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30 HOTÉIS LICENCIADOS EM LISBOA.
Lisboa, essa magnífica cloaca cidade decadente, vai ter mais 30 hotéis. Porquê?
( Jornal Global, 1 de Agosto de 2008 )
Porque a aposta estratégica ?!?!, os recursos, a velocidade de andamento da burocracia estatal e autárquica, que aqui são rápidas como um F1, serão apontadas para o turismo e a hotelaria.
Porque foi tudo feito “segundo a lei”, isto é, seguindo todas as regras legais que dizem como é que se deve fazer o licenciamento de hotéis. Mas o problema não é esse. O problema está no facto de se permitir o licenciamento de 30 hotéis. De ser esta a “estratégia” ( se é que se pode chamar estratégia a isto…)
Uma “economia” assente em mais 30 hotéis…para uma capital de um país que tem outro tipo de problemas ara resolver…
Resta ainda acrescentar que o “plano” da frente ribeirinha de Lisboa, está previsto a 25/30 anos, conforme explica o arquitecto do regime, ( e que o regime tem amplamente recompensado…) inteiramente de acordo com os cenários e as planificações previstas na Europa (e no mundo) relativamente a regiões como Portugal – a quem foi destinado ser um miserável destino turístico para a terceira idade ou para pessoas europeias ricas, ficando o restante da população a servir de lacaios, de criados na sua própria casa.
São estes os grandes desígnios nacionais por parte das elites portuguesas para a maior parte da população. Um vasto exército de empregados de mesa, semi cultos e apenas mão de obra disponível para servir…
Prostremo-nos em agradecimento a estes visionários…
Isto também ajuda a explicar – acaso as pessoas queiram fazer a amabilidade cerebral de exercitarem o seu direito a fazerem um nexo de causalidade entre uma coisa e a outra – o desinvestimento nas áreas de educação de “saberes-duros” e de saberes e conhecimentos abrangentes na população em idade escolar e sem ser escolar.
Como existem sempre dúvidas acerca do facto de alguém afirmar, seja eu, seja outra pessoa qualquer que o faça; que o país está ser preparado para ser uma gigantesca quinta de reformados servida por um vasto exército de empregados de mesa e de auxiliares de lares de terceira idade e … nada mais, observe-se em baixo, um mapa de cenários, feito por uma entidade europeia, paga pelo dinheiro da União Europeia, que não vou revelar – a seu tempo indico a fonte – com uma projecção de tendências demográficas (entre outras tendências, quase todas aterradoras para Portugal, no estudo de 69 páginas) a 30 anos de distância.
Com a cor castanha estão indicadas as áreas geográficas em que, por volta de 2030, existirá a maior parcela de população idosa. As maiores bolsas de idosos.
Como é natural, nem sequer acredito nesta extrapolação dos dados.
Uma vez que penso que a área reservada a Portugal e a Espanha ainda será maior na percentagem de idosos, porque a tendência será para que muitos idosos europeus – à medida que os investimentos nesta área em Portugal e Espanha aumentarem e os canalhas privados portugueses conseguírem subornar eficazmente; e à medida que os idosos europeus perceberem que tem aqui uma àrea servil e mais barata a ser-lhes oferecida – a tendência será, escrevia, para que muitos venham – Europa abaixo – assentar arraiais aqui.
Para grande parte da população portuguesa, à medida que os anos passarem; à imigração para a Europa, ou para certos países africanos será a “opção”.
Ou aceitar (motivada pela propaganda, pelo instilamento de medo e de regras cada vez mais coercivas) viver pobre apenas trabalhando e tendo trabalho, nestas “profissões de futuro”.
Paralelamente a viver pobre, continuar a pagar impostos elevados para sustentar um sistema público de organização de estado e um sistema privado de organização de empresas totalmente ineficiente e assente no mais completo proxenetismo (para quem não sabe o que quer dizer a palavra proxenetismo; significa chulos”, os tipos que tomam conta das put*s).
Tudo sempre “democrático” e sempre sob a capa da lei, da feitura de leis para conferir “legitimidade democrática” à criação e efectivação de um regime totalmente antidemocrático e desenhado por canalhas e incompetentes.
Quanto às pessoas, apenas tem duas hipóteses mentais de trabalhar sobre esta ideia:
– ou desvalorizam isto – estas tendências, refugiando-se num optimismo imbecil, próprio de quem não vê um boi à frente dos olhos nem com uma tabuleta de 3 metros de comprimento e de largura a indicar o sítio onde ele está;
– ou começam a perceber para onde este país está a ser levado, curiosamente a ser levado por uma geração de sacanas e medíocres – quer os de esquerda, quer os de direita – que encheram a boca a falar de benefícios de uma revolução que tudo iria mudar mas em que tudo mudou para tudo ficar na mesma.
AVISO: Este post não é especificamente contra o actual governo, (embora os gajos mereçam) mas sim contra um certo estado das coisas.