Archive for the ‘DEFLAÇÃO’ Category
É A PROCURA, ESTÚPIDO (O CDS e o PSD tem que ir embora)
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Os economistas e os comentadores económicos que vêm defendendo a austeridade e a desvalorização interna como forma de sair da crise continuam a ignorar os avisos dos empresários. Não deixa de ser caricato que os maiores defensores da livre iniciativa e dos “empreendedores” não levem a sério estes apelos. Que achem que os trabalhadores e os desempregados tenham de aguentar as consequências da austeridade, à luz do que defendem, ainda se percebe.
No entanto, já é mais difícil entender que ignorem o que dizem os empresários. Em mais um inquérito semestral do INE a milhares de responsáveis empresariais ficámos a saber que, depois de uma quebra de 26,4% no investimento empresarial durante o ano de 2012, se perspectiva uma nova queda de 4,2%.
Quando é pedido às empresas que elenquem as principais razões da redução do seu investimento, 63% respondem com a deterioração das perspectivas de vendas, 12% com a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos e apenas 9% mencionam a dificuldade em obter crédito bancário. Assim, ao contrário do que apregoam o primeiro-ministro e todos os economistas e comentadores económicos ao serviço da estratégia da desgraça, a razão principal da queda do investimento privado é a redução da procura e não a dificuldade em obter financiamento bancário. Numa economia em que dois terços do que se produz é dirigido ao mercado interno, o dinamismo da procura interna é determinante para a viabilidade e a sobrevivência do nosso país.
O estrangulamento a que está a ser sujeita a nossa economia interna, através da austeridade e da desvalorização salarial, é estúpido e criminoso. Não é a destruição do mercado interno que vai aumentar as exportações portuguesas; apenas destrói empresas e emprego. E algumas dessas empresas, que ontem viviam do mercado interno, amanhã poderiam tornar-se exportadoras. Infelizmente, com esta estratégia, acabaram por morrer antes de poderem viver essa oportunidade.
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Artgo de opinião, comunicação social, dia 7 de fevereiro de 2013
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GOVERNO DO PSD: OS LOUCOS VARRIDOS QUE CRIARAM UMA DEFLAÇÃO (O CDS e o PSD tem que ir embora)
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Os doidos – certificados pelo respectivo instituto – que foram parar ao governo, continuam na sua demanda por uma guerra civil ou pior, uma qualquer deriva nacionalista de consequências imprevisíveis.
Na base da dados da Comissão Europeia não há registo de um valor negativo anual no deflator do PIB desde o início dos anos 80. Nos anos 70 o valor médio da década foi de 16%, o que aponta para que nunca tal tenha acontecido em Portugal em democracia (ver gráfico com dados da Comissão e previsão da OCDE).
Os especialistas da UTAO têm o cuidado de avisar que esta evolução não “representa necessariamente um risco deflacionista” para a economia portuguesa no sentido de uma queda prolongada de preços.
“Presume-se que esta redução se deva ao ajustamento de preços inerente ao processo de redução da procura interna e de restabelecimento da competitividade externa da economia” , lê-se na nota a que o Negócios teve acesso.
Mas especialistas deixam claro que, caso a tendência não se inverta, a economia não suportará esta situação por muito tempo: “Este período de desinflação e de baixo crescimento económico terá de ser necessariamente transitório e é pouco compatível com taxas de juro elevadas, sob pena de tornar imparável a dinâmica de crescimento da dívida pública”, escrevem, acrescentando: “Com efeito, os cenários de sustentabilidade da dívida admitem habitualmente um crescimento do PIB nominal de 4% a longo prazo, algo que não se prevê que venha a ocorrer até 2016”
O deflator do PIB estima a evolução dos preços no total da economia e considera os bens e serviços produzidos internamente num determinado ano. Já a inflação – ou deflator do consumo privado – considera um cabaz fixo de bens e serviços consumidos pelas famílias.
A taxa de crescimento nominal da economia resulta do crescimento real do PIB (em volume, isto é sem o efeito dos preços) e da variação dos preços entre dois anos (o deflator do PIB).
Troika e Governo optimistas no PIB nominal
O deflator do PIB é importante para o cálculo do peso da dívida pública na economia, uma vez que esta variável resulta da comparação entre o valor nominal da dívida e o PIB nominal de um determinado ano. Na mesma nota, a UTAO vem avisar para o optimismo da previsões da troika e do Governo nesta frente, comparando várias previsões.
“Ainda que, para 2016, esteja previsto um nível de dívida pública idêntico, o seu peso no produto deverá ser superior ao que constava na versão original do MoU”, o que tem “consequências mais profundas para o peso da dívida pública no PIB”, diz a UTAO, que concretiza: “As projecções apresentadas em Outubro de 2012 no âmbito da 5.ª avaliação do PAEF tinham subjacente uma dívida pública para 2016 praticamente igual à projectada em maio de 2011, no entanto, o peso desta no PIB nominal é superior em 7,5 pontos percentuais”, lê-se na nota.
Na quinta revisão do programa de ajustamento português, troika e Governo projectaram para 2016 um nível de dívida pública semelhante ao estimado em Maio de 2011 (na versão original do memorando): 214,8 mil milhões de euros contra 214,2 mil milhões. No entanto, o peso da dívida é muito diferente entre reviões: em Maio de 2011 apontavam para 111 % do PIB em 2016 e agora apontam para 118%.
A diferença está na evolução do PIB nominal: troika e Governo foram optimistas tanto em relação à crescimento real da economia, como à evolução dos preços.
“Tal revisão em alta deve-se ao facto de, para 2016, se prever um PIB nominal de 180,8 mil milhões de euros, inferior em 12,7 mil milhões ao projectado em Maio de 2011. Com efeito, a diferença entre as projecções para o PIB nominal é significativa: no MoU estava previsto um crescimento médio anual de 2,6% e na 5.ª avaliação este é de apenas 1,1% , sendo que essa diferença se deve mais ao PIB real do que aos preços implícitos, excepto no que se refere ao ano 2012”, lê-se no relatório.
Notícia da comunicação social, dia 12 de Dezembro de 2012
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A deflação é uma quebra generalizada de preços, como consequência de uma recessão económica profunda, associada a quebbras de emprego e da produção/oferta.
Numa situação de deflação o consumo não tem tendência a aumentar, mas sim a diminuir ainda mais.
Tem a ver com uma coisa chamada expectativas.
BANCO MUNDIAL AVISA ACERCA DE DEFLAÇÃO
The telegraph, 15 de Julho de 2009.
Justin Lin, the bank’s chief economist, said factories running idle around world threaten to trap economies in a vicious cycle, risking further spasms of financial stress, requiring yet more rescue packages.
“Significant excess capacity has been built up and unless this issue is addressed, we will face a deflationary spiral and the crisis will become protracted,” he told an audience in Cape Town.
- Excesso de capacidade industrial
The traditional cure for countries caught in slumps is to claw their way back to health through devaluation, but this cannot be done today because the crisis is global. “No country can count on currency depreciation and exports as a way out of recession. Unless we deal with excess capacity, it will wreak havoc on all countries. There is urgent need for global, co-ordinated fiscal stimulus,” he said.
Investments should be focused on infrastructure in poor countries that are bearing the brunt of the crisis. The downturn is already likely to trap over 50m more people in extreme poverty this year.
- Mais dinheiro injectado na economia.