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O DISCURSO CONTRA AS PESSOAS
Para essa gente és a escória da terra.
Tu e eu.
Eles detestam-te e desprezam-te.
Detestam o que tu és , detestam o que eu sou.
Detestam toda a gente que não seja do circulo deles.
Podes ser professor de economia em Coimbra, ou empregado de escritório em Beja, mas eles detestam-te, porque dizem que não és do círculo deles.
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E detestam que tu saibas a escumalha – de fato e gravata – que eles são.
E detestam que tu saibas que eles não valem nada.
E detestam que tu e eu saibamos que eles é que são a verdadeira escória da terra.
E detestam que tu não te importes nada por não seres do círculo deles.
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A atitude destas pessoas é extremamente confrontacional para com todos os outros.
Como uma matilha de lobos reuniram-se.
Eles só respeitam força e poder, nada mais.
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Defendem uma lógica muito perigosa quando aplicada à vida em sociedade porque mais cedo ou mais tarde irá gerar conflitos extremamente violentos.
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Podem viver em Massamá ou em Cascais, na Lapa ou em Bélem, mas a lógica destas pessoas e o comportamento publico em termos de discurso que adoptam é exactamente essa: um discurso violento contra as pessoas.
Podem viver em Massamá ou em Cascais, na Lapa ou em Belém, mas o discurso neoliberal, conservador, fanático, anti democrático é muito perigoso e divisor e gera um tipo de violência subterrânea muito perigosa.
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Estamos debaixo de ataque, tu e eu, por parte deste discurso violento e subterrâneo.
Estamos debaixo de ataque,tu e eu, por parte das consequências deste discurso violento e subterrâneo.
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É um discurso que gera uma sociedade cheia de pessoas extremamente alienadas umas das outras.
É um discurso completamente fascizante e que sistematicamente incita a divisões entre cidadãos de um país.
É um discurso que apela a que pessoas decentes deixem de o ser e passem a apoiar actos de discriminação e violência que vão muito para lá daqueles que são os tradicionais.
Agora demonizam-se desempregados, demoniza-se pessoas com mais de 45 anos de idade, demoniza-se a cidadania, demoniza-se tudo e procuram-se culpados falsos.
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Guerra psicológica para condicionar cidadãos também se faz.
Guerra psicológica para condicionar pessoas decentes também se faz.
Mas tu eu eu, vemos isso.
ENERGIA SOLAR, EM ESPANHA ( E PORTUGAL )
Uma companhia espanhola, que derivou do PARK – Palo Alto Research Center, uma unidade de investigação e desenvolvimento da Rank Xerox, está a instalar no Sul de Espanha uma nova central de energia solar de 3 Megawatts. E depois?
E depois, que a companhia espanhola, a SOLFOCUS, defende que utiliza uma nova técnica de construção de painéis. Que utiliza muito menos sílica que os painéis normais até agora produzidos e que, por via disso ajusta melhor a capacidade de receber os raios e, consequentemente, produzir mais energia.

Precisamente pelo uso dessa “técnica” a companhia alega que consegue produzir com mais eficiência em menor custo. Um custo de 50 cêntimos o watt, em vez dos normais 3 dólares o watt – o que um painel solar normal fará e terá de custo.
Seja tal verdade ou não, a realidade é que em Espanha existem empresas (e presumivelmente, o Estado por detrás…) a mexerem-se na produção própria de painéis – energia solar, já a um nível de investigação/produção elevado, e a investirem como objectivo estratégico em investigação e desenvolvimento.

(Nota: repare-se no pormenor delicioso e irónico de na página da Solfocus, o português como língua estar ausente, e o Inglês aparecer debaixo da bandeira americana… revelador)
Em Portugal somos muito mais avançados. Temos projectos turísticos megalómanos sistematizados pelo Governo (não importa qual), com anúncios bombásticos. Objectivo: transformar os portugueses em empregados de mesa e fornecedores de serviços de baixo custo e pouca incorporação de valor, seja em que escala seja medido. Para tal lançam-se investimentos:
- Num lado investiga-se numa tecnologia de ponta para criar mercados.
- No outro lançam-se empregos desqualificados sobre uma população em dificuldade.
- Misturados com empreendimentos turísticos que, supostamente, irão gerar desenvolvimento económico massivo.
A população destas áreas nem percebe a rocha na cabeça que lhes vai acertar.
De inicio e como entrada levarão com especulação imobiliária. Seguido de aumento generalizado de preços, isto é, inflação. Depois sazonalidade de preços e fim d e tranquilidade.
Pelo meio perceberão que o prometido desenvolvimento chegará, mas não será para eles.
No fim quando fizerem as contas, perceberão( alguns) que ficaram mais pobres, mais excluidos.
Razão para tal: porque vêem a riqueza ao lado de casa, mas não a sentem no bolso, e os empregos que foram gerados são de baixa ou média qualificação – nada em industrias de ponta (ou sequer em indústrias do que seja…) ou que gere desenvolvimento de novos mercados.
São apenas condenados a pagar um custo de vida de cidade litoral, mas vivendo no interior.
É uma excelente opção estratégica e política, para criar cidadãos submissos.
Mas não há problema. Ninguém se incomoda com isto. A cidadania submissa é um conceito esotérico. Até um dia…