados com isso. Ou não beneficiados. Portanto para quê dar-se ao trabalho de ir votar?
Por civismo? Será o mesmo civismo político que diz a essas pessoas que é bom trabalharem a recibos verdes? Ou coisa pior?
Também existe o desleixo próprio de quem é novo. Mas aí, pessoalmente, desculpo quem é novo e culpo quem é velho – e quem tem responsabilidades políticas por esta situação uma vez que existiu sempre desde há 34 anos atrás a ideia de afastar os jovens da decisões fossem quais fossem.
O que é ainda mais espantoso (ou talvez não se adoptarmos uma postura de análise critica) é o facto de POR UNANIMIDADE, os nossos parasitas eleitos terem promovido a recenseados 300 mil pessoas que estão-se a borrifar para o sistema.
Qual é o MEDO INTENSO aqui?
Que o numero de não votantes seja de tal forma alto, que isso coloque em causa a “imagem” do Estado português e a legitimidade democrática da “democracia portuguesa”. (Tradução: os “tachos”) A ideia também se percebe melhor pelo facto de as actualizações de morada e de alterações ao sitio onde se está recenseado serem agora feitas de forma automática.
Espera-se desta “formula Chico – esperto” reduzir os resultados da abstenção.
A palavra desesperadamente aplica-se aqui em todo o seu esplendor.
Pode ser que assim um regime totalmente destituído de credibilidade e que não se dá ao respeito consiga recuperar alguma da imagem perdida.
Não é por acaso que isto é feito durante o governo do PS. A pseudo esquerda política portuguesa sempre se preocupou muito com o facto de as pessoas irem votar. Infelizmente, nunca se preocupou com o facto de as pessoas votarem em determinadas políticas e promessas e verificarem – APÓS TEREM VOTADO – que nada do que foi prometido foi cumprido. E que a situação piora sempre imenso.
Como reage um regime que sente a falta de legitimidade e credibilidade entre a sua população?
Através de medidas destas em que o regime ainda mais demonstra que é pateta e decadente.
Pode ser que assim, algumas pessoas – ainda acreditem – e vão votar para continuarem a ser enganadas.
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Podemos também optar por pensar de outra forma; que este sistema visa obter uma ideia mais sinistra: o cruzamento de dados para “verificar” quem são os que votam e quem são os que não votam.
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