Archive for Fevereiro 2010
GUIA DE TÉCNICAS DE PROPAGANDA MEDIÁTICA (3)
21. Inserir anúncios publicitários e vendas camufladas como sendo notícias.
Fazer sair “histórias cheias de simpatia para com os anunciantes, ou caso seja essa a necessidade; fazer sair histórias cheias de simpatia para com as companhias/empresas/religiões que são as donas da estação de TV, da estação de rádio, ou do jornal.
Alternativamente fazer sair histórias cheias de simpatia para com a empresa religiosa que for a dona/accionista da estação de televisão, da estação de rádio, do jornal.
Tal será feito como se o profissional de comunicação social estivesse a cobrir verdadeiras histórias de “interesse humano” ou verdadeiras notícias.
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22. Conduzir entrevistas de forma hostil ou amigável à vez.
Deve-se entrevistar pessoas que tenham visões com as quais nós concordamos, de maneira “amigável”.
Deve-se entrevistar pessoas que tenham visões com as quais nós discordamos, de forma hostil.
Técnica que será mais eficaz quando o tom de voz, a pose, a atitude são todas mantidas num tom “baixo”.
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23. Convidar entrevistados sob falsos pretextos e depois hostilizá-los.
Convidar um entrevistado estando este convencido que vem sob um determinado pretexto; depois ter uma conversa com o entrevistado de forma pessoalmente agressiva, durante todo o tempo de duração da entrevista.
E repetir durante esse tempo todo, como sendo verdadeiras, coisas que o entrevistado nunca disse ou repetir coisas que tenham sido ditas, mas foram retiradas do contexto.
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24. Convidar entrevistados para uma entrevista “amigável” falsificada.
Convidar alguém e rotular essa pessoa como sendo um “especialista” ou um “professor” ou de alguma outra maneira extremamente favorável ao entrevistado, mas cuja entrevista que é feita versa sob um assunto diferente do percurso do “especialista”…
O ponto importante aqui é que o espectador/ouvinte/cidadão sai do que viu/ouviu nada impressionado com o conteúdo.
Dessa forma “anula-se a hipótese de o espectador ser informado…mas promove-se a pessoa.
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24. Apresentar o “humor”como arma de propaganda.
Apresentar “actos de comédia” ou piadas como suporte do ponto de vista que se quer fazer prevalecer.
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25. Apresentar o humor como arma de propaganda deselegante ou rasca.
Apresentar “humor” de absolutamente mau gosto, mas que suporte a visão ideológica ou política que se quer impor.
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26.Rotular pessoas de forma elegante ou deselegante para criar efeitos de gueto
Rotulagem de pessoas ou grupos em pequenos guetos, atribuindo conotações positivas ou negativas consoante se necessite.
Ex: “ele é um teórico das conspirações”…(conotação negativa) para afastar para um canto, qualquer um que contrarie o caminho certo das ovelhas…
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27.Usar o poder das palavras para dar ênfase ou não dar ênfase
Ex: a multidão estava “aquecida”/”apimentada”/ “em fogo” com os discursos que foram antes feitos…
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28. Dividir e reinar.
Criar discussões artificiais e simplistas entre grupos de pessoas/cidadãos para as manter distraídas e a discutirem entre si, as questões o mais completamente triviais que se consigam arranjar .
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29. Uso indiscriminado de “fontes anónimas”.
Geração indiscriminada de notícias usando “fontes anónimas”.
Técnica variada que pode ir da má citação até à mentirola completamente fabricada, tal como, uma fonte anónima que é inteiramente fabricada e ficcional e apenas criada para gerar uma determinada reacção ou realidade artificial.
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30.Uso de imagens/metáforas que guiam o espectador/cidadão num determinado sentido.
Uma técnica “avançada” que está presente em todos os departamentos de relações públicas de todas as grandes empresas.
Se às pessoas é dito que algo é verdade, então esse algo será verdade mais cedo ou mais tarde.
É uma forma de “moldar” a opinião pública.
Ex: afirmar que “70 % da população de um país é a favor da solução “A” para o assunto Xyz.
A ideia é que, a repetição constante de uma mentirola não provada, criará o efeito na opinião publica de passar a ter essa mesma opinião que se quer promover.
Ex: o país “está fora da recessão” ou “o país está a crescer”. Tal visa criar na opinião pública um efeito de confiança e de “consumir” para que a ideia antes veiculada se torne realidade.
Written by dissidentex
02/02/2010 at 20:10