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DIVÍDA PÚBLICA EM PERCENTAGEM DE PIB SEGUNDO DADOS DA COMISSÃO EUROPEIA
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Qualquer imbecil, consegue perceber que a dívida pública portuguesa tem que ser (1) reestruturada, (2) reescalonada, (3) diminuida, (4) os prazos de re-pagamento desta dívida aumentados na sua duração, (5) e os juros a pagar diminuidos para valores próximos dos 1% ou menor.
Só com uma dívida pública próxima dos 50% em percentagem de Pib se consegue funcionar.
Portugal está nos 123%, a caminho dos 130%.
QUEM DETÉM A DÍVIDA PÚBLICA PORTUGUESA? (O CDS e o PSD tem que ir embora)
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Os donos da dívida
Não sabemos em detalhe quem detém os títulos da dívida pública portuguesa. * No entanto, as estatísticas europeias dão-nos indicações da identidade dos credores por grandes agregados: empresas não-financeiras residentes (empresas sediadas em Portugal), empresas financeiras residentes (bancos, companhias de seguros e fundos financeiros sedeados em Portugal) e resto do mundo.
Infelizmente «resto mundo» é demasiado vago. No entanto, a partir de dados disponíveis na página do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP) podemos discriminar a dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI), Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF) e Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Se tirarmos do «resto do mundo» as parcelas respeitantes ao FMI, MEEF e FEEF ficamos com um agregado «outros não residentes» que inclui empresas financeiras, não financeiras e famílias estrangeiras.
O gráfico seguinte representa a evolução destas parcelas entre 2002 e 2011 (últimos dados disponíveis).
Podemos constatar nesse gráfico que, de 2002 a 2008, o peso entre os credores do Estado português das empresas, bancos e fundos de investimento estrangeiros foi sempre superior a 50% e se foi acentuando, chegando aos 75%. A partir deste ano – o ano da grande crise financeira – os investidores estrangeiros foram abrindo mão dos títulos portugueses. Em final de 2011 já detinham menos de 50%.
O peso entre os credores do Estado português dos particulares residentes (famílias portuguesas) que era relativamente elevado em 2002 (25%) foi também diminuindo ao longo do período, situando-se em 5% em 2011.
** A partirde2010Em contrapartida, aumentou o peso dos bancos, companhias de seguros e fundos de investimento portugueses e, em 2011, surgiram os fundos europeus e o FMI como grandes credores de Portugal.
Em 2011, o FMI e os fundos europeus detinham 19% da dívida e prevê-se que venham a deter 34% em 2012 e mais de 50% em 2014. Em 2012 cerca de 70% da dívida pública portuguesa será detida pelo FMI, os fundos europeus e o sector financeiro português e em 2014 esta percentagem poderá chegar aos 80%.
*** Significa isto que ao longo da intervenção da troika os credores privados internacionais terão passado de uma situação, em 2008, em que detinham 75% da dívida portuguesa, para uma outra, em 2014, em que deterão apenas 20%. De 2008 a 2014 os credores privados internacionais ter-se-ão livrado dos títulos de dívida pública portuguesa.
**** Para isso mesmo pode ter servido a intervenção da troika: para limpar os balanços das instituições financeiras estrangeiras (sobretudo europeias) de títulos da dívida portuguesa tornados demasiado arriscados. Para onde transitou o risco? Para os fundos europeus e o FMI, isto é, para os cidadãos dos países da eurozona que estão a garantir as emissões de títulos destes fundos destinadas aos empréstimos a Portugal.
***** Na realidade o “resgate” a Portugal, que nós estamos a pagar da forma que se sabe, é o resgate de bancos europeus que emprestaram acima das suas possibilidades.
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Autor: José Maria Castro Caldas/auditoria cidadã, dia 2 de Dezembro de 2012
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Breves notas:
* Porque é que não sabemos em detalhe quem detém os títulos de dívida pública portuguesa? O que é que o governo de Portugal e as instituições que gerem estes montantes estão a esconder?
** A partir de 2010 os grandes bancos portugueses começaram a comprar dívida pública portuguesa. Estando eles próprios em dificuldades; o que lhes foi então prometido para que o começassem a fazer?
*** Se está tudo a correr tão bem na actual política do governo (segundo os próprios o afirmam…), porque é que os credores privados internacionais estão a abandonar a dívida pública portuguesa? E porque é que os bancos comerciais portugueses tomam o lugar deles?
**** Exactamente! Para onde transitou o risco?
***** Através da transferência do risco das entidades financeiras europeias para as entidades financeiras portuguesas que estão a fazer a chantagem económica, política e social que se sabe.
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VALORES DA DÍVIDA PÚBLICA (e PRIVADA) POR PAÍS – QUADROS COMPARATIVOS
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Dívida por país.
Em percentagem correspondente ao Produto interno Bruto.
Cor preta: as menores dívidas
Cor vermelha carregada: as maiores dívidas.
Fonte: Cia World Factbook
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Definição: Esta entrada dá o total da dívida pública e privada em dívida para com não residentes pagável em moeda estrangeira, bens ou serviços. Estes números são calculados a atual taxa de câmbio ou seja, sem levar em conta a paridade do poder de compra (PPP).
Fonte: CIA World Factbook – AQUI
Dados até 1 de Janeiro de 2011
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Em 1 de Janeiro de 2011 Portugal tinha 498 mil milhões de dólares de dívida externa (dividida entre publico e privado).