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EDP – A COMPOSIÇÂO DOS PREÇOS EXAGERADAMENTE ALTOS EM 2012
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Deve-se notar que a componente de preços resulta do mercado de electricidade.
Diz-se.
Com uma única empresa a dominar um mercado a expressão mercado de electricidade é engraçada. ILUDE-NOS de que existe um mercado de electricidade….
Existe a Endesa, mas chamar ao que a Endesa faz” mercado” é ridículo.
(1) A energia: inclui os custos de comercialização do produto…
(2) As redes: inclui o custo da gestão global do sistema…
(3) Os custos de interesse económico geral (CIEG): incluem os sobrecustos com a produção em regime especial, com a produção em regime ordinário e as rendas pagas aos Municípios (esta é uma especificidade que só existe em Portugal: os municípios recebem uma taxa da EDP por deixarem passar postes de iluminação nos municípios que depois são também cobrados como custos aos consumidores…).
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A composição de preços por cliente divide-se em 3 partes:
(A) consumidores industriais designadamente em Média Tensão (MT)
(B) e em Baixa Tensão Especial (BTE)
(C) consumidores domésticos em Baixa Tensão Normal (BTN).
Notas:
- Regra geral todos estes clientes são mal servidos.
- Regra geral pagam todos a mais do que deveriam pagar.
- Regra geral, quando uma empresa concentra em si, características de monopólio natural ,com características de monopsónio, é isto que acontece.
É a própria ERSE – entidade que regula isto que nos informa.
Informa-nos em 3 dimensões.
DUAS NOTAS:
- Os preços a azul (nos quadros abaixo) correspondem a produção de energia (Uma EDP pública que não visasse ter lucros, mas sim produzir energia o mais barata que fosse possível e acessível a todos, estaria perto deste horizonte de preços).
- Os portugueses quiseram votar em partidos políticos que defenderam a privatização da EDP, sem existir qualquer ideia ou interesse estratégico por detrás desta privatização. Agora os preços são 40% mais caros do que deveriam ser.
QUADRO 1
QUADRO 2
QUADRO 3
FONTE: ERSE 2012
O GOVERNO DO PSD E AS “GOLDEN SHARES” NA EDP, PORTUGAL TELECOM E GALP
Uma golden share é uma participação accionista detida pelo Estado, que apesar de ser minoritária confere poderes especiais.
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O ex-líder parlamentar do PCP Octávio Teixeira acusou esta segunda-feira o Governo de cometer um crime económico ao prescindir dos direitos especiais que detinha na Portugal Telecom, Galp e EDP.
«O Governo cometeu um crime económico contra o país quando decretou que prescindia dos seus direitos especiais na PT, Galp e EDP, que valiam centenas de milhões de euros, e ofereceu-os de graça», disse o economista e ex-líder parlamentar dos comunistas.
Segundo Octávio Teixeira, as acções que constituíam as golden shares as referidas empresas valiam muito mas, tendo em conta que o Governo prescindiu dos respectivos direitos especiais, quando as mesmas forem vendidas «já serão ações ordinárias com pouco valor económico».
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Notícia da comunicação social, dia 18 de Julho de 2011.
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O QUE ESTÁ A SER MUITO MAL FEITO, MAS MESMO MUITO MAL FEITO: DAR DE OFERTA MILHÕES DE EUROS AOS ACCIONISTAS DA PT, DA GALP. ETC.
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Golden shares acabam em Portugal, mas mantêm-se em nove países da UE
ERSE QUER QUE CIDADÃOS CUMPRIDORES PAGUEM AS DÍVIDAS DE TERCEIROS
A ERSE, entidade reguladora dos serviços eléctricos, decidiu fazer de todos nós parvos.
DIVULGUE-SE
Pagantes EDP – Consulta Pública até dia 07 de Julho
Caros(as) Amigos(as),
Há planos que pretendem pôr os cidadãos comuns, bons e regulares pagadores, a pagar as dívidas acumuladas por caloteiros clientes da EDP, num total de 12 milhões de euros e, para o efeito, a entidade reguladora está afazer uma consulta pública que encerra dia 07 de Julho. Em função dos resultados desta consulta será tomada uma decisão. Esta consulta não está a ser devidamente divulgada nem foi publicitada pela EDP, pelo menos que se saiba.
A DECO tem protestado, mas o processo é irreversível e o resultado desta consulta irá definir se a dívida é ou não paga pelos clientes da EDP. A DECO teme que este procedimento pegue e se estenda a todos os domínios da actividade económica e a outras empresas de fornecimento de serviços (EPAL, supermercados, etc.).
Há que agir rapidamente. Basta enviar um e-mail com a nossa opinião, o que também pode ser feito por fax ou carta. www.erse.pt/vpt/entrada/consultapublica
Abaixo segue um exemplo de e-mail a utilizar:
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“Exmos. Senhores,
Pelo presente e na qualidade de cidadão e de cliente da EDP, num Estado que se pretende de Direito, venho manifestar e comunicar a Vossas Exas. a minha discordância, oposição e mesmo indignação relativamente à “proposta” – que considero absolutamente ilegal e inconstitucional – de colocar os cidadãos cumpridores e regulares pagadores a terem que suportar também o valor das dívidas para com a EDP por parte dos incumpridores.
Com os melhores cumprimentos,
Nome…..“
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O endereço de correio electrónico para onde devem enviar o protesto é o seguinte: consultapublica@erse.pt
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APENAS encontrei hoje dia 27 de Junho de 2008 estes blogs que falam do assunto:
Blog sensojurídico
Blog Open Space
Blog “escolaprof “
O NOVO FASCISMO ECONÓMICO.
1.
Uma das novas formas de fascismo e totalitarismo que está aí à solta consiste no uso da intimidação e do roubo descarado como forma de actuação exercida pelas entidades que o fazem.
O método de actuação é a lei. A lei é usada como “elemento legitimador” que nos força a aceitá-la para justificar posteriores conteúdos totalitários previstos na própria lei manifestamente tipicos de uma sociedade totalitária.
Só que agora, o totalitarismo tem um novo rosto; serve-se dos chamados “partidos de esquerda” para se apresentar ao eleitorado, para assim convencer o maior número de pessoas a – pelo voto – legitimarem determinadas situações. E é aplicado por estes mesmos partidos quando no governo, ou por comportamento de omissão (fechar os olhos à corrupção, por exemplo…) ou através de “entidades de regulação”,(criadas por lei…claro…) umas supostas entidades independentes, que regulam relações entre consumidores e vendedores num dado mercado.
As actuais entidades independentes são totalmente corruptas no seu modo de agir e decidem sempre contra os interesses dos consumidores.
Tudo isto perante a passividade e a bovinidade dos cidadãos que vão a correr muito depressa atrás de uns tipos que jogam à bola na Suíça, mas em relação a outras certas situações já não correm…
Notícia DN, o jornal do governo de dia 15 de Junho de 2008.
A empresa ou o particular fazem uma dívida que não pagam. Eu, que nenhuma dívida fiz, pago por eles. Justiça social.
O potencial que isto tem de gerar vigaristas e caloteiros é enorme. Sabem estes que podem fazer dividas à vontade que alguém as irá pagar.
Gosto também da expressão: “a EDP vai partilhar os custos com os consumidores”. A EDP não tem que partilhar nada; nem o consumidor que não fez a divida tem que ser responsabilizado ou aceitar receber partilhas. Mas temos o jornalismo de sarjeta em todo o seu esplendor.
Nota: em Direito , creio que existe a “figura” do ” a benefício de inventário”. “A” recebe uma herança, mas reserva-se o direito de a receber ou não apenas depois de verificar o inventário dessa mesma herança.
Assim escusa de aceitar pagar dividas que venham com uma herança ou uma herança que tenha mais dividas do que bens.
Segundo a lógica que aqui está , doravante se se aplicasse isto a todas as heranças, por exemplo, todos seriam obrigados a receber sem a verificação “a benefício de inventário”.
A liberdade de alguém recusar pagar dividas de outros que não lhes dizem respeito está claramente ameaçada com estas ideias. Alguém se incomoda?
2.
O fascismo económico continua em todo o seu esplendor numa outra dimensão.
Ou seja, mais uma “adaptação” aos modelos económicos chineses e americanos e mais um pequeno passo no caminho do totalitarismo económico, bem como um ataque à liberdade individual de duas maneiras.
A) Por um lado desresponsabiliza-se completamente quem faz chamadas, de perceber que isso tem um custo económico, que isso custa dinheiro.
A(s) pessoa(s) passa(m) assim a flutuar na ligeireza da ignorância da realidade económica subjacente ao uso do telemóvel, e apenas o perceberão se começarem a aceitar chamadas por isto e por aquilo. Mas limita-lhes a liberdade individual de aceitarem chamadas, ou então sujeitam-se…(Isto é liberdade?)
E quando uma pessoa se enganar no numero que marcou e alguém atender inadvertidamente, por exemplo, uma corporação de bombeiros ou uma ambulância ou a polícia quem é que paga?
Enfim, é preciso deixar o liberalismo económico andar à solta.
B) Por outro lado constrange-se as pessoas de atenderem o telemóvel, o que na prática desvaloriza o uso do aparelho em questão, e coloca limites à liberdade de uso da coisa.
Mas não há problema. Como vem dos EUA e da China ninguém se chateia com esta ideia estúpida nem com as limitações de uso de um objecto que são colocadas desta forma. É um objecto que passa à ainda maior categoria de adorno…
Nota: Depois temos ainda o enorme maná que isto constitui para as empresas de Marketing e publicidade, bem como a falta de sossego que isto irá gerar aos utilizadores de telemóvel. Estas empresas terão campo livre para enviarem mensagens e fazerem contactos e quem cair no erro de atender, está imediatamente a pagar algo que, logo desde o início nem sequer solicitou.
Que grande favor que acabaram de obter…se agora já é o que é…
Portanto algo que eu nem quero, ser-me-á cobrado se eu me descuidar e atender.
Tudo isto porque parece que é preciso baixar os preços das tarifas. Bom…isso não se baixará introduzindo mais concorrência no mercado?
Aparentemente parece que não. Jornal Público de dia 17 de Junho de 2008.
E é assim que se ataca a responsabilidade individual, parecendo que não se está a fazer isso, não responsabilizando por dividas quem as faz, antes socializando os prejuízos ( onde está a distribuição directa de lucros aos clientes que pagaram a tempo e horas, já agora? Já que se distribuem as dividas também convinha que se distribuíssem os lucros ou não? ), e, paralelamente, criando uma técnica muito interessante que consiste em responsabilizar quem nunca aceitou receber um bem ou serviço, pagando essa pessoa por isso, por um acto que um terceiro cometeu.
Só os princípios (quer dizer, a falta deles…)que aqui estão são desde logo, absolutamente detestáveis. É a nova lógica do “neo liberalismo económico avançado”; tu gastas, mas aparece sempre uma conta que não és tu a pagar, mas sim outro e pelo meio existe um intermediário ” que controla este sistema “ e aufere os lucros do mesmo.
É brilhante como conceito, mas nada tem a ver com democracia, mas sim com totalitarismo e sujeição das pessoas a condições totalitárias e anti democráticas. Usando a economia para o fazer.