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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÂO: RETIRAR DINHEIRO A ESCOLAS PÚBLICAS PARA DÁ-LO A ESCOLAS PRIVADAS
O Governo português prevê cortar em 2012 o seu orçamento em Educação em mais de 600 milhões de euros, noticia a agência espanhola EFE, citando o ministro Nuno Crato.
Num encontro com a imprensa estrangeira, Crato precisou que esta diminuição na despesa é equivalente a oito por cento do orçamento total do sector, estimado em 7.800 milhões de euros.
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Nuno Crato, notícia da comunicação social, dia 4 de novembro de 2011.
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Artigo 9.º
Montante do apoio financeiro
1 — O apoio financeiro a conceder, no âmbito dos contratos de associação por turma, traduzido num subsídio, é fixado para o ano de 2011 -2012 no valor de € 85 288 * por turma.
2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Fonte: Diário da República, Ministério da educação e ciência, portaria 277, dia 13 de Outubro de 2011.
* o anterior valor era de 80 mil euros
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Os contribuintes portugueses subsidiam escolas privadas.
Subsidiam escolas que cobram propinas elevadas aos seus alunos.
Ao mesmo tempo observam a escola pública a ser alvo de uma retirada massiva de dinheiro.
O novo comunismo é assim: conceder subsídios aos “amigos”/”donos” das escolas privadas para meninos ricos.
O novo comunismo é assim: atacar o serviço estatal fazendo-o viver com pouco dinheiro, para “abrir mercado para os proxenetas do ensino privado.
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Quanto aos professores portugueses continuam a estar em estado de cobardia, calados e obedientes.
Apenas interessados em exigir “ordem” e emprego garantido com salário alto e querendo vender-se ao desejo de ver ser-lhes concedido serem pequenos tiranetes na sala de aula, julgando que é este tipo de coisas que o permitirá .
Julgam que – se ficarem calados – irão ser recompensados na nova ordem que emergir.
Contudo:
“Roma não paga a traidores nem aos que assassinam os seus generais”.
Quintus servilius Caepio, General romano.
EDUCAÇÃO NÃO É QUALIFICAÇÃO
Excelente texto e exemplo no blog legoergosum, chamado “os bárbaros e a tecnologia”.
Representa “exactamente”aquilo que se quer fazer na educação e por acréscimo no país – formar uma massa de acéfalos que não deverão se capazes de pensar, mas deverão todos ser “qualificados”…
O texto é contra isso, mas explica muito bem porque é que se deve ser contra isso. Transcrição.
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Quando eu era adolescente li uma história sobre a segunda grande guerra que me deu que pensar. Parece que os americanos tinham necessidade de construir uma grande quantidade de aeroportos em muitas ilhas do Oceano Pacífico e não tinham mão-de-obra para isso. Muitas dessas ilhas eram habitadas por tribos cujo desenvolvimento estava ao nível do Paleolítico. No entanto conseguiram facilmente, ao fim de poucos dias de treino, operar um bulldozer ou qualquer outra peça de maquinaria usada para construir aeroportos.
Vários anos e muitas leituras mais tarde, percebi que quando um bárbaro se confronta com a civilização, a primeira coisa que aprende dela, e mais facilmente, é a sua tecnologia. Muitas vezes nunca chega a aprender mais nada. Muitas vezes nem sequer chega a imaginar que haja mais nada.
Há trinta anos que o mundo em geral está a ser governado por bárbaros, que da civilização só vêem a tecnologia. Não compreendem que há mais mundo para lá da tecnologia, e que se esse mundo não existisse a tecnologia acabava.
Esta atitude assume muitas formas. Uma delas é o economicismo: a crença que a economia determina tudo na vida dos homens e que a ciência económica explica cabalmente toda a realidade.
Outra é a adoração bacoca da técnica como se fosse um fim em si mesma e não um meio. Quando o Primeiro-Ministro vai às escolas levar computadores, leva a cereja para pôr em cima do bolo. Mas o bolo, onde está? O Primeiro Ministro não sabe. Nem sabe que ele é preciso. Nem sabe que a cereja em cima do bolo precisa de um bolo por baixo.
E temos o caso de Maria de Lurdes Rodrigues a dizer que as escolas servem para as pessoas se qualificarem. Não servem: servem para as pessoas aprenderem. Pela simples razão, que nenhum bárbaro jamais entenderá, que quando o nosso propósito é ensinar estamos a qualificar; mas se o nosso propósito for apenas qualificar, nem qualificamos, nem ensinamos. Ou então damos uma qualificação que se esgota no momento em que o qualificado deixa de ser útil ao qualificador.
E assim voltamos aos construtores paleolíticos de aeroportos: lembremo-nos deles sempre que algum político ou algum yuppie (ou pior ainda, algum político yuppie) nos vier com a treta da qualificação. É que qualificar é fácil, o que é difícil é ensinar.
Quando a guerra acabou e os americanos se foram embora, deixaram atrás de si milhares de pessoas qualificadas para construir aeroportos. Nenhuma delas ganhou fosse o que fosse com isso.
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O DISCURSO CORRUPTO SOBRE A POBREZA E A RIQUEZA.
NO dia 18 de Dezembro de 2007 publiquei um excerto do blog esquerda-Republicana escrito por Filipe Castro (vive nos EUA), chamado “Escolas privadas, corrupção e acesso ao poder” :
Cito:
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“””A qualidade do ensino, por si só, não é determinante para o sucesso dos estudantes na vida profissional. Por exemplo, uma coisa importante nas escolas privadas são os amigos. A possibilidade de controlar com quem é que os nossos filhos se dão é uma vantagem importantíssima na educação deles.
Nos anos do Cavaquismo, um amigo meu, a trabalhar numa empresa financeira qualquer, perguntou a um banqueiro amigo do pai porque é que o banco dele tenha deixado sair um determinado gestor (que segundo o meu amigo era extraordinariamente competente e tinha acabado de começar a trabalhar na empresa dele). O banqueiro respondeu que o gestor em questão “era de baixa extracção”.
O meu amigo riu-se e perguntou se ainda fazia sentido nos anos oitenta ser-se snob no mundo dos negócios. O banqueiro respondeu-lhe que havia pessoas que eram de confiança – “dos nossos” – e pessoas que não eram de confiança.
Por exemplo – dizia o banqueiro – a seguir ao 25 de Abril, uma data de trabalhadores de longa data tinham-se identificado com a revolução e não hesitaram em atacar os interesses do banco e das empresas da família dele. Lugares de responsabilidade deviam ser dados a “pessoas de confiança, com os mesmos valores que nós.””””
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No dia 29 de Novembro transcrevi 3 artigos para o post “Projecto totalitário. Liberdade.Distopia.”,- o de cima e dois outros. De um dos outros do blog Lergosum” cito uma parte:
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À medida que avança, o projecto vai ganhando contornos nítidos. No topo, os Senhores: uma aristocracia de empresários e políticos. Imediatamente abaixo virão os escudeiros: a aristocracia menor dos gestores e dos jornalistas.
Tudo o resto está destinado a ser plebe…
Como poderemos defender-nos? No ancien régime houve corporações que usaram como arma os conhecimentos técnicos de que dispunham e de que os Senhores necessitavam. Fizeram segredo dos seus saberes e organizaram-se em associações clandestinas, as quais com o tempo tempo vieram a dar origem às maçonarias. Receio bem que de futuro venha a ser esta a nossa única opção, se não conseguirmos agora derrotar a oligarquia.
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No dia 13 de Fevereiro de 2008, publiquei o primeiro de uma série de 4 artigos intitulado, “Bibliotecas, empréstimo pago. Não. 1º “, onde citava uma parte de Aldous Huxley:
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Secundo – um conhecimento cientifico e perfeito das diferenças humanas que permita aos dirigentes governamentais destinar a todo o individuo determinado o seu lugar conveniente na hierarquia social e económica – as cunhas redondas nos buracos quadrados (expressão metafórica inglesa que designa um individuo que está num lugar que não lhe é próprio.
(Nota do Dissidente-x, tradutor/violador dos direitos de autor deste texto….) possuem tendência para ter ideias perigosas acerca do sistema social e para contaminar os outros com o seu descontentamento.
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Transcreve-se :
Bruce Charlton, um investigador académico britânico, considera que a “distribuição desigual” de classes sociais em universidades de renome incide num “processo natural” de diferenças no QI.
A diminuta percentagem de estudantes de classes sociais média-baixa em conceituadas universidades tem por base um “processo natural” de diferenças substanciais no QI. Quem o defende é Bruce Charlton, um investigador académico britânico, que lançou a polémica durante uma entrevista esta semana à revista especializada em educação “The Times Higher Education”.
Segundo Charlton, “o governo do Reino Unido, gastou tempo e esforço em declarar que universidades, em particular Oxford e Cambridge, estão a excluir injustamente pessoas de classes sociais mais baixas privilegiando as de classes sociais mais elevadas”.
Para o professor de psiquiatria evolutiva na Universidade de Newcastle, o debate apresentou uma falha ao excluir um factor importante do padrão verificado: “o de o QI ser significativamente maior em pessoas de classes altas”.
Charlton considera que a “distribuição desigual observada em universidades de renome” não está relacionada com preconceito no processo de admissão dos alunos. Ao invés, defende que tal acontece em resultado “natural do mérito”.
As afirmações publicadas no artigo desencadearam duras críticas no sector da educação do Reino Unido.
A União Educacional de Estudantes (em inglês National Union of Students – NUS) emitiu um comunicado para classificar os argumentos de “equivocados, irresponsáveis e insultuosos”. “Claro que a desigualdade social define a vida das pessoas, muito antes delas entrarem na universidade, no entanto, o sector educacional não se pode absolver da sua responsabilidade em assegurar que estudantes de todos os grupos sociais têm as mesmas oportunidades para desenvolverem o seu potencial, afirmou a presidente Gemma Tumelty.
Também o ministro do Ensino Superior, Bill Rammel, reagiu às afirmações de Charlton considerando que nelas estará implícita a ideia de que “cada um de nós deve saber qual é o seu lugar”.
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Notícia Expresso 24 Maio de 2008.
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Este é o tipo de discurso destinado a “convencer pessoas” que os ricos apenas o são porque lá chegaram por mérito, e assim, dessa forma. legitimar a pobreza como conceito aceitável na sociedade e – ao mesmo tempo – culpabilizar os pobres por o serem -são inferiores.
Entre isto e as teorias nazis de raças inferiores não há diferença nenhuma excepto que o senhor Charlton está-se também a referir a brancos ingleses de classe média, por exemplo.
Também consiste em possibilitar ao senhor Charlton, a legitimação académica para subir na carreira, ou através de subsídios que lhe serão concedidos ou através favores que lhe serão feitos.
É uma forma sofisticada de corrupção praticada por quem tem dinheiro para atacar o conceito de igualdade e de democracia numa sociedade.
O alvo actual é o sistema de ensino acessível a todas as pessoas.
Pensem.
PROJECTO TOTALITÁRIO. LIBERDADE. DISTOPIA.
Tipo: Post do legoergosum / José Luís Sarmento.
Tipo: Post do Esquerda Republicana que demonstra o anterior.
Tipo:Post do blog “o Reino da macacada” que demonstra os anteriores.
Tipo: um texto que eu escrevi relacionado com este assunto. O ultimo texto deste post.
1616 palavras. Duas imagens.
Todos os textos estão relacionados embora pareçam que não e são sobre: a construção de uma oligarquia odiosa assente na Distopia totalitária completa e esquizofrénica, à qual chama de democracia, recrutando, no entanto, as características da antiga ordem feudal de há 50 anos atrás.
Põe a questão JLS no primeiro post: como poderemos defender-nos.
No ultimo texto existe um esboço de resposta meu. Não chega, mas é um bom ponto de partida.
Sugestões aceitam-se.
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À medida que avança, o projecto vai ganhando contornos nítidos. No topo, os Senhores: uma aristocracia de empresários e políticos. Imediatamente abaixo virão os escudeiros: a aristocracia menor dos gestores e dos jornalistas.
Tudo o resto está destinado a ser plebe.
O problema, para os candidatos a Senhores, é que nesta massa imensa se incluem pessoas capazes, por formação cultural e conhecimento técnico, de lhes fazer frente e perturbar a ordem neo-feudal que pretendem construir. Não admira, portanto, que o esforço principal desta guerra se dirija de momento contra as «corporações»: trata-se de proletarizar primeiro, e de submeter a seguir, os juízes, os médicos, os professores, os técnicos – em suma, destruir a classe média e desarmar a sociedade civil.
Veja o leitor por si mesmo, atendendo ao que está a acontecer na sua profissão, se não é isto que se está a passar. E não só em Portugal: a nova Idade Média vai caindo sobre o mundo inteiro como um crepúsculo da democracia.
Como poderemos defender-nos? No ancien régime houve corporações que usaram como arma os conhecimentos técnicos de que dispunham e de que os Senhores necessitavam. Fizeram segredo dos seus saberes e organizaram-se em associações clandestinas, as quais com o tempo tempo vieram a dar origem às maçonarias. Receio bem que de futuro venha a ser esta a nossa única opção, se não conseguirmos agora derrotar a oligarquia.
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Por exemplo, uma coisa importante nas escolas privadas são os amigos. A possibilidade de controlar com quem é que os nossos filhos se dão é uma vantagem importantíssima na educação deles.
Nos anos do cavaquismo, um amigo meu, a trabalhar numa empresa financeira qualquer, perguntou a um banqueiro amigo do pai porque é que o banco dele tenha deixado sair um determinado gestor (que segundo o meu amigo era extraordinariamente competente e tinha acabado de começar a trabalhar na empresa dele). O banqueiro respondeu que o gestor em questão “era de baixa extracção”. O meu amigo riu-se e perguntou se ainda fazia sentido nos anos oitenta ser-se snob no mundo dos negócios. O banqueiro respondeu-lhe que havia pessoas que eram de confiança – “dos nossos” – e pessoas que não eram de confiança. Por exemplo – dizia o banqueiro – a seguir ao 25 de Abril, uma data de trabalhadores de longa data tinham-se identificado com a revolução e não hesitaram em atacar os interesses do banco e das empresas da família dele. Lugares de responsabilidade deviam ser dados a “pessoas de confiança, com os mesmos valores que nós.”
3 ———————————
Um pequeno texto já com 10 anitos em cima que andava por aqui guardado. Uma certa clarividência não nos pode deixar indiferentes.
David Apter forneceu-nos uma descrição das nossas sociedades desenvolvidas, prósperas e democráticas, que se pode resumir assim: a modernização e a rápida mutação tecnológica criaram três categorias distintas de cidadãos – as elites, que controlam o saber e o dinheiro; uma massa de “funcionalmente significantes”; e os “funcionalmente supérfluos”.
Já não se trata, pois, de uma divisão por classes em que,com mais ou menos benefícios, mais ou menos poder, mais ou menos trabalho, quase todos tinham uma utilidade social. Trata-se de um novo grupo dos “funcionalmente supérfluos”, dos que não servem para nada, dos excluídos, no verdadeiro sentido da palavra. Os que “apenas têm presente” e para os quais os sistemas de aprendizagem, que exigem a noção de futuro, não fazem sentido. Não interessa se são imigrantes ou autóctones, os imigrantes com especialização (“funcionalmente significantes”) podem ser absorvidos, os outros juntam-se irremediavelmente ao exército dos “supérfluos”, dos marginalizados. Todos constituem um grupo de “elevado risco” e acabam por causar “mais custos sociais”, que têm de ser pagos pelo mercado politico em contraposição ao” mercado económico” que os gera.
4 ————————————
Há muitos anos atrás, quando eu tinha muitas ilusões acerca do que era Portugal, adquiria regularmente, nos seus primeiros anos de vida, o Jornal Público. Num qualquer artigo de fundo que lá li vinha explicada a seguinte situação que se tinha passado nos EUA. Isto relacionado com direitos cívicos, cidadania, acções concretas que cidadãos podem fazer para alterar “um certo estado das coisas”. Era um caso absolutamente claro de discriminação – racial – mas o que importa para a situação é que era discriminação que tinha um fundo mais amplo do que ser somente a cor da pele. E quem ler isto e pensar que a questão que estava em causa era só a cor da pele está redondamente enganado. O caso era o seguinte.
Um supermercado no sul do Estados Unidos, numa determinada cidade, não pertencente a nenhuma cadeia de supermercados, tinha a política “oficiosa” de não contratar pretos. O dono, por razões que já não me lembro, mas que lembro que não eram só de índole racista não contratava pretos para trabalhar no supermercado. Pura e simplesmente não contratava.
Um belo dia uma associação cívica de pretos da área fartou-se da brincadeira e decidiu dar uma lição ao dono do supermercado. Contratou um tipo que era, salvo erro, advogado especializado, ou pelo menos que tinha experiência em problemas de discriminação laboral ou outras semelhantes para que ele resolvesse o problema a contento das partes.
O tal especialista podia ter entrado de forma “normal”a funcionar, de acordo com a mentalidade típica portuguesa que é a seguinte: só através de manifestações, barulheira e chinfrim é que se vai lá. Felizmente para ele e para os pretos da associação que representava, ele olhou para o caso em questão e percebeu que aquilo tinha outro tipo de nuances.
Como tinha outro tipo de nuances, decidiu acertar um directo em cheio no estômago da discriminação praticada pelo supermercado. E como fez?
Contratou por um dia 200 pretos. Pretos é a palavra politicamente incorrecta. Para que conste sou incorrecto politicamente. E para quê os contratou? Para escavacarem as instalações? Fazerem comícios à frente do supermercado? Andarem com carros e megafones à volta a gritar palavras de ordem?
Nada disso. Deu-lhes a seguinte missão. Entrariam a partir das 9 da manhã na loja, passeariam dentro dela entre 5 a 10 minutos, comprariam uma pastilha pagando com muitas moedas e assim perderem tempo – algum tempo na caixa a pagar – e sairiam. Após sair um, entrava outro e assim sucessivamente durante o dia todo. Parece que isto durou uma semana inteira. Finda a qual, o dono do estabelecimento começou a contratar pretos para lá trabalhar.
Parece que a visão de jovens pretos, como clientes que vagueavam durante um dia inteiro, no supermercado, começou a afastar os clientes normais, tradicionais e regulares do supermercado e começou a afectar fortemente as vendas. No mesmo artigo do Público; se bem me lembro vinha a ideia e a descrição de como isto – um acto semelhante a este – seria danoso aplicado a um banco comercial – a uma simples sucursal.
Parece que, se 100 pessoas abrirem conta durante um dia e 100 pessoas a fecharem durante um dia isto é suficiente para engasgar um sistema informático inteiro de um banco. Pelo menos à época em que eu li a história era. Penso que actualmente ainda é.
Isto é a versão …… suave …… e bem educada …… do que certo fundamentalismo faz. Guerra assimétrica para destruir a civilização ocidental. (O que não significa que eu apoie o tipo de guerra assimétrica fundamentalista em questão, note-se.)
Contudo, nós cidadãos individualmente considerados estamos – quase todos – colocados na mesma posição de ter que fazer guerra assimétrica. A posição de quem está a ser lentamente escravizado, por um poder autocrático e de tendência totalitária. Por uma oligarquia que quer criar uma distopia e chamar a isso “democracia”.
A denominada classe política – empresarial – elite brasonada, despreza intensamente aquilo que se denominou chamar de “o povo”. São chamados de “cidadãos” apenas para fins propagandísticos. Como “despreza” o povo, não tem por ele qualquer tipo de respeito e comporta-se exactamente como se comporta um rufia que faz intimidação. A única resposta à dar à intimidação é responder – inteligentemente; organizadamente; sistematicamente, regularmente – a ela.
Vivemos num mundo, eficaz. Dizem-nos. Então o que importa “é a maneira” como respondemos à intimidação – é a classe e a eficácia de como respondemos, e não o barulho inconsequente. Se existir pressão, sistemática, regular, consistente, inteligente, feita por muitas pessoas ao mesmo tempo, de vários lados e de vários sítios do país, sobre vários assuntos diferentes, a cobardia do poder aparece imediatamente.
Afastando os partidos políticos de quaisquer tentativas de interferência nisto.
Já tiveram 33 anos de oportunidades e falharam todas gloriosamente.
Não são de confiança.
Resta saber se as pessoas estão dispostas a auto organizarem-se.
Resta saber se as pessoas NÃO estão cansadas de liberdade.