DISSIDENTE-X

Archive for Outubro 2011

PEDRO PASSOS COELHO E O PSD FOMENTAM O EMPREGO EM PORTUGAL CONVIDANDO OS PORTUGUESES A EMIGRAR

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“Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras.

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Notícia da comunicação social, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Alexandre Miguel Mestre, dia 30 de Outubro de 2011.

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Seria talvez melhor convidar o secretário de Estado a desaparecer para fora de Portugal, tal é o nojo que esta declaração provoca.

O meu país, onde nasci, agora foi designado “zona de conforto”?

A pátria  de uma pessoa, deixou de ser o país dela e passou a ser uma “zona de conforto”?

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PORTUGAL PAGA À TROIKA 655 MILHÔES DE EUROS EM COMISSÔES

Primeiro pede-se um empréstimo que não deveria ter sido pedido.

Depois pede-se um empréstimo de 78 mil milhões de euros, cujo pagamento de juros do mesmo ascende aos 113 mil milhões de euros.

Depois renegocia-se esse empréstimo para serem reduzidos os juros a pagar em aproximadamente  500 milhões de euros. (o que torna irrelevante a redução…)

Depois, pelo trabalho que se tem ?!?!?  paga-se á entidade junto da qual se contraiu o empréstimo 655 milhões de euros em comissões.

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As comissões a pagar por Portugal pelos empréstimos concedidos pela troika atingirão um total de 655 milhões de euros até 2013, disse hoje na Assembleia da República o ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

Durante um debate sobre a proposta de orçamento retificativo para 2011, o deputado comunista Honório Novo perguntou ao ministro se era correto o valor de 335 milhões em comissões a pagar este ano pelos empréstimos da troika composta pelo Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia, “cerca de 10% do chamado ‘desvio colossal'”.

Vítor Gaspar respondeu que o valor das comissões para 2011 era “o que [Honório Novo] citou, 335 milhões de euros”.

Para 2012 estão previstos 211 milhões de euros, para 2013 [preveem-se] 84 milhões de euros, e em 2014 serão 25 milhões de euros”, disse o ministro.

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Notícia da comunicação social, dia 27 de Outubro de 2011.

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Pelo meio, tenta-se preparar a opinião publica para mais um empréstimo.

Para que esta aceite pagar mais um empréstimo a realizar futuramente; isto quando as parcelas do actual empréstimo ainda não foram todas enviadas para Portugal.

Capa do jornal expresso de dia 28 de Outubro de 2011.

PEDRO PASSOS COELHO – POBREZA DE ESPÍRITO

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Só vamos sair desta situação empobrecendo – Notícia da comunicação social, dia 25 de Outubro de 2011.

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“Roma não paga a traidores nem aos que assassinam os seus generais”.

Quintus servilius Caepio, General romano.

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Citação do general romano dedicada a quem votou no PSD.

PORQUE É QUE A SONAE NAO PAGA IMPOSTOS E O CHEFE DA SONAE AINDA GOZA COM OS PORTUGUESES

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“Portugueses estão asfixiados por impostos” – Belmiro de Azevedo

O empresário Belmiro de Azevedo afirmou hoje que “os portugueses estão asfixiados por impostos”, considerando que “o esforço fiscal incide sempre sobre os mesmos desproporcionadamente”, acusando o Estado de ser “calaceiro”.

“O esforço fiscal incide sempre sobre os mesmo desproporcionadamente e, ainda por cima, na praça pública é dito ao contrário”, afirmou hoje o ‘chairman’ da Sonae, considerando que “os novos aumentos de tributação é populismo gratuito”.

O empresário realçou que “há uma pequena fatia de contribuintes que paga a esmagadora maioria dos tributos”, acrescentando que “não seria fatal se o retorno desses aumentos permitissem relançar a competitividade, mas o conjunto de impostos deixa muito pouco para que cidadãos e empresas possam poupar e, portanto, investir”.

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Declarações inacreditáveis pelo descaramento e falta de vergonha que contém, à comunicação social, dia 18 de Outubro de 2011

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A Sonae vai lançar a Oferta Pública de Aquisição sobre a Portugal Telecom com recurso a uma empresa subsidiária na Holanda, para beneficiar da isenção do pagamento do imposto de selo, de acordo com a edição de hoje do “Diário Económico”.

De acordo com o jornal, o não pagamento do imposto de selo associado à garantia bancária do banco financiador da operação, o Santander, está avaliado em 57,5 milhões de euros.

Na Holanda as empresas estão isentas do pagamento deste tipo de imposto em operações financeiras, enquanto em Portugal o regime fiscal obriga ao pagamento de uma taxa de imposto de selo de 0,5 por cento.

As isenções de que beneficiará a Sonae – caso se concretize a OPA sobre a PT – estendem-se também ao pagamento de imposto sobre mais-valias e sobre dividendos e à retenção na fonte dos juros bancários.

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Notícia da comunicação social sobre alguns portugueses que “legalmente” não pagam impostos apesar de carpirem magoas na imprensa sobre os “portugueses” que estão asfixiados de impostos.

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(…) Como explicar que 17 dos 20 maiores grupos económicos (PT, Sonae, Jerónimo Martins, Galp, Petrogal, Mota-Engil, etc) cotados na bolsa portuguesa detenham sociedades gestoras de participações sociais (SGPS) sedeadas na Holanda e Irlanda que lhes permite escapar ao pagamento de impostos em Portugal?! Noutros casos, Bancos cotados no PSI20 (BES, BPI e Banif), escolheram as Ilhas Caimão ou paraísos fiscais similares para fugir ao fisco nacional.(…)

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Imprensa regional em artigo de opinião, dia 22 de setembro de 2011

OS MÉDICOS, O SEU BASTONÁRIO E A DEFESA APAIXONADA DO CORPORATIVISMO DE CLASSE

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Médicos vão dar folhetos a aconselhar doentes a não deixarem farmácias trocar remédios

A acompanhar a receita de um medicamento, os doentes vão passar a receber um folheto entregue pelo médico a aconselhá-los a não autorizar qualquer alteração ao fármaco que lhes foi prescrito. É desta forma que a Ordem dos Médicos pretende reagir à nova proposta de lei de prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI), apresentada pelo Governo e que será votada na Assembleia da República na próxima sexta-feira.

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“Vamos aconselhar o doente a confiar no seu médico, na sua experiência e conhecimento, e a não se deixar ultrapassar por critérios comerciais”, resume o bastonário José Manuel Silva, que esta noite deverá discutir a nova proposta de lei de prescrição por DCI na assembleia geral da Secção Regional do Norte da OM.

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Bastonário da ordem dos médicos, notícia corporativa da comunicação social, dia 26 de Outubro de 2011.

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O bastonário dos farmacêuticos desafiou hoje a Ordem dos Médicos a denunciar “situações menos claras” relacionadas com trocas de medicamentos nas farmácias.

Carlos Maurício Barbosa reagia assim às declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, em que critica a troca de genéricos nas farmácias, alegando que o farmacêutico “altera a marca escolhida pelo médico por interesses comerciais que não são favoráveis ao doente porque a lei nem sequer obriga que a substituição seja por um genérico mais barato”.

“A Ordem dos Médicos (OM) se tiver conhecimento dessas situações menos claras” deve denunciá-las à Ordem dos Farmacêuticos (OF), desafiou Carlos Maurício Barbosa.

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O bastonário adiantou que esta discussão está mais do que resolvida noutros países, mas “em Portugal várias entidades, inclusive a OM, têm vindo a fazer render a discussão ao longo dos anos para protelar, mais uma vez, a entrada de uma medida que é muito necessária para o país e para a população”.

“Há mais de 20 anos que se discute este assunto em Portugal e uma das razões pela qual não foi possível tem sido pela obstaculização sistemática da Ordem dos Médicos a esta situação”, sustentou.

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Bastonário da ordem dos farmacêuticos , notícia da comunicação social, a desafiar as tretas corporativas- fascizantes do bastonário da ordem dos médicos, dia 26 de Outubro de 2011.

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O corporativismo é um sistema político que atingiu seu completo desenvolvimento teórico e prático na Itália Fascista. De acordo com seus postulados o poder legislativo é atribuído a corporações representativas dos interesses econômicos, industriais ou profissionais, nomeadas por intermédio de associações de classe, que através dos quais os cidadãos, devidamente enquadrados, participam na vida política.

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Sublinhados a vermelho, meus. Citação Wikipédia.

O PSD COMO PARTIDO QUE INCENTIVA A TRAIÇÂO FEITA A PORTUGAL COMO FORMA DE VIDA

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Primeiro o PSD forçou sistematicamente durante anos, para que uma qualquer crise  que ocorresse permitisse que o FMI fosse chamado a “ajudar a corrigir” os problemas que essa crise traria.

Para justificar tal acto, convenientemente colocou-se as culpas no anterior primeiro ministro que passou a ser culpado de tudo, quer o que tinha culpa quer o que não tinha culpa.

Ao ajudar a chamar o FMI, o PSD sabia perfeitamente que a soberania portuguesa enquanto país, seria limitada.

Mas com os traidores é assim – apenas defendem os interesses de quem lhes paga – em valores ou dinheiro, no estrangeiro.

Temos pois que:

Memorando de entendimento com a troika equivale a perda de soberania.

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Não contentes por terem sido traidores a uma dimensão, o PSD decidiu ser traidor numa outra dimensão: o Estado.

Como tal decidiu assumir perante a troika e a esame (entidade que vigia o cumprimento do memorando ) que a falência técnico administrativa do estado acontece.

Os traidores são assim:  capitulam e colaboram.

Mais: fazem-no com satisfação.

Um traidor satisfeito é um funcionário cumpridor.

Temos pois que:

“Grupo de apoio a Portugal” equivale  assumir a falência técnica administrativa do Estado.

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No dia 7 de Outubro de 2011, saiu um comunicado triunfante, arrotando satisfação por todos os poros que tinha sido criada uma entidade ( composta por 5 tachos bem pagos presume-se…) para:

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“Sob proposta e em concertação com o Governo português, a Comissão Europeia estabeleceu uma estrutura de acompanhamento do programa de assistência económica e financeira a Portugal com vista a agilizar a utilização dos fundos comunitários em prol dos objetivos daquele programa”, refere o comunicado do executivo PSD/CDS.

Esta “estrutura flexível, de pequena dimensão e de assessoria técnica” será composta “por um núcleo de coordenação sediado em Bruxelas, uma equipa avançada de cinco funcionários que trabalhará regularmente em Bruxelas junto do gabinete do ministro de Estado e das Finanças e da ESAME, estrutura de acompanhamento dos memorandos, sob tutela do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, e uma rede de correspondentes nos relevantes serviços da Comissão”.

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Notícia da comunicação social, dia 7 de Outubro de 2011

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Basicamente, para além da traição que isto significa, é também o assumir por parte do grupelho de traidores que somos incapazes de gerir fundos comunitários (mesmo que o sejamos, e que importa, é o princípio da questão chamada “soberania”que está posto em causa com esta decisão…).

Portanto passa a ser Bruxelas a dizer para onde vão os fundos comunitários em que quantidade, e para que áreas (ou seja os interesses dos países que mandam mais na Europa, são assim impostos comercialmente ou industrialmente sobre os interesses de Portugal).

Caminho negocial esse que foi aplainado e  favorecido pelos traidores vendidos – fazendo com que a eficácia dos fundos para o desenvolvimento português passe a ser totalmente condicionada de fora para dentro e não a partir de dentro.

A médio prazo isto pagar-se -à muito caro.

E temos depois o “atirar de um osso” para exaltar o suposto ego nacional e a autoestima, afirmando que Bruxelas está muito reconhecida aos traidores e por aceitarem viver dos lucros da traição e da capitulação.

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De acordo com o Governo, esta iniciativa reflete a “o reconhecimento” por parte dos parceiros europeus “do enorme esforço desenvolvido por Portugal no sentido de alcançar na íntegra os objetivos do programa de assistência económica e financeira e realizar as reformas estruturais necessárias ao aumento da competitividade e ao crescimento económico sustentado e gerador de empregos”.

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Notícia da comunicação social, dia 7 de Outubro de 2011

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Como povo temos que começar a ter respeito pela nossa própria soberania.

GOVERNO DE PEDRO PASSOS COELHO E DO PSD GASTA 100 MILHÔES DE EUROS EM “ESTUDOS E PARECERES”

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Em 2011 com o PSD e Pedro Passos Coelho a governar:

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O orçamento de Estado que prevê o corte de subsídios de natal e férias para muitos portugueses é o mesmo que contempla mais três milhões de euros para estudos e pareceres.

Em 2012, Passos Coelho prevê gastar mais de 100 milhões de euros nesta rubrica.

São quase mais 4 milhões de euros que José Socrates reservou em 2011.

O Ministério da Economia e Emprego leva a fatia maior, cerca de 23 milhões e 500 mil euros. Segue-se o Ministério da Agricultura e o das Finanças. Fonte do Governo disse à SIC que grande parte da verba prevista para estudos e pareceres * destina-se a consultoras internacionais por causa dos processos de privatização.

Notícia da comunicação social, dia 23 de Outubro de 2011

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Antes de 2011.

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Estudos e pareceres são mesmo um negócio milionário

Analisar os contratos de ajuste directo do Estado, relativamente a assessoria, consultoria, estudos e pareceres, é entrar num poço sem fundo. Os gastos milionários sucedem-se.

No site http://www.base.gov.pt/ há mais de dois mil contratos de consultoria registados, quase mil de assessoria e milhar e meio de pedidos de estudos. Mas um número chama a atenção: a Administração Central do Sistema de Saúde pagou 2 670 504 euros pela assessoria técnica aos concursos para os hospitais de Braga, Vila Franca de Xira e de Loures, durante o ano de 2009, até à concessão do visto pelo Tribunal de Contas aos respectivos contratos de gestão.
De resto, as obras públicas são o motivo principal para o pedido dos dispendiosos pareceres e estudos por parte das entidades da administração pública. Autarquias, Refer, Estradas de Portugal estão entre os que mais pedem e gastam em episódios do género.

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Notícia da comunicação social, dia 8 de Janeiro de 2011

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Recorde-se que o actual primeiro ministro é o mesmo que andou durante o ano de 2010 a criticar o anterior governo por causa de coisas como esta.

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* “…O Governo escolheu como assessor para as privatizações a Perella Weinberg. A escolha acabou no banco de trás da Caixa, que é um “mini” onde cabe tudo, e a oposição questionou a adjudicação directa…”

…A Perella Weinberg é uma boutique financeira e, com a Caixa, vai liderar o processo de privatizações. Vai receber comissões de vários milhões sem concorrência na escolha, pois não houve concurso nem consulta a outros bancos.…”

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Notícia da comunicação social, dia 20 de setembro de 2011

JOÃO FERREIRA DO AMARAL – “A prioridade do governo não é cortar o défice, é cortar salários”

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Concorda com o Presidente da República em relação à injustiça das novas medidas de austeridade?
Sim. Estas medidas terão um impacto recessivo maior do que se esperava. É completamente iníquo.

Serão eficazes contra o défice?
Não me parece que a prioridade do Governo seja o défice público, mas os custos salariais. Está a ser aplicada uma fórmula para ganhar competitividade que passa por

gerar desemprego,

aumentar o horário de trabalho

e flexibilizar a legislação,

conseguindo assim baixar o nível geral dos salários.

É um modelo que sempre foi discutido, mas nunca foi aplicado com esta dureza. E estou convencido de que não funciona em Portugal.

Porquê?
As famílias estão demasiado endividadas. Esta fórmula até pode dar resultado se o ajustamento necessário for pequeno e as famílias tiverem menos dívidas. Neste caso, vai provocar um aumento significativo do incumprimento junto da banca.

Não é só o problema da equidade; há ainda a estratégia económica?
Parece-me que a preocupação do Presidente foi chamar a atenção para o problema da equidade, mas também para o facto de as medidas serem erradas. A estratégia é, de facto, errada.

Que alternativa preferiria?
O mais justo seria introduzir uma regra no IRS aplicada a todos. Mas, ao contrário da sobretaxa deste ano, os rendimentos de capital também teriam de ser incluídos.

Existe o risco de uma escalada na tensão social?
Quando se tira dois meses de reforma, não se está apenas a tirar rendimento, mas a confiscar património acumulado. As pessoas não são parvas. Haverá protestos permanentes.

[…]

Portugal vai conseguir cumprir as metas do défice?
Este ano, sim. Em 2012 acho que o Governo não vai conseguir. Está a sobreavaliar as receitas fiscais e a recessão será pior do que estima. Deve ficar acima dos -3%.

O pacote de financiamento de 78 mil milhões de euros é suficiente?
Não. Terá de haver, inevitavelmente, um segundo pacote. Percebo que o Governo não possa admitir isso publicamente, mas acho que já todos perceberam. O montante é curto e o prazo também. E esse segundo pacote teria de ser superior a este.

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João Ferreira do Amaral, entrevista à comunicação social, dia 22 de Outubro de 2011.

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