DISSIDENTE-X

Archive for the ‘REESTRUTURAÇÂO DA DÍVIDA’ Category

VÍTOR GASPAR, WOLFGANG SCHAUBLE, ALEMANHA DISPONÍVEL PARA FLEXIBILIZAR A AJUDA A PORTUGAL E A GENUFLEXÂO

Ø

Filme indiscreto de 53 segundos relatando uma conversa genuflexatória, aparentemente parecida com uma negociação… séria  ou coisa que o  valha…

Ø

Ø

Youtube e comunicação social, dia 9 de Fevereiro de 2012

Dialogo:

Se no final precisarmos de fazer um ajustamento ao programa (português) depois de tomadas as grandes decisões sobre a Grécia…isso é essencial, mas depois se for necessário um ajustamento do programa português nós estaremos preparados

Agradecemos muito.

De nada.

O problema é que os membros do parlamento alemão e a opinião pública na Alemanha, não acreditam que as nossas decisões são sérias, porque não acreditam nas nossas decisões sobre a Grécia.

Mas fizemos progressos substanciais no quadro europeu

Sim vocês fizeram progressos.

Sim fizemos.E agora precisamos de trabalhar…hoje.

Ø

(…) Numa conversa indiscreta entre os ministros alemão e português das Finanças, captada pela TVI, Wolfgang Schauble diz: “Se no final precisarmos de fazer um ajustamento do programa português, nós estaremos preparados”. Vítor Gaspar responde: “Agradecemos muito”. Gaspar diz que entendeu aquelas palavras como a confirmação de que se um país cumprir as metas mas não puder regressar aos mercados no prazo previsto, então a troika continuará a financiar esse país. Mas a ser assim, Gaspar deveria ter respondido: “eu sei, muito obrigado”. E se fosse a oferta de mais tempo e dinheiro, deveria ter respondido: “Obrigado, mas não precisamos”. Como disse “agradecemos muito”, o que se depreende é que Gaspar e o primeiro-ministro sabem que vão ter de suavizar metas e condições, mas atuam como se não fosse assim. A questão é que agora eles sabem que nós sabemos que eles sabem.

Ø

Nicolau Santos, Jornal expresso dia 11 de Fevereiro de 2012

Ø

Advertisement

A REESTRUTURAÇÂO DA DÍVIDA PÚBLICA PORTUGUESA SÓ ACONTECE QUANDO INTERESSAR QUE ACONTEÇA

Ø

1. Uma reestruturação da dívida pública portuguesa é inevitável.

2. As “melhorias”  recentes na zona periférica do euro são uma ilusão.

3. É provável que a Bélgica e a Itália escapem à reestruturação.

Afirma-o Kenneth Rogoff, “académico norte americano”


Reestruturação da dívida significa, neste contexto, que os prazos de pagamento da actual divida portuguesa serão alterados.

Que o montante a pagar aos credores será alterado (reduzido).

Que a forma de pagamento será alterada.

Que o Estado português será alvo de tentativas de privatização de serviços públicos ainda maiores do que está já previsto.

Que o Estado português será alvo de tentativas de eliminação completa das suas funções como forma “não escrita” de aceitação destas reestruturações

Ø

Fonte da imagem:  Wall Street Journal, dia 28 de Janeiro de 2012

Ø

BES perderia 100 milhões de euros se dívida portuguesa fosse reestruturada

Notícia da comunicação social, dia 24 de Outubro de 2011

Ø

Salgado entra no edifício onde decorre conselho de ministros

O presidente do BES entrou hoje pelas 18h05 no edifício onde decorre o conselho de ministros que irá aprovar o orçamento.

Ø

Notícia da comunicação social, dia 13 de Outubro de 2011

Ø

Portugal não vai precisar de reestruturar dívida, garantiu Passos

Passos Coelho garantiu aos lideres europeus que não vamos precisar de reestruturar a dívida do país. As medidas agora anunciadas favorecem a Grécia, Portugal e Irlanda.

Ø

Notícia da comunicação social, dia 22 de Julho de 2011

GRÉCIA, UM ANO APÓS O EMPRÉSTIMO DO FMI – OU O CAOS VINDO DO FMI E DA EUROPA

Quadro em baixo com a lista dos maiores credores da Grécia.

Dívida grega: 340 biliões de euros

Ø

O recente pacote financeiro grego ainda não foi aprovado. Faltam despachar para a Grécia 12 biliôes de euros.

Desde que o governo grego aplique ainda mais medidas de austeridade.

Sondagens dão rejeições do acordo de 80%.

Paul Mason da BBC mostra como o desacordo na sociedade grega e a completa distancia entre as elites europeias/ o governo grego e a população grega está ao rubro.

O Estado Grego começa a perder a sua capacidade para desempenhar as suas funções e para ter controlo político sobre os seus agentes.

Ø

There is a social crisis under way and I think it is different from the one our history books teach us to expect. It’s not like the cracking of the state, or mass unrest, but simply that the Greek state – whose reach was never far into society – is beginning to lose its grip slightly on the actual functions a state should do.

It cannot decide its economic policy; it can’t convince its own people of any good intent; the rule of law is imposed hard here – with the impounding of yachts bought through tax evasion – only to break down somewhere else, as people begin to pledge non-payment of bills for the privatised utilities… the violence is a sideshow: it is the political paralysis of the Greek government that is of world importance because – while the European Union bickers about how much bankers should lose versus how much the EU should lose as Greece defaults – you are seeing the lines of defence against financial and social chaos within this part of Europe getting very frayed…

I think the level of mismatch between perception and reality within the Eurozone is worrying. Because last year’s protests were mainly leftist; and the strikes mainly token, a pattern of thinking has emerged that dismisses all Greek protest as essentially this.

But a new situation is emerging: Greek people I have spoken to are beginning to express things in terms of nation and sovereignty – and this makes the Greek situation different, for now, to Ireland and Portugal.

Ø

Os gregos estão também a voltar-se – legitimamente – contra a comunicação social mainstream. Como Paul Mason explica.

Ø

And I will repeat the point about hostility to the media: it’s not a problem for me and my colleagues to be hounded off demos as “representatives of big capital”, “Zionists”, “scum and police informers” etc. But to get this reaction from almost every demographic – from balaclava kids to pensioners – should be a warning sign to the policymaking elite. The “mainstream” – whether it’s the media, politicians or business people – is beginning to seem illegitimate to large numbers of people.

As one old bloke put it to me, when I said: “Don’t you want us to report what’s happening to you?” – “No.”

He was quite calm and rational as he waved his hand in my face: “It’s too late for that.”

OS MERCADOS FINANCEIROS IMPRESSIONARAM-SE COM O ACORDO PSD-CDS

” Lisboa, 24 mar (Lusa) — O dirigente do gabinete de estudos do PSD Carlos Moedas defendeu hoje em declarações à agência Lusa que, com as reformas que um futuro Governo social-democrata vai aplicar, as agências ainda vão subir o ‘rating’ de Portugal.

Segundo Carlos Moedas, que é um dos principais conselheiros do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, os mercados “olham para uma nova equipa de gestão como uma boa notícia”, porque “há muito tempo não dão credibilidade ao Governo português”.

No seu entender, “assim que os mercados incorporem a informação de que o PSD vai respeitar as metas do défice, e fará tudo o que for necessário para que se cumpram essas metas até porque foi o PSD que sempre anda atrás do Governo para cortar, essas agências voltarão a dar credibilidade a Portugal”.”

Carlos Moedas, conselheiro económico de Pedro Passos Coelho, 24 de Março de 2011

Ø

Hoje, dia 16 de Junho de 2001, o novo governo português, marcou para as 11 horas da manhã, a cerimónia de assinatura do acordo entre partidos que compõem o novo governo.

Com mérito e competência a assinatura fez-se às 12.20, no meio da maior confusão.

Ø

Já os mercados financeiros, às 13.30 da tarde, mostravam-se altamente impressionados com a assinatura do acordo, subindo os juros da dívida pública.

O PSD, PEDRO PASSOS COELHO, JOÂO DUQUE E OS CONSTANTES ZIGUEZAGUES DA REESTRUTURAÇÂO DA DíVIDA

Com Sócrates Portugal arrisca-se a reestruturar dívida

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou esta quinta-feira que com atitudes como a do primeiro-ministro, José Sócrates, Portugal arrisca-se a falhar o acordo de ajuda externa e a ter de reestruturar a sua dívida.

O presidente do PSD disse que isso «é falso» e que «se este tipo de atitude se mantiver nos próximos anos aquilo vai acontecer ao cumprimento deste acordo» é o que aconteceu com compromissos anteriores do actual Governo, ou seja, não vai ser cumprido.

«Continuaremos a falhar e, se continuarmos a falhar, então já não é só a bancarrota, então é um desastre por muitos anos em Portugal, é aquilo a que o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista chamam a reestruturação da dívida», considerou.

Ø

Pedro Passos coelho, em campanha eleitoral, declarações à comunicação social, dia 12 de Maio de 2011

Ø

– Acredita então que Portugal vai seguir a Grécia na questão da reestruturação?

– Portugal vai ter de reestruturar a dívida.

Ø

João Duque, apoiante de Pedro Passos coelho, putativo candidato a ministro das finanças ou a qualquer coisa que esteja disponível, declarações à comunicação social, dia 13 de Junho de 2011.

Ø

Entre umas declarações e outras passaram apenas 2 meses e um dia…

Ø

Nenhum jornalista gostaria de fazer o seu trabalho e começar a questionar o senhor que é primeiro ministro acerca destas contradições  constantes?