DISSIDENTE-X

Archive for the ‘REFORMAS ESTRUTURAIS’ Category

FECHO DE MATERNIDADES PELO PSD E PELO MINISTRO PAULO MACEDO

Ø

Maternidades com menos de 1500 partos por ano vão fechar

Ministro da Saúde admitiu o encerramento e a fusão das maternidades que registam menos de 1500 partos por ano.

(…)

“As maternidades que tiverem menos de 1500 partos por ano, de acordo com os indicadores da organização Mundial de Saúde, não deveriam estar a funcionar”, sublinhou Paulo Macedo.

Ø

Notícia da comunicação social, feita pelo próprio, dia 9 de Novembro de 2011.

Ø

Nota:  a espantosa demagogia do senhor que é ministro da saúde quando invoca a OMS para justificar o fecho com o número mágico 1500.

Nota: porque não faz o mesmo em relação ao rácio “médicos por cada mil habitantes” que é um rácio que a OMS também define e que em Portugal é claramente não cumprido?

Nota: a OMS serve para justificar alguns problemas, para outros problemas já não serve.

Ø

Grávidas da Guarda mostraram-se esta quarta-feira preocupadas com a possibilidade de a maternidade local, que funciona no Hospital Sousa Martins (HSM), poder encerrar por ter menos de 1.500 partos por ano, noticia a agência Lusa.

Algumas grávidas que estão a ser acompanhadas no serviço de obstetrícia do HSM disseram esta quarta-feira à agência Lusa que encaram esse cenário com «preocupação» e «com muita apreensão».

Ø

Notícia da comunicação social, dia 9 de Novembro de 2011.

Ø

O caixeiro viajante do ministro precede-o. Como um mercador das más notícias apresentadas antes da chegada do amo.

Ø

Ø

Imagem: Jornal Público de 8 de Novembro de 2011

Ø

1

Vamos fechar no público” porque é muito caro e a OMS não gosta”

2

Após fechar no Público, vamos abrir caminho a privados.

3

Sobre o actual estado dos privados e a sua eventual incapacidade para cumprir as regras bem como ao facto de o numero de cesarianas ser neles elevado, nada se diz.

4

As maternidades irão afinal fechar por razoes de qualidade ou por razoes financeiras?

5

As maternidades privadas que façam cesarianas sem qualidade continuam em funcionamento?

6

Continuam em funcionamento mesmo excedendo largamente os 20% recomendados?

7

Quem não estiver perto de uma maternidade, que se arranje. Se existirem complicaçôes para a criança ou a mâe o problema é deles.

E esta a nova filosofia do senhor ministro da saúde.

Esta é a nova (velha)  filosofia do PSD.

Ø

Advertisement

JOÃO FERREIRA DO AMARAL – “A prioridade do governo não é cortar o défice, é cortar salários”

Ø

Concorda com o Presidente da República em relação à injustiça das novas medidas de austeridade?
Sim. Estas medidas terão um impacto recessivo maior do que se esperava. É completamente iníquo.

Serão eficazes contra o défice?
Não me parece que a prioridade do Governo seja o défice público, mas os custos salariais. Está a ser aplicada uma fórmula para ganhar competitividade que passa por

gerar desemprego,

aumentar o horário de trabalho

e flexibilizar a legislação,

conseguindo assim baixar o nível geral dos salários.

É um modelo que sempre foi discutido, mas nunca foi aplicado com esta dureza. E estou convencido de que não funciona em Portugal.

Porquê?
As famílias estão demasiado endividadas. Esta fórmula até pode dar resultado se o ajustamento necessário for pequeno e as famílias tiverem menos dívidas. Neste caso, vai provocar um aumento significativo do incumprimento junto da banca.

Não é só o problema da equidade; há ainda a estratégia económica?
Parece-me que a preocupação do Presidente foi chamar a atenção para o problema da equidade, mas também para o facto de as medidas serem erradas. A estratégia é, de facto, errada.

Que alternativa preferiria?
O mais justo seria introduzir uma regra no IRS aplicada a todos. Mas, ao contrário da sobretaxa deste ano, os rendimentos de capital também teriam de ser incluídos.

Existe o risco de uma escalada na tensão social?
Quando se tira dois meses de reforma, não se está apenas a tirar rendimento, mas a confiscar património acumulado. As pessoas não são parvas. Haverá protestos permanentes.

[…]

Portugal vai conseguir cumprir as metas do défice?
Este ano, sim. Em 2012 acho que o Governo não vai conseguir. Está a sobreavaliar as receitas fiscais e a recessão será pior do que estima. Deve ficar acima dos -3%.

O pacote de financiamento de 78 mil milhões de euros é suficiente?
Não. Terá de haver, inevitavelmente, um segundo pacote. Percebo que o Governo não possa admitir isso publicamente, mas acho que já todos perceberam. O montante é curto e o prazo também. E esse segundo pacote teria de ser superior a este.

Ø

João Ferreira do Amaral, entrevista à comunicação social, dia 22 de Outubro de 2011.

Ø

O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, ASSUNÇÂO CRISTAS E AS GRAVATAS

Numa iniciativa profundamente estrutural, e que irá aumentar a produção de tomates, espinafres e pepinos em Portugal, defendendo a produção nacional e o acesso a mercados de exportação, foi decidido o seguinte (a bem da nação) :

Ø

A ministra Assunção Cristas deu ordens para os funcionários do seu ministério dispensarem as gravatas e assim pouparem no ar condicionado.

A partir de amanhã, os funcionários do  Ministério da  Agricultura, Mar,  Ambiente e Ordenamento do Território – MAMAOT – estão dispensados de usar gravata.

A ordem dada pela ministra Assunção Cristas insere-se numa iniciativa denominada “Ar Cool”.

No primeiro comunicado enviado a todas as redações, o MAMAOT explica que o objetivo é “minimizar o impacto ambiental associado ao consumo de energia elétrica na Administração Pública, tendo em conta as medidas de contenção de despesas”. Uma indumentária informal permitirá maior conforto para os Secretários de Estado e todos os funcionários, já que a temperatura ambiente dos edifícios do ministério ficará nos 25 graus, entre 1 de junho e 30 de setembro.

Ø

Assunção Cristas, a licenciada em direito, que foi colocada como ministra da agricultura pelo CDS, declarações à comunicação social, dia 14 de Julho de  2011.

Ø

Importa esclarecer que:

– O uso de gravata nunca foi obrigatório.

 – Como tal é inútil fazer um despacho (em Diário da República) a determinar o fim de algo que nunca foi obrigatório.

Ø

Daqui a uns tempos, a Ministra irá provavelmente fazer um despacho decretando a obrigatoriedade dos funcionários  usarem sapatos.

Ou em alternativa, o uso de camisas de manga curta no verão ou de camisas de manga comprida no inverno como medidas de adequação profissional ao clima.

Deve ser a isto que se chama de “reformas estruturais”…