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O CORTESÃO PORTUGUÊS; essa sub espécie não reconhecida pelos biólogos…

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O cortesão é uma figura “histórica”. Nasceu nas sociedades de tipo monárquico ou feudal.

O cortesão era uma pessoa que frequentava as cortes ou os locais de reunião de figuras que eram consideradas poderosas ou que eram mesmo poderosas.

O cortesão cultivava o acesso sistemático aos que eram considerados poderosos. Em troca, estes esperavam que o cortesão passasse imenso tempo em redor deles, apaparicando-os.

Como retorno, o cortesão tinha “acesso a informação” e a prestígio.

Os cortesãos não eram todos nobres e existia “ascendência no mérito”; baseada em quem era melhor cortesão; melhor apaparicador.

O cortesão representava ou deveria representar uma hierarquização social própria de sociedades antigas e obsoletas no seu processo político, sociedades baseadas na legitimidade não democrática e num sistema de sociedade primitivo e primário.

Tendo entrado na Idade moderna, nada mais natural do que esperar-se que o cortesão desaparecesse como relíquia do passado que é; precisamente pelo desaparecimento dessas sociedades de relíquia.

A um sistema defunto e enterrado deveriam corresponder os seus excrementos em cemitérios de cortesãos mortos.

Ø

No “antigamente”, a corte ocidental mais famosa era a francesa no seu auge e a oriente a corte de Pequim, maior que a corte francesa, mas ainda mais  isolada da população e com o seu exército mandarinato cortesão.

Nestes viveiros de continentes diferentes e épocas históricas assimétricas,  cultivavam-se  colheitas imensas de cortesãos especialmente seleccionados.

Cortesãos desprovidos de sinceridade, praticando a arte da adulação, a intriga ambígua e amoral, o apaparicamento como forma de vida e desprovidos de qualquer conceito de interesse nacional pululavam como ervas daninhas num qualquer jardim feudal ou monárquico da época.

Na época actual, existe um país que cultiva uma cópia ridícula do mandarinato chinês e do isolamento  da corte de Pequim.

Ø

A cópia ridícula e incompetente das versões antigas originais é o actual ambiente fétido, corrupto e putrefacto que circula ao redor, por cima, e por dentro da classe dos jornalistas, dos políticos, dos assessores,  da maioria dos professores universitários, dos meios de comunicação social e as relações incestuosas e apaparicadoras de todos eles com o poder económico.

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Written by dissidentex

30/05/2010 at 17:55