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O CULTO DO ABUSO DE PODER EM PORTUGAL
No dia 29 de Março de 2009, no blog Agua lisa 6, o autor, João Tunes, inseriu este post:
(1) concordo inteiramente com o conteúdo deste post do Agua Lisa 6.
(2) Concordo inteiramente com a expressão, contida na frase ” banalização do abuso de poder”.
Ø
No artigo “Exposição Darwin – Gulbenkian 13 de Fevereiro de 2009” já eu próprio tinha escrito o seguinte:
“…E como sempre em Portugal uma exposição que deveria começar a ser inaugurada às 7 horas da tarde começou perto das nove da noite.
Antes, pelas 4 horas da tarde, começou a existir um “beberete” , um lanche cocktail, um “get together” para que a fauna pseudo cultural pudesse aceder os faustos do império decadente.
Depois veio o rei mor deste espectáculo chacina.
O senhor Aníbal Cavaco silva, uma pessoa que de cultura nada tem, próximo da Opus dei, a organização anti Darwin por excelência, que conseguiu ocupar numa visita privada a exposição, conseguiu ocupar, escrevia, quase uma hora.
E o que era para começar à 7 da noite deu para eu percebesse, o porquê de não ter começado, quando sai do local as 8.15 da noite e vi a “comitiva a sair“. Iria começar quase perto das 9 da noite.
1500 pessoas aglomeravam-se como se fossem saldos, uma qualquer black friday do corte inglês, para entrar numa porta pequenina, à vez, para irem ver a exposição, que era vista em 5, talvez 10 minutos e saiam para a rua por uma outra porta da Gulbenkian.
E quando eram 9 e 5 minutos da noite perante o vislumbre de 200, talvez 300 pessoas ainda em espera para entrarem para a exposição, uma das pessoas que mais destoava daquele ambiente (isto é, eu) saiu nos seus ténis cinzentos e de casaco verde camuflado, para a rua, para ir apanhar o autocarro mais mais próximo (que horror, que proletário…) e ir para casa.
É verdade. Não vi exposição nenhuma e estive à espera dela…quase duas horas inteiras.”
Ø
JOSÉ SÓCRATES, O EMPREGADO DO MÊS DA JP SÁ COUTO
A crise é algo que toca a todos. Aquele senhor que é primeiro ministro de Portugal também sente os efeitos da crise. Como muitos portugueses que passam dificuldades, o senhor que é primeiro ministro de Portugal, arranjou um segundo emprego. Para ajudar a pagar as contas da agua e da luz.
É vendedor. Sai do emprego como primeiro ministro e vai vender material informático.
A empresa que o contratou decidiu, recentemente, devido à dedicação que o senhor que é primeiro ministro tem, atribuir-lhe o prémio de “EMPREGADO DO MÊS”.
A inspiração para este cartaz originou de Wo Have Kaos in The garden. Que pode ser encontrado AQUI.
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Isto vem a propósito do senhor que é primeiro ministro ter participado na Cimeira Ibero Americana. Onde decidiu deixar de ser o primeiro ministro (o seu primeiro emprego) e passar a ser um vendedor comercial (o segundo emprego) de computadores.
Com o tacto que o caracteriza, decidiu oferecer um computador Magalhães aos chefes de Estado e de governo. Ofereceu um computador para crianças a chefes de Estado adultos.
Nas rádios portuguesas, era explicado qual era o objectivo da visita: José Sócrates ia para vender Magalhães. José Luís Zapatero ia para convencer os outros países a adoptarem uma posição de apoio à entrada da Espanha para o grupo G20.
Zapatero faz política.
Sócrates faz propaganda e vendas.
OS POLÍTICOS E A VENDA DE PESADELOS
Antigamente, os políticos prometiam aos seus eleitores, nas campanhas eleitorais que faziam, que iriam fazer alcançar um qualquer sonho que julgassem que os eleitores quereriam, caso votassem neles.
A mensagem política era, neste sentido, “positiva” prometendo ideais ou ideias de felicidade colectiva e harmonia da sociedade a serem alcançadas se os eleitores votassem nesse político ou no partido político por trás.
Depois, lentamente mas com segurança, a grande aliança entre o poder económico e o poder político começou a diluir esta ideia, esta forma de fazer política, a política.
O poder económico começou a criticar as promessas irrealistas dos políticos (aquilo que o poder económico apelidava de promessas irrealistas) e os políticos, por sua vez, começaram a acomodar estas exigências dos membros do poder económico e a aceitarem o crescente poder do mesmo.
E lentamente mas com segurança, os políticos passaram a ser apenas olhados e a verem-se a si mesmos como “gerentes sofisticados” de uma sociedade e de um sistema. Os “gestores de empresas” eleitos através do voto universal.
E lentamente mas com segurança, começaram a deixar de ter credibilidade. E lentamente mas com segurança, esta atitude minou a democracia como conceito e fez as pessoas perguntar: para quê eleger “gestores”, se a democracia pressupõe que se votem em“políticos”?
E lentamente mas com segurança, muitas pessoas perceberam a razão de ser da expressão “Gato por lebre”
Era a tecnocracia – uma sociedade de “técnicos” – a tomar conta da parte política dos sistemas de organização da sociedade.
E lentamente mas com absoluta insegurança, sem terem já capacidade de prometerem sonhos e o alcançar desses mesmos sonhos, os políticos viram-se numa encruzilhada de problemas. Não conseguíam convencer as pessoas a aderirem a qualquer causa ou situação que requeresse apoio e suporte.
E então a partir do dia 11 de Setembro de 2001aterrou-lhes em cima o gatilho do medo que fez disparar a nova situação que tanto os alegra.
Agora e desde essa data os políticos já não prometem sonhos. Deixaram mesmo de o fazer!
Agora rapidamente e para nossa insegurança, prometem libertar-nos de pesadelos; pesadelos esses que são tão maus e tão horrorosos que nós não os podemos ver nem compreender.
Agora os políticos querem que sintamos medo, mas um medo que é ainda mais desproporcionado e maior do que realmente é e existe.
Só assim estas criaturas medíocres, que se renderam ao poder económico e à tecnocracia podem existir e fingir que são alguma coisa.
Jornal Expresso, dia 07 de Outubro de 2007
TRADUÇÃO:
“Protege-los-ei do pesadelo horrível que é a crise financeira mundial, à qual nós somos alheios, e garantirei que o Estado (e o Estado sou eu, julgo eu e tenho a certeza) vai apoiar toda gente, as vossas poupanças estão seguras.
Todos estão em crise, no mundo inteiro, mas eu protege-los -ei, e o Estado (Eu) não deixará de fazer o que puder, contra este pesadelo que vocês não conseguem ver nem compreender, mas nós (isto é eu, o Primeiro Ministro) conseguimos ver e compreender e protegê-los.
Os pesadelos que vocês não vem nem compreendem vem de fora, são estranhos e inquietantes, satânicos e maus, mas eu orientarei a economia portuguesa para matar os pesadelos que vêm de fora.
Confiem em mim. Sou o vosso pai, caço pesadelos logo pela manhã e como-os ao pequeno almoço barrados com manteiga.
SILENCE I KILL YOU, SILENCE I RULE YOU
“…mas temos um rumo e não nos desviaremos dele…”
Cavaco Silva, quando foi primeiro ministro dizia que existia um caminho seguro e um homem determinado ao leme do barco com o nome de Portugal… Fonte da imagem: Jornal Público de 20 de Setembro de 2008
Penso que isto demonstra bem o estado de completa decadência deste senhor, que já está transformado numa marioneta que acredita nas coisas que vai dizendo – da mais pura propaganda possível – em relação ao país e ao seu próprio governo.
Existem bonecos equiparáveis e tão ridículos como o senhor que é actualmente primeiro ministro. Mas gosto mais do boneco com as feridas expostas do que do boneco Pepsodent.