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O ESCUDO ANTI MISSIL E OS DESTROYERS DE CLASSE AEGIS

A administração Obama tomou uma decisão positiva, provavelmente a única  desde que iniciou o seu mandato.

Numa decisão arrojada, (resta saber se motivada por ter sido forçada a isso, por questões éticas, ou apenas geopolítica…) decidiu suspender a colocação do escudo de defesa anti míssil a ser colocado na Polónia (o sistema de intercepção) e na Republica checa (os radares).

(1) A “teoria oficial” com a qual se procurou “vender a ideia” da aceitação deste sistema de defesa na Europa afirmava que o sistema seria colocado para proteger os EUA e acessoriamente a Europa, de ataques com misseis balísticos intercontinentais, vindos do irão.

(2) A “teoria real” faz perceber que a colocação do sistema visava condicionar e eventualmente atacar um primeiro adversário: a Rússia. (e só acessoriamente o Irão, como segundo adversário…)

ESCUDO ANTI MÍSSIL - ESQUEMA

(3) Também visava condicionar a Europa, e continuar a fazê-la depender dos sistemas de defesa norte americanos. Acaso a Europa decidisse gastar dinheiro a implementar um sistema próprio de defesa e a tornar-se “musculada” com o Irão ( Por Europa entenda-se a França e a Alemanha), esta manobra de suposta altruísta generosidade, desmobilizaria dentro da União Europeia quaisquer veleidades de impor um sistema de defesa próprio europeu. (Os polacos, à cabeça a apoiarem as posições americanas…)

Quanto ao Irão, apesar de representar um perigo, é apenas o primeiro bode expiatório oferecido à opinião publica Ocidental (e do resto do mundo), para tentar ocultar aquele que é considerado o verdadeiro adversário estratégico dos EUA ( o que volta novamente a ser designado por tal).

Se o Irão cair será um agradável beneficio e se se tornar um estado na órbita dos EUA, será mais um bónus dadas as riquezas petrolíferas do país e a posição estratégica do mesmo.

ESQUEMA DE DESTROYER DA CLASSE AEGIS - NROL21_04A não ser assim, e se o perigo fosse mesmo o iraniano, teriam sido colocados misseis defensivos em Destroyers da classe Aegis, a serem colocados respectivamente, no médio oriente (mediterrâneo) e no mar báltico.

Acaso fosse o Irão o “alvo inicial” da política externa norte americana, teria sido desde logo uma solução baseada em Destroyers da classe Aegis a adoptada pela administração Bush.

Até porque sai mais barata, uma vez que o sistema já existe e os EUA tem mais de 50 destroyers desta classe em funcionamento.

Após pressões russas, para não ser implementado um sistema destes e após anuncio pelo russos que iriam colocar um “contra” sistema de misseis no enclave russo de Kaliningrado, localizado entre a Polónia e a Lituânia, estes decidiram imediatamente fazer marcha atrás na implementação do sistema de misseis entre a Polónia e a Lituânia.

Apesar dos russos não serem flor que se cheire, ninguém gosta de sair de casa e ter armas (imediatamente) apontadas…especialmente por alguém que é “aliado” como os EUA afirmam ser…

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Written by dissidentex

05/10/2009 at 9:24

ESCUDO ANTI MÍSSIL

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Com Barack Obama, as diferenças entre a política externa norte americana dos horríveis anos Bush e a actual começam-se a fazer sentir no imediato. O dinamismo que emana da nova administração a a apresentação de políticas de mudanças concretas são imediatamente visíveis.

Com George Bush, o projecto do horrível escudo anti míssil, a ser colocado na Polónia e na República Checa, ameaçava a estabilidade e a paz mundial, criava tensões entre os parceiros regionais dos EUA na Europa e a própria Europa e desestabilizava o mundo inteiro, incitando a uma corrida ao armamento.

O próprio clima era afectado e os transportes chegavam fora dos horários estabelecidos por causa do Bushismo.

Com Obama temos agora uma diferença importante. Jornal de Notícias, 8 de Novembro de 2008

escudo-anti-missil-obama

A diferença está em que, é absolutamente diferente “lançar um projecto” de um escudo anti míssil chamando-se George Bush e sendo-se um calhau com olhos desonesto do pior que há, ou “prosseguir” um projecto.

Prosseguir é diferente de fazer, porque a campanha de Barack Obama foi feita sob o signo da “Hope”/ Esperança” e “Change/Mudança”.

E como tal escolhem …“prosseguir” o projecto de escudo anti mísseis.

E toda a gente sabe que a honestidade da administração Obama que “prossegue coisas” é diferente da honestidade da administração Bush que fazia “coisas horríveis”

A mudança é clara. Consubstancia-se na palavra prosseguir.

Nota 1: O acima escrito não significa apoio à administração Bush.

Nota 2: sou inteiramente a favor, no actual quadro geo político; da instalação dos mísseis em questão.

A questão é, no entanto, outra. Não comer as pessoas por parvas querendo fazer crer que a actual administração americana em questões fundamentais de política externa, económica e geoestratégica irá mudar um milímetro que seja apenas porque Barack Obama foi eleito.

Written by dissidentex

08/11/2008 at 15:06