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Posts Tagged ‘NEOLIBERALISMO ECONÓMICO

A RYAN AIR QUER EXTINGUIR O DIREITO À GREVE

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A Ryan air quer extinguir o direito à greve.

A Ryan Air é uma companhia privada que concorreu ás últimas eleições legislativas portuguesas e após ter sido eleita,  foi convidada a fazer parte do governo português.

Os resultados eleitorais da Ryan Air são inequívocos.

Nada mais normal que esta empresa privada exija mandar no governo português.

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O G20 E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS

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E discretamente, nas costas mediáticas dos meios de comunicação social, especialmente os meios de comunicação social portugueses que são apenas cães medíocres ao serviço de interesses ainda mais medíocres, interesses esses; comandados por criaturas totalitárias e desprezíveis, reúne-se o g20.

O objectivo verdadeiro é forçar uma série de países a aceitarem desvalorizações da sua moeda e consequentemente, a ficarem colocados debaixo do poder dos meios financeiros americanos e dos Estados Unidos, enquanto país.

O objectivo mediático é o de dizer que se está a trabalhar para sair da crise.

Pelo meio dos jogos florais houve uma recomposição dos votos no FMI, continuando os Estados Unidos com direito de veto sobre as decisões terroristas que a organização toma.

Tudo deve mudar, para que tudo fique na mesma.

Ø

Alemanha e China, criticaram as políticas!? de lançamento para o mercado mundial de moeda norte americana ( e como se proíbe uma toxicodependente do dólar de o fazer…?).

Como explica o ministro alemão: German Economy Minister Rainer Bruederle said he had made clear that easing was the wrong way to go.

“An excessive, permanent increase in money is, in my view, an indirect manipulation of the (foreign exchange) rate,” he said.

Os Estados Unidos estão a encher os bancos americanos de dinheiro, e esse dinheiro sai para fora fazendo aumentar a taxa de cambio dos países afectados e atacando a capacidade destes de exportar.

E assim, acontece uma de duas coisas.

Ou se fica na recessão.

Ou se fica na estagnação.

Ø

No caso de Portugal, um jogador tonto e disparatado deste jogo, teremos ambas.

Os traidores e os vendidos de Portugal assim manobraram para fosse (e continuam a manobrar), e os traidores e vendidos não estão necessariamente à frente de um governo.

Nem atrás.

Apenas aparecem, apesar de nunca terem sido eleitos para nada, nas alturas que interessa que apareçam, dizendo ao poder político que ele deve aceitar jogar este jogo.

Não havendo dinheiro nem interesse/competência, para jogar este jogo caro e destrutivo,  ou para evitar jogá-lo, vai-se buscar ao resto da população.

KEYNESIANISMO E NEOLIBERALISMO NOS JORNAIS

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Uma pergunta privada que me foi feita era a seguinte:

Todos os jornais têm apresentado as coisas como neokeysianismo vs. neoliberalismo. E os comentadores evocam longamente Keynes, Reagan (Hayek passou de moda). Existem alternativas para além destes dois?

À propósito de uma conversa privada importa esclarecer o seguinte:

A teoria geral de economia proposta pelos astrólogos curandeiros económicos como explicação, diz que, em economia de mercado – pela própria natureza do mesmo – não existem falhas no que se oferece ao consumidor, devido ao mecanismo inerente à dinâmica da “oferta- procura”.

Isto acontece assim, precisamente por ser uma economia de mercado (por oposição à economia marxista-comunista onde não há mercado) onde existe uma local virtual ( o “mercado”) onde quem quer comprar se encontra com quem quer vender, e dessa dinâmica surge o acerto de preço do produto entre ambos e dá origem à lógica da oferta e da procura”.

A “Teoria média normal” de economia, (o principal expoente disto foi originariamente o senhor Paul A. Samuelson – o dos manuais (mas não só o senhor Samuelson) diz que, (1) não existem falhas do mercado; este é auto regulável; mas (2) quando ocorrem falhas, se por acaso elas ocorram, por divina intervenção, ou por “um azar”qualquer, isso ( a ocorrência de falhas ) deve-se a “uma excepção momentânea” ou “especifica” do tipo de mercado de que estejamos a falar, e não a um defeito do sistema.

Ou seja, o sistema económico segundo esta ideia está organizado segundo o óptimo de Pareto, que diz que:

Um Óptimo de Pareto (também conhecido com Eficiência à Pareto) corresponde a uma situação de afectação de recursos e/ou factores de produção ( para resolver problemas ou satisfazer necessidades ) que fazem ser impossível uma nova reafectação de recursos. Que origine uma forma de melhorar a situação de alguns consumidores sem prejudicar simultaneamente qualquer outro.

“Isto” acima é a “teoria média” e depois existem mais uns milhares de sub teorias e sub explicações.

Os mercados (isto é, os consumidores e os produtores/vendedores ) ajustam-se uns aos outros e todos vivemos felizes e contentes.

O problema é que isto não acontece sempre assim. Esta teoria do ajustamento mutuo origina de Adam Smith no século 19, e do seu livrinho “História da Riqueza das nações, que era um esforço de explicar economia e mercados, mas também era uma teoria económica ideológica destinada a criar uma forma de organização económica que favorecesse a potência económica dominante – o Império Britânico.

Se se “implementasse” esta teoria, o que se dizia era que, a uma crise corresponderia uma “abundância” e consequentemente, a uma alta taxa de desemprego, corresponderia uma situação de pleno emprego.

Dessa forma, e segundo esta lógica, o Estado, apenas afectaria recursos para as funções (na época) conferidas ao Estado, porque os empregos e a demais vida social-económica se “autoregulariam”.

Isto era a conversa há 150 anos.

Nos anos 20 e 30 do século 20, por causa da Guerra mundial – a primeira – e por causa de a Grâ Bretanha ESTAR FALIDA em 1914, no inicio da Guerra Mundial, e após 5 anos de Guerra Mundial que geraram ainda mais dividas, deixando a Grâ Bretanha no final da mesma a dever aos EUA, a estonteante quantia de 4.7 Biliões de Libras esterlinas (mesmo a valores actuais isto é alto…), na Inglaterra o que começou a acontecer, foi que, as teorias (na altura apenas liberais, actualmente conhecidas por neoliberais) chocavam com a realidade.

Mesmo após uma guerra, e necessidade de reconstruir, a economia não gerava investimento e sobretudo emprego, que possibilitasse “ajustar a economia” de acordo com o que os “clássicos” (Adam Smith e o resto da fauna…) diziam que aconteceria.

E nas Universidades inglesas e americanas, continuava-e a dizer que a economia ajustava, isto mesmo quando lá fora, milhões de pessoas estavam desempregadas e existia recessão económica.

E não existia investimento público( obras, estradas barragens…) porque a teoria clássica dizia que não deveria existir investimento público porque o mercado auto regular-se-ia( vá-se lá saber porquê…)

E então o senhor Jonh Maynard Keynes, (e uma série de outras pessoas na altura), defendeu, num livrinho publicado em 1936, chamado” Teoria Geral do emprego, do Juro e do dinheiro” – uma obra fantástica que nem sequer está traduzida em português, creio…. – que o Estado Central deveria, para “gerar dinamismo na economia”, gastar dinheiro de impostos a mandar construir estradas e barragens, ruas e casas, para com isso criar emprego directo e indirecto e tirar a economia do fundo onde estava e combater o desemprego.

Também defendeu que o Estado, deveria garantir, horas de trabalho mínimas, benefícios sociais (salário mínimo, salário desemprego, assistência médica, férias obrigatórias, etc).

E toda esta “lógica” gerava dois aspectos fundamentais na organização da economia.

Uma tendência para a descida das taxas de desemprego, que gerava quase sempre uma tendência para a subida das taxas de inflação.

(inflação: a subida continuada e regular dos preços dos bens ou das matérias primas ao dispor dos consumidores…)

(Deflação: a descida sistemática , regular , continuada, dos preços dos bens e produtos ao dispor dos consumidores, e uma descida dos salários dos produtores, a um ponto tal que provoca algo mais que somente uma recessão. Provoca uma deflação, com aumentos gigantescos de desemprego e de preços (numa primeira fase) para depois provocar aumentos massivos de preços (numa segunda fase)

Ou seja no Keynesianismo, normalmente há desemprego baixo, conjugado com inflação tendencialmente alta.

Nota: o cenário “inflação” foi o que surgiu na Alemanha pós 1918, que rapidamente degenerou em deflação profunda, que rapidamente degenerou em golpes de estado, que rapidamente degenerou em Hitler.

Nos anos 70 o século 20 (embora a coisa já venha mais de trás…) um conjunto de psicopatas liderado pelo senhor Milton Friedman, da escola de economia de Chicago, dedicaram-se à tarefa de explicar porque é é que o Keynesianismo falhava, e daí surgiu o monetarismo, ou seja, o neoliberalismo.

A partir daí o enfoque deveria ser nos Estados reduzirem o o seu peso( ou seja todas as tarefas a que o Estado se dedicava deveriam ser passadas para privados) e a prioridade da política económica dos Estados deveria ser a de garantir que a inflação ( subida continuada e regular dos preços) não se manifestasse.

Passou a ser, portanto, “aceitável”, que existissem quantidades enormes de desemprego numa economia. E o desempregado passou a ser o “culpado” de ser desempregado.

Não a organização da economia feita desta maneira.

Isto sucedeu, devido aos choques petrolíferos dos anos 70, em que – pela primeira vez- originaram uma situação em que a economia estava organizada sob moldes Keynesianos, mas coexistiam – simultaneamente – preços altos e altas taxas de desemprego (na América, mas não só).

E a economia americana estava completamente na sarjeta.

E daí surgiu toda uma nova teoria económica péssima, misturada com combate ao comunismo e com objectivos políticos, chamada neoliberalismo económico, que usa o discurso da “liberdade” para incentivar ao fim do salário mínimo, ao não investimento do Estado na economia, defendendo princípios de “Estado mínimo” e demais teoria conexas.

Respondendo à pergunta lá em cima:

o que se está a passar , com donos de bancos, corretores, e demais fauna a roubarem descaradamente, tem alguma coisa a ver com Keynesianismo, ou até mesmo mesmo com liberalismo?

Conceder avais bancários estatais ao bancos privados é neoliberalismo?

Conceder avais bancários estatais são actos de investimento keynesianos?

Acho que não.

Dou um conselho: as pessoas que não percam tempo a escutarem as teorizações dos economistas e gestores que pululam pelas televisões. A remuneração que recebem para dizerem o que dizem foi paga por alguém.

Este artigo foi escrito à pressa em meia hora. Reclamações não aceito.
Quem quiser Ópera, vá o São Carlos.

Written by dissidentex

18/12/2008 at 17:40

SUN MICROSYSTEMS DESPEDE 6000 MIL

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Artigo “A armadilha da Globalização: Livro”, publicado aqui no dia 9 de Junho de 2008, feito com base num livro publicado em 1998. Cita-se em baixo, uma parte.

Ø

“…Descreve-se de forma precisa, quais é que são as decisões, e as ideias de decisões a tomar que estavam a ser discutidas naquela altura, pelos gestores de topo e políticos do mundo. O que se chama(va) “globalização” e como era visto em 1997/1998.

Página 10:

”na nossa empresa, cada um pode trabalhar tanto quanto queira…” … os governos e as regras por estes impostas ao mundo do trabalho perderam todo o significado…”contratamos os nossos empregados por computador, eles trabalham por computador e são despedidos por computador“.

Algures no diálogo do texto, David Packard, o co-fundador da Hewlett Packard (produção de impressoras e computadores) faz uma pergunta a Jonh Cage da Sun Mcrosystems:

” …de quantos empregados necessitas verdadeiramente, John? Seis, talvez oito, responde secamente Cage. Sem eles estávamos tramados…” – E quantas pessoas trabalham actualmente para a Sun systems? Gage responde:- Dezasseis mil. Tirando uma pequena minoria são reservas de racionalização.”

Não se ouve o mais pequeno murmúrio na sala: para os presentes, a ideia de existirem legiões de desempregados potenciais ainda insuspeitos é algo de obvio. Nenhum destes gestores de carreiras, que auferem chorudos salários, provenientes dos sectores e dos países de futuro, acredita ainda que se possa vir a encontrar, nos antigos países e em todos os sectores, um numero suficiente de empregos novos e correctamente remunerados nos mercados em crescimento, com o seu grande consumo de tecnologia.”

Ø

Notícia Finanzas.com, página online espanhola:

finanzas-com

EMPRESA COMUNICASOM DESPEDE EMPREGADA POR ESCREVER EM BLOG.

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Portugal é um país que cultiva a liberdade.

Uma das democracias mais avançadas do Universo.

Uma senhora chamada Liliana Fernandes foi despedida da empresa onde trabalhava por ter escrito um post no blog mencionando situações que aconteciam na empresa.

A entrada original que motivou esta situação foi apagada pela blogger, devido à própria situação que veio a motivar o despedimento. Através do blog muiomuio – um blog de SEO tem-se o texto do post apagado.

Um amigo ligou-me enfurecido com a empresa onde trabalha. Queria desabafar. Ficou a saber, ontem, que aqueles senhores que andam sempre de um lado para o outro, que têm 1001 reuniões por dia, que têm um telemóvel XPTO e não vão de férias porque se fazem de insubstituíveis, aqueles que se dão o nome de directores ( e nem a própria vida sabem dirigir!), resolveram banir o messenger da empresa. O motivo…não foi claro. Contou-me que falaram em consciência e blá blá blá, mas assertivamente não o disseram.

Ele revoltou-se, essencialmente, porque a empresa em questão é dirigida por uma pessoa que se diz de esquerda, comunista, mas na realidade aplica regras que, segunda ele, são de extrema direita. Pior: soube que, antes desta medida, espionavam as conversas que as pessoas tinham e com quem tinham. Queriam, até, saber o conteúdo das conversas. Houve alguém que bateu o pé e disse que não ia espionar os colegas. Como em tudo na vida: “não fazes tu, outro há disposto a fazer isso”. Bem dito, bem feito. Este amigo contou-me que a maioria das pessoas usava aquele programa por questões profissionais e que tal nunca colocou o rendimento do trabalho em causa.

Enfim, viam as janelinhas de conversa abertas e nem tentavam saber do que se tratava e de quem se tratava. Tiravam as suas próprias ilações e, “democraticamente”, resolveram banir o msn do local de trabalho. Nem lhes passa pela cabeça que quem não quer trabalhar (o que, garante-me, não era o caso) não o fará na mesma. Arranjará outros pretextos, outras distracções. A internet é um mundo. Existem milhares de motivos que desviem a atenção das pessoas. “

A empresa Comunicasom espiava os seus empregados, coisa que é ilegal.

Faz discriminação objectiva sobre um empregado despedindo-o por este se recusar a fazer algo que é ilegal,espiar outros empregados e que configura coação o que é também ilegal.

A blogger por divulgar os factos acima foi despedida.

Já para não falar nas outras coisas que são em seguida escritas pela bloger.

No blog muiomuio há mais,a partir de uma notícia da TVI:

” O «Jornal de Negócios» explica que a Comunicasom terá forjado facturas num valor superior a seis milhões de euros, com o objectivo de reduzir os encargos fiscais.

O esquema passaria pela emissão de facturas por empresas sediadas em «off-shores» de forma aparentemente legal, mas que serviria para branquear capitais. O mesmo jornal cita Manolo Bello, sócio-gerente da Comunicasom, que confirma a inspecção do Fisco considerando-a como «a coisa mais normal do mundo em qualquer empresa».”

De facto ser de esquerda é outra coisa.

Assistimos à queda de anjos numa base regular e vemo-los tal qual são.

créditos também para Rui Cruz AQUI e para Paulo querido AQUI

e ao Já mencionado blog MuioMuio de um senhor chamado Mário Andrade.

LUIS FILIPE MENESES E SARKOSY

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Post do blog Herdeiro de aécio.

1.

Não fosse a enorme hipocrisia que grassa por todo o mundo a respeito do proteccionismo económico e a assumpção do que é mais do que óbvio por parte do presidente francês, num discurso que efectuou ontem na sede da Alston, em La Rochelle, não mereceria o destaque que a notícia do Público lhe dá e que aqui faço eco. A que ainda há que juntar o predicado adicional de Sarkozy ser tomado por um corajoso, ao fazer um discurso ao arrepio das regras da União Europeia e do mercado interno, conforme a crítica da última página do mesmo jornal, que lhe atribui uma setinha negativa pelo discurso e para ainda condenar Bruxelas por fechar os olhos.

Independentemente de quem assina aquela segunda prosa (de iniciais P.F.), que se mostra suficientemente obnóxio para ainda não ter descoberto como funciona a verdadeira estrutura de poder dentro da União Europeia (já foi descoberto há bastantes anos que, na União, só os países pequenos têm regras, os grandes não…), a minha consideração pelos profissionais da informação afundou-se ainda mais quando, a propósito daquele importante discurso, fui pesquisar o nome Sarkozy às notícias do Google e o destaque ia, todinho, para as sequelas do seu casamento com Carla Bruni e para a vitória que os dois obtiveram num processo contra a Ryanair…

 

meneses-estúpido

2.

Luís Filipe Meneses, entrevista ao Jornal Expresso, 22 de Dezembro de 2007

Titulo: “Quero fazer como Sarkozy”

Parte da entrevista respondendo à pergunta:

Quais devem ser as Funções do Estado?
O Estado deve sair do ambiente, das comunicações, dos transportes, dos portos, e na prestação do Estado Social deve contractualizar com os privados e acabar com o monopólio na saúde, educação e segurança social.

É isso que se propõe fazer?
É. Eu proponho-me dizer aos portugueses que quero privatizar todos os sectores que referi, já, não é amanhã de manhã. Proponho-me liberalizar a legislação laboral porque não podemos ter o melhor de dois mundos. E não sou dos que acham que é virando os recursos do Estado Social para economia que vamos adquirir a competividade, . Por ai vamos destruir o que temos sem construir nada em troca. Lá para frente a Europa vai ter que ter um posicionamento diferente em relação à globalização, vamos ter que negociar direitos ambientais, do Homem, sociais, à escala global. Hoje, temos que dizer às pessoas: a 10 anos de distância, o kit social que o Estado pode garantir é isto …. Eu não defendo o Estado Social mínimo mas defendo o Estado Social possível, nada garante que o que temos hoje e é bom se possa manter daqui a 10 anos. A forma de salvar o Estado social é rapidamente trazer os privados para a educação, a saúde, a gestão.

Admira Sarkozy?
Sou um admirador do estilo do Sarkozy. Da ideia de fazer e ter ideias claras. A lógica das oposições tem sido muito a de não correr o risco de ter ideias. O sr. Sarkozy deu um contributo para tornar as políticas mais claras, como antes fizeram a sra Tacther, ou o professor Cavaco Silva.

 

meneses-cipolla

3.

Nicholas Sarkozy, ontem , dia 6 de Fevereiro de 2008, La Rochelle , França, fábrica da Alsthon. Notícia Jornal Público

 

sarkosyprotecionismo.jpg

 

 

E AINDA:

sarkosyprotecionismo2.jpg

4.
Quero fazer como sarkozy:

  • O Estado deve sair do ambiente, das comunicações, dos transportes, dos portos,
  • Proponho-me liberalizar a legislação laboral
  • A forma de salvar o Estado social é rapidamente trazer os privados para a educação, a saúde, a gestão.

5.

Sarkozy:

Não vejo qual o problema de o Estado ajudar as empresas do país. Vou interferir, quando achar que vale a pena. Não é a deixar que as empresas fechem que se governa.”

Nicolas Sarkozy disse que não se arrependia de ter “renacionalizado parcialmente” aquela multinacional da área dos transportes e da energia,

“A França não receia a concorrência, mas não aceita que um concorrente venha aqui disputar o mercado, mas mantenha fechado o seu

“mais gente a trabalhar nas fábricas do que nos escritórios”.

“Há quem diga que a indústria em França está acabada e que o futuro são os serviços, mas no dia em que fecharem todas as fábricas não haverá emprego também nos serviços. A indústria não só não acabou, como é essencial à economia de um país rico, é o motor do progresso da produtividade e do bem-estar material de uma sociedade.

Written by dissidentex

07/02/2008 at 10:58

ATENTADO BOLSISTA.

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Noticiário.

Um atentado terrorista foi cometido esta tarde na estação de comboios do mercado Bolsista. Felizmente sem causar, quaisquer feridos. 4 encapuçados com o ódio estampado na face, atacaram com palavras ferozes a estação de comboios do mercado bolsista provocando momentos de terror.
Os encapuçados visavam com os seus actos atingir os principais membros do ” Serviço Nacional de Pensamento Unificado” (SNPU) presentes no local.

A estação de televisão OPA, presente no local registou o acto. Estava presente para cobrir a entrega dos prémios anuais relativos aos prémios anuais do bem conhecido prémio Maior Lançamento de Vitimas Para o Desemprego” (MLVPD). Este ano a cerimónia previa a entrega do prémio “Serviços Prestados à Sociedade” à conhecida empresa ” Falácia-Propaganda, Offshores – S.A”, um offshore bem conhecido, e conseguiu filmar todo o acontecimento.

Os 4 encapuçados falharam o seu objectivo. Apesar de terem falhado o seu acto hediondo, tal facto criou muita consternação entre os presentes no local e a tragédia podia ter sido pior caso um comboio tivesse chegado a horas à estação durante o preciso momento em que decorria a tentativa de atentado.
Tal não se verificou, apuraram os jornalistas da OPA, porque a empresa que gere o sistema de comboios e estações a “Única Privada,SA”; devido a dificuldades logísticas de manutenção dos seus comboios tem tido dificuldades técnicas desde há 4 anos; altura em que obteve a única concessão privada; em cumprir horários.
Apesar de os 4 encapuçados terem conseguido escapar do local sem terem sido localizados pelos colaboradores das forças da lei e da ordem, este atentado não foi ainda reivindicado por nenhuma organização conhecida.

O atentado provocou imensa comoção entre vários CEO´s de várias empresas, que ficaram chocados pelos prejuízos sofridos ao saberem que teriam que esperar 6 meses a um ano para conseguirem comprar um iate de 22 metros. Gritos lancinantes escutavam-se entre as vitimas. Outros CEO´s em estado do mais absoluto desespero, viram o valor das acções das suas empresas descer de 5 biliões de euros para 2 biliões de euros e fizeram imediatmente apelos ao Governo para intervir. A razão apresentada foi a de que não mereciam ficar pobres desta maneira e incapacitados de investir no futuro.

Um cidadão bem informado deve ler o jornal e ver televisão para ficar sempre informado quando estes actos de barbarismo deplorável acontecem.

Dedicado ao Neo Liberalismo económico em Portugal personificado pelo Partido Socialista.

Written by dissidentex

21/01/2008 at 8:09

HIPERMERCADOS JUMBO lançam sistema em que os clientes trabalham de graça para o hipermercado

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No blog Tugatrónica, surge no dia 18 de dezembro de 2007, um post curioso acerca de inovação tecnológica. O blog Tugatrónica é um bom blog de novidades e aparelhos tecnológicos. O post tem, contudo, o problema – como sempre, da parte das pessoas ligadas á tecnologia em que só se observam as “supostas vantagens” tecnológicas derivadas do novo produto que aparece e nunca os contras do mesmo. Passo a citar partes do post:

“”” A inovação nos supermercados começou com a introdução das caixas self-service no Jumbo e no Continente.Nestas caixas o cliente passa os produtos sozinho e paga sem a assistência de qualquer funcionário do supermercado em questão…”

Logo no inicio, esta frase em cima, define-se a inovação. A introdução de caixas self-service. Ou seja, o cliente serve-se sozinho?! sem precisar de ser ajudado por uma funcionária( o) a fazer o trabalho que corresponde ao empregado do hipermercado.

Isto é muito engraçado, e muito “inovação técnica” mas também é, desde logo, passível de ser e dever ser altamente criticável. Isto não é inovação para o cliente, excepto na parte técnica – o conhecimento necessário para se fazerem caixas registadoras especiais que possibilitem ao cliente pagar por si próprio e essa inovação técnica beneficia o hipermercado e não o cliente.

Não é inovação nenhuma para o cliente. Antes pelo contrário é uma técnica” interessante da parte dos supermercados para reduzirem de forma manhosa e desonesta custos. Não estão a inovar ou dito de outra maneira, não pretendem inovar visando o bem estar do cliente e o seu beneficio, mas sim pretendem inovar em beneficio de si próprios e dos seus accionistas. Alguém acredita que todos os clientes dos Hipermercados são accionistas e beneficiam (teoricamente) disto mesmo? Creio que não.

Impõe-se a pergunta: qual é o meu interesse – como cliente – em ir a um supermercado e trabalhar gratuitamente, para esse supermercado, fazendo uma parte do serviço dos funcionários do mesmo?

O que é que eu ganho com isso, concretamente?

  • Ganho a satisfação ?!?! de trabalhar de borla para um supermercado.
  • Pago além disso, ganho continuar a pagar os preços altos dos produtos que adquiro;
  • e como bónus, ainda por cima, trabalho a empacotá-los e organizá-los, e depois a ir paga-los eu próprio? Isto é inovação?

Mas depois o autor do Tugatrónica continua falando de inovação no recente Jumbo de alfragide e explicando-a com uma maquineta nova:

…o sistema Quiq+. No fundo, este sistema era um melhoramento do já existente Quiq (nome dado às caixas self-service no Jumbo). Com este novo sistema o cliente leva consigo um terminal digital onde regista, no momento em que coloca os produtos no carrinho, os produtos que vai levar.”

Aqui ainda é melhor a – “inovação”. No anterior descrito sistema, trabalhávamos de borla registando as coisas que comprava-mos.

Agora – graças a esta maravilhosa inovação – não só trabalhamos de borla para registar as coisas que compramos como somos agraciados pela possibilidade de termos que ser técnicos aprendizes de informática.

Suponho que algum marketeiro publicitário ou um político até dirá que isto é formação profissional…

E nessa nova categoria que o Jumbo de Alfragide nos “vende” como inovação, registaremos no momento da compra os produtos que adquirirmos.

Vantagens para o cliente? Nenhumas. Apenas mais trabalho que é retirado ao sistema informático e ao Jumbo, que pode reduzir o numero dos seus trabalhadores, dado que o trabalho destes – uma parte do trabalho destes – passa desta forma secreta para o cliente.

Só existem benefícios para o Jumbo e restantes hipermercados que passam a ter uma multidão de gente (clientes) a trabalhar – de borla – como:

  • técnicos de recolha de informação
  • técnicos de análise de informação
  • e ainda como técnicos disto tudo – gratuitos.
  • que ainda fazem o amável favor de trabalhar numa outra vertente para o Jumbo – mais um bónus adicional – gratuitamente – que é a vertente de estarem a enviar rapidamente e em tempo real para o sistema centralizado do Jumbo as informações acerca dos produtos que estarão a sair mais depressa ou menos depressa – a rotação de stock – de todo o stock.

Isto melhora a capacidade do Jumbo de fazer encomendas aos seus fornecedores- de gerir com menores custos o seu stock ( mas os custos para o cliente não se verão de forma alguma, uma vez que o Jumbo não tem em Portugal economias de escala que o permitem…e mesmo que o tivesse…);

e permite ao Jumbo obter junto dos seus fornecedores talvez, preços melhores e negociar descontos. Irá isso repercutir-se nos preços do Jumbo, isto é, numa baixa de preços, teoricamente?

Duvido, não é essa a prática destes hipermercados. Acaso fosse, teriam conseguído estancar a entrada de cadeias de desconto, nos mercados em que operam e nunca o conseguíram, precisamente porque as cadeias de desconto são ainda mais baratas que os hipermercados.

Para o cliente não existe – verdadeiramente – vantagem nenhuma.

Está a trabalhar gratuitamente para este sistema que – não há que ter medo das palavras – o explora descaradamente e à sua crendice e ainda paga as compras que leva.

Adicionalmente, ( no caso do Jumbo) o cliente ainda é mais explorado através do cartão Jumbo – cito o Tugatrónica:

“Para começar, precisa de ter um cartão Jumbo. Na primeira vez que utilizar este serviço terá que fazer o registo, preenchendo um cupão com o seu nome, nº de cartão e assinatura. Esses dados serão introduzidos no sistema e poderá depois começar a usar o Quiq+. No momento em que se registar serão oferecidos 3 sacos para levar os seus produtos, sacos esses que chegam para acomodar dentro deles um carrinho cheio.”

Para lá de registar as coisas e trabalhar gratuitamente para o Jumbo, para lá de fornecer uma terminal ao cliente para este fazer de técnico de data mining gratuitamente ao Jumbo, ainda é preciso estar registado no cartão jumbo , mais uma técnica de data mining que permite verificar qual é o padrão de consumo de um cliente, para se poder aceder a este maravilhoso ( para o Jumbo) sistema quid+

O “osso” que nos é atirado é a oferta de uma loucura: 3 sacos que chegam para acomodar uma carrinho cheio – de compras adquiridas no Jumbo, presume-se.

Bolas, estou esmagado com estas vantagens.

Oferecem-me (1) a maravilhosa oportunidade de trabalhar gratuitamente para o Jumbo em variadas vertentes, ( 2 ) pago as minhas compras, ( 3) o Jumbo através de um cartão e de um ( 4 ) terminal informático fica com um conhecimento completo do meu consumo e (5) da forma como vivo a minha vida, e no fim, ( 6 ) (que maravilha) ainda me oferece 3 sacos de plástico para eu encher um carro e ( 7 ) gastar mais dinheiro e repetir esta movimentação toda.

Que maravilhoso escravo que me sinto.

Depois no post existem as explicações acerca de como usar este maravilhoso sistema – passar em códigos de barras, usar o cartão, passar o leitor (terminal no código de barras das caixas especiais, etc.

e no fim com a simplicidade que este tipo de artigo demonstra existem as “vantagens”, a demonstração das vantagens:

    1. O novo sistema facilita a arrumação das compras no carro;
    2. o novo sistema facilita a arrumação no seu transporte;
    3. o novo sistema é amigo do ambiente porque elimina os sacos de plástico
    4. e poupa tempo nas filas para pagar

    O método de pagamento, ainda por cima, apenas aceita cartões, naquilo que me parece uma clara violação da lei e uma fuga disfarçada a pagar impostos semelhante à jogada que o Lidl fazia , embora com outras nuances, quando chegou a Portugal. Que era a recusa de cheques como forma de pagamento ou seja, só aceitava vendas a dinheiro. O objectivo era claramente o de fazer o dinheiro entrar e sair rapidamente através do circuito bancário de Portugal para Alemanha ou outro sitio qualquer onde o Lidl tenha as suas contas e os seus offshores e dizer ao país onde está que a forma de pagamento é aquela que o hipermercado/ loja de desconto diz que é, sobrepondo-se ao Estado.

    Aqui temos uma mesma jogada disfarçada com a “inovação técnica”. Ou seja, limita objectivamente forma de pagamento restringindo-a apenas à parte electrónica. É claramente discriminação na parte do pagamento e o argumento que se utilize para dizer que as pessoas podem pagar nas “caixas normais” não colhe nem é válido.

    Uma vez que, supostamente, os clientes são iguais, e os modos de pagamento são iguais para todos, não se vê como é que um “sistema de inovação tecnológica” exclui os cidadãos menos dotados tecnologicamente e limita os modos de pagamento a apenas meios electrónicos.

    Ou seja, aqui ataca-se “tecnologicamente” a liberdade de pagamento, promove-se o desemprego encapotado, põe-se os clientes a trabalhar para o hipermercado e a pagarem ainda por cima para isso, quer em tempo, quer em pagamento das suas compras, e adicionalmente, os clientes ainda fornecem pela sua própria mão ” informação ” – e que não haja enganos – a informação é um bem, o bem mais importante que os hipermercados querem alcançar e retirar dos seus clientes, porque isso lhes permite condicioná-los e levá-los a comprar coisas que nunca comprariam.

    Estas habilidades tecnológicas apenas condicionam e ajudam a condicionar mais e mais os clientes. Pela minha parte não irei de forma alguma utilizar qualquer sistema de auto trabalho e ser empregado do Jumbo ou de outro hipermercado qualquer. Contratem pessoas para isso que eu estou lá numa posição: a de cliente.

    Não a de cliente-trabalhador.

    Não sou eu que vou comprar e negociar compras de produtos do Jumbo para vender aos seus clientes, são os gestores de produto e eles é que ganham ordenados, não eu ou qualquer outro simples consumidor.