DISSIDENTE-X

Archive for Abril 2010

GUIA DE TÉCNICAS DE PROPAGANDA MEDIATICA (5)

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41. Cozinhar as manchetes – 3 simples técnicas.

Técnica 1 – títulos noticiosos enganadores feitos para favorecer uma certa mensagem, mas feitos a partir de notícias verdadeiras.

Técnica 2 – Títulos noticiosos completamente falsos.

Exemplo 1: “armas de destruição massiva encontradas no Iraque”.

Exemplo 2: “A segurança social está falida”.

A partir de determinada altura a maior parte da população começa a acreditar porque a repetição dos títulos noticiosos enganadores ou falsos é constante.

Técnica 3: inserir propaganda dentro de notícias como  tal sendo um facto ou razões para algo acontecer.

Exemplo: o mercado bolsista subiu (ou desceu) hoje porque… (inserir a propaganda que interessa…)

42. A repetição e a confiança daí derivada.

Existem 11 milhões de cidadãos em Portugal.

Os convidados para aparecerem na televisão (nos meios de comunicação social e política)  contam-se pelos dedos das mãos.

O acto de promover o sistemático aparecimento nos  canais comunicacionais das mesmas pessoas é inteiramente do agrado do sistema comunicacional/ político dominante.

O objectivo é o de criar “fontes confiáveis”, que sejam aceites como sendo de “confiança” pelos cidadãos, independentemente daquilo afirmem estar constantemente errado, ou de quanto tenham estado errados no passado.

43. A repetição e a confiança daí derivada 2

Após a criação de fontes confiáveis”; estas passam a ser transformadas em propagandistas.

Estas pessoas encarregues de fazerem propaganda são apresentadas pela comunicação social (ou política) ao publico em geral, como sendo “especialistas”.

Estes “especialistas”, regra geral, não representam a maioria do pensamento político  do público, estiveram quase sempre enganados no passado em relação a inúmeras questões sobre as quais tenham produzido opinião, e estas pessoas, nunca são ou foram responsabilizadas por nada do que tenham afirmado.

Paralelamente, pessoas que tenham estado correctas ou que tenham opiniões que representem semelhanças com as opiniões da maioria das pessoas, são transformadas em pessoas quase anónimas, que raramente ou nunca aparecem a dar a sua opinião, excepto se o objectivo for o de fazer-lhes uma “entrevista hostil”.

É uma técnica usada para criar uma dose de “realidade artificial”.

44. Mensagens subliminares.

Qualquer coisa que se diga envergando uma aparente mensagem patriótica ou uma mensagem que defenda certos e determinados interesses.

Os anunciantes preferem associar-se a coisas positivas, a coisas que o cidadão/audiência; escolha ou se sinta identificado, para dessa forma alcançarem o seu objectivo.

Se fizerem as coisas bem, quase ninguém notará isso.

Ex: um banco comercial que publicita uma representação desportiva nacional, associando os seus interesses em fazer negócio com a ideia de pátria.

45. Reorientação do conteúdo das questões.

Através da realteração das questões ou da subtil alteração das mesmas, uma empresa de comunicação social pode mover a discussão para um âmbito diferente.

A) Esta técnica pode ser usada nos resultados das sondagens.

B) Esta técnica pode ser usada para alterar o tema de um debate.

46. Realidade manufacturada.

Técnica que assenta na força bruta comunicacional. Na comunicação social consiste na alteração dos ângulos de imagem, nos eventos fabricados (numero de pessoas presentes num comício político, por exemplo).

Com o uso da câmara de filmar uma pequena multidão pode ser feita parecer enorme.

47. Realidade manufacturada 2.

Uma empresa de comunicação social, ou um grupo cartelizado de empresas de comunicação social poderá “minimizar” ou maximizar” um qualquer protesto social ou político; poderá através dos movimentos da câmara de filmar diminuir ou aumentar esse protesto.

Ao fazer tal, um dialogo correspondente que sirva os objectivos pretendidos poderá ser inserido em cima das imagens.

Outra técnica é a de escolher criteriosamente à “mão” pessoas da “audiência” para que estas opinem de acordo com a ideia que se pretende propagandear.

48. Jornalismo de investigação (ou a ausência dele…)

Sob a capa de estar a fazer jornalismo de investigação, os meios de comunicação social, podem  “destruir uma vitima” ou ajudar um “amigo” a salvar-se do problema.

Ou existir apenas uma ausência de jornalismo de investigação.

49. Orientação da cabeça do espectador/ cidadão.

Técnica simples e poderosa que é usada de forma invasiva para introduzir conteúdo editorial, dentro de simples notícias.

50. Orientação da cabeça do espectador /cidadão – técnicas e exemplos

Esta técnica funciona pelo levar do cidadão/ espectador através de formas subtis,  até ao caminho de um pré definida conclusão.

Ou alternativamente, por levar o espectador/cidadão a achar que o objecto de debate é estranho e inadequado pelo facto deste mesmo objecto de debate não estar em conformidade com a propaganda dominante, veiculada, quer pelo meio de comunicação social, quer pela propaganda política. (que é previamente definida pelo “difusor” da mesma).

Exemplos:

(1) “não acha que…” – algo com o qual se deve concorda (em função do que vem a seguir…)

(2) “Não se pode deixar de concordar com…” ( pseudo – perito – especialista de alto perfil mediático que se enganou dezenas de vezes,mas que volta a aparecer semana  sim, semana sim , para despejar mais propaganda…)

(3) “Eu sei que… (ponto de vista propagandista), e você?”

(4) “Muitos portugueses acreditam que (ponto de vista de propaganda) ; qual é a sua opinião?”

(5) “Cada vez menos pessoas acreditam que…” (ponto de vista de propaganda…)

(6) “Toda a gente quer…” (ponto de vista de propaganda)

(7) “O melhor caso é…” (ponto de vista da propaganda…)

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