DISSIDENTE-X

Archive for the ‘ANTÓNIO BORGES’ Category

ANTÓNIO BORGES E O PSD: OU COMO ALGUÉM QUE GANHA 225 MIL EUROS LIVRE DE IMPOSTOS FALA EM DIMINUIÇÃO DE SALÁRIOS

Ø

O consultor do Governo para as privatizações, António Borges, defende que descer salários em Portugal é uma «urgência». O ministro das Finanças diz que «essa situação é naturalmente uma consequência indesejável, mas inevitável no processo de ajustamento». Mas, a visão de Gaspar para Portugal passa, contudo, por «bons empregos com salários altos».

(…)

«O que sei é que ele é das pessoas em Portugal que tem maior ambição, maior exigência e maior otimismo relativamente aos padrões de prosperidade e à importância que o crescimento da produtividade tem como suporte de uma economia em Portugal caracterizada por melhores empregos e melhores salários. Eu esperaria que essa ambição para o futuro do país se mantivesse tão forte como sempre».

(Apesar das “exigências” de Borges, apesar da ambição de Borges, apesar do optimismo de Borges o FMI despediu-o por ele não ser suficientemente competente no que fazia.)

Ø

Notícia da comunicação social, dia 4 de Junho de 2012

Ø

Ø

Notícia mentirosa da comunicação social, dia 4 de Junho de 2012

Ø

Ø

António Borges, o consultor do Governo que defendeu esta semana a redução urgente dos salários, ganhou, em 2011, 225 mil euros livres de impostos, apurou o CM. Como director do FMI para a Europa no ano passado, António Borges ganhou cerca de 306 mil dólares (quase 225 mil euros ao câmbio da altura) isentos de impostos, porque tinha, como todos os funcionários do FMI, um estatuto de funcionário de organização internacional (semelhante àquele de que beneficiam os funcionários das Nações Unidas), o que implica o pagamento de salário líquido.

Borges trabalhou, até Novembro de 2010, como administrador da empresa Galeno Participações SGPS. E auferiu um rendimento anual da ordem dos 350 mil euros, acumulando ainda a presidência de um fundo de investimento – o Standards Board – em Londres.

(…)

GOVERNO NÃO REVELA ORDENADO

O Governo não revelou ainda o salário de António Borges como consultor para a área das privatizações, das parcerias público–privadas (PPP) e para a reestruturação do sector empresarial do Estado. A única informação conhecida é que a equipa de cinco economistas liderada por Borges custa 25 mil euros por mês.

Ø

Notícia da comunicação social, dia 3 de Junho de 2012

Advertisement

ANTÓNIO BORGES:UM “ÚTIL” IMCOMPETENTE QUE FOI COLOCADO PELO PSD A FAZER AS PRIVATIZAÇÕES DO ESTADO PORTUGUÊS

Ø

“O FMI disse-me que se livraram dele [António Borges] porque não estava à altura do trabalho e agora chego a Lisboa e descubro que está à frente do processo de privatização. Há perguntas que têm de ser feitas”, defende o correspondente financeiro do “Le Monde” em Londres, em entrevista à Renascença.

Marc Roche é o autor de um livro, já premiado, que conta a história da Goldman Sachs e de como este banco dirige o mundo. Na obra são denunciadas as estreitas relações entre a banca e o poder. O correspondente diz que António Borges, ex-quadro da Goldman Sachs e ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa, surge neste tabuleiro como um peixe pequeno, mas que levanta sérias reservas tendo em conta a tarefa que tem agora em mãos.

António Borges foi nomeado por Pedro Passos Coelho para chefiar o processo de privatizações. “O senhor Borges estava fora do meu radar quando escrevi o livro, nunca tinha ouvido falar”, admite Marc Roche, que apenas tomou conhecimento do economista “quando se demitiu do FMI”.

Questionado se ficou surpreendido com a nomeação de António Borges para a questão das privatizações, Marc Roche admite que não. “Vejo gente da Goldman Sachs a aparecer por todo o lado em posições de poder, faz parte da marca do banco.”

“Aqui, o senhor Borges é um peixe pequeno, comparado com Mario Draghi, o presidente do Banco Central Europeu, que trabalhou na Goldman Sachs, com Mário Monti, o primeiro-ministro italiano, que também trabalhou na Goldman Sachs, ou com Lucas Papademos, ex-primeiro-ministro grego.”

Marc Roche, nesta entrevista à Renascença, defende ainda que o processo de privatizações não deve ser apressado e responsabiliza a Goldman Sachs pela entrada prematura da Grécia no euro, que deu origem à actual crise da dívida.

Ø

Notícia da comunicação social, dia 31 de Maio de 2012

Ø

Ø

Notícia da comunicação social, dia 5 de Junho de 2012

Ø

A Goldman Sachs é uma empresa que tem negócios com Portugal.

Ø

Notícia da comunicação social, dia 16 de Outubro de 2011.

Ø

Ainda sobre a Goldman Sachs, dividido em dois tópicos diferentes.

AQUI

GOLDMAN SACHS: A EMPRESA QUE PRODUZ PENSAMENTO ÚNICO E PÉSSIMO

Ø

O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, disse recentemente que o modelo social europeu tinha morrido.

O que se pode esperar de um homem da Goldman Sachs?

A Goldman Sachs é uma espécie de companhia majestática das Índias. A Europa tem a democracia suspensa. Nós estamos num sistema colonial em que os grandes líderes não foram eleitos: não o foi Lucas Papademos, Mario Monti, Draghi. Esses homens pertenceram todos à mesma empresa. Leia uma carta pungente de um antigo executivo da Goldman Sachs, ao “New York Times”, que sai em ruptura e denuncia o monstro em que se tornou esta empresa. Ela já não cuida dos seus clientes, cuida de acumular capital e poder. É uma empresa colonial que tem poderes de soberania sobre os povos. O poder destas pessoas é assente no modelo de acumulação do capital financeiro. Elas vêem o Estado social, grande mecanismo de distribuição dos rendimentos, como um inimigo. Os impostos, para eles, são anátemas.

(…)

A direita portuguesa, tal como a direita europeia, o que quis fazer foi conseguir através de uma crise europeia aquilo que não obteve por eleições. Isto é a sua grande oportunidade. Vimos isso com Passos Coelho. Ele quer ser mais exigente e duro com os portugueses que a troika, para destruir o modelo social europeu.

(…)

O nosso ministro das Finanças, Vítor Gaspar, tem passaporte português mas é alemão. Foi criado pelos alemães, foi educado por eles no Banco Central Europeu. Este homem vê o mundo pelos olhos da Alemanha. A capacidade de entidades como a Goldman Sachs vê–se aqui: os seus quadros têm passaportes diferentes, mas pensam exactamente da mesma maneira.

Para homens como o António Borges, que é outro caso notável deste tipo de orientação política, não existe uma noção de integridade nacional ou coesão nacional. Quando esteve à frente dos fundos de investimento foi totalmente contra qualquer regulação do capital financeiro. Não admira que agora não possa ter outro tipo de preocupações que não as do capital financeiro no processo das privatizações. Estes quadros formados na Goldman Sachs é que a fazem ser um potentado. Não é por acaso que ela é conhecida como a lula- -vampiro. Oferece dirigentes aos governos em crise, como Monti e Papademos, e quando eles saírem do poder oferece–lhes lugares. Estes homens estão entre o poder económico e o poder político.

Ø

Boaventura Sousa Santos, entrevista da comunicação social, dia 5 de Maio de 2012

Ø

A Goldman Sachs é uma empresa que tem negócios com Portugal.

Ø

Notícia da comunicação social, dia 16 de Outubro de 2011.

Ø

Ainda sobre a Goldman Sachs, dividido em dois tópicos diferentes.

AQUI

ANTÓNIO BORGES, O PINGO DOCE, O ESTADO PORTUGUÊS, PEDRO PASSOS COELHO, O PSD E O ÓBVIO CONFLITO DE INTERESSES

Ø

Há conflito de interesse quando alguém obtém uma vantagem indevida, direta ou indireta, utilizando-se de algum poder dentro da empresa. O interesse da empresa (seu direito) é que todos os seus recursos sejam empregados para os fins legítimos e legais a que ela se propõe. O interesse do colaborador (seu dever) é realizar seu trabalho de modo adequado para receber sua devida remuneração e isso implica em fazer com que os recursos da empresa sejam empregados exclusivamente de acordo com seu propósito. Tirar proveito pessoal indevido desses processos é uma transgressão ética. Conflito de interesse também é entrar em concorrência desleal com a empresa, por exemplo, realizando serviços que são próprios da empresa e cobrando por fora, por eles. Observe-se que não apenas o conflito de interesse real é condenável, mas também o aparente: pois todo conflito afeta a imagem da empresa e isso nem sempre pode ser corrigido. O público externo deve ter todas as evidências de que todos os procedimentos da empresa visam exclusivamente aos seus objetivos legítimos e legais.

Ø

WIKIPEDIA, acedido a 17 de Março de 2012

Ø

Ø

Fonte: comunicação social, propriedade do principal concorrente comercial, em Portugal, da Jerónimo Martins.

Ø

A pessoa que foi colocada como responsável pela comissão que vai fazer privatizações vai trabalhar para um grupo privado que pode ser um dos interessados em comprar algo a privatizar.

E quer-se fazer crer às pessoas, com o maior dos descaramentos, que não existe conflito de interesses entre as posições desta pessoa e os seus cargos a desempenhar.

Entre isto e comunismo de estado, não há diferença nenhuma.

Ø

Este senhor faz parte da comissão que avalia as parcerias público privadas.

Se a Jerónimo Martins quiser fazer parcerias publico privadas com o estado português, este senhor defende os interesses de quem?

Ø

(…) No caso de ser nomeado administrador para a Parpública, a jurista Olinda Magalhães não tem dúvidas: «Seria incompatível – aplica-se o regime de incompatibilidade de titulares de cargos públicos; o que obriga a uma série de requisitos como regime de exclusividade e permanência. Mas até agora não dispomos de informações sobre a nomeação».(…)

Ø

Notícia da comunicação social, dia  16 de Março de 2012

Ø

Um grupo privado que passa a ter informação privilegiada sobre os negócios do Estado e que pode eventualmente beneficiar disso passou a ser considerado normal com o PSD no governo…

Ø

(…)

“Não podemos ignorar que muitos dos nossos problemas económicos têm numa origem política. Demasiadas vezes colocámos um grupo contra o outro, incentivámos um jogo de interesses que prejudica todos”, disse.

(…)

Em síntese, para Pedro Passos Coelho, as pessoas e as empresas “exigem uma economia com mais concorrência, pois é a concorrência que confere a todos uma oportunidade de ter sucesso e elimina núcleos de privilégio injustificados”.

(…)

Numa crítica ao passado do país, Pedro Passos Coelho lamentou que “durante demasiado tempo” se tenha “permitido que interesses particulares obtivessem vantagens que são necessariamente desvantagens para outros e sobretudo para o todo da economia e da sociedade”.

Ø

Notícia da comunicação social, dia 21 de Janeiro de 2012