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BALANÇO FINAL DA OPERAÇÂO DE NATAL 2011-2012 – AS DECLARAÇÔES ABSURDAS DE UM RESPONSÁVEL DA POLÍCIA

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“…Portanto, da nossa parte, de facto, com a consciência tranquila, apenas constatamos que efectivamente, os cidadãos e infelizmente aqueles que faleceram, não cooperaram, não quiseram manter-se vivos. É a única situação que realmente nós temos….”

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RTP , Programa “Bom dia, Portugal”, dia 27 de dezembro de 2011.

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Esta pessoa deveria ser demitida do cargo que ocupa.

Não faz parte das funções deste cargo emitir  juízos de valor pseudo moralistas sobre acidentes de viação atribuindo a culpa aos acidentados, mencionando hipotéticos “desejos de morte” dos mesmos…

– Partir do principio que as pessoas que tiveram acidentes apenas o fizeram porque ” decidiram não cooperar, não quiseram manter-se vivos”, apenas para chatear a polícia e dar-lhes trabalho é de uma arrogância e de uma insensibilidade completa. Quem viaja no lugar ao lado do condutor ou atrás não quis cooperar nem quis manter-se vivo? E crianças? Também caem nesta classificação?

– Se o senhor oficial de polícia tiver a infelicidade pessoal de ter cancro verificaremos que a culpa é dele; uma vez que decidiu “não cooperar, não quis manter-se vivo” apenas para chatear os médicos e dar-lhes trabalho…

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Written by dissidentex

27/12/2011 at 10:44

VIOLÊNCIA POLICIAL NA DAMAIA – 12 – 02- 2009

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No dia 12 de Fevereiro de 2009, entre as 10.30 e as 11 horas, na Damaia, na Rua Vieira Lusitano, junto a uma rotunda ridícula, com uma oliveira no meio, aconteceu uma coisa extraordinária.
Ao que parece, dois pretos, mas bem vestidos e com um carro de alta cilindrada, foram interceptados nessa rotunda, por uma viatura da polícia.

Ao que parece, a viatura policial vinha em busca dos já referidos, porque terão, na Damaia de baixo ou noutro lugar qualquer, atropelado alguém e  em seguida ausentaram-se do local.

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O problema é o que se passou a seguir.

Os membros da forças policiais que vinham em perseguição, mandaram  ou conseguiram mandar parar o carro e fazer sair os ocupantes. Ao mesmo tempo chegou outro carro da polícia, com mais 4 polícias, e alguns deles começaram “imediatamente” a bater num dos ocupantes do carro.

Este, por sua vez, virou-se a um deles e mandou um murro no mesmo o que gerou mais pancada dos policias nessa pessoa, que – entretanto – já estava caída no chão.

Depois chegaram mais policias (a esquadra fica a 150 metros deste local, se tanto ) e já tínhamos uns 15 policias ali. E finalmente após os dois perigosos meliantes terem sido dominados, dado que estavam em superioridade numérica contra uns 15 polícias (2 contra 15 é superioridade numérica dos 2…como se sabe) ainda apareceu mais uma carrinha daquelas de transporte de presos ou policias mas que tem uns 14 lugares, cheia de mais policias, para tratar desta “ocorrência”.

Umas 30 criaturas policiais para dominarem e subtraírem ao convívio social, duas pessoas…

É claro que, em Tribunal, estas pessoas ganharam hipótese de se safarem, uma vez que a “detenção” não foi “limpa”…

Tudo isto sucedeu em pleno dia, com umas 100  ou mais pessoas a assistir entre as quais crianças e entre as quais a minha mãe que me contou o que viu e o que se passou.

Estando espantada pela forma como isto estava a ser resolvido ali á frente dos olhos de todos e dos dela, exclamou para quem a ouvisse que achava muito bem que prendessem as pessoas se tinham feito mesmo aquilo que tinham feito, mas que não existia:

A) necessidade de se estar a bater em pessoas durante largo tempo e com as pessoas caídas no chão e a ficarem cheias de sangue;

B) e muito menos aquele “aparato” todo em que se juntaram mais de 20  ou 30 polícias  para prenderem duas pessoas. (ficando o transito condicionado durante quase uma hora)

E aí surge aquilo em que este país se está a tornar. Outra pessoa que ouviu concordou e uma terceira pessoa, começou a mandar vir – violentamente – com a minha mãe, com umas expressões do tipo “a senhora é como eles”, deviam era levar mais, etc, e segundo as palavras da minha mãe quase a espumar da boca da forma como falava.

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A nota mais “totalitária” disto é o facto de mais de 100 pessoas  estarem a assistir a “isto”  e nenhum protesto, antes aprovação, ou no mínimo” indiferença”.

E como é óbvio, isto não aconteceu, não existiram “câmaras de filmar” a veicular este assunto…

Por acaso eram pretos os que foram atacados, queria saber se com brancos reagiriam os transeuntes da mesma maneira – suspeito que sim.

Este é o “magnifico ambiente” que temos em Portugal.

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Um ambiente de claro atraso totalitário, de claro atraso na implementação do processo totalitário, que não nos honra nesta busca constante por sermos como sociedade cada vez mais totalitários (é evidente que estou a ser irónico e amargo…)

Portanto olhemos para um paradigma da modernidade totalitária, reciclada. A Itália.

Olhemos duas vezes…

queimar-imigrantes-max-spencer-dohner

italia-max-spencer-dohner

Em Itália, país desenvolvido, a coisa já é mais moderna.

Já existe a “acção directa” das pessoas, em vez da polícia, e o Estado italiano – mais avançado – dedica-se á parte burocrática-administrativa.

As fontes da imagem são:

Devaneios desintéricos AQUI e AQUI.

Mas devemos ter esperança.

Mais uns 4 anos de partido socialista e “novas oportunidades totalitárias”  por aí á solta… e chegaremos lá.

HOT FUZZ.

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AGENTE NICHOLAS ANGEL !

Agente da Polícia Nicholas Angel. Nasceu e estudou em Londres.

Completou a Universidade de Canterbury em 1993 com distinção em política e sociologia.

Fez o treino no Instituto de Polícia de Hendon.

Mostrou grandes aptidões nos exercícios práticos.

Especialmente, pacificação urbana e controlo de tumultos.

A sua carreira académica foi brilhante nos trabalhos teóricos e nos exames finais.

Recebeu o Bastão de Honra.

Graduou-se com distinção, ingressando na Polícia Metropolitana.

Depressa provou a sua eficiência e se tornou popular na comunidade.

Melhorou as suas aptidões com cursos de condução avançada e ciclismo avançado.

Envolveu-se profundamente em diversas actividades extra curriculares.

Detém o recorde da Polícia Metropolitana dos 100 metros.

Em 2001 entrou ao activo na divisão de resposta armada OE19.

Foi premiado pela sua coragem e trabalho na resolução da Operação Crackdown.

Nos últimos 12 meses recebeu nove louvores especiais.

Bateu o recorde de detenções da Polícia Metropolitana.

E foi ferido três vezes no cumprimento do dever.

O mais recente foi em Dezembro, quando foi ferido por um homem vestido de Pai Natal.

– Olá, Nicholas. Olá, Sargento.

– Como está a mão? Ainda está um pouco rígida.

As ruas podem ser muito perigosas.

Espanta-me que ainda não tenha pedido um posto à secretária. Eu fiz isso.

O meu escritório é nas ruas.

Sem dúvida.

O seu recorde de detenções é 400% superior ao de qualquer outro agente.

E está mais do que na altura de dar melhor uso a tamanha aptidão.

– Vamos nomeá-lo Sargento. – Compreendo.

– Em Sandford, Gloucestershire.

– Onde, desculpe? Em Sandford, Gloucestershire.

– Isso é no campo. Sim, é lindo.

Não há um posto de Sargento em Londres?

Não.

– Posso ficar aqui como agente? – Não.

– Tenho alguma escolha? Não.

Sargento, gosto disto aqui.

Sempre quis transferir-se para o campo.

– Sim, daqui a uns 20 anos. Então, aqui tem.

Não me lembro de lhe ter dito isso.

Disse sim. Disse:

“Um dia adorava ir viver para o campo, Janine.”

Gostaria de falar com o Inspector.

Pode falar com ele, mas garanto-lhe que ele lhe dirá exactamente o mesmo que eu.

– Olá, Nicholas. Como está a mão? Ainda está um pouco rígida.

– E como estão as coisas lá em casa? – Desculpe?

– Como está a Janine? – Já não estamos juntos, senhor.

– Bem. E onde está a viver? – Está na caserna.

– Com os recrutas? – Sim, vive como um vagabundo.

Bem, então já tem as malas feitas.

Nicholas, damos-lhe um belo cargo com uma casinha de campo, numa adorável povoação que penso que foi premiada Vila do Ano não sei quantas vezes. Irá fazer-lhe bem.

– Não sei o que dizer. – Sim? Sim, obrigado?

Não, lamento. Vou ter de…

– Quer discutir isto com os superiores? – Sim, quero.

Quer que incomode o Inspector Chefe?

Sim.

Quer que faça o Inspector Chefe vir até cá?

– Sim, quero. – Muito bem.

Kenneth!

– Olá, Nicholas. Como está a mão? – Ainda está um pouco rígida.

– Inspector Chefe… Sente-se.

Sei o que vai dizer,mas a questão é que anda a deixar-nos mal vistos.

Desculpe?

Todos reconhecemos o seu mérito, mas tem-nos desapontado bastante.

Trata-se de jogar em equipa, Nicholas.

Não pode ser o Xerife de Londres.

Se continuar a controlar a cidade, continuará a ser excepcional e não podemos tolerar isso.

Acabará por nos deixar sem emprego.

– Com todo o respeito, senhor – Não pode fazer uma pessoa desaparecer.

– Posso, sim. Sou o Inspector Chefe.

– Bem, dê as voltas que der a isto, há algo que não tomou em consideração.

E é o que a “equipa” irá achar disto.

– BOA SORTE NICHOLAS

Diálogo do filme “Hot Fuzz” que mostra bem todos os paradoxos da actual “civilização” moderna. A própria história do filme – um grupo de criminosos, mas todos eles pessoas “decentes e normais”, pilares da comunidade, é exemplar.

Estes “habitantes” hostilizam estranhos que chegam a uma aldeia inglesa apenas pelo facto de estes, pelo seu aspecto, perturbarem o bom aspecto da mesma e por via disso transformam a aldeia no local de Inglaterra onde não existe crime, podendo concorrer ao titulo de aldeia mais segura da Grâ Bretanha.

Para não perder o título, estas pessoas “decentes e normais” assassinam. Uma parte do crime é além disso inexistente porque é “legalizado” e permitido desde que “autorizado” pelas pessoas decentes e normais.

Mostra também a paranóia envolvente e o que daí pode resultar: câmaras de vigilância por todo o lado e o uso que delas se faz, por grupos organizados de cidadãos.

E o agente Nicholas Angel, por ser demasiado competente, é transferido para a aldeia onde não há crime. Rapidamente percebe que é onde há mais crime, é naquela aldeia.

A aldeia tem espantosas semelhanças com Portugal. Aqui também é tudo muito pacífico, mas muito corrupto e criminoso.

Written by dissidentex

18/10/2008 at 12:01

Publicado em FILMES, HOT FUZZ, PERSPECTIVAS

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