- «Instado a comentar – enquanto ex-ministro da Justiça e da Administração Interna – a recente polémica em torno das escutas telefónicas, António Costa foi peremptório: “Sempre entendi que as escutas devem ser de tal forma excepcionais que não deve haver escutas fora de processo-crime”. “Tenho visto no PS e no PSD muitas pessoas entendendo que se devia rever a Constituição para habilitar os serviços de informação a realizar escutas telefónicas. A minha opinião pessoal sempre foi contrária e não mudei de opinião nos últimos três meses”, sublinhou.» (SIC)
Archive for the ‘ALEMANHA’ Category
O GOVERNO DO PSD E AS “GOLDEN SHARES” NA EDP, PORTUGAL TELECOM E GALP
Uma golden share é uma participação accionista detida pelo Estado, que apesar de ser minoritária confere poderes especiais.
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O ex-líder parlamentar do PCP Octávio Teixeira acusou esta segunda-feira o Governo de cometer um crime económico ao prescindir dos direitos especiais que detinha na Portugal Telecom, Galp e EDP.
«O Governo cometeu um crime económico contra o país quando decretou que prescindia dos seus direitos especiais na PT, Galp e EDP, que valiam centenas de milhões de euros, e ofereceu-os de graça», disse o economista e ex-líder parlamentar dos comunistas.
Segundo Octávio Teixeira, as acções que constituíam as golden shares as referidas empresas valiam muito mas, tendo em conta que o Governo prescindiu dos respectivos direitos especiais, quando as mesmas forem vendidas «já serão ações ordinárias com pouco valor económico».
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Notícia da comunicação social, dia 18 de Julho de 2011.
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O QUE ESTÁ A SER MUITO MAL FEITO, MAS MESMO MUITO MAL FEITO: DAR DE OFERTA MILHÕES DE EUROS AOS ACCIONISTAS DA PT, DA GALP. ETC.
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Golden shares acabam em Portugal, mas mantêm-se em nove países da UE
PORTUGAL PERIFÉRICO
Um das coisas mais comuns que se aponta à construção europeia é a necessidade que esta ideia gerou, de definir que a (1) “harmonia territorial” e a (2) “coesão do território” seriam alguns dos valores essenciais para o desenvolvimento europeu, a par de conceitos mais conhecidos como a democracia, os direitos humanos,etc.
Para tal há que pensar em termos estratégico a nível da Europa, ou até de Portugal.
Como tal é necessário que os decisores políticos pensem nas forças de mudança futuras, que irão influir no espaço e na organização do espaço.
Isto porque as características de um dado território apenas mudam, de forma lenta e continuada, quando bastante tempo passou.
É pois fundamental acelerar ou planear em antecipação. Caso se consiga fazê-lo.
Uma das formas de o fazer é pensar na área de comunicação, encarando como tal nessa área, os transportes – a capacidade de mobilidade de uma dada população num dado sitio ou zona.
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A luta que existe entre decisores divide-se em duas partes:
(A) os que apoiam uma mais forte competitividade global da economia (orientação para a competitividade)
(B) os que apoiam a promoção de equidade e justiça, especialmente num nível local e regional e dentro da união europeia isto é ainda mais urgente para países como Portugal que são “periferia”. (orientação para a coesão)
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Para Portugal, é fundamental que seja a ideia da coesão a vingar.(Embora não resolva tudo)
O nosso interesse nacional depende disso. O nosso interesse nacional depende da aplicação de uma lógica orientada para a coesão, sem a qual não conseguiremos sobreviver.
Não temos tamanho, nem escala, para enfrentar uma lógica modelar orientada para uma extrema competitividade europeia.
Não podemos fazer isto que se mostra abaixo:
Não temos tamanho nem poder económico para fazer isto. É uma realidade concreta, que discursos bonitos e voluntaristas não conseguem apagar.
Estamos na periferia, afastados do centro europeu.
Num mundo em que se sabe que o numero de empregos a criar – no futuro – será menor, é da natureza das coisas que uma área que faz parte do centro da Europa, os consiga atrair mais facilmente do que uma área que não faz.
É da natureza das coisas que uma área do centro da Europa – melhorada – ainda atrairá mais facilmente mais empregos do que uma periferia.
A “escala” das divergência entre regiões europeias ( o centro e as periferias) terá assim tendência em alargar-se enormemente – mais ainda do que já está.
Um país como Portugal fica “exaurido” de recursos só para pagar um TGV, um aeroporto, uma ponte, que são pequenos empreendimentos, quando comparados com este em França, mas também com outros como os jogos olímpicos de Londres de 2012 ou as constantes requalificações feitas pela Alemanha no seu território.
Este é um mapa (não vou indicar a fonte) do produto interno bruto europeu no ano 2000. Quanto mais carregada for a cor, mais alto é o produto interno bruto da área.
Observe-se a “força” (o poder bruto) do centro da Europa (e a correspondente capacidade de atracção de empregos e recursos…)
Repare-se na periferia que dá pelo nome de Portugal.
Embora o produto interno bruto seja apenas um dos critérios de análise em relação a uma sociedade, isto prova, no entanto, como estamos a jogar um jogo, o qual nunca iremos ter hipótese de vencer.
Partimos em larga desvantagem. Nunca a recuperaremos se jogarmos o jogo pelas regras de outros.
É por isso que a França de Sarkozy pode lançar obras gigantes. Tem o seu próprio orçamento de Estado e a sua “enorme escala” e tem países mais pequenos (como Portugal) a ajudarem com contratos para construção de infraestruturas que – após terem sido feitas – continuarão a colocar Portugal numa periferia, onde já está e da qual nunca sairá.
E cito uma parte do post inaugural deste blog:
Como povo, somos vitimas de uma mistificação nacional.
EURO 2008, FUTEBOL E NACIONALISMO NO PIOR SENTIDO DA PALAVRA.
Ainda sobre o Euro 2008, e de como o nacionalismo no pior sentido da palavra surge, e está a ser explorado, embora seja também denunciado. Orhan pamuk, prémio Nobel da literatura citado a partir de um blog da globo:
O Prêmio Nobel de Literatura em 2006, Orhan Pamuk, diz que o futebol na Turquia serve para alimentar os pensamentos nacionalistas e xenófobos , mas ele afirma que mesmo assim está torcendo pelo país no Euro 2008. Em uma entrevista ao semanário alemão Der Spiegel, ele contesta bastante a maneira com que a imprensa turca encara o futebol. A cobertura do jogo contra a Suíça em 2005 é o seu exemplo favorito. Os seus conterrâneos encaram a derrota em um jogo que acabou com um batalha campal como fruto de péssima arbitragem e de uma conspiração, uma leitura dos fatos que o incomodou bastante. Pamuk venera as transmissões radiofônicas, porque foram elas que nos trouxeram o futebol.
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Durante o campeonato, manifestaram-se os polacos com a sua habitual “técnica” intimidatória, vinda do ultra conservador partido católico, chamado precisamente Partido conservador, à propósito de Lukas Podolski e Miroslav Klose, jogadores que jogam pela Alemanha, mas são polacos de nascimento.
Não só foram “excomungados” ?!?! como se exigiu que se “tomasse medidas”.
O mais engraçado é que a Polónia jogou durante o campeonato com um jogador brasileiro naturalizado somente há dois anos. Podolski e Klose vivem na Alemanha há mais de 20 anos. Noticia Record.
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Na Croácia, talvez por ser um país recente, a técnica é a música e a exaltação patriótica. Como nos informava o jornal espanhol Marca de 09-06-2008.
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Já o nacionalismo português é, de algum modo, diferente. Não é um nacionalismo agressivo como os anteriores – por enquanto – antes é um nacionalismo que pretende fazer de nós – os nacionais de origem do próprio, de parvos.
É um nacionalismo bacoco, misturado com aproveitamento político de situações que se manifesta da seguinte maneira:
Casualmente, inteiramente por coincidência, acaso, destino cósmico, até tínhamos pensado ir até Viseu. Por estranha coincidência e absoluto acaso, até íamos tratar de um assunto particular que não dizia nada a ninguém.
E então juntamos o útil ao agradável e damos um saltinho – que ninguém vê – ali ao lado até Viseu e cumprimentamos os rapazes.
A titulo particular, cumprimentamos publicamente e de forma pública mas privada ao mesmo tempo, os rapazes às 4 da tarde. Nacionalismo pseudo demonstrado de forma discreta, misturado com oportunismo político e uma atitude de “picar o ponto”.
Isto para consumo interno.
Para consumo externo o nacionalismo português manifesta-se através de demonstrações de vaidade e peneiras, totalmente deslocadas de qualquer sentido de lógica ou bom senso.
Vai-se para um encontro europeu para discutir quais serão as novas cedências de Portugal, e uma vez aí chegados, proclama-se acreditar na vitória de Portugal contra a Alemanha nos quartos de final do europeu, e até se diz isso à Chanceler alemã (mensagem subliminar: estão a ver como nós somos fortes e até na cara dos alemães lhes dizemos que vamos ganhar? ).
Extraordinário este nacionalismo de veludo e persuasão. Nada do barbarismo dos turcos, vendo conspirações em todo o lado após derrotas, ou dos barbáros nacionalistas católicos polacos a escreverem em blogs contra jogadores alemães nascidos na Polónia ou – suprema heresia – tipos com brincos que são seleccionadores nacionais e tocam rock nacionalista.
Não.
O nacionalismo português é que é, verdadeiramente, um “caso-de-estudo” e uma originalidade. São viagens nacionalistas/oportunistas políticas a “titulo particular”. Louça fina é outra coisa.
Só é pena este nacionalismo de veludo e persuasão não ter aproveitado já que ia até à Alemanha a titulo de trabalho, (ou seria a titulo particular ?) e ter dito à Chanceler para ela travar a deslocalização da Siemens. Mas enfim, como estamos perante um caso de nacionalismo persuasivo-peneirento, as coisas são o que são.
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Os sintomas estão ai, e o futebol é o veículo – é um dos veículos para os disseminar ainda mais. Como não se pode acabar com o futebol, (nem é desejável…) o problema irá manter-se sempre em estado latente.
MATHIAS SINDELAR, O HOMEM DE PAPEL.
Mathias Sindelar
08/02/1903 – 23/01/1939
Existem razões para gostar de futebol que se prendem com a beleza estética do jogo, a táctica, a estratégia, os elementos de imprevisibilidade do jogo, a incerteza no resultado. E existem pessoas únicas, fantásticas, fora de série que deram ao jogo o seu reconhecimento mundial, que se sacrificaram e correram perigo pelo jogo. (Vídeo 1-7 minutos – Vídeo 2 -7 minutos – dobrados em espanhol)
Uma dessas pessoas chamava-se Mathias Sindelar. Um desconhecido para muita gente.
Um avançado centro como se designava há 75 anos atrás de superior qualidade. Nacionalidade austríaca, pertencente aquela que é considerada a melhor equipa austríaca de sempre e a uma das melhores equipas de futebol de sempre. Uma equipa mítica pela maneira como jogava.
A equipa ganhou o nome de “Wunderteam” /equipa maravilha. Entre 1931 e 1933 passaram a ferro todas as equipas da Europa, por resultados dilatados mesmo pelos padrões daquele tempo. Apenas a Inglaterra conseguiu ganhar a esta equipa, na Inglaterra, por 4-3 embora perdendo na desforra na Áustria por 2-1. O resto foi tudo arrasado por resultados de 8-0 e 5-0, etc. No jogo dos 4-3 Sindelar marcou um golo que foi considerado até aí ( e já existia futebol há 50 anos) como o melhor golo de sempre.
Esta “Wunderteam” marcou 54 golos, enquanto existiu. Sindelar marcou 27, metade dos golos. Até pelos padrões actuais isto é um numero alto. Recebeu na Europa a alcunha de “Mozart do futebol”.
A “Wunderteam” praticava um estilo de futebol chamado de “futebol escocês”, ou futebol de pé para pé, futebol apoiado, com uma táctica de 2-3-5. Por oposição, ao futebol de inspiração inglesa, o futebol de passe longo e corrida, que mais tarde viria a chamar-se de “Kick and Rush”.
A Áustria e os austríacos não se consideram nem se consideravam iguais aos alemães, apesar de falarem a mesma língua e terem as mesmas tradições. A rivalidade é intensa e imensa entre ambos os povos. Nos anos 30 do século 20 essa rivalidade significou, por exemplo, que os alemães escolheram adoptar como sua, a variante do estilo de jogo inglês; enquanto que os austríacos adoptaram a variante do estilo de jogo escocês e superaram-na, antes da segunda guerra mundial (1939-1945).
Até neste pequeno pormenor se verificava existir uma diferença marcada de estilos e uma acentuação da rivalidade.
Sindelar era o melhor futebolista da Europa ( do mundo) nesses tempos. Alcunhado de o “homem de papel” quer devido à forma suave como passava a bola e se movimentava dentro do campo, quer devido a ser franzino. Marcava muito golos, era magro, fumava e não gostava de treinar. Fazia noitadas com senhoras de má vida e sem ser de má vida, adorava jogar às cartas e fazia saídas nocturnas em cabarets e bares, bem como participações nas festas da alta sociedade de Viena, e a imprensa adorava-o.
Sindelar optou por enfrentar o nazismo em 1938. Viria a morrer em Janeiro de 1939 com 36 anos em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas.
Antes de morrer mostrou que era um homem e tomou posições claras contra o nazismo.
Em 1934, no campeonato do mundo disputado na Itália, o arbitro sueco da semi final, que opunha a Itália à Áustria, (Itália jogava em casa) não viu uma falta clara para grande penalidade feita sobre Sindelar. A Itália de Mussolini passou à final. Mais tarde soube-se que o arbitro tinha simpatias fascistas e tinha sido persuadido… ( li isto algures sobre o assunto).
Sindelar e os austríacos devem ter logo aí visto a face do fascismo/nazismo europeu a sobressair. No jogo de apuramento do 3/4 lugar a Áustria enfrentou a Alemanha. Também nesse jogo existiram irregularidades de arbitragem a prejudicar a Áustria.
Sindelar era de origem checoslovaca. A Gestapo tinha uma ficha sobre ele e sobre a família dele (Vídeo 2 explica).
Em Fevereiro de 1938, o então chanceler austríaco Kurt Schuschnigg negoceia com Hitler uma trégua. Embora as condições da trégua fossem claras e estabelecessem que os elementos nazis austríacos deveriam entrar no governo a ser formado. O Chanceler perde o controlo da situação. A 13 de Março o exercito nazi entra na Áustria. A 10 de Abril um referendo feito já sobre os auspícios do 3º Reich confirma por 99% a anexação convertendo a Áustria em província da Alemanha.
A Áustria deveria aceitar ser anexada. No dia 3 de Abril de de 1938 iria ser realizado o ultimo jogo de futebol da selecção austríaca – a Wunderteam. Com a Alemanha, sendo o jogo organizado como acto de propaganda, e como símbolo da união entre os dois povos.
Ao que se sabe existem relatos que dizem que os austríacos foram proibidos de ganhar. A Wunderteam apesar de ser uma equipa já em declínio em 1938 e com muitos jogadores a passar dos 30 anos era ainda uma equipa de respeito, melhor que a Alemanha.
O desafio deveria terminar com um empate.
Fartos de se auto restringir, vários dos jogadores austríacos entre os quais Sindelar, começaram a jogar à bola na segunda parte. Sindelar marcou um golo e o seu amigo Karl Sesta marcou outro. E foram festejar em frente dos dignitários nazis que assistiam ao jogo.
Os nazis nunca perdoaram a Sindelar o gesto.
Sindelar recusou-se sempre a sair da Áustria e recusou-se doravante a jogar pela Nova Alemanha, invocando para tal ou a idade ou lesões.
No dia 23 de Janeiro de 1923, com a sua namorada de origem italiana Camilla Castagnola, Sindelar foi encontrado morto em sua casa, envenenado por monóxido de Carbono. Castagnola foi encontrada viva, inconsciente, mas já não pode ser salva.
Há várias versões relativas à responsabilidade da morte. Ou a Gestapo, ou outras causas.
Ambos os vídeos explicam as teorias relacionadas coma morte deste magnífico jogador. São dobrados em Espanhol.
Mathias Sindelar – Wikipedia, mais as ligações dentro dela.
Para nos lembrarmos que o futebol é de pessoas como Mathias Sindelar que é feito e não de astros da bola idiotas como vemos por aí….
VIGILÂNCIA ELECTRÓNICA. Dados pessoais e privacidade.
Tipo de post: descrição da sistematização da perseguição e estigmatização a utilizadores de Internet. Demonstração de como o conceito de cidadania está a ser atacado de forma subterrânea pelos que o deveriam defender. De como a ordem jurídica e as forças estatais de aplicação da força organizada estão a ser desvirtuadas para não aplicarem força organizada a combater o crime, mas sim a desvirtuarem o conceito de crime e de perseguição ao mesmo, promovendo os interesses de empresas privadas. De como se transforma a sua actuação de geral e universal, para especifica e dirigida a grupos de cidadãos em inferioridade técnica e de conhecimentos, para se poderem defender, quer do Estado, quer de corporações provadas e dos seus interesses.
Como se faz: criando uma ( s ) ferramenta, perigosa, que dissemina (m) um tipo de programa perigoso para os computadores de qualquer pessoa: o Spyware. Com características especificas. Ou perseguindo utilizadores-criadores de Bittorrents. Ou oferecendo ” benesses ” de vigilância ao FBI. Ou alterando constituições. Ou instilando notícias que veiculam o medo.
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Para ” proteger os direitos de autor “, existe nos Estados Unidos uma sinistra organização. Chama-se MPAA. É a nova inquisição dos tempos modernos, com tiques fundamentalistas, profundamente anti democrática e invasiva. Info online de 26 de Novembro de 2007:
” SÃO PAULO – A MPAA criou uma ferramenta para universidades suspeita de atuar como spyware.
A polêmica começou no início de novembro, quando a MPAA (Motion Picture Association of America), entidade que representa os estúdios de Hollywood, disponibilizou uma ferramenta para monitorar redes em universidades.
A MPAA avalia que as bibliotecas de faculdades americanas são centros de intenso tráfego de arquivos protegidos, em função da boa qualidade de conexão nas universidades e do anonimato de quem utiliza as máquinas.
Para restringir o que considera pirataria, a MPAA desenvolveu um toolkit em código aberto para instalar nos PCs de universidades americanas. A MPAA entrou em contato com 25 universidades dos Estados Unidos oferecendo o kit.
A ferramenta, diz a MPAA, monitora a quantidade de dados trafegada na rede e em cada PC usando programas de torrent e conexões P2P.
Segundo a MPAA, o aplicativo gera relatórios que não identificam qual usuário baixou qual conteúdo, mas dá para a TI das universidades informações para que ela monitore se seus PCs estão usando torrent demais e, assim, identifiquem possíveis usos irregulares de suas redes.
Uma das universidades convidadas a aderir à ferramenta, a University of Pennsylvania, na Filadélfia, analisou o código e considerou o aplicativo perigoso.
Segundo os especialistas da Pennsylvania, existem códigos que permitiram identificar que tipo de conteúdo está sendo baixado em cada PC e, mais grave, documentar quais foram os sites e conteúdos visitados pelos usuários. A MPAA nega que deseje espionar estudantes.
Felipe Zmoginski, do Plantão INFO”
Clicando na ligação da ferramenta ( toolkit MPAA) dá erro e “file not found”. A ” ferramenta” ao que parece foi retirada, ou não aceite pelas Universidades.
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A invasão continua é o vírus chega ( chegou) à Europa. O governo alemão prevê conceber um projecto e gastar dinheiro para criar um spyware especial. Para que este, se possa introduzir nos computadores e detectar, via teclado dos mesmos, quais as frases e usos que os utilizadores mais fazem , quais os sites que mais acedem, o que fazem. Cito o Blog Quintus em 2 de Novembro de 2007:
” O “Spyware” alemão seria introduzido nestes computadores suspeitos através do envio de uma mensagem de correio electrónico com um anexo contendo o “Spyware” e parece ser muito idêntico na forma e nos objectivos ao já existente CIPAV do FBI…
… Este novo projecto é uma forma do governo de Merkel de contornar a decisão judicial de Fevereiro deste ano onde a Justiça alemã esclareceu que era ilegal a investigação à distãncia de um computador de um suspeito, mas agora… Que o Spyware se introduz e que passa a capturar dados localmente, formalmente já não existe uma “inspecção à distância”…
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Ainda na livre e democrática América da tarte de maça e do sonho americano, o FBI, criou um software chamado “Cipav”. No blog Quintus surge a situação descrita da seguinte maneira:
” … O Tribunal do Estado autorizou o FBI a usar esse tipo de software – geralmente usado por hackers, spammers e por cibercriminosos – já que “os utilizadores da Internet” não podiam esperar que certo tipo de dados sobre a sua presença na Internet pudessem permanecer anónimos”. O FBI terá enviado o “FBIware” para uma conta anónima na popular rede social MySpace, …”
O programa, descrito num tribunal de Washington por um agente do FBI descreve o produto como um “computer and internet address verifier” (CIPAV). Um artigo da Wired News (ver AQUI). As características do Spyware do FBI são confidenciais… Mas sabe-se que consegue recolher no computador infectado os seguintes dados:
- O endereço TCP/IP
- O MAC address de todas as placas de rede instaladas
- Uma lista dos portos abertos TCP e UDP
- Uma lista de todos os executáveis que estão a correr
- A versão do sistema operativo, assim como o seu número de série
- O Internet Browser e a sua versão
- O nome do utilizador logado e a sua empresa registada
- O último URL visitado
Todos estes dados são recolhidos pelo Spyware e enviados para um computador do FBI na Virginia.
O FBIware é perfeitamente legal (nos EUA) e está protegido por uma sentença do Tribunal de Apelos dos EUA segundo o qual este tipo de vigilância que não captura o conteúdo de comunicações pode ser usado sem mandato judicial, já que os utilizadores da Internet “não podem esperar razoavelmente manter secretos este tipo de dados”.
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Num passeio pela avenida da memória, já em 2001 tinham existido rumores ou mais que isso acerca da colaboração da Symantec – uma empresa que produz antivírus e produtos do mesmo estilo relativamente ao facto de, aparentemente ou supostamente, a Symantec ter produzido uma ferramenta que possibilitasse ( possibilitou … ) o FBI de ter acesso aos computadores pessoais que tivessem produtos da Symantec instalados. Tendo a ferramenta instalada a Symantec criaria uma programação que não a actualizaria (à ferramenta) de forma a “retirar ” essa ferramenta – esse Keylogger – deixando-o estar e parecendo fazer legitimamente parte dos programas ( instruções de programação) de antivírus. Cito uma fonte internacional:
“” Eric Chien, chief researcher at Symantec’s antivirus research lab, said
that provided a hypothetical keystroke logging tool was used only by the
FBI, then Symantec would avoid updating its antivirus tools to detect such
a Trojan. The security firm is yet to hear back from the FBI on its
enquiries about Magic Lantern but it already has a policy on the matter.
“If it was under the control of the FBI, with appropriate technical
safeguards in place to prevent possible misuse, and nobody else used it –
we wouldn’t detect it,” said Chien. “However we would detect modified
versions that might be used by hackers.””””
A Symantec negou sempre isto, mas não convenceu…
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Como o controlo sobre o que os utilizadores fazem não é suficiente ou pelo menos aparenta não ser suficiente, a justiça americana encarrega-se de “dar legitimidade” sob um outro ponto de vista. Um americano – com um sistema Linux – geria um site de bittorrents, que distribuiu uma cópia do filme Star Wars 3, foi condenado. A condenação obrigou-o a passar a usar Windows em vez de Linux. Noticia Info de Abril:
“”” SÃO PAULO – Administrador do site EliteTorrents só poderá usar micros com Windows, pois polícia irá monitorar suas atividades. Scott McCausland confessou que foi o responsável pela distribuição do filme “Star Wars III – A vingança dos Sith” dias antes da estréia do longa nos cinemas. Como punição, a polícia da Virgínia, nos Estados Unidos,
condenou McCausland a cinco meses de prisão e o uso obrigatório de um software de monitoramento online.
Ocorre que o tal software só tem versão para Windows, e McCausland não poderá usar
computadores sem a ferramenta da polícia instalada.
“O fato de ser monitorado não é o que me incomoda, o maior problema é que terei que reestruturar minha vida com um sistema operacional diferente e com programas diferentes, e isso vai me forçar a comprar programas”, disse o americano ao portal
TorrentFreak.
“Estou desempregado e ninguém vai querer me empregar depois de eu ter ficado com a ficha suja”, concluiu o condenado.”””
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O que é que usar um sistema operativo diferente tem a ver directamente com a condenação por transmitir uma cópia de uma filme? Qual é a proporcionalidade da pena -a que é que corresponde uma coisa à outra? Nada, mas ajustiça americana é constituida por bons cidadãos americanos que protegem o produto que é deles, isto é o sistema
operativo Windows. Mesmo que tal seja feito com a capa da “legitimidade da rule of law”.
Não só a privacidade está a começar a ser ameaçada, como começam a ser ameaçados os direitos de se usar o software que se queira usar. As pessoas ao que parece, concordam com isto. Como se pode ver através dos mapas da “Privacy International”, que podem ser encontrados AQUI .
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Na página onde se encontram estes mapas podemos ver uma classificação por países, onde o cantinho ridículo que dá pelo nome de Portugal aparece sempre a amarelo …… Em baixo através do post a seguir, percebe-se porquê …
No caminho tortuoso que decorre deste post, chegamos a 04 de Novembro de 2007, onde no Blog Esquerda Republicana: