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O DISCURSO CORRUPTO SOBRE A POBREZA E A RIQUEZA.

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NO dia 18 de Dezembro de 2007 publiquei um excerto do blog esquerda-Republicana escrito por Filipe Castro (vive nos EUA), chamado “Escolas privadas, corrupção e acesso ao poder” :

Cito:

“””A qualidade do ensino, por si só, não é determinante para o sucesso dos estudantes na vida profissional. Por exemplo, uma coisa importante nas escolas privadas são os amigos. A possibilidade de controlar com quem é que os nossos filhos se dão é uma vantagem importantíssima na educação deles.

Nos anos do Cavaquismo, um amigo meu, a trabalhar numa empresa financeira qualquer, perguntou a um banqueiro amigo do pai porque é que o banco dele tenha deixado sair um determinado gestor (que segundo o meu amigo era extraordinariamente competente e tinha acabado de começar a trabalhar na empresa dele). O banqueiro respondeu que o gestor em questão “era de baixa extracção”.

O meu amigo riu-se e perguntou se ainda fazia sentido nos anos oitenta ser-se snob no mundo dos negócios. O banqueiro respondeu-lhe que havia pessoas que eram de confiança – “dos nossos” – e pessoas que não eram de confiança.

Por exemplo – dizia o banqueiro – a seguir ao 25 de Abril, uma data de trabalhadores de longa data tinham-se identificado com a revolução e não hesitaram em atacar os interesses do banco e das empresas da família dele. Lugares de responsabilidade deviam ser dados a “pessoas de confiança, com os mesmos valores que nós.””””

No dia 29 de Novembro transcrevi 3 artigos para o post “Projecto totalitário. Liberdade.Distopia.”,- o de cima e dois outros. De um dos outros do blog Lergosum” cito uma parte:

À medida que avança, o projecto vai ganhando contornos nítidos. No topo, os Senhores: uma aristocracia de empresários e políticos. Imediatamente abaixo virão os escudeiros: a aristocracia menor dos gestores e dos jornalistas.

Tudo o resto está destinado a ser plebe…

Como poderemos defender-nos? No ancien régime houve corporações que usaram como arma os conhecimentos técnicos de que dispunham e de que os Senhores necessitavam. Fizeram segredo dos seus saberes e organizaram-se em associações clandestinas, as quais com o tempo tempo vieram a dar origem às maçonarias. Receio bem que de futuro venha a ser esta a nossa única opção, se não conseguirmos agora derrotar a oligarquia.

No dia 13 de Fevereiro de 2008, publiquei o primeiro de uma série de 4 artigos intitulado, “Bibliotecas, empréstimo pago. Não. 1º “, onde citava uma parte de Aldous Huxley:

Secundo – um conhecimento cientifico e perfeito das diferenças humanas que permita aos dirigentes governamentais destinar a todo o individuo determinado o seu lugar conveniente na hierarquia social e económica – as cunhas redondas nos buracos quadrados (expressão metafórica inglesa que designa um individuo que está num lugar que não lhe é próprio.

(Nota do Dissidente-x, tradutor/violador dos direitos de autor deste texto….) possuem tendência para ter ideias perigosas acerca do sistema social e para contaminar os outros com o seu descontentamento.

Transcreve-se :

Bruce Charlton, um investigador académico britânico, considera que a “distribuição desigual” de classes sociais em universidades de renome incide num “processo natural” de diferenças no QI.

A diminuta percentagem de estudantes de classes sociais média-baixa em conceituadas universidades tem por base um “processo natural” de diferenças substanciais no QI. Quem o defende é Bruce Charlton, um investigador académico britânico, que lançou a polémica durante uma entrevista esta semana à revista especializada em educação “The Times Higher Education”.
Segundo Charlton, “o governo do Reino Unido, gastou tempo e esforço em declarar que universidades, em particular Oxford e Cambridge, estão a excluir injustamente pessoas de classes sociais
mais baixas privilegiando as de classes sociais mais elevadas”.
Para o professor de psiquiatria evolutiva na Universidade de Newcastle, o debate apresentou uma falha ao excluir um factor importante do padrão verificado: “o de o QI ser significativamente maior em pessoas de classes altas”.
Charlton considera que a “distribuição desigual observada em universidades de renome” não está relacionada com
preconceito no processo de admissão dos alunos. Ao invés, defende que tal acontece em resultado “natural do mérito”.
As afirmações publicadas no artigo desencadearam duras críticas no sector da educação do Reino Unido.
A União Educacional de Estudantes (em inglês National Union of Students – NUS) emitiu um comunicado para classificar os argumentos de “equivocados, irresponsáveis e insultuosos”. “Claro que a desigualdade social define a vida das pessoas, muito antes delas entrarem na universidade, no entanto, o sector educaciona
l não se pode absolver da sua responsabilidade em assegurar que estudantes de todos os grupos sociais têm as mesmas oportunidades para desenvolverem o seu potencial, afirmou a presidente Gemma Tumelty.

Também o ministro do Ensino Superior, Bill Rammel, reagiu às afirmações de Charlton considerando que nelas estará implícita a ideia de que “cada um de nós deve saber qual é o seu lugar”.

Notícia Expresso 24 Maio de 2008.

Este é o tipo de discurso destinado a “convencer pessoas” que os ricos apenas o são porque lá chegaram por mérito, e assim, dessa forma. legitimar a pobreza como conceito aceitável na sociedade e – ao mesmo tempo – culpabilizar os pobres por o serem -são inferiores.

Entre isto e as teorias nazis de raças inferiores não há diferença nenhuma excepto que o senhor Charlton está-se também a referir a brancos ingleses de classe média, por exemplo.

Também consiste em possibilitar ao senhor Charlton, a legitimação académica para subir na carreira, ou através de subsídios que lhe serão concedidos ou através favores que lhe serão feitos.

É uma forma sofisticada de corrupção praticada por quem tem dinheiro para atacar o conceito de igualdade e de democracia numa sociedade.

O alvo actual é o sistema de ensino acessível a todas as pessoas.
Pensem.

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BASE DE DADOS DE ARTRITE REUMATÓIDE.

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No blog “Bases de dados.Net”, um blog feito, ao que julgo saber, por 3 juristas saiu um post no dia 12 de Fevereiro 2008.

BASES DE DADOS ARTIRE REUMATÓIDE- BLOG DADOS PESSOAIS.NET

Uma notícia péssima sobre uma base de dados para catalogar doentes com artrite reumatóide.

Quem escreveu o post exulta, sabe-se lá porquê.

Só quem nunca teve qualquer tipo de problema relacionado com artrite reumatóide escreve isto.

Existem ali 3 itens citados, de forma ligeira, sem qualquer “análise critica”.

  1. “visando garantir a segurança dos doentes”;
  2. “desenvolver a prática clínica”;
  3. “e a investigação cientifica”.

Gratuitamente explico porque são os 3 itens mistificações ofensivas da inteligência do mais plácido cidadão.

1. visando garantir a segurança dos doentes.

Desconhecia que doentes sofrendo de artrite reumatóide, estão em “estado de insegurança”. Situação essa que motiva o nosso querido Estado a elaborar bases de dados para “garantir a sua segurança”.

Todos nós conhecemos casos de assaltos feitos por ladrões de artrite reumatóide. É a terceira maior causa de crime em Portugal, apenas superada pelos árbitros de futebol e ladrões de carros.

Para erradicar este flagelo criminal o Estado Português recorreu à ajuda da Europa e já está a publicitar esta iniciativa de combate à insegurança dos doentes de artrite reumatóide.

PROGRAMA EUROPEU DE ERRADICAÇÃO DA ARTRITE REUMATÓIDE

 

2. Desenvolver a prática clínica.

Lamento, mas não é.

O objectivo aqui é mais simples: determinar se vale a pena gastar-se dinheiro (e que tipo de gastos) com tratamentos de fisioterapia e outros, em doentes com artrite.

Com uma base de dados, desde logo, são segmentados e separados os doentes com esta doença, que interessa tratar,( e como fingir tratar), dos que não interessa.

O Estado português presta-se, a servir os interesses, por detrás desta recolha de informação, criando legislação, ou favorecendo a criação de informação organizada sobre pormenores extremamente “apetecíveis”, para a medicina privada ou para gestores estatais de hospitais públicos, desejosos de “mostrar serviço” baixando os custos (o doente que se lixe)… o que conseguirão com esta nova “base de dados”…

Corrupção institucionalizada sob a forma de lei, voltada contra todos nós, utilizando a recolha de dados…

O objectivo final é reduzir custos e expulsar doentes clientes, parecendo não o estar a fazer, através do filtro do “desenvolver a pratica clínica”.

Uma base de dados com “histórico”, sobre a artrite reumatóide do paciente cliente permite isso.

3. e a investigação cientifica.

Esta é a mais suja de todas as justificações.

Não há “investigação cientifica” em artrite reumatóide, pela simples razão que aquilo não tem cura.

Nem sequer se sabe bem o que é que a origina.

Este discurso da “investigação cientifica” refere-se ao seguinte.

A) investigação apenas terapêutica; criação de medicamentos que aliviam algo que não tem cura; criação de mercados do “alivio da dor”, comparticipados generosamente pelo Estado.

B) possibilitar analisar os “doentes” e treinar melhor os médicos. O treino será feito utilizando os serviços públicos de saúde ( onde fica o “custo” desse mesmo treino).

C) Para treinar é”necessário material” para treinar. As cobaias serão os doentes do serviço público de saúde que sofrerão as experiências necessárias à curva de aprendizagem da incompetência e da imperícia dos médicos aplicada em cidadãos de mais fracos recursos económicos.

Que não se podem defender em Tribunal ou não querem ir a Tribunal.

O método é o seguinte:

É oferecida, via legislação, uma base de dados, que possibilitará oferecer uma zona imensa de conforto aos magníficos médicos portugueses para estes “treinarem” sem receio de cometerem e serem apontados pelos erros que irão estar à vontade para fazer.

A justificação será a de que ” pouco mais haverá a fazer, o senhor (a) tem artrite reumatóide…isto até não tem cura…”

É aquilo que, na expressão pomposa dos economistas se chama “Curva de aprendizagem”.

Numa fase inicial, nas empresas e indivíduos existe baixo rendimento. E só com o tempo, com a experiência e com a criação de rotinas é que o profissional ou a empresa se tornarão medianamente competentes.

Para melhorar estas competências é necessário juntar o treino especifico.

E só através da especialização plena se tornará o profissional (supostamente) à prova de erro.

Para preparar profissionais “à prova de erro” é necessário cobaias “pobres”. (isto é, que aceitam porque não tem alternativa, ser cobaias…)

Após treinar nas cobaias pobres, o profissional, transferir-se-á para unidades de saúde privadas onde o risco de erros derivado da sua curva de aprendizagem será ínfimo. (Já cometeu a percentagem de erros noutro lado…já foram ( vieram) transferidos do serviço nacional de saúde.)

Cito a poupança e o totalitarismo.

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” Esse subtexto moralizador tem 3 funções:

FUNÇÃO 1. Pedir desculpa pelas desigualdades existentes na sociedade; não as questionando.

FUNÇÃO 2. Defender argumentativamente que os mais pobres e necessitados de uma sociedade são pródigos e incapazes de poupar, porque vivem apenas para o presente e, precisamente por isso, são crianças-adultos imaturas, incapazes de controlar os seus impulsos.

FUNÇÃO 3. O que leva à função 3: os “ricos” são virtuosos opositores ao estilo de vida descrito na função 2 e é por isso que são ricos. “

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FUNÇÃO 1. Pedimos desculpa pelo facto de existir incapacidade de resolver os problemas de artrite reumatóide; é uma fatalidade.

FUNÇÃO 2. Os mais pobres e necessitados de uma sociedade não deverão esperar bons serviços no tratamento de artrite reumatóide. Falta informação. Uma base de dados de doentes com artrite reumatóide visando garantir a segurança dos doentes, possibilitará desenvolver a pratica clínica e a investigação científica.

FUNÇÃO 3. Os ricos são opositores do estilo de saúde praticado no Serviço Nacional de Saúde porque este é mau e semi gratuito. As pessoas não pagam o custo do serviço. Só um serviço de saúde privado garante resultados. Olhem para nós. Não temos problemas desses porque pagamos a nossa saúde (excepto o treino e a criação de raiz de unidades de saúde, ou seja, excepto tudo…).

O discurso à nível simbólico é assim subvertido.

O condicionamento aos cidadãos é assim feito.

Nota1: na artrite reumatóide, e doenças derivadas, a plena especialização no seu tratamento é desencorajada em Portugal.

Nota 2: totalitarismo já não é um ditador mais um gang que o acompanha a criarem um estado policial, sem liberdades civis.

Agora totalitarismo é, arbitrariamente, usando meios tecnológicos, decidir segmentar, de facto, cidadãos, em pequenos pormenores como este.

A POUPANÇA E O TOTALITARISMO.

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Existe uma “definição oficial comum” sobre a poupança.

Contudo, essa definição pressupõe sempre que a poupança nunca tem um valor por si só, que o acto de poupar será “natural”.

Não.

A poupança viaja sempre acompanhada.

O acompanhante é uma camada de moral. Um “subtexto moralizador”.

Esse subtexto moralizador tem 3 funções:

FUNÇÃO 1. Pedir desculpa pelas desigualdades existentes na sociedade; não as questionando.

FUNÇÃO 2. Defender argumentativamente que os mais pobres e necessitados de uma sociedade são pródigos e incapazes de poupar, porque vivem apenas para o presente e, precisamente por isso, são crianças-adultos imaturas, incapazes de controlar os seus impulsos.

FUNÇÃO 3. O que leva à função 3: os “ricos” são virtuosos opositores ao estilo de vida descrito na função 2 e é por isso que são ricos.

No discurso político “normal”, isto é, percebido como “comum”, isto traduz-se por, observarmos políticos e “fazedores de opinião” afirmando que a sociedade é “constituída por aqueles que trabalham e contribuem para o bem estar comum, identificado com a pátria (Normalmente é o eleitorado que vota neste político/partido político que gosta deste discurso… ); e os que vivem subsidiados ( geralmente os mais pobres, embora em Portugal a coisa esteja de tal forma distorcida que até ricos são subsidiados…)

Esta é a visão do mundo a preto e branco.

Convenientemente formatada ao gosto de quem tem “Poder”.

A classe média, obviamente, será uma” personagem”, que terá, quer os vícios, quer as virtudes dos dois protótipos simplistas anteriormente descritos.

Derivado destas definições simplórias retiram-se as soluções do “político” que produz este tipo de discurso e que são três.

1. Os “ricos” devem ser taxados em impostos de forma “leve”.

2. Os pobres devem ser “sempre taxados”.

3. O que origina a “razão racional” que está por detrás da criação de impostos sobre vendas, como o IVA, que é um imposto que poupa “o que poupa”e castiga o consumidor.

Quando o PS aumentou o IVA atacou quem era mais pobre ou de classe média e beneficiou quem tinha mais dinheiro – “quem o poupou”.

Quem o “poupou” são os Bancos/accionistas – todo um sector financeiro.

Que para salvar o pobre/classe média, irá, depois, oferecer crédito a quem já é pobre (argumento de venda: recuperar o seu estilo de vida; deixar de ser pobre).

O pobre/classe média mais se prejudica quando aceita.

Em termos reais tem menos dinheiro, mas é induzido a ir buscar mais dinheiro emprestado, a quem… mais o tem.

Os mesmos detentores de poder neste sistema.

Solução: “não emprestargratuitamente, dinheiro a ricos, ao estar-se a pedir empréstimos para consumo, (crédito) que, por via do pagamento de juros sempre artificialmente criados, apenas significam que se está a alimentar ainda mais esses, já ricos, jogadores do mercado.

É precisamente por isto que os Bancos ficam atrapalhados quando executando uma dívida de alguém que não pagou o credito, essa execução seja feita sobre uma casa – um imóvel, que é capital que não se pode emprestar; só vender.

TOTALITARIS

Written by dissidentex

31/03/2008 at 11:03

PEQUIM 2008. TIBETE. BOICOTE.

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GANE OVER - FREE TIBETAtravés do Daniel Marques.Net chego a este relato na primeira pessoa directamente do Tibete.

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Devem saber o que se passa no Tibete… O que vos posso dizer eh que tudo eh muito mais violento do que mostram na televisao. Foi muito muito violento. Para os tibetanos vai ser um massacre. Nunca vamos saber quantos morreram ou morrerao. Para nos, alem de violento psicologicamente, foi mais perigoso porque acabou por se saber que fomos os dois (eu e o Miguel) as unicas testemunhas do principio de tudo (no mosteiro de Drepung, onde estavamos no dia 10 de Marco, por acaso).

Ficamos imediatamente controlados pela policia ao ponto de, a caminho para o Nepal, nos dizerem que estavamos presos no hotel. Nunca tinha sentido o que era estar “presa” nao porque tivesse feito alguma coisa mas porque nao queriam que falassemos. O nosso mail e telefone ficaram, tambem, imediatamente controlados e as nossas maquinas fotograficas bem inspeccionadas.

Vimos a maior violencia policial que podem maginar, sobre pessoas desarmadas. Nao vimos ninguem morrer, mas sabemos que muitos dos monges com quem estivemos durante todo o dia 10, morreram depois, nesse mesmo dia. Vai ser um massacre em Lassa. Tudo o que disserem nas noticias de contrario podem acreditar que eh mentira. Ha lugares no mundo onde pessoas morrem por terem opiniao. Nao se passa apenas na distancia da televisao, ou em filmes com actores conhecidos, passa-se na realidade e muito perto de nos.

Clara Faria Piçarra no Minisciente

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Um dos falsos argumentos utilizados para se dizer que não se deve boicotar os Jogos Olímpicos de Pequim consiste na afirmação de que “não se devem misturar duas coisas diferentes – a ditadura Chinesa e uma manifestação desportiva. E que isto (a insurreição no Tibete ) é tudo muito complexo.

Em 1979 e 1980 os países Ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, abriram um precedente. Misturaram duas coisas diferentes – a invasão do Afeganistão pela então USSR e os jogos Olímpicos de Moscovo.

Era, também, à época, uma situação muito complexa.

E no entanto…abriu-se um precedente…

CARTAZ DOS JOGOS OLÍMPICOS DE MOSCOVO

É espantoso o que 28 anos de diferença podem fazer, alterando a percepção de coisas misturadas.

E alterando a percepção do que é complexo e do que não é complexo.

Talvez este mapa em baixo possa ajudar a perceber estas complexas mudanças de percepção. PERCENTAGEM DE EMPRESAS MULTINACIONAIS DE PAÍSES EMERGENTES

Este é um quadro que mostra a percentagem de empresas multinacionais oriundas de mercados ( países) emergentes e qual é o peso relativo dos países na percentagem considerados. A “unidade de medida a que corresponde o quadro é 100”. ( 46 empresas chinesas, 21 indianas, 12 brasileiras…etc…)

Estas empresas, estão presentes não só nos mercados de origem (Ásia) mas também na Europa, África e Estados Unidos. Uma delas é só a número dois a nível mundial no fabrico e venda de computadores portáteis.

É uma situação muito complexa, esta…

CAMPANHAS DE PUBLICIDADE DESPREZÍVEIS. PORNOGRAFIA PUBLICITÁRIA.

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No artigo intitulado ” sistema queixa electrónica. Os antecedentes”, era escrito no fim do mesmo o abaixo transcrito:

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Nota final 3.

Fico a aguardar que a FCCN patrocine um sítio Internet que insista na necessidade de se proibir publicidade especificamente destinada à crianças e que proíba o uso de crianças na publicidade.

Já que o problema primordial parece ser a “preocupação com as crianças”, então convém preocupar mo-nos com todas as dimensões do problema e não só com algumas.

Convenientemente escolhidas a dedo.

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O Banco espírito Santo lançou ( faz isto todos os anos) por alturas de Outubro/ Novembro de 2007 uma campanha publicitária, visando incentivar as crianças a pouparem.

Este é o tipo de publicidade, ofensiva, de mau gosto, anti social, anti mercado, desprezível, manipuladora, destrutiva das relações de confiança entre os clientes e as empresas.

É uma campanha assente na mais completa mistificação e tentativa de manipular e enganar os pais, e a sociedade no seu conjunto. É algo abjecto e que está para além da mera publicidade enganosa.

O Banco Espírito Santo é um banco comercial. O comércio, pressupõe ( senão não seria comércio) a compra e venda de produtos ou serviços.

Sendo um banco, a sua actividade principal é, mesmo historicamente, a venda de dinheiro, cobrando juros por isso.

Um banco comercial empresta dinheiro a particulares ou empresas para que estas o invistam nas mais variadas coisas e cobra uma percentagem em juros por isso.

Um banco comercial também aceita depósitos em dinheiro de particulares ou empresas e remunera esses depósitos.

O que está em baixo, embora pareça isso, vai completamente para além disso.

BES E A HIPOCRISIA DA POUPANÇA

Leia-se em cima uma parte das declarações absolutamente inacreditáveis da responsável de Marketing do banco.

Tradução concreta: banco com o braço esquerdo faz campanhas incentivando ao consumo, e com o braço direito faz campanhas incentivando à poupança.

Mesmo considerando isto legítimo, o que não é legitimo é “atacar” o tipo de consumidor que não se pode defender. A criança.

E usando os pais da criança como arma de ataque para isso.

O mais hipócrita e desonesto ali é a parte em que a responsável de marketing, afirma: ” o BES acredita na importância da poupança para a construção de uma sociedade equilibrada”.

Cinismo, falta de valores ( comerciais), hipocrisia. Ninguém outorgou ao BES a missão de educar crianças; isso pertence aos pais.

Isto dito, com a maior desfaçatez, no lançamento de uma campanha de poupança juvenil.

Mais espantoso ainda é que se diga que o acto de poupar está cada vez mais arredado dos hábitos dos adultos e da agenda dos adultos.

( Bom… para isso tem contribuído o BES e todas as outras entidades com as massivas campanhas de incentivo ao consumo, os constantes créditos ao consumo, a oferta de variados produtos de crédito para se consumir).

Para “incentivar à poupança” e para fazer chantagem emocional com a psicologia dos pais que são depois pressionados emocionalmente pelos filhos que lhes dirão que não gostam deles porque eles não lhes compram “X”, o BES oferece às crianças um livro de histórias escrito por Rosa Lobato Faria, e ilustrado através da marca Agatha Ruiz de la Prada.

(Visando estabelecer o conflito entre dar e não dar ao “filho”por parte do pai pressionado pelo filho a fazer isto para receber o livro de histórias ilustrado… )

Que, como todas as pessoas sabem é uma marca “barata”, que tem produtos baratos, e que é sinónimo de austeridade e de sobriedade ( isto é, de poupança…) na compra de roupa ou outros produtos do mesmo estilo.

Subverte-se tudo o que são conceitos de publicidade, de economia de mercado, de psicologia afectiva e familiar, mais a mais, até vindo de um banco que tem a pretensão ( é só mesmo isso:pretensão) a ser um banco conservador e austero.

O conservadorismo é arrumado de lado dando lugar à chantagem de progenitores apelando à criação artificial de disputas entre filhos e pais para através desta disputa lucrar.

Também é outra forma de enganar deliberadamente consumidores ( o mercado) com esta conversa acerca do incentivo à poupança juvenil por parte de crianças/adolescentes, porque os adultos não o fazem.

Há razões para não o fazerem e o BES lucrou com essas razões.

Também se deve salientar que o BES , tão amoroso que é quis “conhecer a perspectiva das crianças”…

O facto de essa perspectiva permitir definir perfis de consumo e comportamentos e poder agilizar e tornar mais fáceis as estratégias para melhor vender não teve nada a ver com este desejo intenso de “conhecer a perspectiva das crianças…”

A FCCN perante este caso de notória pornografia vai fazer alguma coisa?

Concerteza que não vai. Aí a “bola” é mandada para o código da publicidade e pseudo autoridades competentes que, concluirão, que tudo está de acordo com a lei.

E assim, se continua a usar a lei para subverter o sentido da lei…

Ninguém parece muito incomodado com isso.

Em termos de dados pessoais e privacidade o facto de crianças pequenas e a sua família terem perfis de consumo definidos por uma entidade privada, perfis esses obtidos através da permissão do uso destes métodos totalitários não incomoda ninguém?

Nem o óbvio totalitarismo destes métodos?

Aqui o “Estado” como recolector de informação é substituído por uma entidade privada.

Isso é tão perigoso como se fosse o Estado a fazê-lo.

PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO.4

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Finaliza-se hoje a muito pouco aguardada parte final da série: Plano estratégico de turismo nacional. Esta é a parte 4 onde descobriremos o resto da opção política nacional de transformar 15% da população portuguesa em lacaios semi escravos, nos sectores de turismo e serviços, especialmente o Golfe.

No artigo 1 que se pode encontrar AQUI tínhamos que:

” Como povo, somos vitimas de uma mistificação nacional.

Foi “decidido” internacionalmente; com a ajuda do sentimento de inferioridade, desejo de agradar, recompensas em bens materiais e prestígio, e temor reverencial dos políticos portugueses – da actual classe política – que deveria Portugal aceitar ser pobre, ser um país de “serviços”, um país de turismo, um país de mão de obra apenas qualificada para esses sectores.”

No artigo 2 que se pode encontrar AQUI tínhamos que:

Eram analisadas, respectivamente as partes 1, 2, 3 do Plano estratégico nacional de turismo nas suas mais variadas vertentes, especialmente a questão de transformar 15% da população portuguesa em trabalhadores na área do turismo ( e serviços).

No artigo 3 que se pode encontrar AQUI tínhamos que:

a análise ia da parte 3 até à parte 7 e focava o facto de o Golfe e os resorts serem um “tema de conversa sistemático” dentro do Plano Estratégico Nacional de Turismo com os mais variados objectivos geográficos preenchidos com a criação de campos de golfe por tudo o que era sitio e local.

EM BAIXO: CONCURSO “DESCUBRA AS DIFERENÇAS” ( e ganhe um campo de golfe perto de casa como prémio…)

25 de abril  - dia da liberdade

25 de abril  - dia da liberdade - e do golfe livreNeste artigo 4 temos o resto da análise começando pela parte 8 do plano estratégico nacional de turismo…

Na parte 8 do Plano surgem as preocupações com o ambiente. Legislação que não tenha preocupações com o ambiente não é legislação; é de bom tom…

Cita-se e trunca-se uma parte:

“…A existência de hospitais e outros serviços de saúde, nas regiões definidas como prioritárias, com capacidade adequada para dar resposta à procura originada pelos fluxos turísticos é um elemento decisivo para a capacidade de atracção sustentada de mercados mais diferenciados. O planeamento da oferta de serviços de saúde deve atender também aos objectivos agora definidos.”

Tendo em conta os recentes encerramentos de unidades hospitalares, e tendo em conta o que vem dito nesta resolução, e fazendo uma analogia, concluímos que existem regiões, isto é, pessoas que vivem nessas regiões que são consideradas como não prioritárias, uma vez que estão fora das zonas prioritárias – as dos resorts e do Golfe.

Isto porquê? Porque os recursos são escassos. Se são escassos, e se existe um Plano estratégico de turismo isso significa que irá ser dada primazia em investimentos públicos às áreas turísticas em detrimento das áreas não turísticas. Logo, o dinheiro a ser destinado de forma uniforme para todo o território nacional já não o será,mas apenas terá como prioridades certas áreas…… prioritárias.
color: #000000″> E assim se ataca a coesão nacional alegremente definindo planos estatais estratégicos que DE FACTO isolam populações, servindo para criarem zonas turísticas para as quais os melhores recursos são destinados e outras zonas onde … não existirá nada mais que do que o mínimo dos recursos disponíveis. (Existirão pobres de primeira e pobres de segunda…)

Note-se ainda o seguinte:

“…Destaca-se a necessidade de assegurar a limpeza e despoluição ao nível do solo, subsolo, água e ar, o controlo dos níveis de ruído, de assegurar boas condições de saneamento e também a eliminação de depósitos de entulho nas margens dos rios em áreas turísticas…”

È-se forçado a concluir que os sítios que não tenham interesse turístico, e tenham más condições de saneamento serão deixados assim, tal qual estão. O ordenamento do território não será um imperativo ético e lógico, antes será apenas feito por interesses turísticos (isto é, dinheiro…).

Na parte do “Plano” designada por parte 9 temos que:

TURISMO 9 - PLANOESTRATÉGICO NACIONAL
…e que estabeleça parcerias com escolas internacionais de referência e com empresas do sector e que promova actividades de investigação na área da gestão da hospitalidade segundo as melhores práticas internacionais.
Deve ainda ser seleccionada uma escola regional por região que dinamize a geração de conhecimento e ofereça formação turística.
Por fim, é necessário estimular o desenvolvimento curricular e os estágios de alunos de várias áreas disciplinares (por exemplo: arquitectura, gestão, engenharia) no sector do turismo e fomentar a especialização em domínios de interesse para o sector.

Ideia 1:
Como grande parte das escolas de gestão turística hoteleira até estarão ligadas a grupos de hotelaria internacionais, o que aqui está será apenas mais uma forma de “atrelar” a formação turística especificamente aos interesses de formação e de remuneração de futuros empregados a formar, por parte das entidades empregadoras multinacionais.

Ideia 2:
Também gera outra ideia aqui altamente perigosa mas de acordo com a lógica que aqui está.
Trata-se da ideia destinada a baixar – de forma artificialmente controlada – remunerações.
Utilizando a “profusão” de escolas. “Uma escola regional por região…”
Ao final de 5 anos o número de formandos será largamente excedentário no sector; isto é existirá um excesso de oferta de profissionais da área turística.

  1. Consequentemente os ordenados baixarão.
  2. Consequentemente teremos inúmeras pessoas que acreditaram em mais uma “oportunidade de formação ” a serem defraudadas por isto mesmo.
  3. Consequentemente irão existir pessoas fora a emigrarem para fora. As pessoas são parvas mas não totalmente…

Quem fica a ganhar? As cadeias internacionais de hotéis, que por um custo baixo, terão um mercado aberto e profissionais amestrados disponíveis para trabalhar por pouco; o Golfe, os resorts que passarão a ter funcionários altamente qualificados a trabalhar por meia dúzia de cêntimos.

Ou seja, uma forma semi moderna de escravatura.
Qual é o interesse disto para o país?
Absolutamente nenhum.500 000 BOLAS DE GOLFE EM CRECHES ATÉ 2009
Na parte 10 entramos na:

10 — Promoção e distribuição
Implementar uma abordagem inovadora na promoção e distribuição. No que respeita à promoção e distribuição, existe necessidade de inovar e de comunicar uma proposta de valor diferenciada, actuando em segmentos alvo por mercado emissor. É fundamental um maior enfoque no canal Internet e na gestão pró-activa da relação com os prescritores. A prioridade de promoção deve ser o destino Portugal.

“…na comunicação dos seus elementos diferenciadores—«clima e luz», «história, cultura e tradição», «hospitalidade» e «diversidade concentrada».

Estão a ver ( os poucos gatos que lerem isto) como somos todos estúpidos que nem uma porta? (Até existem as palavras “enfoque ” e prescritores…só falta a palavra “Vitualhas” para isto ser alta literatura…)

Diz-se no Plano em “abordagem inovadora”. E depois desce-se duas ou três linhas e diz-se “comunicação dos seus elementos diferenciadores.

Ou seja, o sol de Portugal é diferente do sol de Espanha, porque é um elemento diferenciador, assim dito no Plano estratégico de turismo nacional. Diria mesmo mais: só aqui é que há sol diferenciado… Já agora: o que é que será diversidade concentrada?

PARTIDO DE RESISTENCIA ANTI-PRÓ GOLFE E ANTI CRICKETEntretanto e continuando a descer ( nesta resolução é tudo a descer…) na resolução 53/2007 que dá origem a estes 4 posts/artigos surge, a necessidade de dar a ganhar dinheiro a terceiros e de exacerbar a vaidade auto promocional dos nossos governantes, assessores, etc…manifesta-se…

“…O conjunto de meios (mix) de promoção deve reflectir a necessidade de atingir o consumidor final, o que deve ser feito através de comunicação directa, mas também
através de prescritores. Para a promoção directa ao consumidor final, para além do canal Internet, devem ser privilegiados os canais especializados (por exemplo:revistas temáticas, canais de televisão especializados), e utilizada uma abordagem inovadora e oportuna (por exemplo: promovendo a presença de Portugal em filmes ou em programas televisivos de grande notoriedade e divulgando a presença de personalidades mediáticas em Portugal).”

Tudo evidentemente, coisas baratas e inovadoras. É absolutamente inovador promover Portugal em filmes ou programas televisivos; ninguém no mundo inteiro faz isso, só nós…temos o exclusivo e esta ideia…

Santa paciência …

Gosto também neste plano do amontoado de expressões inglesas ao longo do mesmo: Mix´S, workshops, open spaces, marketings, todos coabitam numa alegre confusão…anglofónica…

Observe-se mais adiante ainda que :

“…A eficácia e eficiência da estratégia é monitorizada com base em indicadores para avaliar o impacto de cada acção e aperfeiçoar o conjunto de meios (mix) de promoção de cada mercado. Portugal deve ainda ter uma participação activa nas organizações internacionais de turismo, bem como procurar o desenvolvimento do relacionamento institucional com os países de língua portuguesa

Ah ganda Mix, que tens direito a estar em dois lados e ser citado duas vezes…

Na parte 11 entre muita conversa para encher chouriços e morcelas temos que:
“…Por outro lado, deve ser revisto o processo de licenciamento turístico, assegurando um licenciamento de projectos turísticos transparente e ágil, em particular para os projectos com maior potencial de criação de valor para o turismo, nomeadamente através da integração e simplificação da legislação reguladora do acesso e exercício da actividade turística, da revisão de prazos processuais e mecanismos de decisão, e da criação de «via-rápida» para projectos de alto valor acrescentado, sem prejuízo do cumprimento da legislação em vigor e da sua adequada inserção ambiental e territorial.

Tradução: os grandes projectos de turismo, presumivelmente internacionais serão decididos rapidamente, provavelmente em conselho de ministros, que é para serem rapidamente aprovados, fazer-se a propaganda do costume relacionada com os “empregos” que irão ser criados, e demais demagogia do mesmo tipo e lamber as botas depressa aos estrangeiros investidores…

ALGARVE EXTRA 1

ALGARVE EXTRA 2

NOTA: ESTE É UM CARTOON FEITO POR RUI PIMENTEL PARA O JORNAL SEMANÁRIO “O JORNAL” EM E PUBLICADO NA EDIÇÃO DE 4 DE SETEMBRO DE 1992. A PARTE A AZUL FUI EU QUE ACRESCENTEI BEM COMO A FOTOGRAFIA DO SENHOR … ACHO QUE SE PERCEBE…..O AR RASTEJANTE DA PARTE DE BAIXO DO CARTOON COM A SEGUNDA CABEÇA DO FUNCIONÁRIO LACAIO…

E em seguida passamos para o item IV deste plano onde está, resumida toda a lengalenga anterior do plano estratégico nacional de turismo.

PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE TURISMO- O FIM

Como se vê na imagem:

“atrair investidores de referência internacional”

” uma cultura de excelência de serviço no sector do turismo”

“reforçando a componente de hospitalidade por parte da população”

“o objectivo é o desenvolvimento de uma cultura nacional de turismo”

sendo para isso necessário demonstrar a importância do turismo para a economia nacional e os seus efeitos positivos etc e tal.

Tradução: formação de lacaios dóceis e hospitaleiros que ganhem pouco e trabalhem muito para os investidores internacionais.

Maneiras de o fazer: pressupõe a lavagem ao cérebro da população falando em “”cultura nacional de turismo” e acenando com os benefícios positivos da mesma mandando a cenoura do “ambiente e da melhoria da qualidade de vida” das populações como sendo os supostos bens que viremos a ter com a cultura nacional de turismo.

PAULO GUINOTE-EDUCAR-MESTRADO DE GOLFE

O post onde isto foi desvendado pode-se encontrar AQUI

PARTIDO SOCIALISTA actual e ALA CAVAQUISTA DO PSD. OS OLIGARCAS

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Após três décadas de democracia, estamos a assistir a uma reconfiguração do poder político. Essa reconfiguração assenta em dois pilares: o actual PS e a ala cavaquista do PSD. Incapazes de segurarem este arremedo de estado social, essas duas facções do poder tecnoburocrático uniram-se para procederem à maior transferência de riqueza de que há memória nas últimas três décadas.
Essa transferência de riqueza é absolutamente crucial para a manutenção dos privilégios dos oligarcas. Os professores, por serem 140000 e por estarem sistematicamente divididos enquanto grupo profissional, foram os escolhidos para a realização desse processo de transferência de riqueza.
Dentro de meia dúzia de anos, dois terços dos professores não passarão do meio da carreira e estarão condenados a trabalharem até aos 65 anos (ou mais) com um salário inferior ao de um sargento. Para que essa transferência de riqueza se realize sem sobressaltos para os oligarcas, é necessário que o poder político limite ou anule a liberdade de expressão nos espaços e organismos públicos.
A escola pública tem sido um espaço de eleição para o exercício das liberdades. Com ameaças de processos disciplinares, exacerbação dos conflitos entre professores titulares e não titulares e uma política oficiosa de guardar segredo sobre tudo o que se passa nas escolas, o poder político foi criando as condições ideológicas e repressivas para que essa transferência de riqueza se continue a fazer de forma doce.
O objectivo é fazer parecer essa transferência como natural, de modo a que as próprias vítimas do processo de pauperização e proletarização a aceitem como inevitável.
Se lerem A Política de Aristóteles, está lá tudo o que é preciso saber sobre o processo de perversão da democracia e a sua transformação em oligarquia. Em Portugal, esse processo está em marcha.

Post retirado deste blog, conhecido via As minhas histórias

Frases chave deste post:

1.

…duas facções do poder tecnoburocrático uniram-se para procederem à maior transferência de riqueza de que há memória nas últimas três décadas.

2.

Essa transferência de riqueza é absolutamente crucial para a manutenção dos privilégios dos oligarcas.

3.

Os professores, … foram os escolhidos para a realização desse processo de transferência de riqueza.

4.

Para que essa transferência de riqueza se realize … é necessário que o poder político limite ou anule a liberdade de expressão nos espaços e organismos públicos.

5.

O objectivo é fazer parecer essa transferência como natural, de modo a que as próprias vítimas do processo de pauperização e proletarização a aceitem como inevitável.

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OLIGARCA/ OLIGARQUIA:

Aquele ou aqueles que defendem que o Poder, dentro de uma sociedade, deve estar concentrado num pequeno número de pessoas.

O poder político, social, económico geram( deverão gerar) uma consonância de objectivos entre aqueles que detém estas 3 características de poder na sociedade.

O sistema ideal do ponto de vista do (s) Oligarcas(s) é simultaneamente ter aspectos de uma teocracia, uma plutocracia e uma autocracia.

A) a Plutocracia é um sistema em que o Poder é exercido pelos mais ricos.

B) Autocracia é um poder exercido como “um governo por si próprio”. O poder é dado por “Deus” e é absoluto, irresponsável, ilimitado. O poder do autocrata não conhece limites excepto, os dele próprio e os divinos.

C) A Teocracia é o poder conduzido e o governo orientado por um líder ou grupo que se apresenta como sendo uma sacerdote ou que governa segundo a inspiração de uma divindade. Já existe uma derivação disto; a Clerocracia.

O actual governo tem características disto bastante vincadas e legisla de acordo com esta lógica.

Sobre este assunto AQUI já se tinha falado, embora sob uma lógica algo diferente

A ESTÉTICA TOTALITÁRIA DO PARTIDO SOCIALISTA

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Um candidato a oligarca do partido socialista chamado Renato Sampaio apresentou uma proposta de lei visando proibir os piercings e as tatuagens.PROIBIÇÃO DE PIERCINGS-PARTIDO SOCIALISTA- JORNAL PÚBLICO 15 DE MARÇO DE 2008

Estética Totalitária

“””…Os regimes totalitários fizeram uso da arte e outras expressões estéticas (vestuário, design de objetos, produção gráfica, símbolos nacionais) como parte de uma lógica de dominação total da vida humana.”””Esta lei é proposta sob a capa da “preocupação com a higiene e com os direitos do consumidor.
Para a semana teremos uma proposta de lei sobre o uso de barba e cabelo, e medidas legais propostas para definir qual deve ser o tamanho de ambos os artefactos faciais em questão.

Continue-se a brincar e a fazer de conta que estas “coisas” que foram parar ao governo e passam por ser de esquerda ( coisa que não são) ; não são perigosas e um destes dias acordamos de forma desagradável.

Este é claramente um assunto que diz respeito aos pais e aos menores que decidem ou não decidem fazer tatuagens, piercings e maquilhagem e onde decidem fazer ou não decidem fazer.O cartaz que se desejaria ter feito e não se fez:

MÁRIO SOARES SEM PIERCINGS

O Cartaz que se fez mas ninguém viu que se fez:
SÓCRATES E A CAMPANHA ELEITORAL CONTRA O PIERCING
ADENDA: a erecção reacção enfurecida de um dos principais sindicatos do sector que fez uma manifestação.
MANIFESTAÇÃO ANTI PIERCING VAGINAL
Retirado DAQUI