Archive for the ‘SONAE’ Category
A SONAE E A FALSA CONCORRÊNCIA EM PORTUGAL
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O presidente da Optimus e administrador da Sonaecom (grupo proprietário do PÚBLICO), Miguel Almeida, considerou hoje que aumentar o preço dos serviços de telecomunicações faz sentido, mas garantiu que a empresa só o fará se o sector acompanhar a tendência.
Questionado por um analista, durante a conferência telefónica com analistas sobre os resultados da Sonaecom, se considera haver espaço para um aumento dos preços no final do ano, Miguel Almeida afirmou: * “Acreditamos que seria justo haver um aumento do preço”.
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“Obviamente que consideramos haver espaço para um aumento dos preços, mas sendo o ** terceiro operador é algo que não o faremos sozinhos”, disse o administrador.
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***“Não aumentaremos os preços se isso não for adoptado pelo resto do mercado, essa é uma certeza”, garantiu Miguel Almeida.
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Notícia da comunicação social, dia 4 de Novembro de 2011.
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Sinalização e regras
* As firmas podem sinalizar umas à outras a vontade ou falta de vontade em cumprir certos regulamentos de competição saudável. Dando os sinais correctos, podem, por vezes , retirar-se colectivamente de ** campos de batalha em que é impossível ganhar e criar um mercado competitivo, mas ordenado.
*** Concordar numa concorrência segundo um conjunto implícito de regras, é como lutar de acordo com a Convenção de Genebra: é guerra , mas mais bem educada.
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Um retalhista que anuncia que conseguirá igualar os baixos preços de um concorrente, pode ser um sinal para parar com as guerras dos preços.
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...o truque está na promessa de igualar e não bater”
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Judith e Marcel Corstjens, ” A guerra dos espaços”.
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Telecomunicações e Serviços Postais
Objectivos
Aumentar a concorrência no mercado, através da redução de barreiras à entrada; garantir o acesso à
rede/ infra‐estrutura; reforçar os poderes da Autoridade Reguladora Nacional.
Telecomunicações
O Governo irá:
5.16. Assegurar uma concorrência mais efectiva no sector, transpondo a nova directiva relativa ao
enquadramento regulamentar das comunicações electrónicas na UE (Directiva de Melhor
Regulação), que aumentará (entre outros) a independência da Autoridade Reguladora Nacional. [T2‐
2011]
5.17. Facilitar a entrada no mercado leiloando “novas” radiofrequências (ou seja, leilão de espectro)
para acesso a banda larga sem fios até ao T3‐2011 e reduzindo as taxas de rescisão móveis até ao T3‐
2011.
5.18. Garantir que as regras sobre designação de serviço universal e o respectivo contrato de
concessão do incumbente são não discriminatórias: renegociar o contrato de concessão com a
empresa que actualmente fornece o serviço universal e lançar um novo concurso para designação de
fornecedores de serviços universais. [T3‐2011]
5.19. Adoptar medidas para aumentar a concorrência no mercado das comunicações fixas: i)
aliviando as restrições em matéria de mobilidade dos consumidores, reduzindo os custos suportados
aquando da decisão sobre o operador, de acordo com a proposta da Autoridade da Concorrência
(tais como contratos padronizados, direito explícito ao cancelamento gratuito e facilitação de
comparação de preços) [T3‐2011]; ii) revendo as barreiras à entrada e adoptando medidas para as reduzir. [T1‐2012]
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Memorando de entendimento de Portugal com a troika, parte relativa às telecomunicações.
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PORQUE É QUE A SONAE NAO PAGA IMPOSTOS E O CHEFE DA SONAE AINDA GOZA COM OS PORTUGUESES
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“Portugueses estão asfixiados por impostos” – Belmiro de Azevedo
O empresário Belmiro de Azevedo afirmou hoje que “os portugueses estão asfixiados por impostos”, considerando que “o esforço fiscal incide sempre sobre os mesmos desproporcionadamente”, acusando o Estado de ser “calaceiro”.
“O esforço fiscal incide sempre sobre os mesmo desproporcionadamente e, ainda por cima, na praça pública é dito ao contrário”, afirmou hoje o ‘chairman’ da Sonae, considerando que “os novos aumentos de tributação é populismo gratuito”.
O empresário realçou que “há uma pequena fatia de contribuintes que paga a esmagadora maioria dos tributos”, acrescentando que “não seria fatal se o retorno desses aumentos permitissem relançar a competitividade, mas o conjunto de impostos deixa muito pouco para que cidadãos e empresas possam poupar e, portanto, investir”.
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Declarações inacreditáveis pelo descaramento e falta de vergonha que contém, à comunicação social, dia 18 de Outubro de 2011
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A Sonae vai lançar a Oferta Pública de Aquisição sobre a Portugal Telecom com recurso a uma empresa subsidiária na Holanda, para beneficiar da isenção do pagamento do imposto de selo, de acordo com a edição de hoje do “Diário Económico”.
De acordo com o jornal, o não pagamento do imposto de selo associado à garantia bancária do banco financiador da operação, o Santander, está avaliado em 57,5 milhões de euros.
Na Holanda as empresas estão isentas do pagamento deste tipo de imposto em operações financeiras, enquanto em Portugal o regime fiscal obriga ao pagamento de uma taxa de imposto de selo de 0,5 por cento.
As isenções de que beneficiará a Sonae – caso se concretize a OPA sobre a PT – estendem-se também ao pagamento de imposto sobre mais-valias e sobre dividendos e à retenção na fonte dos juros bancários.
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Notícia da comunicação social sobre alguns portugueses que “legalmente” não pagam impostos apesar de carpirem magoas na imprensa sobre os “portugueses” que estão asfixiados de impostos.
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(…) Como explicar que 17 dos 20 maiores grupos económicos (PT, Sonae, Jerónimo Martins, Galp, Petrogal, Mota-Engil, etc) cotados na bolsa portuguesa detenham sociedades gestoras de participações sociais (SGPS) sedeadas na Holanda e Irlanda que lhes permite escapar ao pagamento de impostos em Portugal?! Noutros casos, Bancos cotados no PSI20 (BES, BPI e Banif), escolheram as Ilhas Caimão ou paraísos fiscais similares para fugir ao fisco nacional.(…)
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Imprensa regional em artigo de opinião, dia 22 de setembro de 2011