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OS MÉDICOS, O SEU BASTONÁRIO E A DEFESA APAIXONADA DO CORPORATIVISMO DE CLASSE

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Médicos vão dar folhetos a aconselhar doentes a não deixarem farmácias trocar remédios

A acompanhar a receita de um medicamento, os doentes vão passar a receber um folheto entregue pelo médico a aconselhá-los a não autorizar qualquer alteração ao fármaco que lhes foi prescrito. É desta forma que a Ordem dos Médicos pretende reagir à nova proposta de lei de prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI), apresentada pelo Governo e que será votada na Assembleia da República na próxima sexta-feira.

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“Vamos aconselhar o doente a confiar no seu médico, na sua experiência e conhecimento, e a não se deixar ultrapassar por critérios comerciais”, resume o bastonário José Manuel Silva, que esta noite deverá discutir a nova proposta de lei de prescrição por DCI na assembleia geral da Secção Regional do Norte da OM.

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Bastonário da ordem dos médicos, notícia corporativa da comunicação social, dia 26 de Outubro de 2011.

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O bastonário dos farmacêuticos desafiou hoje a Ordem dos Médicos a denunciar “situações menos claras” relacionadas com trocas de medicamentos nas farmácias.

Carlos Maurício Barbosa reagia assim às declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, em que critica a troca de genéricos nas farmácias, alegando que o farmacêutico “altera a marca escolhida pelo médico por interesses comerciais que não são favoráveis ao doente porque a lei nem sequer obriga que a substituição seja por um genérico mais barato”.

“A Ordem dos Médicos (OM) se tiver conhecimento dessas situações menos claras” deve denunciá-las à Ordem dos Farmacêuticos (OF), desafiou Carlos Maurício Barbosa.

(…)

O bastonário adiantou que esta discussão está mais do que resolvida noutros países, mas “em Portugal várias entidades, inclusive a OM, têm vindo a fazer render a discussão ao longo dos anos para protelar, mais uma vez, a entrada de uma medida que é muito necessária para o país e para a população”.

“Há mais de 20 anos que se discute este assunto em Portugal e uma das razões pela qual não foi possível tem sido pela obstaculização sistemática da Ordem dos Médicos a esta situação”, sustentou.

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Bastonário da ordem dos farmacêuticos , notícia da comunicação social, a desafiar as tretas corporativas- fascizantes do bastonário da ordem dos médicos, dia 26 de Outubro de 2011.

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O corporativismo é um sistema político que atingiu seu completo desenvolvimento teórico e prático na Itália Fascista. De acordo com seus postulados o poder legislativo é atribuído a corporações representativas dos interesses econômicos, industriais ou profissionais, nomeadas por intermédio de associações de classe, que através dos quais os cidadãos, devidamente enquadrados, participam na vida política.

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Sublinhados a vermelho, meus. Citação Wikipédia.

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FASCISMO EM PORTUGAL IGUAL A SALAZARISMO.

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JORNAL DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 23 – 06 – 2008 – Transcrição parcial.

Entrevista. MANUEL LOFF, HISTORIADOR
No seu livro O Nosso Século é Fascista! – O Mundo Visto por Salazar e Franco analisa as ditaduras ibéricas. Houve mesmo fascismo em Portugal?

É claro que houve fascismo em Portugal. O Salazarismo foi a adequação que as direitas portuguesas fizeram de um modelo fascista à conjuntura portuguesa. Neste livro sustento que o Salazarismo é claramente o fascismo.

António José de Brito, que se assume como fascista e de extrema-direita, diz que há apenas afinidades entre o Estado Novo e o fascismo.

A ultradireita do regime defende isso. Não nos esqueçamos de que Jaime Nogueira Pinto sustentava a tese, em 1971 ou 1972, de que Marcelo Caetano era um criptocomunista…

Melhor que António José de Brito, José Hermano Saraiva, em determinado momento, chegou a dizer que Salazar teria sido um antifascista, porque teria mandado prender fascistas.

O Hitler mandou matar nazis, não é nazi, está visto; Estaline mandou matar 700 mil comunistas, entre 36 e 38, então não é comunista. Isto é absurdo, é óbvio que a pluralidade interna do regime incluía sectores, sobretudo da área intelectual e sectores de uma pequena burguesia mais moderna que do ponto de vista cultural imitava directamente o caso italiano ou caso alemão.

Em que base se apoia Salazar para dizer que o seu século, o século XX, era fascista?

Salazar usa outra frase: diz que existe uma linha geral europeia que os triunfos da Alemanha nazi e da Itália fascista têm vindo a consagrar. Salazar não gosta de utilizar o termo fascista, porque sabe que está a usar um termo criado por estrangeiros, e um ultranacionalista não gosta de dizer que o seu regime é uma imitação.

Portanto, fala de um nova ordem, como falavam também Hitler, na Alemanha, Mussolini, em Itália, e Franco, em Espanha. A transformação que a Alemanha estava a produzir na Europa, entendia Salazar, iria consagrar o triunfo dessa via. As direitas ibéricas imaginaram no triunfo da Alemanha uma espécie do fim da história: o triunfo definitivo para o resto do século daquilo que seria a nova ideologia.

Estes pequenos excertos condensam todos os problemas que o Salazarismo coloca a democratas ou a adeptos da democracia.

– O messianismo inerente à figura do homem, convenientemente defendida pelos discípulos do homem que ficaram para trás e a quem os “democratas”, convenientemente, sempre permitiram em nome de um falso conceito de tolerância que pudessem continuar a minar a democracia e a glorificar o homem tentando fazer dele algo que ele nunca foi e que este historiador define: Salazar foi, de facto, fascista.

– Para obter isso, é necessário dizer que o Salazarismo era apenas um primo distante em 4º grau do nazismo e do fascismo italiano e não um irmão da mesma mãe. Razões para tal invocadas: o facto de o homem ter mandado prender fascistas.

Isto deve ser entendido de forma demagógica , ou seja, que o acto de eliminar facções dentro daquele regime ” que queriam ser o chefe no lugar do chefe” é “vendido” como “Salazar mandou prender fascistas”.

Mandou-os prender antes que estas facções o depusessem.

– a “nova linha geral europeia a que o fascismo português pertencia existiu de facto. No caso português também, embora com excepções. Uma delas era o culto da tecnologia que era apanágio dos regimes italianos e alemão, mas que em Portugal não o era. Essa pequena diferença ( é uma das) é invocada para dizer que o Salazarismo não era fascismo.

– o ultranacionalismo de Salazar que teve máxima expressão na frase “Orgulhosamente sós”. OS democratas portugueses pós 25 de Abril querendo combater a lógica que estava por detrás disto adoptaram a entrada na UE, e adoptaram o ” Orgulhosamente cretinos e corruptos” como novo mote a seguir.

O resultado? Os Salazaristas sentem-se à vontade para chamarem corrupta à democracia e para negarem a essência da corrupção do regime Salazarista e a falta de legitimidade do mesmo.

O ultranacionalismo do senhor levava precisamente à negação da palavra fascismo, como atribuível a “uma outra qualquer ideologia, mas não a dele.

É uma pesada herança esta, a de contrariar “isto”quando os ” democratas” não o querem fazer e adoptam alguns dos tiques do Salazarismo. Leva-nos à pergunta: mas alguma vez desejaram mesmo erradicar da memória das pessoas aquilo governando bem?

Leva-nos também à questão do nacionalismo. Quem defende uma ideia de nacionalismo diferente desta, é sempre atacado. Nessa altura onde param os democratas oficiais?

Written by dissidentex

25/06/2008 at 14:31

O NOVO FASCISMO ECONÓMICO.

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1.

Uma das novas formas de fascismo e totalitarismo que estáDN 15 DE JUNHO - ELECTRICIDADE aí à solta consiste no uso da intimidação e do roubo descarado como forma de actuação exercida pelas entidades que o fazem.

O método de actuação é a lei. A lei é usada como “elemento legitimador” que nos força a aceitá-la para justificar posteriores conteúdos totalitários previstos na própria lei manifestamente tipicos de uma sociedade totalitária.

Só que agora, o totalitarismo tem um novo rosto; serve-se dos chamados “partidos de esquerda” para se apresentar ao eleitorado, para assim convencer o maior número de pessoas a – pelo voto – legitimarem determinadas situações. E é aplicado por estes mesmos partidos quando no governo, ou por comportamento de omissão (fechar os olhos à corrupção, por exemplo…) ou através de “entidades de regulação”,(criadas por lei…claro…) umas supostas entidades independentes, que regulam relações entre consumidores e vendedores num dado mercado.

As actuais entidades independentes são totalmente corruptas no seu modo de agir e decidem sempre contra os interesses dos consumidores.

Tudo isto perante a passividade e a bovinidade dos cidadãos que vão a correr muito depressa atrás de uns tipos que jogam à bola na Suíça, mas em relação a outras certas situações já não correm…

Notícia DN, o jornal do governo de dia 15 de Junho de 2008.

A empresa ou o particular fazem uma dívida que não pagam. Eu, que nenhuma dívida fiz, pago por eles. Justiça social.

O potencial que isto tem de gerar vigaristas e caloteiros é enorme. Sabem estes que podem fazer dividas à vontade que alguém as irá pagar.

Gosto também da expressão: “a EDP vai partilhar os custos com os consumidores”. A EDP não tem que partilhar nada; nem o consumidor que não fez a divida tem que ser responsabilizado ou aceitar receber partilhas. Mas temos o jornalismo de sarjeta em todo o seu esplendor.

Nota: em Direito , creio que existe a “figura” do ” a benefício de inventário”. “A” recebe uma herança, mas reserva-se o direito de a receber ou não apenas depois de verificar o inventário dessa mesma herança.

Assim escusa de aceitar pagar dividas que venham com uma herança ou uma herança que tenha mais dividas do que bens.

Segundo a lógica que aqui está , doravante se se aplicasse isto a todas as heranças, por exemplo, todos seriam obrigados a receber sem a verificação “a benefício de inventário”.

A liberdade de alguém recusar pagar dividas de outros que não lhes dizem respeito está claramente ameaçada com estas ideias. Alguém se incomoda?

2.

O fascismo económico continua em todo o seu esplendor numa outra dimensão.

chamadas telemoveis pagas

Ou seja, mais uma “adaptação” aos modelos económicos chineses e americanos e mais um pequeno passo no caminho do totalitarismo económico, bem como um ataque à liberdade individual de duas maneiras.

A) Por um lado desresponsabiliza-se completamente quem faz chamadas, de perceber que isso tem um custo económico, que isso custa dinheiro.

A(s) pessoa(s) passa(m) assim a flutuar na ligeireza da ignorância da realidade económica subjacente ao uso do telemóvel, e apenas o perceberão se começarem a aceitar chamadas por isto e por aquilo. Mas limita-lhes a liberdade individual de aceitarem chamadas, ou então sujeitam-se…(Isto é liberdade?)

E quando uma pessoa se enganar no numero que marcou e alguém atender inadvertidamente, por exemplo, uma corporação de bombeiros ou uma ambulância ou a polícia quem é que paga?

Enfim, é preciso deixar o liberalismo económico andar à solta.

B) Por outro lado constrange-se as pessoas de atenderem o telemóvel, o que na prática desvaloriza o uso do aparelho em questão, e coloca limites à liberdade de uso da coisa.

Mas não há problema. Como vem dos EUA e da China ninguém se chateia com esta ideia estúpida nem com as limitações de uso de um objecto que são colocadas desta forma. É um objecto que passa à ainda maior categoria de adorno…

Nota: Depois temos ainda o enorme maná que isto constitui para as empresas de Marketing e publicidade, bem como a falta de sossego que isto irá gerar aos utilizadores de telemóvel. Estas empresas terão campo livre para enviarem mensagens e fazerem contactos e quem cair no erro de atender, está imediatamente a pagar algo que, logo desde o início nem sequer solicitou.

Que grande favor que acabaram de obter…se agora já é o que é…

Portanto algo que eu nem quero, ser-me-á cobrado se eu me descuidar e atender.

Tudo isto porque parece que é preciso baixar os preços das tarifas. Bom…isso não se baixará introduzindo mais concorrência no mercado?

Aparentemente parece que não. Jornal Público de dia 17 de Junho de 2008.

E é assim que se ataca a responsabilidade individual, parecendo que não se está a fazer isso, não responsabilizando por dividas quem as faz, antes socializando os prejuízos ( onde está a distribuição directa de lucros aos clientes que pagaram a tempo e horas, já agora? Já que se distribuem as dividas também convinha que se distribuíssem os lucros ou não? ), e, paralelamente, criando uma técnica muito interessante que consiste em responsabilizar quem nunca aceitou receber um bem ou serviço, pagando essa pessoa por isso, por um acto que um terceiro cometeu.

Só os princípios (quer dizer, a falta deles…)que aqui estão são desde logo, absolutamente detestáveis. É a nova lógica do “neo liberalismo económico avançado”; tu gastas, mas aparece sempre uma conta que não és tu a pagar, mas sim outro e pelo meio existe um intermediário ” que controla este sistema “ e aufere os lucros do mesmo.

É brilhante como conceito, mas nada tem a ver com democracia, mas sim com totalitarismo e sujeição das pessoas a condições totalitárias e anti democráticas. Usando a economia para o fazer.

DIA DA RAÇA. CAVACO SILVA.

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O Bloco de Esquerda exigiu hoje que o Presidente da República esclareça o que entende ser “o espírito do feriado” do 10 de Junho, após ter-se referido ao Dia de Portugal como “o dia da raça”.
Em comunicado, o BE manifestou “perplexidade” com o facto de Cavaco Silva ter-se referido ao Dia de Portugal como o “dia da raça”, considerando que o Presidente da República recuperou “terminologia racista e segregadora do Estado Novo”.
“Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”, afirmou hoje o Presidente da República, após ser questionado pelos jornalistas sobre a paralisação dos camionistas.

CAVACO SILVA - DIA DA RAÇA

Cavaco Silva falava no final da inauguração de uma exposição colectiva de artistas plásticos portugueses radicados no estrangeiro, um acto inserido nas comemorações do 10 de Junho.

É incompreensível que o mais alto representante da República veicule publicamente a pior imagética do anterior regime, insistindo na existência de um suposto atributo rácico comum à cidadania nacional que merece ser exaltado na sua superioridade”, afirmou o BE.

Para o BE, Cavaco Silva “tem o dever, perante todos os portugueses, de esclarecer as suas afirmações e sobre o que entende ser o espírito do feriado nacional de 10 de Junho”.

A designação oficial do 10 de Junho é, actualmente, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. A designação “dia da raça” era utilizada durante o Estado Novo.

JORNAL EXPRESSO DIA 10 DE JUNHO DE 2008.

Written by dissidentex

10/06/2008 at 11:47

FASCISMO MODERNO.

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Uma das tácticas do fascismo moderno é muito interessante. Por várias razões.

Afirma essa táctica que os conflitos dentro de uma sociedade devem ser obrigatoriamente resolvidos dentro das instituições.

Que é isso que confere liberdade e legitimidade democrática a uma sociedade e faz com que todos vivam dentro do Império da Lei. Que a lei resolva os conflitos entre os membros de uma sociedade.

É uma ideia nobre e democrática que está na origem da democracia e de estados democráticos.

Ao pensar-se dessa forma evita-se que se “vá para a rua” querendo resolver os conflitos na rua.

E em Portugal( e porque não dizê-lo no mundo) temos aqui o problema.

Estamos todos a ser empurrados para uma lógica em que nos é exigido – para não sermos chamados de radicais, ou comunistas, ou ” membros de extrema direita, ou qualquer outro nome semelhante – é-nos exigido que não façamos agitação de rua.

A subversão reside precisamente em dois muito simples pontos.

(1) Esta ideia foi subvertida e foi posta ao serviço do combate,( no caso português), ao partido comunista e à sua política de agitação de rua e de agitação de massas à boa maneira da luta de classes Marxista Leninista do século 19.

O objectivo era claro, Atacar a maior força do PCP após uma revolução que tudo mudou para tudo deixar na mesma, e atacá-lo no ponto/força que mais doía ao PCP.

O problema reside precisamente na dúvida que instala.

Somos legitimamente autorizados a pensar se se acreditaria na ideia de que os conflitos sociais seriam resolvidas usando a lei como arma para fazer justiça; ou se, numa primeira fase, foi apenas um “truque” para, o regime se livrar do PCP e do perigo que este constituia e numa segunda fase, para enganar as pessoas?

34 anos após o 25 de Abril de 1974, já não restam dúvidas, que apenas interessou “vender” a ideia de lei aplicada à sociedade por razões tácticas e não porque quem a vendia estivesse genuinamente interessado nela como forma de implementar a democracia.

(2) A segunda ideia visaria “domesticar” a população. Condicionar toda uma população a não protestar nas ruas. Se os conflitos fossem resolvidos por lei, e a população os resolvesse “legalmente” e aceitasse isso, deixaria de ser necessário resolvê-los por confronto nas ruas.

O resultado é que estamos a ficar todos colocados numa situação em que só se resolvem certos conflitos usando a a “Rua” para os resolver, uma vez que as institues todas estão – sistematicamente – a recusarem-se a resolver os problemas que estão a surgir e que estão cada vez mais latentes.

Por um lado o sistema nega a solução “Rua” para se resolver os problemas, afirmando que ele os resolverá, excluindo a necessidade de “Rua” para os resolver.

Por outro quando colocados em posição de exigir respostas e resoluções de questões, os cidadãos estão – crescentemente – a ser confrontados confrontados com a não resolução de problemas por parte das instituições.

O resultado é esta insatisfação difusa que se sente por todo o lado.

O resultado é que depois sucede a corrupção constante e os favores aos amigos.

O resultado é que isto deve ser encarado como sendo “o fascismo moderno”.

Promete-se lei e ordem para resolver problemas e evitar a confrontação de rua, por um lado, para dessa forma apaziguar os cidadãos e os satisfazer;

e , por outro lado, as instituições falham miseravelmente, por omissão, apatia, feitio, ou lógica interna própria criando uma situação de completo e total vazio.

É óbvio que este sistema está a ficar como uma panela de vapor com tampa fechada.

É isto que é o fascismo moderno.

A promessa de efectivação de ideais democráticos, mas que depois, instituições que os deveriam aplicar, se recusam a fazê-lo criando um completo bloqueio do sistema sobre os cidadãos.

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DEMOCRACIA

É necessário, antes que sejamos definitivamente forçados a ir para a “Rua” incomodar o “poder” ( e por poder não se entenda, de forma estrita, o actual Governo…)

(1) É necessário compreender o seguinte.

Nunca foi tão fácil como agora, atacar o poder.

Está fraco, débil e apenas mantém o poder criando a ilusão de superioridade total.

O problema ou a questão é que a generalidade das pessoas julga que não está fraco.

Julgam, além disso que, por apoiarem, por exemplo, um partido político ( não interessa qual) isso significa, automaticamente, que estão a chegar a algum lado na sua contestação.

Em Portugal isso significa, ao contrário, que estão a apoiar o actual estado de coisas, não a contribuirem para mudanças democráticas. Em Portugal, e isso é claro, todos os partidos são detestáveis e não servem os interesses dos eleitores.

(2) Aqui levanta-se questão de saber se isto significa que se deseje uma situação é que não existam partidos políticos?

Não. Certamente que não.

É o actual sistema de partidos que necessita de ser confrontado.

É um dos pontos possíveis de se partir para inflectir o rumo dos acontecimentos. (Outros também o serão).

Hostilizar e confrontar os partidos políticos criticando-os a todos.

Divulgar informações acerca de assuntos de governação e não governação que digam respeito a pessoas e interesses corruptos ou ineficientes ligados a partidos. Atacar ideias de imposição de censura,etc.

(3) Quem julgar que isso não tem efeito, mesmo que só influencie uma pessoa, estará enganado. Será menos uma pessoa a estar completamente fora de jogo.

Isso tem efeito.

Isso incomoda extraordinariamente as estruturas de poder.

Incomoda o “poder” não só porque isso significa dissensão em relação à bela e harmoniosa sociedade que se tenta vender, como, além disso, o poder difuso está convencido que toda a gente no país está extraordinariamente satisfeita por se viver no regime em que actualmente se vive em Portugal; coisa que não é verdade.

(4 ) O objectivo é muito simples.

Não ir atrás dos esquerdismo marxista Leninista idiota de luta de classe à la PCP;

Não ir atrás do neo liberalismo económico estilo USA;

Ao recusar estas duas tretas começar a descair para a anarquia.

Esta é a tarefa mais difícil de todas, mas devemos ousar pensar para fora das lógicas que nos querem impingir.

Somos reféns das duas ideias ideológica acima; foi aquilo que nos impingiram após o 25 de Abril de 1974.

Nenhuma das duas funciona.

Os seus herdeiros,legatários e administradores persistem é todos os dias em nos convencer que isto é o que funcionam e que a respectiva solução é que é a melhor.

É preciso pensar para fora disto.

Até para manter a sanidade mental.

Written by dissidentex

15/04/2008 at 19:31