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CENSURA NO AUDIOVISUAL. EUA.(3)

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♦No primeiro artigo “Censura no audiovisual. EUA (1)” falou-se de:

  1. MPAA e o sistema de classificação de filmes;
  2. A forma como a classificação é feita;
  3. o caso da realizadora Kimberley Pierce.

No segundo artigo CENSURA NO AUDIOVISUAL .EUA. (2) falou-se de:

  1. uma perspectiva religiosa aplicada à classificação de filmes.
  2. a não definição prévia dita aos realizadores do que são cenas a virem a ser classificadas NC-17.
  3. O segredo relativamente á entidade dos classificadores de filmes.
  4. Os critérios a usar para classificar.
  5. A aplicação do critério do “sentimento médio do cidadão americano médio”.

O conveniente pretexto usado actualmente

para levar as pessoas numa dada sociedade a aceitarem sofrer arbitrariedades são as crianças.

Como no documentário aqui analisado se afirma e nós todos percebemos; é dito às pessoas que classificam filmes que ” eles são a ultima linha de defesa contra males inconfessáveis” ou “temos de proteger as nossas crianças”.

Enquanto escrevia isto lembrei-me de um post anterior chamado EQUILIBRIUM. Nesse post – a análise de um filme com o mesmo nome, a dada altura, o ditador diz ao personagem principal – o “clérigo Tetragramatton Jonh Preston” (actor Christian Bale) que ” os clérigos Tetragrammaton são a última linha de defesa contra a desordem na sociedade”.

Existe sempre a necessidade de criar perigos (reais ou não) para justificar a adopção de meios totalitários de controlo de uma população. E existem sempre os pretextos para isso. Um deles são “as crianças”…

Neste documentário nunca chegamos de facto a saber quais são estas pessoas às quais são atribuídas estas gigantescas tarefas de protecção.

O simples facto de atribuir-se este tipo de poder a pessoas normais, estas tendem, subitamente, a sentirem-se maiores do que são.

Sentem o doce aroma do poder absoluto. Um qualquer aura ou missão maior que elas próprias. Como tal os conceitos que inventam para definir o que é um “filme sério” tem a lógica para essas pessoas de “lei”.

E são definidas, de acordo com os seus “próprios gostos pessoais”

O documentário demonstra que tentam criar padrões para os “outros”- . Não interessando se os padrões são arbitrários ou totalitários; isto é, anti democráticos ou não.

No próprio filme documentário, o critico David Ansen explica como. Dá o exemplo das associações de críticos e como estas desmontam o totalitarismo presente neste tipo de actividade: não lhes dar credibilidade e não lhes ter respeito.

Nota ainda que a critica fica muitas vezes espantada com algumas das decisões de classificação de filmes que a MPAA toma.

Existe um filme maravilhoso, mas algures lá dentro tem “uma palavra”. Essa única palavra é censurada. Isso basta para que o filme seja classificado NC-17. O documentário revela ainda como “os palavrões” são classificados dentro de cada categoria de filme.

E como a palavra “Fo**R apenas só pode ser usada uma vez – por filme Logo os realizadores tem que ter cuidado e escolher bem a altura em que decidam inserir num dialogo a palavra em questão.

Existem ainda outras nuances. “Fo**r” pode ser inserida uma vez. Mas posso “fo**r-te” e “gosto de ser f****o/a” são absolutamente inaceitáveis para serem colocadas num filme abaixo da categoria NC-17 ou “R”.

É também revelado que se um personagem diz isso, vendo-se no filme estar debaixo da influência de narcóticos é logo classificado “R” e fica à beira de levar com um “NC-17”.

Outras nuances são também interessantes.

Se o filme mostra uma posição sexual sem ser na posição de missionário ( homem em cima da mulher) ai já não é permitido. (Visão cristã de sexo aplicada).

Mas no mesmo filme podem existir cenas em que um assassino mata a tiro e com requintes de crueldade 200 amorosas crianças órfãs que isso não constitui problema nem dá origem a classificações péssimas -“R” ou “NC-17”.

Violência gratuita e muitas vezes deslocada do contexto do filme pode ser.

Mas sexo, colocado em perspectiva e lógico dentro do contexto do filme e da história que se pretende contar no mesmo não pode ser. Ou mais que dois humanos, ou humanos com animais, ou o que seja.

Como no documentário se explica bem, uma NC-17 pode ir desde uma orgia de pessoas de 3ª idade até um filme estrangeiro do Pedro Almodôvar.

Como se uma coisa tivesse algo que ver que a outra.

O conceito de “sentimento médio de justiça”, é igualmente aplicado para classificar um filme pornográfico com uma orgia incluindo anões e cavalos, ou um cineasta sério como Pedro Almodôvar.

Outra técnica também existe.

A MPAA chama o realizador e diz-lhe que ele será classificado da maneira “y”. E intimida-os dizendo-lhe “que se quiseres ser mais radical, então terás 5 pessoas a ver o teu filme”.

No documentário é delicioso ver o Sr Jack Valenti a dizer que “eu aplico a Lei Valenti”: “se tu quiseres fazer um filme que muita gente quer ver, ninguém te prejudicará; se quiseres fazer um filme que pouca gente quer ver, não existe classificação que te valha”.

Isto é oposto de democracia.

A ideia de igualdade para todos e de aceso de todos a todos os conceitos e gostos, excepto desde que não violem a lei. Aqui é a lei subvertida por um sistema arbitrário.

As bilheteiras.

O Sr Valenti avança para o dinheiro dizendo que as classificações nada tem que ver com as bilheteiras.

Se existir uma classificação que diga que um filme é mau, as pessoas naturalmente sentir-se-ão inclinadas a não ir ver.

Como diz o analista Paul Gerdaravian, as diferenças entre ser classificado NC-17 e outras classificações são de vários milhões de dólares, entre 20 a 40 milhões de diferença de receitas, consoante o tipo de filme.

Gerdaravian afirma: “porque definitivamente limita a nossa capacidade de comercializar um filme”.

A MPAA serve o interesses dos grandes estúdios passando por ser uma classificação séria e honesta.

Um da situações interessantes do documentário é o facto do realizador do mesmo, Kirby Dick, ter contratado detectives particulares para saber quem eram efectivamente as pessoas que classificam os filmes.

Os nomes dos classificadores foram mantidos em segredo durante mais de 30 anos pelo senhor Jack Valenti, o chefe da MPAA.

O ordenado de um classificador era de 40.500 euros. Dois classificadores (em 30 anos ) forma os únicos a falarem.

Declararam que :não havia um sistema definido, um padrão de classificação;

Reuniam-se numa manhã para falarem e darema sua opinião sobre o filme do dia anterior.

Existem também depoimentos dos mais variados tipos explicando porque é que o actua sistema de classificação norte americano é inconstitucional, baseando-se também retrospectiva histórica em que até aos anos 5o,nunca houve qualquer intervenção governamental sobre este assunto implicando censura( excepto no domínio da pornografia infantil, por razões óbvias…) e como é absurdo que existam entidades privadas a deliberar sobre este assunto.

Um dos depoentes declara claramente que a indústria americana de filmes, não é competitiva, antes entra em conluio entre si para atacar a criação de sindicatos entre as mais variadas profissões dentro do sistema.

Nos anos 50 durante o Mcartismo era perguntado, por influência dos estúdios também e pelo fenómeno que ficou conhecido pela “caça às bruxas”e que transcrevo:

Durante a Lista negra as duas perguntas que eram feitas eram se rotineiramente aos inquiridos eram:

(1) é membro do partido comunista?

(2) Já exerceu algum cargo no “screen writers Guild” ( sindicato)?

E como explica quem dpõe, “em primeiro lugar ao fazerem as duas perguntas em conjunto, isso sugeria que existiria uma conexão entre as duas”. E ao fazer a segunda pergunta, torna a resposta “SIM” um acto muito perigoso. Entã’ confessar( confessar parece-me um termo errado) a filiação no sindicato, seria o equivalente a aceitar uma condenação perpetua, uma lista negra”.

As pessoas geralmente associam isto ao Macartismo, mas não tem nada a ver com o Mccarthy.Assim que a MPAA,entrou em acção, a MPPA fez tudo sozinha. E a “lista negra” foi implementada pelos mesmos que controlavam a industria.

Em seguida vêem-se frases do senhor Eric Jonhson, presidente da MPAA de 1943 a 1965 dizendo” não existe propaganda subversiva na industria de cinema americana nem vai haver”.

E foi assim que uma associação visando o poder oligopolístico de uma industria e dos lucros e poder inerentes à mesma usou as tensões políticas do seu tempo,para perseguir a liberdade de expressão e o associativismo dos seus profissionais.

Continua…

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Written by dissidentex

03/06/2008 at 20:21

CENSURA NO AUDIOVISUAL. EUA. (1)

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Continuação

“CENSURA NO AUDIOVISUAL. EUA (2)”

“CENSURA NO AUDIOVISUAL. EUA (3)”

Artigo de bolinha vermelha.

Em 1968, um senhor chamado Jack Valenti, o chefe da MPAA – Motion Picture Association of América – o conjunto de associados da industria cinematográfica norte americana decidiu criar uma classificação não compulsória de filmes.

Assim começa o filme / documentário “This Film Is Not Yet Rated” do realizador Kirby Dick. Começa também com uns quadros mostrando que as várias associações de críticos cinematográficos existentes aprovaram o filme de Kirby Dick, mas a MPPA não aprovou, nunca aprovará e o quadro termina perguntando “Why not? / Porque não?

A ideia deste documentário é mostrar o totalitarismo / arbitrariedade selectiva inerente à classificação de filmes nos EUA.

Em que é que isto nos afecta?

Afecta-nos em muito dado que 90% de tudo o que é passado em televisões / cinemas / vídeo é feito nos EUA.

O documentário começa como o descrevi, passa depois a uma imagem de 1978 de um noticiário onde se dá conta do trabalho de sistema de classificação, e um noticiário de 1999, onde os diálogos são ao mesmo tempo hilariantes. O noticiário de 1999, diz qualquer coisa como ” Há 30 anos que a MPAA ajuda os pais a decidir quais os filmes que os filhos deverão assistir”.

Os país são pois elevados à categoria de totais mentecaptos aos quais a MPAA , generosamente e de forma altruísta, ajuda a “decidir”…

Ultimamente, nos EUA, as suas decisões tem estado sob fogo cerrado, diz ainda o noticiário. Ao longo do documentário (e, espero eu, deste post/conjunto de posts) perceber-se-á porque …

Antes do “sistema de classificação” estar em vigor a MPAA CENSURAVA directamente e activamente filmes. No país mais livre do mundo censuram-se filmes?

Estranho…Dai o documentário chamar-se “This Film is Not Yet Rated” – este filme ainda não foi classificado. As classificações são 5:

  • G (TODOS)
  • PG 13 (MENORES DE 13)
  • PG (MAIORES DE 13 ACOMPANHADOS PELOS PAIS)
  • R ( 17 ANOS )
  • NC-17 (CLASSIFICAÇÃO ANTIGA “X”, OU SEJA, POR EXEMPLO FILMES PORNOGRÁFICOS)

A classificação, como mostra o documentário é feita da seguinte maneira:

um grupo de pais, reúne-se na sede da MPAA em Encino, Califórnia e …… classifica.

As decisões são extraordinariamente controversas nomeadamente no que aos filmes classificados NC-17 diz respeito e é isso que o documentário mostra. São extraordinariamente controversas, fazendo perceber a manipulação e o enviesamento das classificações e de como somos induzidos a ser manipulados – todos os que vemos filmes…

Existem questões relacionadas com classificações relativas a sexo, mas não só. É é todo esse “mecanismo” que é mostrado por este documentário para se perceber como estranhas forças religiosas e do dinheiro atacam deliberadamente a liberdade de expressão e a liberdade artística usando esta classificação pomposa para o fazer.

Não deixa também de ser engraçado que o país auto proclamado “mais liberal do mundo” sinta a necessidade de encorajar um sistema de classificação – na pratica, uma regulamentação. Sendo nos EUA, a regulamentação olhada – quando feita noutros países como sendo uma pratica “comunista ou socialista ou Estatal”; aqui, neste assunto, um conjunto de empresas privadas utiliza essa pratica comunista ou socialista ou estatal para se imiscuir e definir os gostos de terceiros…

Numa determinada parte do filme a realizadora Kimberley Peirce – realizadora do filme “Boy´s Don´t Cry” explica o que lhe sucedeu.

kimberley é lésbica, embora tenha uma filha…de acordo com os seus gostos e liberdade de expressão artística, realizou um filme sobre mulheres lésbicas na cidade de Nova Iorque.

Conhecia o tema e conhecia muitas raparigas que se vestiam de homens e viviam como se fossem homens em Nova Iorque. (Porquê, não sei, nem me interessa por aí além..)

Um belo dia, após ter feito o filme, o agente dela informa-a, que ela recebeu um NC-17. A pior classificação.

“Isso é porreiro”, observamo-la na sua cândida ingenuidade, porque todos os filmes porreiros (para ela) que tinha visto estavam classificados NC-17. O agente explicou que não, aplicando um balde de agua fria.

Não era bom, porque o Estúdio, não lançaria o filme; não o lançaria no canal de distribuição, nem o promoveria, caso o filme recebesse um “NC-17.

A realizadora ficou de rastos porque tinha trabalhado contra todos os obstáculos de: (A) não ter dinheiro para fazer o filme e ter de o procurar ( B ) ir contra as pessoas; as muitas opiniões, segundo as quais ela não poderia fazer um filme daqueles porque aquilo não interessava a ninguém, (C) e depois passar o teste de publico, que gostou do filme.

Todo um esforço e tempo de trabalho desperdiçado, para, depois, aparecer esta misteriosa comissão que classificava o filme como NC-17, na pratica inviabilizando o lançamento comercial do filme. Como ela explica e passo a citar com a mesma linguagem gráfica dela parece que os problemas do filme eram 3: (Bolinha vermelha AQUI O)

1- Depois do Brandon ter feito um minete à Lana ele vem para cima e limpa a boca. Como ela diz, (kimberley)/ we had a strike on that”. (Fomos riscados…nessa).

Posso também explicar que não se vê sexo explicito filmado ao pormenor. Apenas se sugere isso. (No documentário, no filme não sei…) O que é hilariante é que ela pergunta o porquê ao seu advogado (que lhe contou isto) e responde-lhe (que lhe explicaram) que “” não souberam bem porquê, mas é ofensivo””.
Fantástico argumento este para recusar algo…

O mais hilariante no filme é que existe uma cena em que a protagonista principal dá um tiro na cabeça à queima roupa do personagem Brandon e isso não é considerado ofensivo ou chocante.

2 – A segunda cena que levou com NC-17 é uma cena de violação anal.

Ao que parece queriam que ela a cortasse. Como a cena em questão fazia parte do contexto global do filme – contribuía para se perceber a história – ela recusou logo o corte e perguntou qual era a terceira razão.

3 – Parece que a terceira cena a ser cortada e que levou com um NC – 17 é o orgasmo da Lana, a protagonista. Parece que o ” orgasmo dela é demasiado longo”.

Numa nota mais pessoal e de profundo gozo por este tipo de argumentações; diria que a tabela de tempo de duração de orgasmos apresentada pela Sociedade Mundial de Definição do Tempo dos Orgasmos na sua última assembleia geral não conseguiu chegar a acordo entre os seus membros sobre a definição do tempo dos orgasmos longos a adoptar e votou – por unanimidade – não chegar a consenso.
Talvez uma norma comunitária resolva o assunto…

A realizadora do filme replica, perguntando “quem é que já saiu magoado por ter tido um orgasmo demasiado longo”?

Ou seja, o orgasmo era (foi) considerado ofensivo.

Não por ser orgasmo, mas por ser longo. Presume-se. Mas isto foi no dia em que o filme foi classificado. No dia a seguir, suponho, a classificação já teria sido dada de outra maneira.
Kimberley foi voltar a ver a cena do orgasmo e percebeu que o problema daquela cena, não era o orgasmo da LANA, a personagem principal, mas sim o facto de a personagem estar a ter um enorme prazer, isto é, a representar ter um enorme prazer ao ter um orgasmo longo.

Como conclui a realizadora, é isso – algo nisso – que “os está a assustar, e a enervar”.

Além disso, a senhora que está a ter o orgasmo longo é “muito vocal”. A imagem cinematográfica é bem feita e descreve uma mulher – ainda por cima, a actriz em questão é loura e bonita, a ter prazer.

Continua.

NUNCA MAIS QUERO OUVIR ESSA MÚSICA…

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Cavalheiros, tiveram 4 horas. É melhor apresentarem resultados. Sr. Creedy?

A área de Bailey está em quarentena.

Já detiveram todas as testemunhas importantes.

Muito bem. Sr. Etheridge.

Encontraram um dispositivo de gravação…

dentro do sistema de transmissão para emergências.

O CD foi a abertura de Tchaikovsky de 1812.

Acrescente-o à lista negra! Nunca mais quero ouvir essa música!

Sim, Senhor.

Também monitoramos duplamente as escutas dos telefones.

Elas indicam uma alta percentagem de conversas sobre a explosão.

Sr. Dascomb, o que estamos a fazer sobre isso?

Diremos que foi uma demolição de emergência.

Estamos a fazer uma cobertura total pela Rede e pelo Interlink e…

vários peritos foram chamados para atestarem contra…

a integridade da construção Bailey.

Quero que Prothero fale hoje sobre o perigo desses velhos edifícios…

e que alegue que o prédio era o símbolo de um passado decadente.

Ele deve concluir que o novo Bailey se tornará o símbolo do nosso tempo…

e do futuro com que a nossa convicção nos recompensou.

Sr. Heyer?

As nossas câmaras de vigilância apanharam várias imagens do terrorista,

mas a máscara tornou a identificação retinal impossível.

Também conseguimos uma foto da rapariga e Creedy já mandou detê-la.

Quem é a rapariga, Sr. Finch?

Ainda não sabemos, Senhor. Mas estamos a trabalhar em várias pistas.

Algo mais?

Encontramos os foguetes e traços dos explosivos usados em ambos os lados,

mas infelizmente, apesar do alto nível de sofisticação, parece que…

estes dispositivos são de fabrico caseiro…

com produtos químicos de contrabando…

tornando-os muito difíceis de procurar.

Quem quer que ele seja, Chanceler, ele é muito bom.

Poupe-nos às suas anotações profissionais. Elas são irrelevantes.

Desculpe, Chanceler.

Cavalheiros, isto é um teste.

Momentos como este são uma questão de fé.

Fracassar seria semear a dúvida em tudo o que acreditamos,

E em tudo pelo qual lutamos. A dúvida levará este país ao caos novamente…

e não permitirei isso.

Cavalheiros, quero que encontrem esse terrorista…

e que lhe ensinem o verdadeiro significado do terror.

A Inglaterra prevalece!”“A Inglaterra prevalece!”

(Conversa abaixo tida nos estúdios de televisão…)

Acha que o Povo vai engolir mais esta?

Por que não? Esta é a BTN.

O nosso trabalho é divulgar as notícias, não fabricá-las.

Isso é com o Governo.

Diálogo transcrito do filme V for Vendetta.

Após ter destruído um edifício em Londres (Bailey) para demonstrar simbolicamente que poderia fazê-lo e assim, atacar a ideia de invencibilidade do sistema totalitário/governo disfarçado de sistema democrático, que o filme em questão retrata, o personagem “V” torna-se um alvo a abater.

O “Alto Chanceler”convoca o seu Conselho e tem este “dialogo” autocrático-religioso com os seus ministros. Carregado a castanho é a “voz” do ditador a interpelar os seus ministros…

  • Primeiro post pode ser encontrado AQUI

(Ideias não sangram, sentem dor ou amam)

  • Segundo post pode ser encontrado AQUI

(Discurso totalitário.Protótipo)

Caso existam problemas com o que eu escrevo a nível de entendimento conjugados com a falta de talento da minha parte a escrever, um enorme defeito meu…; importa esclarecer o seguinte.

A transcrição deste pedaço de texto do filme em questão, não significa que eu esteja convencido que se devem ir imediatamente fazer bombas artesanais e andar por aí a rebentar edifícios.

quando estivermos mesmo completamente numa ditadura total se deverão rebentar edifícios – caso se consiga fazer tal.

Ainda não é o caso. Apesar dos passos dados para isso nos últimos anos, quer na Europa, quer no mundo, quer neste sitio mal frequentado que dá pelo nome de Portugal.

Uma coisa é certa: em Portugal não vivemos numa democracia, mas sim numa qualquer outra coisa inclassificável que tem aspectos próprios de democracias e tem aspectos próprios de ditaduras e tudo conflui, embora, cada vez mais, com prevalência dos factores anti democráticos que se insinuam cada vez mais nesta sociedade.

Isto é independente do actual partido político que ocupa o governo e finge governar. Com qualquer outro partido político verificar-se-ia a mesma coisa.

Written by dissidentex

22/02/2008 at 12:36

DISCURSO TOTALITÁRIO. Protótipo.

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Então… li que os antigos EUA…

estão tão desesperados por medicamentos que, supostamente…

enviaram vários contentores de trigo e tabaco.

Disseram que foi um gesto de boa vontade.

Quer saber o que penso?

Está a ver o meu programa, então, assumo que sim…

Acho que chegou a hora das “Colónias” saberem o que realmente pensamos delas.

Creio que é hora de nos vingarmos da “Festa do chá… “

que nos deram há algumas centenas de anos atrás.

Sugiro que vamos às docas esta noite despejar essa porcaria…

no rabo cheio de úlceras dos EUA. Quem está comigo?

Quem está comigo?

Gostaram dessa?

Rabo cheio de úlceras dos EUA! O que mais posso dizer?

Era um país que tinha tudo. Tudo mesmo.

E agora, 20 anos depois, é o quê?

A maior colónia de leprosos do mundo.

Porquê?

Ateísmo!

Repetindo: Ateísmo!

Não foi a guerra que começaram,

nem a praga que criaram, foi Julgamento Divino.

Ninguém escapa ao seu passado.

Ninguém escapa ao Dia do Julgamento!

Acreditam que Ele não está lá em cima?

Acreditam que Ele não está a vigiar todo este país?

De que outra forma explicariam?

Ele testou-nos e passamos.

Fizemos o que foi preciso.

Islington, Enfield.Estive lá e vi tudo.

Imigrantes, muçulmanos, homossexuais, terroristas,

degenerados cheios de enfermidades.

Tivemos que eliminá-los!

Força através da União.União através da fé.

Sou um inglês temente a Deus e tenho orgulho disso!

↔↔↔

Minuto 2.5 do filme “V” for Vendetta”. Vemos Evey Hammond, (Natalie Portman) a protagonista do filme, a preparar-se para sair de casa. A televisão está ligada. Ela escuta este discurso na televisão. O personagem que o profere chama-se Lewis Prothero, conhecido como “A Voz de Londres”. É um propagandista oficial do regime totalitário descrito neste filme. Tem o seu programa de televisão semanal, onde discursa para os britânicos.

Todos os elementos próprios de um sistema de ditadura estão aqui. O fanatismo e o incitamento ao ódio ( neste caso aos EUA), a descrição dos inimigos (ateístas, muçulmanos, homossexuais, degenerados com doenças, etc…), a comparação com os males do outro país, as invocações místicas-religiosas de um Deus exclusivo que vela somente pela Inglaterra, terminando com o slogan ” União através da força; Força através da fé”- Sou um inglês temente a Deus e tenho orgulho nisso.

A próxima vaga de totalitarismo usará a televisão (meios de comunicação + tecnologia) e Deus para incitar ao ódio ao diferente, seja ele qual for e porque razão seja. Por exemplo – um programador de computadores que use Linux em vez de Microsoft será diferente? Um utilizador de computadores que use Linux será diferente?

Um exemplo:

Porquê?

Ateísmo!

Repetindo: Ateísmo!

Imigrantes, muçulmanos, homossexuais, terroristas,

degenerados cheios de enfermidades.

Tivemos que eliminá-los!

Porquê?

Linux!

Repetindo:Linux!

Programadores open source, beta tester´s de Linux, Utilizadores de software livre, degenerados cheios de Freeware.

Tivemos de eliminá-los.

Espero que se perceba o que estive a escrever.

Relacionado com isto AQUI

Relacionado com isto AQUI

Written by dissidentex

04/02/2008 at 20:59