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OCDE CONSIDERA AVALIAÇÃO DE PROFESSORES INDISPENSÁVEL

Fonte: I-online, dia 15 Julho de 2009

O relatório é claro: o modelo de avaliação de professores em Portugal é indispensável por ser urgente criar um sistema de progressão na carreira mais próximo da realidade escolar, mas de difícil aplicação, dados os curtos prazos concedidos pelo governo. É desta maneira que a OCDE avalia o modelo de avaliação docente, conclusões que a ministra Maria de Lurdes Rodrigues considerou, em declarações à TSF, serem um contributo técnico para a melhoria do modelo de avaliação.

A OCDE considera que o modelo de avaliação dos professores aplicado em Portugal, apesar de muito contestado, era “necessário” ao país. “Antigamente a progressão na carreira era feita tendo em conta o tempo de serviço e sem ligação directa à prática efectiva de ensino”, refere o relatório. No entanto, e apesar das dificuldades, “os esforços do governo para introduzir significado na avaliação docente são muito importantes e devem ser postos em prática”.

A organização internacional aponta como factores de dificuldade a natural resistência à mudança e a uma nova cultura de avaliação, e ainda os problemas em operacionalizar o modelo num curto espaço de tempo sem comprometerem os resultados.

O relatório conclui que a prioridade deve ser consolidar a reforma, ainda que aplicando os necessários ajustes, que têm dificultado a sua implementação.

Ø

  • O ensino português definido de fora para dentro.
  • O interesse nacional português definido por critérios exteriores aos interesses do país.
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15/07/2009 at 16:50

Publicado em ENSINO, OCDE

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COMPUTADOR MAGALHÂES E COMO ESTE AJUDA A DESTRUIR A ESCOLA.

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revista-ler-capa-antonio-barretoApesar de não ter grande simpatia por  António Barreto, aquela frase na capa da revista é inteiramente verdadeira.

(1) Oferecer um computador quase com ar de brinquedo, equipado com placas gráficas topo de gama  (placas que melhoram a performance visual e de velocidade de software que necessite de muito grafismo e melhor imagem, como o são os jogos de computador…) a alunos do ensino primário e secundário é o equivalente a atacar a tiro esses mesmos alunos no que a leitura – ao incentivo de hábitos de leitura – diz respeito.

(2) Outra forma de – a médio prazo – transformar os alunos em algo pior do que já são, é através deste brinquedo, proceder à desautorização completa da figura do professor, mais ainda do que ela já está.

Um professor afirma algo, e numa página acessível pelo computador está lá dito o contrário. Ou algo que não tenha nada a ver com o assunto.

Como se defende o professor desta situação?

Para o actual Ministério da educação/ governo em funções não se defendem os professores desta situação…

(3) E já não mencionando o problema da fidedignidade das fontes… que aparecem por toda a Internet.

Vamos antes pensar ao contrário: o objectivo é – também – retirar importância ao professor enquanto pessoa e profissional.

Assim se consegue a médio e longo prazo… melhor chegar a uma posição de “melhor controlo” da sociedade no seu conjunto.

A máquina de produção de alienados sem consciência de si mesmos, que mal sabem ler  e compreender começou a ser posta em funcionamento…

É a nova natureza do novo totalitarismo.

Esconde-se atrás da tecnologia.

Artigo relacionado com “Computador Magalhães, os intelectuais e a Revista Ler

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08/03/2009 at 22:10

INDISCIPLINA, TELEMÓVEIS, ESCOLAS PORTUGUESAS, MINISTÉRIO DA (DES) EDUCAÇÃO, EDUQUÊS.

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Post do blog “educar” transcrito na totalidade. Esta , confesso, deixou-me de boca aberta…
O vídeo a que se refere a notícia pode ser visto AQUI

O Expresso não tem os meus pruridos e vai daí já colocou tudo na sua edição online: notícia e acesso directo ao vídeo em que uma professora é agressivamente confrontada por uma aluna, quando lhe tenta retirar o telemóvel (cujo uso nas aulas a maioria do Regulamentos Internos proíbe, salvo em casos excepcionais), enquanto outro aluno filma a ocorrência e os outros assistem divertidos ou inactivos:

Na Escola Secundária Carolina Michaelis
Professora brutalizada por tirar telemóvel na aula
Numa escola do Porto, uma aluna resistiu à professora que tentou retirar-lhe o telemóvel durante uma aula. (Veja vídeo no fim deste texto)

Aguardam-se agora os comentários doutorais de Fernando Madrinha e Henrique Monteiro sobre:

  • A substância dos actos (a culpa deve ter sido da professora, que tentou limitar a liberdade da aluna e mesmo o seu direito à propriedade).
  • A forma da notícia (nada sensacionalista e perfeitamente respeitadora de todos os princípios deontológicos em curso).

Porque eu concordo com a notícia dos factos e acho que devem ser amplamente conhecidos e não reduzidos a episódio singular que não é.

Mas outra coisa é a apetência por colocar o «vídeo no fim deste texto».

Espero igualmente a reacção indignada, nos dois planos, do ministro Augusto Santos Silva.

Quanto à ME, se for muito instada a pronunciar-se, deverá considerar o caso como «caricatural» e um mero «caso dramático individual».

  • Como é óbvio a menina do telemóvel do vídeo deveria ser expulsa durante o ano lectivo em que este caso ocorreu;
  • Como é óbvio os colegas todos deveriam levar com uma suspensão de uma semana;
  • Como é óbvio, o Ministério da educação, acaso não fosse gerido por sapos incompetentes, deveria proibir JÁ telemóveis dentro de salas de aula;
  • Como é óbvio a total falta de competência dos técnicos do Eduquês é que leva a isto.
  • Isto é inacreditável. Quando andei na escola e com muitas chatices e alunos do pior que existiam nas turmas nunca mas nunca em tempo algum existiu algo de semelhante a isto que eu tivesse visto…

A culpa deste ambiente é totalmente do ministério da educação, e das pseudo pedagogias de esquerda que trata os meninos como se fossem flores de estufa.Isto é inaceitável sob qualquer tipo de parâmetros.

Quanto à aluna após a expulsão que deveria merecer no ano lectivo em que isto ocorreu, deveria passar a fazer, no mínimo, psicanálise.

 

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20/03/2008 at 17:19

DURÃO BARROSO. BASE DAS LAGES. GUERRA DO IRAQUE.

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Parece que hoje passam 5 anos do começo da Guerra do Iraque, a tal guerra que ia destruir as armas de destruição massiva e obliterar a Al-kaida, trazer a paz para o mundo, etc.

Após 5 anos, e milhares de mortos, o caminho faz-se para lado nenhum.

Como tal, republico, a minha homenagem a um dos patriotas que contribuiu para este maravilhoso acto, um mordomo de luxo de uma cimeira realizada 4 meses antes.

Carregando AQUI pode-se ver ao vivo e em directo o asno em questão.

À época alguém ligado ao asno mandou retirar o vídeo do Youtube. O vídeo foi imediatamente reposto, no Sapo.

Tendo também em conta os actuais problemas do ensino em Portugal ao vermos o vídeo e reflectirmos sobre este idiota é que percebemos que o problema já vem de longe. É pois, um “dois em um” que aqui está relativamente ao Sr Durão Barroso. É a geração de palhaços oportunistas simbolizada por este senhor e mais uns quantos que está no poder e tem “rebentado” com o sistema educativo português. Com “mestres como este, não admira”…

Recordo pois aqui, o senhor em questão quando tinha 19 anos a dissertar intensamente e estupidamente sobre o ensino burguês. Verifica-se que só mesmo um asno deste calibre (e como o demonstra no que diz…) poderia apoiar a invasão do Iraque.

Após visão do vídeo observemos uma transcrição do pensamento político do génio retirada a partir do vídeo, a muito custo por mim, diga-se, devido as estranhas perturbações e sentimentos de ferocidade que de repente emergiram…:

Julgo que a proposta aprovada hoje neste plenário de estudantes candidatos ao primeiro ano e apresentada pela sua inter comissões de luta, órgão que todos souberam erguer para poder fazer avançar a luta é uma proposta inteiramente justa e que conduz no sentido correcto da luta”.

Agora em esquema gráfico interpretado:

DURÃO BARROSO 1

O que alguns espíritos adversos dirão ser um discurso do Senhor Durão Barroso completamente imbecil, é, na realidade uma conceptualização de fino alcance psicológico – ontológico com laivos de filosofia avançada unida a aspectos de religiosidade Zen e erotismo Milleriano, no sentido Henry Miller/Anaís Nin..

Já aqui em baixo temos a segunda parte do texto transcrito por mim do vídeo, a muito custo, diga-se, e com elevados transtornos psicológicos para o meu bem estar:

” Que é no sentido de ingresso imediato da sua aplicação desde já e de exigir das autoridades governamentais a legalização; pois nós temos que ver que esta questão da luta contra o serviço cívico, que já foi vista o ano passado e temos que seja quem for que está no ministério da educação e da investigação cientifica, chamemos-lhe assim, defende essa medida, medida essa que não é mais que o reflexo da crise do sistema de ensino burguês, e medida essa que é inteiramente incorrecta, anti operária e anti popular que lança estudantes contra trabalhadores e trabalhadores contra estudantes.”

Agora em esquema gráfico interpretado:

BARROSO -2

E para terminar o grafismo:

BARROSO- 3

O texto completo transcrito, após trauma do qual jamais recuperarei:

Julgo que a proposta aprovada hoje neste plenário de estudantes candidatos ao primeiro ano e apresentada pela sua inter comissões de luta, órgão que todos souberam erguer para poder fazer avançar a luta é uma proposta inteiramente justa e que conduz no sentido correcto da luta .Que é no sentido de ingresso imediato da sua aplicação desde já e de exigir das autoridades governamentais a legalização; pois nós temos que ver que esta questão da luta contra o serviço cívico, que já foi vista o ano passado e temos que seja quem for que está no ministério da educação e da investigação cientifica, chamemos-lhe assim, defende essa medida, medida essa que não é mais que o reflexo da crise do sistema de ensino burguês, e medida essa que é inteiramente incorrecta, anti operária e anti popular que lança estudantes contra trabalhadores e trabalhadores contra estudantes.

Dedicatórias: a todos os que publicaram e publicitaram o vídeo.

Written by dissidentex

17/03/2008 at 20:07

PARTIDO SOCIALISTA actual e ALA CAVAQUISTA DO PSD. OS OLIGARCAS

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Após três décadas de democracia, estamos a assistir a uma reconfiguração do poder político. Essa reconfiguração assenta em dois pilares: o actual PS e a ala cavaquista do PSD. Incapazes de segurarem este arremedo de estado social, essas duas facções do poder tecnoburocrático uniram-se para procederem à maior transferência de riqueza de que há memória nas últimas três décadas.
Essa transferência de riqueza é absolutamente crucial para a manutenção dos privilégios dos oligarcas. Os professores, por serem 140000 e por estarem sistematicamente divididos enquanto grupo profissional, foram os escolhidos para a realização desse processo de transferência de riqueza.
Dentro de meia dúzia de anos, dois terços dos professores não passarão do meio da carreira e estarão condenados a trabalharem até aos 65 anos (ou mais) com um salário inferior ao de um sargento. Para que essa transferência de riqueza se realize sem sobressaltos para os oligarcas, é necessário que o poder político limite ou anule a liberdade de expressão nos espaços e organismos públicos.
A escola pública tem sido um espaço de eleição para o exercício das liberdades. Com ameaças de processos disciplinares, exacerbação dos conflitos entre professores titulares e não titulares e uma política oficiosa de guardar segredo sobre tudo o que se passa nas escolas, o poder político foi criando as condições ideológicas e repressivas para que essa transferência de riqueza se continue a fazer de forma doce.
O objectivo é fazer parecer essa transferência como natural, de modo a que as próprias vítimas do processo de pauperização e proletarização a aceitem como inevitável.
Se lerem A Política de Aristóteles, está lá tudo o que é preciso saber sobre o processo de perversão da democracia e a sua transformação em oligarquia. Em Portugal, esse processo está em marcha.

Post retirado deste blog, conhecido via As minhas histórias

Frases chave deste post:

1.

…duas facções do poder tecnoburocrático uniram-se para procederem à maior transferência de riqueza de que há memória nas últimas três décadas.

2.

Essa transferência de riqueza é absolutamente crucial para a manutenção dos privilégios dos oligarcas.

3.

Os professores, … foram os escolhidos para a realização desse processo de transferência de riqueza.

4.

Para que essa transferência de riqueza se realize … é necessário que o poder político limite ou anule a liberdade de expressão nos espaços e organismos públicos.

5.

O objectivo é fazer parecer essa transferência como natural, de modo a que as próprias vítimas do processo de pauperização e proletarização a aceitem como inevitável.

———————

OLIGARCA/ OLIGARQUIA:

Aquele ou aqueles que defendem que o Poder, dentro de uma sociedade, deve estar concentrado num pequeno número de pessoas.

O poder político, social, económico geram( deverão gerar) uma consonância de objectivos entre aqueles que detém estas 3 características de poder na sociedade.

O sistema ideal do ponto de vista do (s) Oligarcas(s) é simultaneamente ter aspectos de uma teocracia, uma plutocracia e uma autocracia.

A) a Plutocracia é um sistema em que o Poder é exercido pelos mais ricos.

B) Autocracia é um poder exercido como “um governo por si próprio”. O poder é dado por “Deus” e é absoluto, irresponsável, ilimitado. O poder do autocrata não conhece limites excepto, os dele próprio e os divinos.

C) A Teocracia é o poder conduzido e o governo orientado por um líder ou grupo que se apresenta como sendo uma sacerdote ou que governa segundo a inspiração de uma divindade. Já existe uma derivação disto; a Clerocracia.

O actual governo tem características disto bastante vincadas e legisla de acordo com esta lógica.

Sobre este assunto AQUI já se tinha falado, embora sob uma lógica algo diferente

MANIFESTAÇÃO DE PROFESSORES, 8 DE MARÇO. PARTIDO SOCIALISTA.

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Gostaria imenso de agradecer ao Partido Socialista.

Pela primeira vez na minha vida achei que devia participar numa manifestação.

Pela primeira vez na minha vida decidi deslocar-me de propósito a um local público para participar numa manifestação.

Gostaria imenso de agradecer ao partido socialista pelo facto de terem fomentado em mim esta maior consciência cívica.

Gostaria imenso de explicar ao partido socialista que são os militantes do partido socialista que vivem à espera do que o seu secretário Geral lhes diz e lhes pede; o que lhes é pedido é apenas e só, para deixarem de pensar que o secretário Geral irá resolver por eles.

Gostaria imenso de explicar ao partido socialista que tal não é o caso dos restantes portugueses, entre os quais eu próprio me incluo, e que pensam pela própria cabeça.

Gostaria, também de explicar ao partido socialista que, como cidadão apartidário, respectivamente:

não filiado em nenhum partido;

nunca antes filiado em algum partido;

que não aceito, de maneira alguma, que um senhor absolutamente insignificante, como é o caso da pessoa que dá pelo nome de Augusto Santos Silva, afirme que o partido socialista é o dono;

é o proprietário;

é o gestor;

é o CEO;

da revolução do 25 de Abril de 1974.

e do actual regime dela emergente.

A Revolução e o actual regime NÃO TEM registo de propriedade atribuido a ninguém.

Gostaria, também de explicar ao partido socialista que, como cidadão, não aceito que o partido socialista faça chantagem emocional e intimidação sobre os meus compatriotas ou sobre mim próprio, visando invocar uma pretensa especialidade ou legitimidade especial atribuida por Deus ou outra qualquer pessoa ou entidade, ao Partido socialista.

NÃO EXISTEM DONOS DE REVOLUÇÕES, CHAMEM-SE PARTIDO SOCIALISTA OU CHAMEM-SE OUTRA COISA QUALQUER.

Gostaria de dizer ao partido socialista como cidadão, que;

não é,

nunca foi,

nem nunca será

o Partido socialista a ter o monopólio da luta pela liberdade.

Quem luta pela liberdade são pessoas QUE ACREDITAM NA DEMOCRACIA e caso possam e estejam dispostas a isso.

Não é o partido socialista em regime de exclusividade, que luta ou sonha que luta pela liberdade ou pela democracia.

Gostaria ainda de dizer ao Partido socialista que, a antiguidade não é um posto no que toca a ter lutado ou não ter lutado pelo 25 de Abril.

Pessoas que nasceram depois do 25 de Abril de 1974; ou que eram demasiado jovens para lutar pela liberdade TAMBÉM SÃO CIDADÃOS IGUAIS AO OUTROS, tem os mesmos direitos que outros que nasceram antes do 25 de Abril de 1974.

Não é o Partido socialista que DIZ E DETERMINA quem são os cidadãos autorizados e com legitimidade para lutarem pela liberdade ou para não lutarem pela liberdade.

O partido socialista não TEM DIREITO A REGIMES DE EXCEPÇÃO sobre a sua actuação enquanto Governo, no que à critica democrática diz respeito.

O partido socialista não é uma divindade.

O partido não é uma “vaca sagrada” sobre a qual nenhuma observação ou crítica pode ser feita.

O partido socialista deve aprender o valor da humildade e a aceitar democraticamente as críticas que lhe são feitas.

O partido socialista não deve invocar privilégios que julga e sonha ter direito, derivados duma revolução que pertence a todos os que a fizeram, para se eximir a que sobre si sejam feitas críticas democráticas e para obter privilégios para si próprio enquanto entidade.

O partido socialista tem que aprender a respeitar as opiniões das pessoas.

E irá aprender isso, a bem ou a mal.

SANTOS SILVA - PÚBLICO 8 DE MARÇO

Imagem Público de dia 8 de Março de 2008

Adicionalmente envio e mostro aqui, uma mensagem para o portal do Partido socialista manifestando o meu intenso, visceral, profundo, virulento, apocalíptico desagrado pelas declarações desse senhor.

CARTA AO PS

Não sou influenciável e vou as manifestações que quiser ir, quando quiser ir e como quiser ir!

Não é o PS que me diz a quais manifestações deverei ir!

E sou de esquerda, mas não alinhado com qualquer partido.

Não gosto de auto proclamados donos da liberdade.

A liberdade não tem dono. O partido socialista não é dono da Liberdade.

 

Written by dissidentex

08/03/2008 at 21:38

EDUCAÇÃO EM PORTUGAL. Como se faz uma coisa e o seu contrário…

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Em Portugal estamos numa marcha para o infinito e mais além. Mas vejamos todos os lados da questão…

Coloquemo-nos num lado da questão. De um lado da questão, verificamos que:

  1. estamos num país que tem uma economia incapaz de criar mais emprego sustentável, do que emprego que se perde;
  2. porque na grande globalização mundial foi destinado ao nosso país esse papel de actor secundário;
  3. paralelamente… é sistematicamente incentivado a que as pessoas estudem;
  4. terminem o ensino secundário … para não termos as maiores taxas de abandono escolar;
  5. e posteriormente se licenciem; seja lá no que for que se licenciem.

É uma forma de enganar as pessoas prometendo-lhes uma miragem – terás melhores hipóteses de arranjar emprego se te licenciares.

Num outro lado da questão,existe um:

  1. sistemático, consistente, regular discurso anti licenciados;
  2. os licenciados são apresentados como sendo os únicos culpados de não arranjar emprego;
  3. os licenciados é que tem que resolver os seus problemas de emprego derivados de “quererem ser doutores”;
  4. a culpa de não arranjarem emprego é sempre exclusivamente deles;
  5. o governo não tem obrigação de arranjar empregos para licenciados;
  6. o governo apenas existe para governar, não para resolver problemas; coisas diferentes…
  7. os licenciados são sistematicamente discriminados nas ofertas de emprego, precisamente porque são …… licenciados.

Isso implica, teoricamente e a priori que terá que lhes pagar mais ordenado.
Ora tal não pode ser.
Esta dualidade da mensagem é criminosa.
Mais a mais numa sociedade completamente decadente, moralmente falida e sem qualquer ideia cívica minimamente estruturada, consistente e lógica.
Logo temos que:
—- de um lado incentiva-se as pessoas a estudarem porque isso lhes garantirá emprego na área em que estudaram – mentira.
—- do outro pratica-se uma política de estigmatização dos licenciados, quase que fazendo deles criminosos porque, coitados, limitam-se a existir (mas quem os manda existir;não podem morrer e desamparar a loja?)
Existem e não arranjam empregos nas áreas para as quais andaram a ser incentivados pelo País e pela sociedade – a vida toda – para se tornarem: licenciados.

Qual é a credibilidade de um país que tem responsáveis políticos (não só os deste governo, note-se…) a incentivar as pessoas a estudar e depois esse mesmo país quase que criminaliza quem estudou e se licenciou?

ESCOLA1

Resta tirar-se algumas conclusões acerca de como “quase todos nós” andamos a ser enganados.

Esta política é idêntica a querer ter o bolo na mão e comê-lo ao mesmo tempo.

Seguindo esta mesma lógica, qual é verdadeiramente o interesse em fazer alunos chegar ao 12º ano se depois, apenas lhes restam duas saídas:.

  1. Ser licenciados e esperar 3 ou 4 anos até serem promovidos a desempregados na área de estudos que escolheram; ou alternativamente, a viverem no magnifico mundo dos recibos verdes ou dos contratos a prazo…
  2. Ou são já desempregados mal terminam o 12º ano e apenas conseguem ser agraciados com empregos sub remunerados ao nível do passar fome e ter que depender dos pais – da família.

Lança-se duas hipóteses de trabalho trabalho analítico para cima da mesa.
Isto é uma questão de estilo, estética e Fashion.
Um desempregado com o 12º ano deve parecer melhor nas estatísticas de desemprego, do que um desempregado com o 9º ano de escolaridade. Ou um licenciado.
Mas aqui surge a surpresa.
Um terceiro lado da questão. (A surpresa pela qual ninguém esperava…)

Chego ali ao vizinho do lado e deparo-me com isto:

AVALIAÇÃO2008

 

Este simples, fácil de entender, BARATO e que se executa em meia hora; esquema de avaliação dispensa palavras.

Carregar na imagem…

Written by dissidentex

23/02/2008 at 11:43