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Archive for the ‘CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS’ Category

O BPN E O PSD – OS ESTRANHOS NEGÓCIOS DERIVADOS DA REPRIVATIZAÇÂO DO BANCO…

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  1. Primeiro, um governo do PS nacionaliza o BPN, isto é, nacionaliza as dívidas resultantes das vigarices do BPN.
  2. Depois um governo do PSD, reprivatiza o BPN, isto é, financia as dívidas do BPN via orçamento de estado/Caixa Geral de negócios.
  3. Depois, o BPN é vendido a dois investidores por 40 milhões de euros.
  4. Para comprarem o BPN, estes investidores recebem 600 milhões de euros de capital.
  5. Verificando-se que não chega, recebem mais * 300 milhões de euros de capital
  6. Verificando-se que não chega, recebem, mais o bónus de o Estado português ter que tomar conta de alguns dos empregados do BPN.
  7. É extraordinário como se consegue vender por 40 milhões uma coisa que depois custa mais de 1000 milhões…

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Artigo de opinião, dia 28 de Março de 2012

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Não foi um negócio da China, foi um negócio de pôr os olhos em bico. E, como em negócios assim há sempre um otário, adivinhe o leitor a que bolsos irão parar os seus subsídios de férias e de Natal.)

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Além do financiamento de 300 milhões que o BIC pode usar nos próximos três anos, a CGD vai manter apoios de 400 milhões por mais três anos. Prazo e custo destes créditos foram alterados por Bruxelas.

A Caixa Geral de Depósitos vai manter apoios de liquidez ao Banco Português de Negócios no valor de 700 milhões de euros, ao longo dos próximos três anos. Além dos 300 * milhões correspondentes à linha de financiamento adicional reivindicada pelo BIC, que na sexta-feira assina o acordo de compra do BPN, a CGD vai ainda manter 400 milhões dos empréstimos já concedidos ao banco nacionalizado em Novembro de 2008, sabe o Negócios.

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Notícia da comunicação social, dia 27 de Março de 2012

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Após se verificar que é extraordinário que se consiga vender um banco por 40 milhões e este continua a custar mais de mil milhões de euros, ainda se acrescenta a isto, mais um crédito de 400 milhões de euros.

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Mas, fazendo uma volta pela avenida da memória verificamos que o BPN já custou aos contribuintes portugueses que pagam impostos em Portugal, mais de 6 mil milhões de euros, , uns 3 – TRÊS por cento do PIB anual português.

Coisa pouca.

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Estado já mobilizou seis mil milhões de euros para o BPN, entre crédito e veículos e o aumento de capital. Contas públicas só reflectem 2,4 mil milhões.

DINHEIRO ALOCADO NO BPN

Estado capitalizou Banco antes de efectivar venda
Fazia parte do acordo quadro de privatização do BPN que o Estado capitalizasse o banco por forma a que este cumpra as exigências do Banco de Portugal. Neste sentido, foi realizado um aumento de capital na instituição, no valor de 600 milhões de euros no dia 15 de Fevereiro.

Caixa tem mais de 1.500 milhões de crédito ao BPN
As assistências de liquidez da CGD ao BPN superam os 1,5 mil milhões de euros. A maior parte destes financiamentos (1.400 milhões) correspondem a emissões de papel comercial realizadas pelo banco com garantia do Estado e que foram subscritas pela Caixa. Além disso, no final de Junho, a CGD tinha mais 105 milhões aplicados na instituição.

Veículos do BPN têm 3,9 mil milhões da CGD
A CGD tem uma exposição de 3.895 milhões de euros aos veículos que receberam activos problemáticos do BPN (crédito malparado, imobiliário e sociedades participadas) e que já estão na órbita do Estado. A maior parte (3,1 mil milhões) refere-se a obrigações emitidas pelos veículos com garantia do Estado. O restante é crédito da CGD aos veículos, que está garantido por hipotecas e outros penhores.

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Notícia da comunicação social, dia 27 de Março de 2012.

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Questionado hoje em Bruxelas, durante uma conferência de imprensa, sobre a operação de reestruturação do Banco Português de Negócios, aprovada na véspera pela Comissão Europeia, Joaquín Almunia apontou que “a aquisição do BPN pelo BIC é menos custosa para os contribuintes portugueses do que a liquidação”, de acordo com as análises feitas em conjunto pelas autoridades portuguesas e pelos serviços do executivo comunitário “ao longo dos últimos meses”…

(…)

Almunia concluiu que, na sua opinião, o desfecho foi “positivo” para todas as partes, incluindo para os contribuintes portugueses.

“Penso que é um resultado bom e positivo, e claro que não poderíamos ter adoptado uma decisão favorável se, de acordo com as nossas análises, os custos da liquidação fossem menores”, disse.

Na terça-feira à noite, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho manifestou-se “muito satisfeito” por ter sido “possível salvar o banco dentro de um custo para os contribuintes não superior ao da liquidação”.

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Notícia da comunicação social, em que o senhor Joaquim Almunia goza com Portugal e com os portugueses, dia 28 de Março de 2012

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Não foi um negócio da China, foi um negócio de pôr os olhos em bico. E, como em negócios assim há sempre um otário, adivinhe o leitor a que bolsos irão parar os seus subsídios de férias e de Natal.)

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O GOVERNO DO PSD E AS “GOLDEN SHARES” NA EDP, PORTUGAL TELECOM E GALP

Uma golden share é uma participação accionista detida pelo Estado, que apesar de ser minoritária confere poderes especiais.

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O ex-líder parlamentar do PCP Octávio Teixeira acusou esta segunda-feira o Governo de cometer um crime económico ao prescindir dos direitos especiais que detinha na Portugal Telecom, Galp e EDP.

«O Governo cometeu um crime económico contra o país quando decretou que prescindia dos seus direitos especiais na PT, Galp e EDP, que valiam centenas de milhões de euros, e ofereceu-os de graça», disse o economista e ex-líder parlamentar dos comunistas.

Segundo Octávio Teixeira, as acções que constituíam as golden shares as referidas empresas valiam muito mas, tendo em conta que o Governo prescindiu dos respectivos direitos especiais, quando as mesmas forem vendidas «já serão ações ordinárias com pouco valor económico».

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Notícia da comunicação social, dia 18 de Julho de 2011.

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O QUE ESTÁ A SER MUITO MAL FEITO, MAS MESMO MUITO MAL FEITO: DAR DE OFERTA MILHÕES DE EUROS AOS ACCIONISTAS DA PT, DA GALP. ETC.

A oferta das golden share sem qualquer contrapartida para o estado é o mesmo que dar de mão beijada muitos milhões de euros a vários fundos de pensões, bancos, seguradoras, accionistas individuais, grupos económicos, etc..

O ministro justificou essa oferta argumentando que nas empresas a privatizar isso melhoraria também o valor da parte do estado, logo não se perdia tudo. Pode-se aceitar em parte este argumento. Mas naquelas que foram privatizadas a preço mais baixo, exactamente porque havia a golden share? E naquelas que já estavam todas privatizadas menos a golden share? O caso da Portugal Telecom é o mais significativo. O estado ofereceu aos accionistas uma valorização real do seu património de muitos milhões de euros, sem qualquer contrapartida.

Se não fossem as circunstâncias especiais em que tudo isto se passou, que apontam para uma mistura de pressa e preconceitos ideológicos (estar contra as golden shares é uma coisa, oferece-las sem contrapartidas é outra), seria um caso que alertaria para uma investigação ou de negligência no interesse público ou de corrupção.
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Pacheco Pereira, Revista Sábado, dia 21 de Julho de 2011 (link indisponível)
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O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse hoje, em Estrasburgo, que «o Governo está a aplicar o direito comunitário» quando decidiu pôr fim aos direitos especiais (golden-shares) do Estado numa série de empresas.O presidente da Comissão Europeia explicou que, «de acordo com o direito comunitário, os Estados não podem manter golden-shares a não ser em situações absolutamente bem definidas», tendo dado como um exemplo a «necessidade de segurança nacional».

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Durão Barroso, notícia da comunicação social, dia 5 de Julho de 2011
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Golden shares acabam em Portugal, mas mantêm-se em nove países da UE

“…a pressão que tem sido feita pela Comissão Europeia sobre Portugal, para abandonar estes privilégios, não teve até hoje o mesmo resultado noutros países.”
Em toda a União Europeia (UE)…há pelo menos outros nove estados-membros que ainda detêm golden shares e direitos especiais em grandes empresas, protegendo-as de investidas estrangeiras e controlando algumas decisões estratégicas dos accionistas. É o caso da Alemanha e do Reino Unido.
Há quase quatro anos que a Alemanha foi condenada pelo Tribunal de Justiça europeu, mas a situação mantém-se sem qualquer sanção. Aliás, foi nesse mesmo ano que a chanceler Angela Merkel defendeu publicamente a necessidade de um plano europeu que admitisse goldenshares em áreas estratégicas.
Mais polémica tem levantado a actuação do Governo de Berlusconi, que, apesar de condenado pelas autoridades europeias, continua a manter direitos especiais em quatro empresas estratégicas – curiosamente, três são dos mesmos sectores da Galp, PT e EDP. Em causa estão a ENI (accionista de referência da Galp), a Telecom Itália e a Enel. Outro caso que também gera anticorpos em Bruxelas e continua sem seguir as imposições da UE é a Polónia, onde mais de uma dezena de companhias ainda estão sujeitas a um controlo privilegiado do Estado. Também em França e na Finlândia há registo de pelo menos duas situações: a Thales (defesa) e a Gasum Oy (energia). Portugal deixará de fazer parte desta lista no espaço de um mês.
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Notícia da comunicação social, dia 25 de Julho de 2011.
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É surpreendente como os neoliberais portugueses não ficam chateados com a destruição de valor  que esta situação das Golden share provoca ao Estado português e as próprias empresas….

O PSD, ANTÓNIO NOGUEIRA LEITE E OS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÂO

“”Como a ponta de um iceberg, os mais notórios globetrotters dos conselhos de administração são Mira Amaral, Nogueira Leite, Joaquim Ferreira do Amaral, Murteira Nabo e Luís Todo Bom.” (Livro: Os Donos de Portugal, 2010, p. 321). “”

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António Nogueira Leite vai ser vice–presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos, apurou o Negócios junto de várias fontes. O académico * que foi conselheiro de Pedro Passos Coelho vai assumir funções executivas, ocupando o lugar de número dois do próximo presidente executivo do banco público.

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Notícia da comunicação social, dia 21 de Julho de 2011.

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* A “actividade Profissional principal deste senhor”, não é a “Academia”, mas sim o Grupo Mello onde estava em vários Conselhos de administração, até ser nomeado para esta nova administração….

Conferir Aqui.

O PSD, PEDRO PASSOS COELHO E A PRETENSA REDUÇÂO DA GORDURA DO ESTADO NA CGD…

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai ter mais administradores do que actualmente. O número total deverá rondar os 11, * embora até ontem à noite o Ministério das Finanças não tenha confirmado nem o novo modelo de governação nem os nomes do novo órgão de gestão do maior banco do país. Porém, o i sabe que haverá menos gestores executivos que os actuais sete e que o novo modelo incluirá administradores não executivos **, que não existiam até agora. Os encargos salariais serão contudo menores que os actuais ***.

“…este modelo contraria as orientações do governo liderado por Pedro Passos Coelho, que se comprometeu a diminuir 15% os cargos dirigentes de toda a administração pública…”

“…A criação de dois cargos de presidente, o não executivo ou chairman – que será ocupado por Faria de Oliveira -, e o executivo, …”

O figurino já tinha sido experimentado na Caixa com maus resultados. No anterior governo de coligação PSD/CDS, a coexistência entre o chairman António de Sousa e o presidente-executivo Mira Amaral foi tudo menos pacífica. Choque de personalidades e uma distinção pouco clara entre as responsabilidades e funções de cada órgão, terá contribuído para o conflito que resultou na demissão dos dois.

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Notícia da comunicação social, dia 22 de Julho de 2011

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“Nós vamos cortar na despesa inútil e na gordura do Estado e haveremos de encontrar uma maneira de que aqueles que mais precisam tenham sempre o mínimo indispensável”, disse.

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Pedro Passos Coelho, declarações à comunicação social, dia 3 de Junho de 2011.

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* Até esta decisão, a Caixa geral de Depósitos tinha um conselho de administração composto por SETE pessoas e um Presidente…

** Administradores que não estão a trabalhar no dia a dia da empresa…

*** Uma piada…

Nota:  a CGD vai ter mais administradores quando se prepara para vender a sua área de seguros e participações em outras empresas – menos trabalho a realizar, para mais administradores contratados…

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Capa do jornal I, dia 22 de Julho de 2011

PEDRO PASSOS COELHO E A PRIVATIZAÇÂO DA RTP E DA CGD – EM 2008 e 2010 E 2011

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No dia 4 de maio de 2008, numa entrevista ao correio da manha

“o Estado se deve retirar mais rapidamente da economia do que o tem feito”.

“deve retirar as suas participações de muitas empresas”,

“defende a privatização da Caixa Geral de Depósitos e pelo menos do canal 1 da RTP,”

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Entretanto surgiu uma crise económica no mundo e em Portugal.

Entretanto caiu um governo português.

Entretanto…

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Recentemente – em 2011, ao Jornal I afirmou, à propósito da privatização da CGD:

“Julgo não ter avaliado bem a reacção das pessoas, que mostraram intranquilidade perante a minha ideia. As pessoas percepcionam essa intervenção como reguladora, apesar de não competir à Caixa essa intervenção”, justificou ao i Passos Coelho, em entrevista recente.

( Estúpidas pessoas que não se deixaram bem avaliar…)

Recentemente…

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Entretanto…

Num passado recente…

Em 2010 a CGD deveria ter outro destino.

“…ser despojada dos seus sectores de seguros e e saúde, para que os privados deixem de ter concorrência, defendia Passos coelho…”

(Dando aos privados negócios altamente lucrativos e livrando-os de um concorrente sólido e regulado…

e deveria funcionar como banco de desenvolvimento (seja lá o que isso for)

Written by dissidentex

29/03/2011 at 19:18