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CARRO ELÉCTRICO NISSAN RENAULT DE SÓCRATES.
Existe um novo Messias. Chama-se Carro eléctrico da Renault – Nissan de Sócrates. Ele vem de terras do Oriente até a um dos berços da civilização europeia – a França e com passagens pela Dinamarca e Israel chega a Portugal.
População de Israel – 6.3 milhões de pessoas. População da Dinamarca – 4.484. 000 milhões de pessoas.
População de Portugal – 10.5 milhões de pessoas apáticas. Um país situado quase no Oriente, outro no norte da Europa, outro no Sul da Europa. Que apropriado para testar diferentes condições climatéricas… São estes os 3 países que foram “escolhidos” ao invés de terem escolhido ser os “testadores” do novo carro da Nissan.
Características: países pequenos, com os mercados adequados em tamanho e população/poder de compra para que se teste este veiculo eléctrico, sem a Nissan-Renault ter grandes prejuízos.
Criando ao mesmo tempo a economia de escala na produção que permita produzir para os 3 países (ou outros) em condições aceitáveis (para a Nissan-Renault).
Notícia Público de 8 de Julho de 2008
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– A critica a este projecto deve ser vista em várias dimensões. Desde logo, pelo facto de ser só por existirem problemas com o preço da gasolina, que se avançou para esta hipotética solução. O que demonstra “a capacidade zero” de prevenir o futuro e pensar a longo prazo.
– A solução “carro eléctrico” não resolve os problemas de transporte de mercadorias – estas continuarão a ser transportadas por camiões a /gasóleo. O alto preço do custo de transporte manter-se-à.
– Como é que se vai convencer pessoas a trocarem o seu relativamente novo carro a gasolina, por um carro eléctrico, dizendo-lhes que deverão economicamente aceitar a desvalorização do seu actual bem para investirem em algo novo do qual não tem garantias que venha a ser muito eficaz ou usável?
Exemplo: cito parte de um texto do Esquerda Republicana a propósito deste assunto, num excerto do Jornal Público.:
…”a introdução num país [de carros eléctricos] depende mais da existência de infra-estruturas de abastecimento do que da capacidade da marca”. […] Com mais ou menos apoios públicos, assim se ditará também a dimensão do envolvimento de Portugal na que é considerada a próxima geração automóvel, até se chegar ao hidrogénio. […]
No modelo da Nissan, os proprietários dos carros não serão donos das baterias, mas de pacotes de serviço de recarregamento das pilhas de troca por avaria. As parcerias com os países interessados têm de passar por infra-estruturações, como a rede de reabastecimento das baterias. Israel, por exemplo, compromete-se a ter, dentro de três anos, meio milhão de postos de recarregamento. […]»
Como se percebe na expressão “próxima geração automóvel, até se chegar ao hidrogénio.
Significa isto, na realidade, que existe um espaço de tempo, entre a solução actual e a definitiva solução de transportes (o hidrogénio?). Esse espaço de tempo terá que ser ocupada por algo – para se manterem indústrias e quotas de mercado a facturar e aí surge o… “carro eléctrico”.
O que também significa que os primeiros a consumirem o carro eléctrico, isto é, a comprarem, serão os que pagarão os elevados custos de investigação e desenvolvimento. Isso será “mascarado” através de uma “falácia”, de uma ilusão que se criará: a de se comparar o preço da gasolina/carro a gasolina, com o preço do carro eléctrico dizendo que o carro eléctrico é mais barato.
A segunda parte do texto é também muito interessante: quem é o dono do combustível?
Em circunstancias normais é quem o compra. Aqui compra-se o carro e necessita-se de por combustível (energia). O depósito de combustível não é de quem compra o carro e que a ele está agregado, mas sim da NIssan-Renault (que controla o abastecimento). Quem paga as estruturas de combustível são os países que no carro apostam.
Ou seja, (1) o consumidor paga impostos que pagam a criação de estruturas de “apoio” à distribuição em regime de monopólio da Nissan-renault, e ao mesmo tempo o (2) consumidor paga a compra do carro e o combustível (a energia). E ainda se consegue dizer que isto é mais barato do que a gasolina…só se for para a Nissan-Renault…
O país que dá pelo nome de Portugal está a subsidiar um projecto piloto à Nissan – Renault, sem quaisquer contrapartidas.
Ainda no artigo do esquerda Republicana
“…uma ideia essencial: a oportunidade de negócio não parece estar tanto na comercialização dos novos veículos, mas antes na sua exploração ao longo do seu tempo útil de vida, através do sector do abastecimento.
“…porque não posso recarregar o meu veículo eléctrico “ao sol”, através de placas fotovoltaicas? porque tenho que o fazer usando as placas fotovoltaicas da… nissan?!? sem dúvida que é um excelente negócio vender um produto que requer reabastecimento na marca, a um preço que pode representar um serviço de custo nulo! e porque se insiste tanto no “santo graal” dos carros a hidrogénio (logo, carros a combustível que terá de ser adquirido em postos de abastecimento próprios) ao invés de uma aposta muito forte na I&D da ideia solar?
parece-me que a gasolina foi apenas um primeiro passo no sector do abastecimento dos transportes. a última coisa que este lobby deseja é que eu possa “abastecer” o meu carro em casa fazendo uso dos painéis que coloquei no telhado…
Exactamente o que eu penso deste negócio.
O actual governo “de esquerda” apenas cria uma nova escravidão comercial ao país fazendo este enorme favor à Nissan Renault. Onde está a concorrência na produção de energia, ou seja de todos os consumidores a serem incentivados a produzir energia? Onde estão os padrões comuns de produção acessíveis a todos e não padrões “fechados”
Ler a este respeito um artigo no “Cabalas” sobre os primeiros carros electricos construidos em 1996 nos EUA, pela general Motors.
- Não tinham tubo de escape, zero emissões poluentes.
- Rápidos, silenciosos, faziam 0 aos 100 km em 9 segundos.
- Recarregáveis com energia eléctrica na garagem de casa.
As viaturas não podiam ser compradas, mas apenas alugadas, e os contratos de aluguer não foram renovados.
E também conta a história das primeiras aventuras da Nissan, em 1997 e 2005, que produziu viaturas e após o uso delas, recuperou-as não permitindo o aluguer das mesmas, e destruiu-as posteriormente.
As próprias marcas automóveis auto boicotaram as viaturas electricas.
Excepto em Portugal, onde surgem os “novos Messias”. Ou como um país pequeno, pobre e periférico está a pagar a uma multinacional 1/3 dos custos de produção, investigação e desenvolvimento de um novo modelo de carro. Vamos votar PS?
EQUADOR. ILHAS GALÁPAGOS.
Em 2001, um navio petrolífero que passava ao largo das ilhas Galápagos acertou num recife e começou a derramar petróleo. Vinha carregado com 150.000 Galões = 567.81 Litros de petróleo para ser refinado.
As ilhas Galápagos são um dos mais perfeitos e frágeis ecossistemas naturais do mundo onde habitam as celebres tartarugas de 300 quilos. Ficaram em risco inúmeras espécies de fauna e flora que ficaram conhecidas através dos primeiros estudos de Charles Darwin.
O desastre acabou por não acontecer devido a limpezas feitas pelos voluntários e por membros do parque de conservação das Galápagos. Mas a visão de milhares de litros de petróleo a boiar ao largo despoletaram uma iniciativa internacional.
E no dia 18 de Fevereiro o presidente do Equador, lançou, ao celebrar os 500 anos da descoberta das Galápagos, um programa para erradicar o combustível fóssil na área, até 2015.

O governo do Equador, um programa das Nações Unidas e oito das maiores companhias de electricidade mundiais lançaram o San Cristobal Wind project, para criar um sistema híbrido «painéis solares- combustível fóssil- turbinas eólicas» para fornecer as necessidades dos 30 mil habitantes do arquipélago.

Um dos países que entraram neste projecto foi a Espanha.
Em Portugal numa área turística, que à nossa escala, tem a importância que o arquipélago das Galápagos tem para o Equador, o governo português apresentou sozinho 670 milhões em investimentos turísticos a serem feitos na costa alentejana, isto no dia 16-01-2008.
O que equivale a dizer que do ponto de vista ambiental a zona alentejana morreu.
São estas as diferenças entre o país do terceiro mundo Equador e o país pertencente à Comunidade Europeia, Portugal.
Uns defendem o património, e apostam a longo prazo. Outros apostam na miragem da criação de empregos de pouco valor acrescentado, onde, aos portugueses, apenas é destinado o papel de meros lacaios de serviço.
PANASONIC E A GAIVOTA
No Japão, não se brinca em serviço. Especialmente a Matsushita Corporation, mais conhecida pela marca “Panasonic”. A Panasonic é o emblema comercial de uma empresa que sempre se especializou em fazer “cópia” (mas bem feita) do que a Sony, principalmente, acabava de inventar. Normalmente, 6 meses depois, de algo estar feito já a Panasonic/Matsushita o fazia e comercializava.
Mas a Matsushita/Panasonic, não é só “cópias” bem feitas. No centro tecnológico em Tóquio, este foi construido com o seguinte:
” Equipamento”
● Solar light generation system made of integrated building materials
● Illumination system, Hybrid Tower Kazekamome, with the use of wind and solar power generation
● Garbage disposal system
● Rainwater utilization system
● Exhibitory performance with fuel cells
Pouca coisa…
Também existe, dentro do centro Panasonic de Tóquio, e numa das páginas da empresa, um menu de casa ecológica a ser desenvolvido pela Matsushita
E em frente ao Panasonic Center de Tóquio (presumivelmente por influencia da Matsushita, acrescento eu, especulativamente…) existe a “Gaivota” ou “uma Gaivota”.

A “Gaivota” é uma lâmpada que produz energia provinda do vento e da energia solar. Ou seja, os vulgares “candeeiros de rua”, mas aqui já numa versão futurista e amiga do ambiente. Durante o dia, geram energia a partir do sol, armazenam-na numa bateria colocada na base do poste que sustenta a estrutura; e com essa energia armazenada, iluminam à noite; continuando, no entanto, ao mesmo tempo, a gerar energia derivada do vento nocturno.
É uma clara tentativa de maximizar a utilidade e o custo deste “objecto” e po-lo plenamente funcional aproveitando o mais que exista para ser aproveitado, quer durante o dia ( sol) quer durante a noite ( vento ). Recursos que são grátis e potencialmente infinitos. Nesta “ligação de onde está a notícia original, existe um vídeo de um minuto que mostra a geringonça em questão, a funcionar. Bastante silenciosa, por sinal…
Já em, Portugal este país profundamente original, e que eu amo profundamente, esta semana soube-se uma novidade relativa ao primeiro ministro português, José Sócrates, que fez um curso de engenharia em 1994 na Universidade Independente com muito mérito ao domingo, e tem realizado uma magnifica ( merda) acção como primeiro ministro.
Nos anos 80, imbuido dos seus recentes conhecimentos como engenheiro técnico de um curso politécnico ou lá o que era, e querendo espantar-nos a todos produziu, isto é, assinou como responsável técnico, os projectos de engenharia de magnificas coisas como esta:

Só os calhaus e os camelos idiotas é que não vislumbram aqui os primeiros laivos da Eco House da Matsushita/ Panasonic. Só os adversos e invejosos é que não observam o embrião de uma “Gaivota”; o magnifico poste de iluminação que simboliza à época, aquilo que a actual “Gaivota” da Matsushita “simboliza para os dias de hoje.
No entanto, penso que o poste de há 20 anos tinha mais vantagens técnicas, ou como se diz agora – usabilidade – em relação à actual “Gaivota Panasonic”: ao cair sobre a casa substitui, com vantagem; as gruas usadas para fazer demolição de prédios.
Daqui se vê o génio visionário do homem que actualmente governa Portugal, e que, com muita pena minha, abandonou a criação destas obras de arte para ir governar o país.
Ficamos assim privados de ver ainda mais destas obras de significado simbólico inexplicável de arte, que os meros mortais não conseguem compreender. Pelo menos, eu, realmente, não consigo…
Mas o Jornal Público, não querendo privar-nos destas visões idílicas, amavelmente, publica em Slides uma visão completa da obra inacabada do mestre, e mostra-nos o que poderia ter sido um génio a despontar – acaso não tivesse interrompido uma fulgurante carreira de estratega arquitectónico para ser político profissional.
Se a Panasonic não andasse distraída nos anos 80 a copiar o Walkman da Sony, teria reparado neste homem.
ENERGIA SOLAR, EM ESPANHA ( E PORTUGAL )
Uma companhia espanhola, que derivou do PARK – Palo Alto Research Center, uma unidade de investigação e desenvolvimento da Rank Xerox, está a instalar no Sul de Espanha uma nova central de energia solar de 3 Megawatts. E depois?
E depois, que a companhia espanhola, a SOLFOCUS, defende que utiliza uma nova técnica de construção de painéis. Que utiliza muito menos sílica que os painéis normais até agora produzidos e que, por via disso ajusta melhor a capacidade de receber os raios e, consequentemente, produzir mais energia.

Precisamente pelo uso dessa “técnica” a companhia alega que consegue produzir com mais eficiência em menor custo. Um custo de 50 cêntimos o watt, em vez dos normais 3 dólares o watt – o que um painel solar normal fará e terá de custo.
Seja tal verdade ou não, a realidade é que em Espanha existem empresas (e presumivelmente, o Estado por detrás…) a mexerem-se na produção própria de painéis – energia solar, já a um nível de investigação/produção elevado, e a investirem como objectivo estratégico em investigação e desenvolvimento.

(Nota: repare-se no pormenor delicioso e irónico de na página da Solfocus, o português como língua estar ausente, e o Inglês aparecer debaixo da bandeira americana… revelador)
Em Portugal somos muito mais avançados. Temos projectos turísticos megalómanos sistematizados pelo Governo (não importa qual), com anúncios bombásticos. Objectivo: transformar os portugueses em empregados de mesa e fornecedores de serviços de baixo custo e pouca incorporação de valor, seja em que escala seja medido. Para tal lançam-se investimentos:
- Num lado investiga-se numa tecnologia de ponta para criar mercados.
- No outro lançam-se empregos desqualificados sobre uma população em dificuldade.
- Misturados com empreendimentos turísticos que, supostamente, irão gerar desenvolvimento económico massivo.
A população destas áreas nem percebe a rocha na cabeça que lhes vai acertar.
De inicio e como entrada levarão com especulação imobiliária. Seguido de aumento generalizado de preços, isto é, inflação. Depois sazonalidade de preços e fim d e tranquilidade.
Pelo meio perceberão que o prometido desenvolvimento chegará, mas não será para eles.
No fim quando fizerem as contas, perceberão( alguns) que ficaram mais pobres, mais excluidos.
Razão para tal: porque vêem a riqueza ao lado de casa, mas não a sentem no bolso, e os empregos que foram gerados são de baixa ou média qualificação – nada em industrias de ponta (ou sequer em indústrias do que seja…) ou que gere desenvolvimento de novos mercados.
São apenas condenados a pagar um custo de vida de cidade litoral, mas vivendo no interior.
É uma excelente opção estratégica e política, para criar cidadãos submissos.
Mas não há problema. Ninguém se incomoda com isto. A cidadania submissa é um conceito esotérico. Até um dia…
ECOLOGIA, ECOSSISTEMA Damaia – Amadora.
Este post deve ser lido em conjunção com o post Eco sistema de Vallecas
Na magnifica localidade ao redor da Amadora chamada Damaia, a Saint Tropez e Aspen da Amadora – uma terra magnifica, a que não aconselho ir de forma alguma, sem ir equipado de armadura e lança chamas, num suave dia de Agosto do ano de 2007, por lá passava eu … rapidamente e em transito para outro lado.
Quando descubro, vislumbro, e contemplo, emocionado, esta magnifica e resplandecente pérola do autarquismo pós 25 de Abril de 1974, e da construção civil, estilo pato bravo Arquitectura e do Design Moderno e Elegante. Um complexo ecossistema prédio?!mal feito como o raio que o parta a ser construido perto quase em cima de outros ecossistemas prédios com a maior das calmas e financiado pela União Europeia.
E agora que vi o Ecossistema de Vallecas – essa obra menor, por comparação – não posso, em boa consciência, deixar de mencionar o Ecossistema da Damaia – Amadora
Observemos a fotografia numero 1 e fiquemos deliciados com a profundidade estética e arquitectónica da mesma. O estilo estilístico poético gnoseológico que dela emana:
Peço que reparem que aquela zona do lado direito ao lado do poste de iluminação vai ligar ao prédio que está ali. Brilhante. Revolucionária concepção.
Muito útil para treinar salto a vara entre prédios. Ecológico e desportivo simultaneamente.
O outro prédio que se vê ao centro da imagem ficará com esta nova torre de menagem a ser construida a menos 4 metros de distancia. É um encurtamento da distância com nuances ecológicas e estéticas. Para fomentar a boa vizinhança.
Alguns espíritos invejosos e anti patrióticos poderão, desorientados como estão, argumentar que o hipertiroídismo do tijolo é prejudicial à Pátria. Mas não passam de invejosos despeitados que não conseguem apreciar a beleza do betão todo ele aglomerado como se estivesse dentro de uma cabine telefónica.
Já aqui em cima – na fotografia número 2 – decidi deliciar-vos com uma nova e diferente profundidade estética – a mesma imagem mas fotografada para a esquerda numa deriva ideológica fotográfica.
Aquele edifício caixote quadrado que se vê ao centro da imagem e cinzento – perguntei – é o CINE Dom João V (o Dom João V deve estar satisfeito a dar voltas no túmulo…) e vai ficar com o novo prédio como homenagem quase a ele encostado.
É um tributo póstumo que lhe é feito. O CINE Dom João V está semi abandonado. Porque semi abandonado, melhor podemos contemplar o silencio poético que envolve esta obra. Pertence à magnifica Câmara Municipal da Amadora.
Esta câmara municipal é autora da atribuição do alvará de construção deste Ecossistema Damaia – Amadora. Muito Obrigado por o terem feito.
As influências neo góticas estilo RDA, rupestres, verificam-se numa demonstração de nojo arrojo. A construtora San José edifica esta nova obra para a qual me faltam palavras. Tanto bom gosto e ejaculação do cimento e betume deixam-me com lágrimas de comoção nos olhos.
Como já afirmei é “Estética RDA Pura”. Só mesmo Portugal para chegar à estética RDA quando a RDA como país já não existe há 17 anos. A recuperação da tradição faz-se! Digam o que disserem!
Na fotografia 3, temos algo completamente diferente. Uma incursão pelos caminhos do breu, mas semeados de arte. E da momentânea falta de lâmpadas ecológicas. Mas por enquanto.
Temos a imagem visionada de um sitio/lado oposto e que nos permite ver o que vai separar o CINE Dom João V e o Ecossistema Damaia -Amadora prédio?! que desabrocha como uma flor. Esta foto é tirada do lado oposto em relação às outras duas numa manifestação de arrojo estético da minha parte. Podemos também observar partes da deslumbrante colecção de Arte Moderna do senhor Joe Berardo nas paredes, numa recente exposição itinerante que por ali passou.
Que não se diga que o esforço de levar a cultura pós moderna ao povo não é feito.
Já aqui, na fotografia número 4, somos agraciados com a visão espasmódica e escatológica longitudinal ligeiramente torta de, sim, é isso e adivinharam;um «tapume de obras». A segurança deve vir sempre em primeiro lugar. As preocupações com a segurança são apanágio das democracias evoluidas do século 21.
O conceito revolucionário aqui presente neste Ecossistema Damaia -Amadora, é a visão de umas escadas de serviço do prédio que já existe construidas para estarem quase coladas ao prédio Ecossistema que se está a construir. A ecologia aqui manifesta-se pela corrente de ar que a tensão arquitectónica entre ambos faz acontecer. Funcionam, desta forma como “eco-evaporadores – recicladores de O2 em turbilhão incandescente”. Os designers que pensaram nisto estão de parabéns. A ordem do Infante espera por eles no próximo 10 de Junho.
No futuro todos nós experimentaremos à porta de casa no nosso meio da rua prédios Ecossistemas ecológicos como este a serem construidos ao lado dos nossos prédios e habitações. Absolutamente normal neste magnifico país que caminha glorioso em direcção ao futuro.
Porquê? Porque a ecologia arquitectural moderna portuguesa está a tomar conta das ruas, lançando-nos na modernidade. É uma “Movida” mas à portuguesa. O que é absolutamente anormal é existirem ruas a separar prédios e tal construção de design passivo deve ser banida.
Na 5ª fotografia, decidi que não deveria cansar a vista dos meus muitos milhares de leitores com a alegria de contemplarem este Ecológico Ecossistema Damaia -Amadora– ainda poderia alguém ter algum enfarte de miocárdio ou AVC, com tamanha alegria perante o progresso visível, e decidi fotografar num ângulo superior e por outro lado.
Neste Ecossistema Damaia-Amadora, cheio de surpresas, somos mais uma vez, surpreendidos. São surpresas dentro de surpresas. Consegue-se perceber – do lado direito – que existe uma parte branca e cor de rosa cheia de fuligem neo gótica. É o jogo de cores ecológico e ambiental lembrando os bons amaciadores de roupa para a deixarem felpuda e suave.
Por detrás temos a nova «WTT». A ” World Trade Tower” desta abençoada aldeia Megalópole de 30 mil habitantes pertencente ao Concelho da Amadora. Que agora foi designada para ter aqui um Ecossistema Ecológico. Bem hajam, planeadores urbanísticos.
Mas também há um espaço Art Deco, no meio. Um guindaste de obras – à época em que a fotografia foi por mim tirada, apenas e só ali colocado, para representar a dimensão fálica desta construção.
Isto carece de explicação.
As pessoas, criaturas simples e ignorantes, olham e vêem um guindaste. Mas na realidade isto é uma técnica subliminar. Através desta técnica subliminar – mostrando o guindaste erecto no ar – a Câmara da Amadora está, na realidade, a incentivar à natalidade dos Amadorenses – ou seja a incentivar mentalmente e psicologicamente os Damaienses e os Amadorenses a procriarem e a contribuirem para reduzir os problemas de natalidade do nosso país. Tudo em “São Ambiente Ecológico”.
Já na 6ª fotografia os simpáticos milhares de visitantes deste blog são convidados a ver o caminho oposto que leva para as escadas descritas na fotografia 3.
É o tal caminho que vai levar às escadas com as paredes cheias de exemplares da colecção de arte moderna do Joe Berardo. A escuridão parece dar um ar desolado ao lugar, mas não. É apenas para nos criar uma sensação de descida aos Infernos dantescos, mas com o intuito de nos decepcionar positivamente, à posteriori. Tal é assim feito, para criar no visitante a sensação que está a entrar num pardieiro idiota mundo mágico, um mundo brilhante negro, estranho e envolvente – o mundo do Ecotrampa Ecossistema da Damaia – Amadora.
Observamos apesar da distorção da imagem, porque eu, como fotografo, não consegui captar a verdadeira essência sou um asno a fotografar e estava muito sol, em todo o seu esplendor, as figurinhas da Bandeirinha da CE e da Bandeirinha deste grandioso país que dá pelo nome de Portugal.
Bem hajam, amigos europeus e Câmara Municipal da Amadora, por financiarem este tão necessário e ansiado ” Ecossistema Damaia- Amadora”.
Muito Obrigado. Quero beijá-los na boca de felicidade.
Informaram-me que este magnifico Ecossistema Damaia – Amadora aquela coisa cretina que ali está foi começada a construir em Julho de 2007.
Como a obra em questão é arrebatadora e essencial para o futuro deste país, literatura especializada descrevendo o caminho percorrido já saiu para os escaparates.
Recomendando este extraordinário livro cuja capa mostro aqui em baixo:
Descreve-se como criar em todo o país semelhantes porcarias Ecossistemas e de como qualquer autarca para ser um corrupto incompetente vencedor, deverá optar por soluções semelhantes a bem da ecologia e do ambiente.
Existe também um capítulo muito importante dedicado ao suborno – saber o que um autarca tem a fazer para evitar que capitalistas e empresários gananciosos patos bravos de merda da construção civil, tentem impedir a construção de obras ecológicas e ambientalmente puras baseadas no desenvolvimento sustentado, como esta é, corrompendo autarcas.
E, por ultimo, mas não só, um capitulo ensinando os autarcas a melhor promoverem o turismo ecológico saudável na sua autarquia tendo como ponto de partida e “Case-Study” o sistema Ecológico de Damaia- Amadora.
Muito obrigado à Câmara Municipal da Amadora por ter autorizado a edificação deste complexo e moderno “Ecossistema Damaia Amadora”.
Distendo-me às arrecuas cheio de felicidade.
ECOLOGIA, Eco sistema de Vallecas.
Em Madrid, está-se, nos dias que correm… a construir uma estrutura chamada “Eco Boulevard de Vallecas”. Vallecas é um bairro da cidade de Madrid, bastante conhecido, onde milita a equipa de futebol do Rayo Vallecano (segunda divisão espanhola).
A ideia é criar um embrião, um prototipo de projectos arquitectónicos e urbanísticos, baseados na “pesquisa e desenvolvimento” e no design que influi sobre o meio; contrapondo essa ideia ao “design passivo” de edifícios. O design passivo é uma arte muito desenvolvida em Portugal, com a proliferação de caixotes de cimento, quadrados, amontoados uns nos outros que caracterizam o pitoresco deste magnifico sitio a que todos nós nos orgulhamos muito de pertencer.
A ideia deste ecossistema é criar uma área sustentável e sem originar problemas ambientais, não só no que à poluição diz respeito, mas também, à visão do que deverá ser uma estrutura moderna que não fira os olhos quando a olhamos. Uma visita à página da empresa responsável pelo conceito e ao blog revela que o design é rei.
A estrutura é completamente auto suficiente, gerando toda a energia necessária para se auto sustentar através de painéis solares.
A estrutura é feita de materiais reciclados.
O projecto resultou de um concurso público criado pela Câmara municipal de Madrid, em 2004. Era pedido aos concorrentes ao mesmo, aos designers, que criassem um local ao ar livre que transformasse o espaço e a visão do mesmo ao redor da nova arquitectura a construir.
O projecto foi feito também, com a ajuda de um programa europeu, chamado “Environment Life” ou “Life program”. E foi a Urban ecosystems que ganhou a competição com este projecto.
Cada uma das torres de construção tem características de “arvores de ar” e visa condicionar o ambiente envolvente. Como são construidas agora, mas as verdadeiras arvores à volta demorarão vários anos a crescer; a própria construção deverá ter ela mesma, vegetação e arvores lá inseridas. Para assim funcionarem como “evaporadores – transpiradores” e baixarem a temperatura, criando espaços mais condicionados e com temperaturas mais baixas 10 graus.
- Para as poucas pessoas que lerem isto, seria interessante que fizessem a comparação com a Câmara Municipal de Lisboa.
- E que façam a comparação, com o discurso ecológico português, quer do actual governo, quer de um qualquer outro governo de outro partido político.
- E que olhem para as restantes magnificas cidades portuguesas e respectivos arredores e subúrbios.
- E retirem conclusões, acerca da competência e da capacidade da elite portuguesa em, supostamente, gerir este país ecologicamente e não só.
- De caminho, retirem também conclusões acerca da capacidade dos gabinetes de arquitectura portugueses e do seu design e criatividade e comparem com isto.
ADENDA: Post Ecossistema da Damaia Amadora