DISSIDENTE-X

Posts Tagged ‘DADOS PESSOAIS E PRIVACIDADE

DADOS PESSOAIS E PRIVACIDADE – “ADD THIS” INSTALA SPYWARE.

leave a comment »

Graças ao blog Tux vermelho surge uma notícia interessante acerca do que são os conceitos de privacidade e de como a obtenção de informação acerca dos hábitos dos utilizadores de Internet relativamente aos seus modos e costumes de navegação são importantes para as empresas – de como isso vale dinheiro – e como se “espia” os utilizadores, sem o seu consentimento.

Conforme se podia reparar existia no Dissidente-x uma barra lateral do lado direito, com o Add This. A ideia da barra consistia em facilitar às pessoas que não querem ou não tem tempo ou não gostam de vir ao blog, e lêem através de Feeds, adicionando-os através do ADD THIS.

Ora acontece que uma empresa de nome “Clearspring” comprou o site/projecto/produto ADD THIS em 30 de Setembro de 2008 e, sem aviso e após compra, começou a instalar um objecto em linguagem Flash que espia o utilizador.

Isto é, quem entra dentro de um sitio Internet (um blog, uma página, etc) que tenha lá uma barra ADD THIS, está a ser espiado, e tudo o que faz lá dentro é informação enviada para a Clearspring e esta pode ganhar muito dinheiro vendendo informação privada acerca de milhões de utilizadores.

Ou pode ceder dados a entidades governamentais, por exemplo acerca de gostos, opiniões, etc.

Os “cookies” em linguagem Flash não podem ser removidos. A única maneira de os retirar é remover a barra do ADD THIS.

Recomenda-se a todos que o façam.

Recomenda-se que pensem sobre estes constantes ataques à privacidade dos navegadores e utilizadores de Internet feitas por empresas privadas e de como estas poderão facilmente ceder dados a governos, para que estes “cataloguem” os gostos – uma ajuda ao Sinóptico…

Ver em Inglês o anúncio da compra feita pela ClearSpring.

Ver em Inglês a indicação feita por Jonh Haler , o criador dos Portable Apps.

Num post muito grande e que há-de estar por aí a sair existe e cujo objectivo consiste em assassinar de forma cruel pelo cansaço todos o que o ousarem ler, surge uma parte da qual trasncrevo um pequeno pedaço:

…Defende ainda que ao Panóptico se juntou o “Sinóptico”.

Muitos vigiam poucos. O sinóptico é global. (Os quatro posts acima indicados são um exemplo de uma mistura “sinóptico/panóptico” – de uma tendência)

No panóptico inicial, alguns habitantes seleccionados vigiavam os outros; no Sinóptico os habitantes locais vigiam os globais.”

Ver Dissidente -X: Vigilância electrónica, dados pessoas e privacidade, com 3 exemplos:

– A MPPA – “coisa privada” a criar software para espiar o uso de computadores em Universidades

– O governo alemão a patrocinar a criação de vírus, que, através do teclado ( Keyloggers) detectariam o uso que o utilizador del faz.

– A Symantec, empresa de produção de antivírus, a colaborar com o governo americano em actividades de espionagem.

Advertisement

BASE DE DADOS DE ARTRITE REUMATÓIDE.

leave a comment »

No blog “Bases de dados.Net”, um blog feito, ao que julgo saber, por 3 juristas saiu um post no dia 12 de Fevereiro 2008.

BASES DE DADOS ARTIRE REUMATÓIDE- BLOG DADOS PESSOAIS.NET

Uma notícia péssima sobre uma base de dados para catalogar doentes com artrite reumatóide.

Quem escreveu o post exulta, sabe-se lá porquê.

Só quem nunca teve qualquer tipo de problema relacionado com artrite reumatóide escreve isto.

Existem ali 3 itens citados, de forma ligeira, sem qualquer “análise critica”.

  1. “visando garantir a segurança dos doentes”;
  2. “desenvolver a prática clínica”;
  3. “e a investigação cientifica”.

Gratuitamente explico porque são os 3 itens mistificações ofensivas da inteligência do mais plácido cidadão.

1. visando garantir a segurança dos doentes.

Desconhecia que doentes sofrendo de artrite reumatóide, estão em “estado de insegurança”. Situação essa que motiva o nosso querido Estado a elaborar bases de dados para “garantir a sua segurança”.

Todos nós conhecemos casos de assaltos feitos por ladrões de artrite reumatóide. É a terceira maior causa de crime em Portugal, apenas superada pelos árbitros de futebol e ladrões de carros.

Para erradicar este flagelo criminal o Estado Português recorreu à ajuda da Europa e já está a publicitar esta iniciativa de combate à insegurança dos doentes de artrite reumatóide.

PROGRAMA EUROPEU DE ERRADICAÇÃO DA ARTRITE REUMATÓIDE

 

2. Desenvolver a prática clínica.

Lamento, mas não é.

O objectivo aqui é mais simples: determinar se vale a pena gastar-se dinheiro (e que tipo de gastos) com tratamentos de fisioterapia e outros, em doentes com artrite.

Com uma base de dados, desde logo, são segmentados e separados os doentes com esta doença, que interessa tratar,( e como fingir tratar), dos que não interessa.

O Estado português presta-se, a servir os interesses, por detrás desta recolha de informação, criando legislação, ou favorecendo a criação de informação organizada sobre pormenores extremamente “apetecíveis”, para a medicina privada ou para gestores estatais de hospitais públicos, desejosos de “mostrar serviço” baixando os custos (o doente que se lixe)… o que conseguirão com esta nova “base de dados”…

Corrupção institucionalizada sob a forma de lei, voltada contra todos nós, utilizando a recolha de dados…

O objectivo final é reduzir custos e expulsar doentes clientes, parecendo não o estar a fazer, através do filtro do “desenvolver a pratica clínica”.

Uma base de dados com “histórico”, sobre a artrite reumatóide do paciente cliente permite isso.

3. e a investigação cientifica.

Esta é a mais suja de todas as justificações.

Não há “investigação cientifica” em artrite reumatóide, pela simples razão que aquilo não tem cura.

Nem sequer se sabe bem o que é que a origina.

Este discurso da “investigação cientifica” refere-se ao seguinte.

A) investigação apenas terapêutica; criação de medicamentos que aliviam algo que não tem cura; criação de mercados do “alivio da dor”, comparticipados generosamente pelo Estado.

B) possibilitar analisar os “doentes” e treinar melhor os médicos. O treino será feito utilizando os serviços públicos de saúde ( onde fica o “custo” desse mesmo treino).

C) Para treinar é”necessário material” para treinar. As cobaias serão os doentes do serviço público de saúde que sofrerão as experiências necessárias à curva de aprendizagem da incompetência e da imperícia dos médicos aplicada em cidadãos de mais fracos recursos económicos.

Que não se podem defender em Tribunal ou não querem ir a Tribunal.

O método é o seguinte:

É oferecida, via legislação, uma base de dados, que possibilitará oferecer uma zona imensa de conforto aos magníficos médicos portugueses para estes “treinarem” sem receio de cometerem e serem apontados pelos erros que irão estar à vontade para fazer.

A justificação será a de que ” pouco mais haverá a fazer, o senhor (a) tem artrite reumatóide…isto até não tem cura…”

É aquilo que, na expressão pomposa dos economistas se chama “Curva de aprendizagem”.

Numa fase inicial, nas empresas e indivíduos existe baixo rendimento. E só com o tempo, com a experiência e com a criação de rotinas é que o profissional ou a empresa se tornarão medianamente competentes.

Para melhorar estas competências é necessário juntar o treino especifico.

E só através da especialização plena se tornará o profissional (supostamente) à prova de erro.

Para preparar profissionais “à prova de erro” é necessário cobaias “pobres”. (isto é, que aceitam porque não tem alternativa, ser cobaias…)

Após treinar nas cobaias pobres, o profissional, transferir-se-á para unidades de saúde privadas onde o risco de erros derivado da sua curva de aprendizagem será ínfimo. (Já cometeu a percentagem de erros noutro lado…já foram ( vieram) transferidos do serviço nacional de saúde.)

Cito a poupança e o totalitarismo.

———–

” Esse subtexto moralizador tem 3 funções:

FUNÇÃO 1. Pedir desculpa pelas desigualdades existentes na sociedade; não as questionando.

FUNÇÃO 2. Defender argumentativamente que os mais pobres e necessitados de uma sociedade são pródigos e incapazes de poupar, porque vivem apenas para o presente e, precisamente por isso, são crianças-adultos imaturas, incapazes de controlar os seus impulsos.

FUNÇÃO 3. O que leva à função 3: os “ricos” são virtuosos opositores ao estilo de vida descrito na função 2 e é por isso que são ricos. “

———–

FUNÇÃO 1. Pedimos desculpa pelo facto de existir incapacidade de resolver os problemas de artrite reumatóide; é uma fatalidade.

FUNÇÃO 2. Os mais pobres e necessitados de uma sociedade não deverão esperar bons serviços no tratamento de artrite reumatóide. Falta informação. Uma base de dados de doentes com artrite reumatóide visando garantir a segurança dos doentes, possibilitará desenvolver a pratica clínica e a investigação científica.

FUNÇÃO 3. Os ricos são opositores do estilo de saúde praticado no Serviço Nacional de Saúde porque este é mau e semi gratuito. As pessoas não pagam o custo do serviço. Só um serviço de saúde privado garante resultados. Olhem para nós. Não temos problemas desses porque pagamos a nossa saúde (excepto o treino e a criação de raiz de unidades de saúde, ou seja, excepto tudo…).

O discurso à nível simbólico é assim subvertido.

O condicionamento aos cidadãos é assim feito.

Nota1: na artrite reumatóide, e doenças derivadas, a plena especialização no seu tratamento é desencorajada em Portugal.

Nota 2: totalitarismo já não é um ditador mais um gang que o acompanha a criarem um estado policial, sem liberdades civis.

Agora totalitarismo é, arbitrariamente, usando meios tecnológicos, decidir segmentar, de facto, cidadãos, em pequenos pormenores como este.

CAMPANHAS DE PUBLICIDADE DESPREZÍVEIS. PORNOGRAFIA PUBLICITÁRIA.

leave a comment »

No artigo intitulado ” sistema queixa electrónica. Os antecedentes”, era escrito no fim do mesmo o abaixo transcrito:

———————–

Nota final 3.

Fico a aguardar que a FCCN patrocine um sítio Internet que insista na necessidade de se proibir publicidade especificamente destinada à crianças e que proíba o uso de crianças na publicidade.

Já que o problema primordial parece ser a “preocupação com as crianças”, então convém preocupar mo-nos com todas as dimensões do problema e não só com algumas.

Convenientemente escolhidas a dedo.

——————–

O Banco espírito Santo lançou ( faz isto todos os anos) por alturas de Outubro/ Novembro de 2007 uma campanha publicitária, visando incentivar as crianças a pouparem.

Este é o tipo de publicidade, ofensiva, de mau gosto, anti social, anti mercado, desprezível, manipuladora, destrutiva das relações de confiança entre os clientes e as empresas.

É uma campanha assente na mais completa mistificação e tentativa de manipular e enganar os pais, e a sociedade no seu conjunto. É algo abjecto e que está para além da mera publicidade enganosa.

O Banco Espírito Santo é um banco comercial. O comércio, pressupõe ( senão não seria comércio) a compra e venda de produtos ou serviços.

Sendo um banco, a sua actividade principal é, mesmo historicamente, a venda de dinheiro, cobrando juros por isso.

Um banco comercial empresta dinheiro a particulares ou empresas para que estas o invistam nas mais variadas coisas e cobra uma percentagem em juros por isso.

Um banco comercial também aceita depósitos em dinheiro de particulares ou empresas e remunera esses depósitos.

O que está em baixo, embora pareça isso, vai completamente para além disso.

BES E A HIPOCRISIA DA POUPANÇA

Leia-se em cima uma parte das declarações absolutamente inacreditáveis da responsável de Marketing do banco.

Tradução concreta: banco com o braço esquerdo faz campanhas incentivando ao consumo, e com o braço direito faz campanhas incentivando à poupança.

Mesmo considerando isto legítimo, o que não é legitimo é “atacar” o tipo de consumidor que não se pode defender. A criança.

E usando os pais da criança como arma de ataque para isso.

O mais hipócrita e desonesto ali é a parte em que a responsável de marketing, afirma: ” o BES acredita na importância da poupança para a construção de uma sociedade equilibrada”.

Cinismo, falta de valores ( comerciais), hipocrisia. Ninguém outorgou ao BES a missão de educar crianças; isso pertence aos pais.

Isto dito, com a maior desfaçatez, no lançamento de uma campanha de poupança juvenil.

Mais espantoso ainda é que se diga que o acto de poupar está cada vez mais arredado dos hábitos dos adultos e da agenda dos adultos.

( Bom… para isso tem contribuído o BES e todas as outras entidades com as massivas campanhas de incentivo ao consumo, os constantes créditos ao consumo, a oferta de variados produtos de crédito para se consumir).

Para “incentivar à poupança” e para fazer chantagem emocional com a psicologia dos pais que são depois pressionados emocionalmente pelos filhos que lhes dirão que não gostam deles porque eles não lhes compram “X”, o BES oferece às crianças um livro de histórias escrito por Rosa Lobato Faria, e ilustrado através da marca Agatha Ruiz de la Prada.

(Visando estabelecer o conflito entre dar e não dar ao “filho”por parte do pai pressionado pelo filho a fazer isto para receber o livro de histórias ilustrado… )

Que, como todas as pessoas sabem é uma marca “barata”, que tem produtos baratos, e que é sinónimo de austeridade e de sobriedade ( isto é, de poupança…) na compra de roupa ou outros produtos do mesmo estilo.

Subverte-se tudo o que são conceitos de publicidade, de economia de mercado, de psicologia afectiva e familiar, mais a mais, até vindo de um banco que tem a pretensão ( é só mesmo isso:pretensão) a ser um banco conservador e austero.

O conservadorismo é arrumado de lado dando lugar à chantagem de progenitores apelando à criação artificial de disputas entre filhos e pais para através desta disputa lucrar.

Também é outra forma de enganar deliberadamente consumidores ( o mercado) com esta conversa acerca do incentivo à poupança juvenil por parte de crianças/adolescentes, porque os adultos não o fazem.

Há razões para não o fazerem e o BES lucrou com essas razões.

Também se deve salientar que o BES , tão amoroso que é quis “conhecer a perspectiva das crianças”…

O facto de essa perspectiva permitir definir perfis de consumo e comportamentos e poder agilizar e tornar mais fáceis as estratégias para melhor vender não teve nada a ver com este desejo intenso de “conhecer a perspectiva das crianças…”

A FCCN perante este caso de notória pornografia vai fazer alguma coisa?

Concerteza que não vai. Aí a “bola” é mandada para o código da publicidade e pseudo autoridades competentes que, concluirão, que tudo está de acordo com a lei.

E assim, se continua a usar a lei para subverter o sentido da lei…

Ninguém parece muito incomodado com isso.

Em termos de dados pessoais e privacidade o facto de crianças pequenas e a sua família terem perfis de consumo definidos por uma entidade privada, perfis esses obtidos através da permissão do uso destes métodos totalitários não incomoda ninguém?

Nem o óbvio totalitarismo destes métodos?

Aqui o “Estado” como recolector de informação é substituído por uma entidade privada.

Isso é tão perigoso como se fosse o Estado a fazê-lo.

SISTEMA QUEIXA ELECTRÓNICA. OS ANTECEDENTES.

leave a comment »

Ontem entrou um artigo sobre a criação, por parte do governo português, de um sítio Internet que facilitava a queixa feita por cidadãos, de forma electrónica; cidadãos que “observassem um crime” poderiam denunciá-lo com toda a facilidade, com total “segurança” que o referido sítio Internet promoveria.

Importa pois, explicar, que esta ideia já teve antecedentes. E campos de treino…

Em 2007, por alturas de Fevereiro, salvo erro, já tinha existido um primeiro teste à passividade dos cidadãos, relativamente a esta questão e outras como esta.

Na altura criou-se um sítio Internet para promover a delação e cultivar o medo e a desconfiança.
A Fundação para a computação cientifica nacional – FCCN – um organismo estatal português decidiu, nessa altura, apoiar uma campanha.

Objectivo oficial: combater a pornografia infantil, a violência , o racismo veiculadas através da Internet.

Objectivo real: criar e desenvolver uma nova geração de denunciadores e delatores – legitimar estas acções como sendo normais e moralmente aceitáveis.

Na senda do progresso e das novas tecnologias, Portugal (tem) terá um site de Internet onde, para fins de treino e aperfeiçoamento destas competências importantíssimas para a vida do país, e para a prossecução da felicidade pessoal dos seus cidadãos, qualquer português será incentivado a delatar e a denunciar de forma consciente e inconsciente.

O sítio Internet em questão pode ser encontrado AQUI.
FCCN -INTERNET SEGURA 1

O sítio em questão apresenta várias características desagradáveis.

É um site onde se poderá fazer “oficialmente” denuncias de conteúdos ilegais. Passo a citar um excerto da noticia lá em cima enlaçada. “No site a ser criado, «jovens e adultos vão poder denunciar conteúdos pedófilos, de violência extrema ou xenófobos, e outros que alegadamente constituam crimes públicos…”

A democracia portuguesa (e europeia) continua o seu alegre caminho multicultural para a censura.
A FCCN prestou-se a ser a cabeça protectora que incentiva todos os denunciantes a obterem uns minutos de glória e a serem legitimizados; todos os ajustes de contas entre pessoas que não gostam umas das outras, e que sabendo que existe isto na Internet se podem denunciar; todas as pequenas irritações passarão a ter cobertura legal.

Até poderão ser feitos cursos de formação profissional com direito a entrega de diploma e tudo para formar profissionais competentes na área da delação. Uma nova industria está a nascer.150 000 delatores em creches - o futuro já começou

Na altura, para fazer o teste à mentalidade totalitária que está aqui camuflada, foi necessário arranjar um pretexto.
O pretexto foi a “pornografia infantil” , a “apologia do racismo” e a apologia da violência”.
Conceitos extremamente escorregadios (excepto a pornografia infantil) e onde cabe tudo e não cabe nada.

Mas é precisamente este “sentido lato” das coisas que coloca em perigo toda a gente e nenhuma gente.
Este blog, por exemplo, quando critica o governo, estará, segundo esta lógica a fazer a apologia da violência contra o governo. Este e outros blogs…

Quanto a Blogs e sítios racistas é o que menos falta há pela Internet portuguesa, estão abertos às dezenas e no entanto, pede-se às pessoas que os denunciem.

( E por “racismo” entendam-se blogs de brancos a atacarem pretos e de pretos atacarem brancos…)

Sem dúvida, porque as autoridades competentes estão demasiado ocupadas a trabalharem em comissões e reuniões de análise para repararem na existência desses mesmos sítios.

Quanto á pedofilia/pornografia infantil, a única maneira de a apanhar é através de investigações aturadas que, regra geral, não passam por ser feitas pelos participantes em actos de pedofilia que os “denunciem”…

Portanto resta achar que esta ideia foi apenas um ensaio para se criar o sítio da Queixa electrónica ontem mencionado.

Mais um pequeno golpe na liberdade e na democracia que o partido socialista promoveu conscientemente, tudo sempre, sob a capa da segurança…
Note-se, também as “entidades” que “patrocinam” o sítio em questão.

FCCN -INTERNET SEGURA 2- ENTIDADES

Como é necessátrio “dar credibilidade” ao sítio, chama-se entidades em que todos confiem.
Daí aparecer a APAV E O IAC, como “garantes ” da boa vontade e legitimidade das intenções por detrás deste sítio.É também “interessante” que apareça ali o Ministério da educação, aparentemente tão preocupado com a “apologia da violência” na Internet, mas tão pouco preocupado com a violência sobre professores na escolas.
São opções.
Também é interessante que apareça a Microsoft, uma empresa que é tudo, a nível informático, menos sinónimo de segurança em computadores e sítios Internet.

Quem quiser perceber porque é que a Microsoft é tudo a nível informático vai até AQUI e caso não seja intensamente estúpido percebe.
No sítio patrocinado pela FCCN também existe algures a expressão “outros”.Tradução: Outros = Todos.

Nota final 1.

Temos (tivemos em 2006) agora a instituição de um teste, para instituir os primeiros princípios( e delatores) de delação e denuncia através da Internet.

O motivo ( que arrasta todos os outros) : as crianças e a sua protecção.

Nota final 2.

Fico a aguardar que a FCCN patrocine um sítio Internet que proteja as crianças e denuncie conteúdos publicitários que visam fazer chantagem emocional sobre os pais para que estes acedam a comprar certas produtos desnecessários aos seus filhos.

Nota final 3.

Fico a aguardar que a FCCN patrocine um sítio Internet que insista na necessidade de se proibir publicidade especificamente destinada à crianças e que proíba o uso de crianças na publicidade.

Já que o problema primordial parece ser a “preocupação com as crianças”, então convém preocupar mo-nos com todas as dimensões do problema e não só com algumas.

Convenientemente escolhidas a dedo.

SISTEMA QUEIXA ELECTRÓNICA. DENUNCIAS E DELAÇÃO.

leave a comment »

QUEIXAS ELECTRÓNICAS - JORNAL DESTAK- DIA 18 MARÇO

O nosso magnífico governo (e o espírito totalitário que o anima…) criou; isto é, gastou dinheiro para o nosso bem. Alvíssaras.

Criou um sistema em que o cidadão, seja ele qual for, ao que parece, poderá queixar-se electronicamente de qualquer malfeitoria que tenha visto a acontecer ou dela tenha tido conhecimento.

Parece uma boa ideia. Não é.

Quando acedi à página em questão apareceu-me o aviso mostrado em cima, segundo o qual, o certificado electrónico de segurança do sitio em questão não seria válido. Tal demonstra desde logo o trabalho bem feito. Um sítio electrónico que pretende garantir confidencialidade nas queixas feitas por cidadãos, faz com que o nosso navegador de Internet (Firefox) responda: ” é impossível verificar a identidade de queixas electrónicas. mai.gov.pt como sítio de confiança.

(O sitio, em baixo no fundo, tem a indicação que está optimizado para IE7, firefox e opera…)

Ou seja… que nos diz que o sitio em questão até pode não ser …verídico…pode ser uma página duplicada…não originária da fonte nela indicada…

Numa outra interpretação bem humorada poderemos dizer que nenhum governo é de confiança, seja qual for a sua cor política; este avisa-nos disso mesmo; só temos que prestar atenção ao aviso…

Também existem várias dimensões do problema.

Uma delas é o incitamento a delação que isto pode provocar. (Assunto já tratado AQUI numa perspectiva diferente…) O incitamento à desconfiança permanente de todos os cidadãos uns dos outros. Se todos, generalizadamente, começarem a usar isto por tudo e por nada teremos uma mentalidade de delação ainda mais instalada do que já está. E que terá tendência a alimentar-se a si própria.

Esta era a mentalidade que vigorava pré 25 de Abril de 1974.

Vou citar baptista Bastos em 2007, num artigo chamado “socialismo da delação” (mesmo correndo o risco de me chamarem comunista, coisa que não sou…nunca fui.)

“…Quando um governo “socialista” promove a delação como conduta, e consubstancia a infâmia num folheto sórdido, tal acontece porque ainda nos encontramos moralmente enfermos. Logo após Abril, os números do aviltamento sobressaltaram os espíritos mais cândidos: quatro milhões de portugueses com ficha na PIDE, e cerca de quatrocentos mil informadores. Agora, na Socratolândia, propõe-se a setecentas mil pessoas que delatem, sugerindo-lhes que praticam uma acção moralizante quando se trata de procedimento desonroso. Este Governo, incapaz de cortar cerce a raiz da corrupção, avilta-nos a todos, ao acirrar à denúncia. E, ao incorrer no crime de corrupção moral, coloca-se na zona da delinquência que propugna punir.”

PORTUGAL PRECISA RECUPERAR 150000 MIL DELATORES

Outra dimensão é o próprio sistema conceptual que está por detrás.

Supostamente,

existem forças de segurança subdivididas nos seus mais variados departamentos e meios que,

teoricamente,

deveriam fazer este trabalho de recolher informação; “vigiar e monitorizar ” a existência de crimes e preveni-los.

Verifica-se que não. Verifico que terão que ser os cidadãos a fazer o trabalho das forças de segurança denunciando os hipotéticos ou reais crimes que assolam a pátria.

Afinal, para que é que existem forças de segurança? Se são os cidadãos convidados a fazer o trabalho delas?

Numa outra linha de análise, poderão espíritos sensíveis contra argumentar que ” certas percentagens de crime até desceram” em Portugal desde há 14 anos para cá.

No entanto o governo que nos garante que as percentagens de crime desceram é o mesmo governo que incentiva à criação de mecanismos como estes…visando denunciar outras certas percentagens de crime que … não desceram?

Então algo está a falhar?

Ou os objectivos passam por um outro tipo de controlo?

É um mistério…retire as conclusões quem quiser…acerca da securitização e da instituição de um Estado de segurança tentacular, mais forte controlo das pessoas, mais incentivo aos cidadãos a espiarem-se e denunciarem-se uns aos outros…

Depois existe a notícia Destak, que confirma desde a abertura, o uso massificado para a “técnica da denúncia”: 140 denuncias até Março 2008, das quais apenas 48 foram consideradas como sendo crimes.

Das duas, uma.

  1. Ou existiu um filtro muito apertado retirando da classificação de crime, uma série de denuncias;
  2. ou eram apenas denuncias feitas para “lixar o próximo” ou movidas por um qualquer pânico repentino.

Fosse qual fosse a situação isto não é bom.QUEIXAS ELECTRÓNICAS - 2

Entra-se no referido sitio e olhando para o menu do restaurante, existe uma lista de crimes e infracções que podem ser denunciadas.

Há aqui pérolas fantásticas.

Como sejam o “Roubo” ou o “Casamento de conveniência” ou os “danos contra a natureza”. Já nem esmiúço o resto…

Exemplo 1.

Sou roubado. Dirijo-me à esquadra de polícia mais próxima para participar. As pessoas tomam nota da queixa, dizem que não podem fazer nada e o assunto é arquivado daí a um ano ou dois.

Mas… agora… com a queixa electrónica isto será concerteza resolvido?!?!

Presencialmente, não é resolvido por queixa. Mas electronicamente, denunciado por um terceiro, será resolvido?

Exemplo 2.

O casamento de conveniência é brilhante.

O Estado português é que tem por obrigação, controlar isso. Suponho até que é por isso que existe registo civil de casamento, notários, bilhetes de identidade e verificações que se farão à posteriori….etc…

Aqui é dito aos cidadãos para irem dizer ao Estado, electronicamente, que outros cidadãos estão casados por conveniência. Por exemplo, imigrantes?

Ora porque é que eu hei-de arranjar chatices com terceiros denunciando-os por estarem a fazer uma ilegalidade que não me afecta a mim directamente?

Ah… tá bem, é porque devo ser um cidadão patriota… e cívico e ajudar o partido socialista no governo…

Isto são, aliás algumas das consequências da “incrivelmente mal feita política de imigração”. Incapaz a “esquerda moderna” de definir uma política de imigração com pés e cabeça, vem agora incentivar a que portugueses, presume-se, denunciem casamentos estranhos de estrangeiros ou de portugueses com estrangeiros…com o fim de arranjar a nacionalidade portuguesa ( europeia).

Era mais simples e mais barato alterar a política de imigração.

Mas depois… onde se iam arranjar ótarios para pagar a sumptuosidade da elite portuguesa através dos descontos que fazem e como se ia encharcar o mercado de trabalho com pessoas a quem é oferecido 400 euros de ordenado? Ou seja, como se conseguiria continuar a manter a política de deflação de salários?

Exemplo 3.

Outra engraçada, entre muitas outras, é a da poluição aparecer na lista das possíveis queixas electrónicas.

Todos os dias vemos inúmeros exemplos de poluição a ser feita. Basta olhar para os autocarros da Carris.

Deverei eu fazer queixa online da Carris? É uma dúvida que me atormenta…

E será essa queixa resolvida? Como? Proibindo-se autocarros de circular?

E poluição estética?

Continuando…

No espírito da administração aberta (coisa que a actual não é, antes pelo contrário) neste fantástico sitio de queixas electrónicas existe também uma zona (não, não é a zona do Stalker…) que nos manda para a legislação.

Isto é extremamente útil. A senhora Joaquina que vive em “Janelas Rombas de Cima” a quem alguém despeja 1 tonelada de lixo durante a noite no seu quintal ficará certamente agradecida por poder ir à Internet, ao Portal das queixas electrónicas, consultar o Código Penal…

Este é o estilo de pseudo administração aberta que este governo tenta incentivar…

QUEIXAS ELECTRÓNICAS - 3

Existe contudo sempre algo mais espantoso. Na imagem que se vê em cima do lado direito em cima existe “um mecanismo de camuflagem” ( esconda a sua visita) que impede que alguém perceba a nossa intenção de apresentar queixa.

Ao testar esta estrambólica página cliquei no referido subterfúgio da invisibilidade.

Fui dar ao portal do Sapo. ?!?!?!?!

Eu estava à espera de ir dar aos subterrâneos de um castelo medieval e fui dar ao portal sapo… Ok, nem sequer vou tentar perceber o estranho mecanismo retorcido que aqui está…

Mas o pior de toda esta lógica está para vir e demonstra a desonestidade destas pessoas, deste sistema, até mesmo para um leigo como eu, em informática.

Este site tem uma política de privacidade. Transcrevo uma parte, a das informações:

————-

“”” Que Informações recolhemos?

Recolhemos vários tipos de informação, dependendo de como usa o sistema.
Quando faz o registo da queixa, recolhemos o seu nome, morada, endereço electrónico, número de telefone e número de documento de identificação, entre outros.
Não é mantido qualquer histórico de apresentação de queixas.
Também poderemos recolher informação sobre a sua utilização do site para fins de análise com o objectivo de melhorar a sua experiência no site.

Exemplos da informação que poderemos recolher e analisar incluem o endereço do protocolo da Internet (IP), usado para ligar o seu computador à Internet; informação acerca do computador e da ligação, tal como o tipo e a versão do browser, o sistema operativo e a plataforma e a ligação para, através e desde o sistema, incluindo a data e a hora.”””

—————-

Chamo a atenção para o que está sublinhado. e para a conversa escorregadia que aqui está.

A azul está a conversa encriptada. Podiam dizer caso fossem minimamente sérios, que inserem cookies no computador de quem visita a página em vez desta conversa de chacha. É isso que ali está a azul.

O que significa que controlam, de facto, a identidade de quem faz a denuncia.

A parte a azul claro basicamente significa que tudo o que um computador debita para um fornecedor de acesso à Internet e respectivo servidor, é verificado/gravado por estes senhores. Data e hora.

O que permite exactamente saber-se quem e onde, foi feita a denuncia. Tendo em conta que este país é um queijo cheio de buracos, saber-se-á sempre quem foi.

Também é dito que não se mantém histórico de queixas. Por escrito, não. Electronicamente fica gravado em dados digitais (que podem ser imprimidos ou copiados). Isso é destruído? Ou não? E quem tem acesso?

Agora imagine-se o seguinte e cru exemplo: denuncia-se um casamento de conveniência de uma prostituta com um membro da máfia russa ou similar.

Alguém ingénuo e mal informado denuncia isso. Arrisca-se a acabar baleado precisamente porque, entre muitas coisas, o próprio sistema electrónico de denuncias deixa rastos demasiado visíveis para que não sejam detectados.

Isto, ao mesmo tempo, que “garantem confidencialidade na apresentação da queixa.”

Não sei se isto é pura estupidez e irresponsabilidade ou apenas sacanice…

Tenho algumas dificuldades em perceber como é que se garante confidencialidade de apresentação de uma queixa estando ao mesmo tempo a gravar IP´s de computador e restante situação descrita.

Estamos pois, perante um conceito novo: a anonimidade conhecida.

VIGILÂNCIA ELECTRÓNICA. Dados pessoais e privacidade.

leave a comment »

Tipo de post: descrição da sistematização da perseguição e estigmatização a utilizadores de Internet. Demonstração de como o conceito de cidadania está a ser atacado de forma subterrânea pelos que o deveriam defender. De como a ordem jurídica e as forças estatais de aplicação da força organizada estão a ser desvirtuadas para não aplicarem força organizada a combater o crime, mas sim a desvirtuarem o conceito de crime e de perseguição ao mesmo, promovendo os interesses de empresas privadas. De como se transforma a sua actuação de geral e universal, para especifica e dirigida a grupos de cidadãos em inferioridade técnica e de conhecimentos, para se poderem defender, quer do Estado, quer de corporações provadas e dos seus interesses.OLHOELECTRÓNICO

Como se faz: criando uma ( s ) ferramenta, perigosa, que dissemina (m) um tipo de programa perigoso para os computadores de qualquer pessoa: o Spyware. Com características especificas. Ou perseguindo utilizadores-criadores de Bittorrents. Ou oferecendo ” benesses ” de vigilância ao FBI. Ou alterando constituições. Ou instilando notícias que veiculam o medo.

↔↔↔

Para ” proteger os direitos de autor “, existe nos Estados Unidos uma sinistra organização. Chama-se MPAA. É a nova inquisição dos tempos modernos, com tiques fundamentalistas, profundamente anti democrática e invasiva. Info online de 26 de Novembro de 2007:

” SÃO PAULO – A MPAA criou uma ferramenta para universidades suspeita de atuar como spyware.

A polêmica começou no início de novembro, quando a MPAA (Motion Picture Association of America), entidade que representa os estúdios de Hollywood, disponibilizou uma ferramenta para monitorar redes em universidades.

A MPAA avalia que as bibliotecas de faculdades americanas são centros de intenso tráfego de arquivos protegidos, em função da boa qualidade de conexão nas universidades e do anonimato de quem utiliza as máquinas.

Para restringir o que considera pirataria, a MPAA desenvolveu um toolkit em código aberto para instalar nos PCs de universidades americanas. A MPAA entrou em contato com 25 universidades dos Estados Unidos oferecendo o kit.

A ferramenta, diz a MPAA, monitora a quantidade de dados trafegada na rede e em cada PC usando programas de torrent e conexões P2P.

Segundo a MPAA, o aplicativo gera relatórios que não identificam qual usuário baixou qual conteúdo, mas dá para a TI das universidades informações para que ela monitore se seus PCs estão usando torrent demais e, assim, identifiquem possíveis usos irregulares de suas redes.

Uma das universidades convidadas a aderir à ferramenta, a University of Pennsylvania, na Filadélfia, analisou o código e considerou o aplicativo perigoso.

Segundo os especialistas da Pennsylvania, existem códigos que permitiram identificar que tipo de conteúdo está sendo baixado em cada PC e, mais grave, documentar quais foram os sites e conteúdos visitados pelos usuários. A MPAA nega que deseje espionar estudantes.

Felipe Zmoginski, do Plantão INFO”

Clicando na ligação da ferramenta ( toolkit MPAA) dá erro e “file not found”. A ” ferramenta” ao que parece foi retirada, ou não aceite pelas Universidades.

↔↔↔

A invasão continua é o vírus chega ( chegou) à Europa. O governo alemão prevê conceber um projecto e gastar dinheiro para criar um spyware especial. Para que este, se possa introduzir nos computadores e detectar, via teclado dos mesmos, quais as frases e usos que os utilizadores mais fazem , quais os sites que mais acedem, o que fazem. Cito o Blog Quintus em 2 de Novembro de 2007:

” O “Spyware” alemão seria introduzido nestes computadores suspeitos através do envio de uma mensagem de correio electrónico com um anexo contendo o “Spyware” e parece ser muito idêntico na forma e nos objectivos ao já existente CIPAV do FBI…

… Este novo projecto é uma forma do governo de Merkel de contornar a decisão judicial de Fevereiro deste ano onde a Justiça alemã esclareceu que era ilegal a investigação à distãncia de um computador de um suspeito, mas agora… Que o Spyware se introduz e que passa a capturar dados localmente, formalmente já não existe uma “inspecção à distância”…

↔↔↔

SPYWARE

Ainda na livre e democrática América da tarte de maça e do sonho americano, o FBI, criou um software chamado “Cipav”. No blog Quintus surge a situação descrita da seguinte maneira:

” … O Tribunal do Estado autorizou o FBI a usar esse tipo de software – geralmente usado por hackers, spammers e por cibercriminosos – já que “os utilizadores da Internet” não podiam esperar que certo tipo de dados sobre a sua presença na Internet pudessem permanecer anónimos”. O FBI terá enviado o “FBIware” para uma conta anónima na popular rede social MySpace, …”

O programa, descrito num tribunal de Washington por um agente do FBI descreve o produto como um “computer and internet address verifier” (CIPAV). Um artigo da Wired News (ver AQUI). As características do Spyware do FBI são confidenciais… Mas sabe-se que consegue recolher no computador infectado os seguintes dados:

  1. O endereço TCP/IP
  2. O MAC address de todas as placas de rede instaladas
  3. Uma lista dos portos abertos TCP e UDP
  4. Uma lista de todos os executáveis que estão a correr
  5. A versão do sistema operativo, assim como o seu número de série
  6. O Internet Browser e a sua versão
  7. O nome do utilizador logado e a sua empresa registada
  8. O último URL visitado

Todos estes dados são recolhidos pelo Spyware e enviados para um computador do FBI na Virginia.

O FBIware é perfeitamente legal (nos EUA) e está protegido por uma sentença do Tribunal de Apelos dos EUA segundo o qual este tipo de vigilância que não captura o conteúdo de comunicações pode ser usado sem mandato judicial, já que os utilizadores da Internet “não podem esperar razoavelmente manter secretos este tipo de dados”.

↔↔↔

Num passeio pela avenida da memória, já em 2001 tinham existido rumores ou mais que isso acerca da colaboração da Symantec – uma empresa que produz antivírus e produtos do mesmo estilo relativamente ao facto de, aparentemente ou supostamente, a Symantec ter produzido uma ferramenta que possibilitasse ( possibilitou … ) o FBI de ter acesso aos computadores pessoais que tivessem produtos da Symantec instalados. Tendo a ferramenta instalada a Symantec criaria uma programação que não a actualizaria (à ferramenta) de forma a “retirar ” essa ferramenta – esse Keylogger – deixando-o estar e parecendo fazer legitimamente parte dos programas ( instruções de programação) de antivírus. Cito uma fonte internacional:

“” Eric Chien, chief researcher at Symantec’s antivirus research lab, said
that provided a hypothetical keystroke logging tool was used only by the
FBI, then Symantec would avoid updating its antivirus tools to detect such
a Trojan. The security firm is yet to hear back from the FBI on its
enquiries about Magic Lantern but it already has a policy on the matter.

“If it was under the control of the FBI, with appropriate technical
safeguards in place to prevent possible misuse, and nobody else used it –
we wouldn’t detect it,” said Chien. “However we would detect modified
versions that might be used by hackers.””””

A Symantec negou sempre isto, mas não convenceu…

↔↔↔

Como o controlo sobre o que os utilizadores fazem não é suficiente ou pelo menos aparenta não ser suficiente, a justiça americana encarrega-se de “dar legitimidade” sob um outro ponto de vista. Um americano – com um sistema Linux – geria um site de bittorrents, que distribuiu uma cópia do filme Star Wars 3, foi condenado. A condenação obrigou-o a passar a usar Windows em vez de Linux. Noticia Info de Abril:

“”” SÃO PAULO – Administrador do site EliteTorrents só poderá usar micros com Windows, pois polícia irá monitorar suas atividades. Scott McCausland confessou que foi o responsável pela distribuição do filme “Star Wars III – A vingança dos Sith” dias antes da estréia do longa nos cinemas. Como punição, a polícia da Virgínia, nos Estados Unidos,

condenou McCausland a cinco meses de prisão e o uso obrigatório de um software de monitoramento online.

Ocorre que o tal software só tem versão para Windows, e McCausland não poderá usar

computadores sem a ferramenta da polícia instalada.

“O fato de ser monitorado não é o que me incomoda, o maior problema é que terei que reestruturar minha vida com um sistema operacional diferente e com programas diferentes, e isso vai me forçar a comprar programas”, disse o americano ao portal

TorrentFreak.

“Estou desempregado e ninguém vai querer me empregar depois de eu ter ficado com a ficha suja”, concluiu o condenado.”””

↔↔↔

O que é que usar um sistema operativo diferente tem a ver directamente com a condenação por transmitir uma cópia de uma filme? Qual é a proporcionalidade da pena -a que é que corresponde uma coisa à outra? Nada, mas ajustiça americana é constituida por bons cidadãos americanos que protegem o produto que é deles, isto é o sistema

operativo Windows. Mesmo que tal seja feito com a capa da “legitimidade da rule of law”.

Não só a privacidade está a começar a ser ameaçada, como começam a ser ameaçados os direitos de se usar o software que se queira usar. As pessoas ao que parece, concordam com isto. Como se pode ver através dos mapas da “Privacy International”, que podem ser encontrados AQUI .

privaci1

 

↔↔↔

Na página onde se encontram estes mapas podemos ver uma classificação por países, onde o cantinho ridículo que dá pelo nome de Portugal aparece sempre a amarelo …… Em baixo através do post a seguir, percebe-se porquê …

privaci2

No caminho tortuoso que decorre deste post, chegamos a 04 de Novembro de 2007, onde no Blog Esquerda Republicana:

  • «Instado a comentar – enquanto ex-ministro da Justiça e da Administração Interna – a recente polémica em torno das escutas telefónicas, António Costa foi peremptório: “Sempre entendi que as escutas devem ser de tal forma excepcionais que não deve haver escutas fora de processo-crime”. “Tenho visto no PS e no PSD muitas pessoas entendendo que se devia rever a Constituição para habilitar os serviços de informação a realizar escutas telefónicas. A minha opinião pessoal sempre foi contrária e não mudei de opinião nos últimos três meses”, sublinhou.» (SIC)
É urgente que comecem a chover críticas ao projecto totalitário de Alberto Costa para escutar as conversas telefónicas de quem não está acusado de crime algum – fim para o qual o Ministro da Justiça até está disposto a rever a Constituição. Se nada for feito, com o argumento do «terrorismo internacional» acabaremos por permitir que os serviços de informações comecem a escutar sindicalistas e políticos da oposição. E se no governo actual é o membro do Opus Dei Pedro Silva Pereira quem tem a tutela directa desses serviços (o que, em si, já é inquietante), num futuro governo poderá ser um qualquer clone de Paulo Portas a ter o direito constitucional, inaugurado pelo «socialista» Alberto Costa, de escutar tudo e todos, sem que haja sequer autorização judicial.
↔↔↔

PRIVACIDADE E NEGAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO: chips em automóveis.

leave a comment »

Tipo: post sobre uma notícia, que passou relativamente despercebida, relativamente a uma intenção por parte do governo, em inserir chips em matriculas de automóveis.

Notícia de 25 – 08 – 2007.

O avanço para uma sociedade totalitária continua. OLHOELECTRÓNICONão deixa de ser irónico que seja um partido político que se auto denomina como sendo de “esquerda” a promovê-la. A adopção de chips; está a ser ponderada para as matrículas de forma a que cada automobilista tenha um identificador válido associado à sua matrícula sempre que passe por uma portagem, real ou virtual, ficando essa passagem registada. Tal medida é apresentada, para melhor ser “vendida” , como “permitindo” resolver vários problemas, de entre os quais:

  1. Maior facilidade de controlo de um carro em excesso de velocidade;
  2. Contagem de tráfego nas SCUT`s;
  3. Acesso à Via Verde facilitado.

O Governo, na sua sábia sapiência, considera isto como uma boa alternativa para estradas onde não é permitida a instalação de portagens fixas. Passando a ser o pagamento feito da mesma forma como é efectuada pela Via Verde, através de pacotes de viagens pré-comprados ou através de pagamento posterior após compra desses mesmos pacotes ou passagem pelas estradas.

Lamentavelmente, na sociedade de tolos que temos as pessoas só vêm as vantagens disto e nunca as desvantagens. Normalmente são “tecnólogos”( o equivalente na área da tecnologia, aos sociólogos na área das “artes mais sociais – humanistas … ) os primeiros a entrarem na arena da persuasão e convencimento das pessoas de que isto é algo de maravilhoso.

Como o brilho da tecnologia ofusca as cabeças, e o cinzento metalizado dos computadores alvo de tuning aumenta a erecção dos “tecnólogos” à submissão aos gadjets electrónicos é / constitui o equivalente à submissão do sado masoquista ao chicote. Daí à necessidade de transportarem para o restante da sociedade aquilo que é para os tecnólogos um prazer, mas para o resto pode não o ser, dista só um pequeno passo.

Pequeno, mas de tendência totalitária.

Esta submissão aos gadjets electrónicos é porreira, mas implica que não se pense nela. Isso é bom para quem quer controlar; que existam imensos à solta a divagarem sobre as vantagens da tecnologia , mas não falem das desvantagens. Como tal, não se observa como isto, esta medida, é apenas mais uma forma semi disfarçada de controlar pessoas e empresas.

De como isto configura um principio de Estado totalitário disfarçado de suposta vantagem tecnológica para todos os cidadãos. O argumento principal é o seguinte: ” O governo” diz que.

Logo, faz-se o que o governo diz que.

Como este é o argumento da inevitabilidade, da preparação para algo inevitável, este argumento, por si só, não é suficientemente poderoso. Há que vende-lo e marketizá-lo depois.

Então num sol resplandecente, surgem dois argumentos de venda: ( 1 ) a “maior facilidade” e ( 2 ) “apanhar os malandros que andam em excesso de velocidade”.
Porque o governo diz que.

Questionar criticamente a tecnologia e os efeitos sociais e democráticos que ela traz; ponderar o bem e o mal que ela traz, não acontece em Portugal. É mais giro ( porreiro, pá) fazer aquilo que em inglês se designa por “tinkering”- brincar com ela como se fosse – sempre – uma coisa inofensiva.

««« Relativamente à privacidade dos cidadãos;
««« ao facto disto ser um claro abuso;
««« de ser uma clara tentativa de controlo político e social e de condicionamento dos cidadãos, precisamente porque passa a ser possível determinar em bases de dados mais trabalhadas onde está o carro do cidadão, isto é, o cidadão, e onde foi ou não foi,na sua vida privada/profissional; nada disso sugere criticas ao pessoal da tecnologia.
««« O conceito democrático de “liberdade de movimentos”é fortemente atacado. Conceito esse que serviu para legitimar por exemplo, a guerra ideológica- política contra o comunismo na URSS, e satélites – onde ele não existia, mas que – agora – já não é questionado; antes abandonado desta forma suave e despercebida.
««« O espaço público, como local de convívio dos cidadãos é também atacado. Deixa de ser possível estar “anónimo na multidão”.

Mas, para os tecnólogos, o aparelhozinho tecnológico chamado chip será mais uma técnica nova e excitante com a qual se pode brincar conceptualmente e pessoalmente. E que as leis que virão a ser hipoteticamente aprovadas; de suposto controlo desta informação; dos perigos desta informação estar à solta, que façam o resto – os políticos que façam o resto.

Sugiro para “irmos na onda” que o governo implante chips no membro sexual dos meninos logo à nascença.
Anos mais tarde poderá fazer-se com eficácia a contagem de esperma. Ou o número de “relacionamentos sexuais indevidos ” praticados. Até se poderão vir a fazer estatísticas.

Ou ” para prevenir a promiscuidade” e assim “agradar” à Igreja católica.
Já agora.

Isto é preocupante tendo em conta que temos um governo que já pode vigiar pessoas, sem recurso a mandato passados pelo juiz,vigiar e barrar telecomunicações, e bloquear emissão de rádio ou outras telecomunicações apenas porque sim. O pretexto invocado é o terrorismo. (É o terrorismo, como podia ser um pacote de yogurts ou a gripe das aves. Interessa é inventar uma treta qualquer.)

Acresce a isto que as mensagens de email e telefone dos portugueses – de todos os portugueses – vão ser guardadas durante um ano. Se é que existe realmente qualquer fundamentação exactamente concreta para isto. A conversa do costume para fundamentar estas coisas é a do terrorismo. É claro que é comum e sabido que 11 milhões de portugueses são, de facto terroristas, especialmente aqueles que não gostam do governo e nele não votam. Qualquer governo tem esta ideia, seja qual for a sua cor política.

Podemos notar – se não estivermos distraídos – que é tão interessante, por exemplo, saber-se, da parte de um membro de um governo que o queira saber, que um cidadão disse ao telefone, ou escreveu num email que não vota neste governo? E supondo que esse cidadão, está nesse momento histórico em que afirmou que não gosta do governo, a negociar contratos com o Estado ou com empresas privadas a ele ligadas?

Ninguém vê o perigo disto? Ninguém acha isto estranho? Ninguém acha que não irá existir “contágio” relativamente a esta forma de proceder, contágio esse aplicável aos mais insignificantes actos da nossa vida?

Portanto, parece que está em preparação o programa totalitário 2.0 chamado ” vamos ter chips nos nossos carros para velarem pela nossa segurança”.

Que bom. Sinto-me tão feliz.

Só existe um problema.

De facto sinto-me menos seguro com todos estes controlos e não mais seguro. Deve ser um defeito exclusivo meu, concerteza…

Mas, no fundo, não há problema. Os tipos das tecnologias – essas aves de arribação que são os tecnólogos até nos fazemos o favor de assegurar que tecnicamente isto são só vantagens.

Esquecem-se – lamentavelmente – de dizer quais as desvantagens.

Esquecem-se – lamentavelmente – de informar o que irá ser feito de toda esta informação e de onde irá parar toda esta informação.

Que será inevitavelmente cruzada e comparada e analisada. Depois, quando um cidadão quiser reagir contra o Estado ou contra privados ligados ao Estado, seguindo a lógica do exemplo hipotético citado mais acima, o cidadão já está pré condicionado para fazer isso. Porque, informação pessoal e profissional desse mesmo cidadão, que deveria ser privada, está, afinal, semi pública ou totalmente pública, ou em poder de pessoas ou instituições com as quais esse cidadão tem (ou pode vir a ter) um conflito.

Nota final: Para identificarem os judeus que deveriam ser identificados precisamente porque eram judeus, os nazis, obrigaram-nos a usar uma estrela amarela de pano cosida ao fato, sempre que saiam de casa.

Era o chip tecnológico à época e os fatos eram os carros.

O pretexto: o combate ao terrorismo e aos sabotadores da grande pátria alemã, que buscava o seu “Lebensraum”- o seu espaço vital, começando a usar, militarmente, no dia 1 de Setembro de 1939 bombardeiros Stuka, sobre as cidades da Polónia, para o obter.

Também era um regime fundado na crença absoluta na tecnologia.

STUKA

Written by dissidentex

12/01/2008 at 22:22

LEI DE SEGURANÇA INTERNA

leave a comment »

Tipo: post recuperado e reescrito datado de 25 de Setembro de 2007

Fonte original: notícia Diário de noticias.

Sobre: vigilância electrónica patrocinada por um suposto governo de esquerda.

A criação: de um ordenamento jurídico que vai contra os interesses dos cidadãos, dando mais um pequeno corte na liberdade e na democracia.

O pretexto: a luta contra o terrorismo. O terrorismo é um senhor que tem as costas muito largas.

Estas costas terroristas são quase tão grandes como invocar o perigo do PCP.

A outra grande mistificação com que nos andam a enganar há pelo menos duas dezenas deOLHOELECTRÓNICOCAPA DIÁRIO DE NOTICIAS DE 25 DE SETEMBRO DE 2007-VIDEOVIGILANCIA

anos para justificar coisas injustificáveis, incompetências várias, um incapacidade completa de ser capaz de governar sem fazer asneiras em série e nepotismos vários.

Como se vai fazer: parece que vai sair uma “nova reforma”. Chamada “Lei de segurança interna” . Já me sinto mais inseguro, para ser sincero…

Prevêem-se várias coisas. Sem ter que dar conhecimento prévio a um juiz ou magistrado do ministério público a PJ, GNR E PSP poderão:

  1. vigiar pessoas com recurso a câmaras de vigilância;
  2. barrar telecomunicações;
  3. Bloquear emissões de rádios ou telecomunicações.

Na noticia do DN que eu cito a mistificação que dela emana é, além disso, total na forma como a noticia é dada. Desde logo o “DN teve acesso”. Tradução: deram uma cópia desta borrada totalitária ao DN.

Também se afirma que o barramento de telecomunicações pode ser essencial no combate ao terrorismo. Esta ganha o prémio de estupidez mor. Acima de tudo é fazer de todos nós estúpidos ao pretender convencer-nos que os terroristas alegremente e descontraidamente, telefonam uns aos outros às claras e sem disfarçarem que são terroristas.

  • Não, o objectivo é outro, por exemplo, e visa, quando for necessário, barrar comunicações a certas pessoas ou empresas para favorecer outras pessoas ou empresas.
  • Ou para conhecer certos pormenores da vida privada de certas pessoas com as quais, depois, se possa persuadir a aceitarem fazer uma coisa em detrimento de outra coisa. Acresce-se a isto, que os emails e telefonemas irão ser gravados durante um ano, como já se ouviu repetidas vezes. Se irão todos serem gravados e durante um ano guardados; para que é que é necessário “barrar serviços”?
  • Parece … que é para … impedir detonação de explosivos … é a singela observação …

Se se está a escutar e a analisar actividades “terroristas” e ” os próprios terroristas” em Portugal, em principio sabe-se da localização dos mesmos, logo não é necessário barrar-lhes as comunicações.

Parece ser mais simples ir ao sitio onde estão e prende-los.

Aqui entramos, seguindo a noticia do DN, no futurismo e na ficção cientifica inventiva e construtiva.

Paralelamente goza-se descaradamente com a inteligência da pessoas: Será porque ” os terroristas” irão usar telefones ( o meio de ataque … ) para accionar engenhos explosivos.

Excelente filme este. Tom Cruise e Matt Damon ponham os olhos nisto…

Como todos sabem, os terroristas que enviaram dois aviões contra as torres gémeas

usaram este método: accionaram os aviões por telefone.

Os que mandaram um barco carregado de explosivos contra o Destroyer U.S.S.COLE no Golfo pérsico nos anos 90 também … ( estou a ser irónico claro…)

Outra possibilidade mais perigosa desta “Lei de segurança interna” é a capacidade de, na nova lei, as forças de polícia poderem instalar microfones e aparelhos de escuta sem terem autorização judicial para tal.

Apenas porque tiveram um percepção extra sensorial. Em qualquer sitio, em qualquer lado em que achem que devam instalar apenas porque acham que devem instalar. Porque sim.

Assim de repente, vem-me à ideia a casa do sr José Manuel, democrata e opositor político do governo, mas que poderá ser – convenientemente – classificado como “potencial terrorista”; para efeitos de legitimação a que lhe ponham escutas em casa ou nos sítios onde se move.

Grandes democratas de esquerda; este PS.

Para daqui a uns tempos teremos, pelo andar da carruagem, uma nova lei de segurança: quem não for militante do PS será considerado terrorista. Motivo: o combate ao terrorismo.