Archive for the ‘ENSINO’ Category
OCDE CONSIDERA AVALIAÇÃO DE PROFESSORES INDISPENSÁVEL
Fonte: I-online, dia 15 Julho de 2009
O relatório é claro: o modelo de avaliação de professores em Portugal é indispensável por ser urgente criar um sistema de progressão na carreira mais próximo da realidade escolar, mas de difícil aplicação, dados os curtos prazos concedidos pelo governo. É desta maneira que a OCDE avalia o modelo de avaliação docente, conclusões que a ministra Maria de Lurdes Rodrigues considerou, em declarações à TSF, serem um contributo técnico para a melhoria do modelo de avaliação.
A OCDE considera que o modelo de avaliação dos professores aplicado em Portugal, apesar de muito contestado, era “necessário” ao país. “Antigamente a progressão na carreira era feita tendo em conta o tempo de serviço e sem ligação directa à prática efectiva de ensino”, refere o relatório. No entanto, e apesar das dificuldades, “os esforços do governo para introduzir significado na avaliação docente são muito importantes e devem ser postos em prática”.
A organização internacional aponta como factores de dificuldade a natural resistência à mudança e a uma nova cultura de avaliação, e ainda os problemas em operacionalizar o modelo num curto espaço de tempo sem comprometerem os resultados.
O relatório conclui que a prioridade deve ser consolidar a reforma, ainda que aplicando os necessários ajustes, que têm dificultado a sua implementação.
Ø
- O ensino português definido de fora para dentro.
- O interesse nacional português definido por critérios exteriores aos interesses do país.
100 % APROVADOS
Sou um imbecil.
Para que é que eu andei a estudar se me bastava esperar alguns anos para isto ser tão fácil?
Fonte: Correio da manha, 22 Setembro de 2008
EDUCAÇÃO NÃO É QUALIFICAÇÃO
Excelente texto e exemplo no blog legoergosum, chamado “os bárbaros e a tecnologia”.
Representa “exactamente”aquilo que se quer fazer na educação e por acréscimo no país – formar uma massa de acéfalos que não deverão se capazes de pensar, mas deverão todos ser “qualificados”…
O texto é contra isso, mas explica muito bem porque é que se deve ser contra isso. Transcrição.
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Quando eu era adolescente li uma história sobre a segunda grande guerra que me deu que pensar. Parece que os americanos tinham necessidade de construir uma grande quantidade de aeroportos em muitas ilhas do Oceano Pacífico e não tinham mão-de-obra para isso. Muitas dessas ilhas eram habitadas por tribos cujo desenvolvimento estava ao nível do Paleolítico. No entanto conseguiram facilmente, ao fim de poucos dias de treino, operar um bulldozer ou qualquer outra peça de maquinaria usada para construir aeroportos.
Vários anos e muitas leituras mais tarde, percebi que quando um bárbaro se confronta com a civilização, a primeira coisa que aprende dela, e mais facilmente, é a sua tecnologia. Muitas vezes nunca chega a aprender mais nada. Muitas vezes nem sequer chega a imaginar que haja mais nada.
Há trinta anos que o mundo em geral está a ser governado por bárbaros, que da civilização só vêem a tecnologia. Não compreendem que há mais mundo para lá da tecnologia, e que se esse mundo não existisse a tecnologia acabava.
Esta atitude assume muitas formas. Uma delas é o economicismo: a crença que a economia determina tudo na vida dos homens e que a ciência económica explica cabalmente toda a realidade.
Outra é a adoração bacoca da técnica como se fosse um fim em si mesma e não um meio. Quando o Primeiro-Ministro vai às escolas levar computadores, leva a cereja para pôr em cima do bolo. Mas o bolo, onde está? O Primeiro Ministro não sabe. Nem sabe que ele é preciso. Nem sabe que a cereja em cima do bolo precisa de um bolo por baixo.
E temos o caso de Maria de Lurdes Rodrigues a dizer que as escolas servem para as pessoas se qualificarem. Não servem: servem para as pessoas aprenderem. Pela simples razão, que nenhum bárbaro jamais entenderá, que quando o nosso propósito é ensinar estamos a qualificar; mas se o nosso propósito for apenas qualificar, nem qualificamos, nem ensinamos. Ou então damos uma qualificação que se esgota no momento em que o qualificado deixa de ser útil ao qualificador.
E assim voltamos aos construtores paleolíticos de aeroportos: lembremo-nos deles sempre que algum político ou algum yuppie (ou pior ainda, algum político yuppie) nos vier com a treta da qualificação. É que qualificar é fácil, o que é difícil é ensinar.
Quando a guerra acabou e os americanos se foram embora, deixaram atrás de si milhares de pessoas qualificadas para construir aeroportos. Nenhuma delas ganhou fosse o que fosse com isso.
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PLAYSTATION NAS ESCOLAS, DIZEM OS ORNITÓLOGOS…
Um dos sonhos não muito secretos que eu tenho é a criação do dia nacional do tiro ao ornitólogo especialista em educação com restos de dejectos orgânicos especialmente tomates podres, cujos fluidos nunca mais saiam das roupas dos ornitólogos atingidos furiosamente pelos dejectos.
Concluo que isto é até um desígnio nacional a cumprir o mais depressa possível, com o mesmo grau de importância da realização do Euro 2004 ou da Expo 98, por exemplo.
Tem que começar a ser fortemente criticadas, estas criaturas – aves de arribação – intelectualmente irritantes e totalmente incompetentes cujas ideias são intensamente estúpidas ou incompetentes e que fazem uma ideia da escola como sendo um sitio semelhante a um desenho animado. Para condizerem com o país de banda desenhada que dá pelo nome de Portugal…
Deve também apontar-se a enorme irresponsabilidade intelectual e académica destas pessoas e das propostas absurdas com que periodicamente assaltam e ofendem a sociedade – responsabilidade académica derivada da deturpação e sabotagem feita conscientemente por estas pessoas; dos conceitos de liberdade democrática de produção de conhecimento científico, que depois só dão origem a ideias disparatadas.
E na maior parte dos casos é apenas pseudo ciência. Observe-se em baixo – notícia de hoje, 11 de Setembro de 2008 no Jornal Expresso.
Uma ave de arribação ornitológica do eduquês assombra-nos com ideias de playstations nas escolas. Porque não também ecrans de plasma para se verem séries juvenis, raves parties ao final do dia, coffee shops de venda de haxixe na escola como se faz na Holanda para os adultos ou “bar aberto” para todos após as aulas, ou até mesmo umas salas para desanuviar da tensão sexual( poderiam colocar-se lá as maquinas de preservativos) provocada pela ida às aulas?
Tenho a certeza que alguns investigadores já estarão a magicar na ideia…
- Notícia Expresso – uma ornitóloga pós moderna à solta no país da banda desenhada…
Mas vamos ver isto sob outro prisma e verificar até que ponto é que a irresponsabilidade destas criaturas no pseudo trabalho de investigação que julgam que fazem vai e observemos a realidade concreta do que a pseudo investigação científica de facto propõe.
Ou seja observemos a realidade do negócio dos videojogos, os valores do mesmo e observemos investigadores pagos pelo dinheiro dos contribuintes a “legitimarem cientificamente” uma indústria propondo soluções que vão contra qualquer tipo de aprendizagem escolar, seja ela feita numa escola pública ou numa escola privada, como “remédio” para o Stress dos alunos que tem demasiadas aulas.
Talvez a solução fosse ter-se menos horas de aulas com mais eficácia nas mesmas e obrigar os alunos a estudarem um pouco que fosse, em vez de os encafuar dentro de salas de aulas por tempo excessivo e depois propor que o negócio das playstations passe dos 49.9 milhões para os 70 ou 80 milhões…
E além disso incrível que se tenha que “respeitar” o brincar das crianças e se apontem jogos electrónicos como “brincar”…
O ar livre não conta? Os recreios e as actividades ao ar livre não servem? Pois não, aí não há nada que se possa vender…