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AZEDUME E AMARGURA.

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A PROIBIÇÃO.

Em Portugal é proibido ter azedume.
Em Portugal é proibido ter amargura.

É proibido tudo isto especialmente em duas situações.
Na primeira situação foi prometido a duas gerações de portugueses que eles não mais iriam ter azedume e amargura, se apoiassem uma revolução que mudou o país de um sistema político totalitário, para outro sistema político que se chama de… democrático. Não podem portanto sentir azedume e amargura.

Na segunda situação também é proibido ter azedume ou amargura quando um dos partidos que ajudou a mudar o país para outro sistema político que se chama democrático, ganha as eleições. E forma governo.

Em ambas as situações as pessoas que sentem azedume, ou amargura, ou desagrado profundo pelo estado das coisas e o manifestam, são apelidadas de “inimigos da liberdade”; ou” fascistas”, ou “intolerantes”.

Se o outro partido que também concorre às eleições, mas não ajudou a mudar o país, ganhar eleições, o azedume e a amargura devem ser livremente expressas pela generalidade dos cidadãos.
É, até, um dever patriótico.

O MECANISMO.

Existe um mecanismo rígido de divida e de gratidão presente na sociedade portuguesa.
Chama-se a “divida do eterno agradecimento”
Manifesta-se da seguinte forma.

Devemos estar eternamente agradecidos porque um conjunto de pessoas ajudou a fazer uma revolução; que criou um sistema político e social que está a levar o país para um completo beco sem saída.
Essas pessoas estão isentas de critica. Consideram-se isentas de critica. Existe um elemento místico, quase de cariz religioso nesta crença.
Com religiões não se discute. É a palavra de Deus.

Não admitem sequer a hipótese, tal é aquilo que julgam ser a grandeza da sua obra, que possam existir pessoas que estão insatisfeitas pelo estado das coisas.
Que essas pessoas “ingratas” sintam azedume. Ou amargura.

As pessoas que mudaram um sistema para criarem outro a que chamam democracia fizeram-no, dizem, para implementar a liberdade.
Mas esta nova liberdade tem limites.

O novo “cidadão democrático” é obrigado, em relação aos seus sentimentos pessoais, ou outros, a não ter azedume, nem sentir amargura.
É proibido por lei ter azedume.
É proibido por lei ter amargura.

O cidadão democrático está proibido de ter pensamentos impuros e de divulga-los, isto é, não pode sentir azedume e amargura, nem em publico nem em privado.

O PAGAMENTO.

O pagamento da divida é feito de duas maneiras.

Através da “não critica”, e através da gratidão eterna.
Mais os efeitos secundários.
Não ser autorizado a sentir azedume ou amargura.

EM NOME DA LIBERDADE.

Em nome da liberdade, as livres pessoas que foram libertadas da opressão de um sistema autocrático, são de forma livre, proibidas de sentir azedume e amargura; agora que se vive num regime a que se dá o nome de democrático.

Caso sintam azedume e amargura, pelo estado das coisas, deverão ser reeducadas e forçadas a admitir que são felizes e bem dispostas.

Mesmo que só sintam azedume e amargura.

Estranha liberdade esta que comanda toda a gente a ser feliz.

E a não sentir azedume e amargura.

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ESTAÇÃO DO ROSSIO 2008.

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ESTAÇÃO DO ROSSIO 1910

Era a loucura do povo que ansiava a reabertura das portas da Estação do Rossio, queria ver o túnel e admirar a obra socialista, cuja derrapagem financeira superou os 9,5 milhões de euros.

Encontrava-se lá um comboio de alta-velocidade, o Pendular que normalmente faz Faro – Lisboa – Porto – Braga. O povo foi entrando e quando questionado por uma repórter, ninguém sabia para onde ia aquilo, mas todos entraram. Um queria ir para Roma-Areeiro, outro para Queluz. Mas de facto, aquele comboio abarrotado de gente não ia para lado algum, encontrava-se apenas em exposição.

É a imagem do país: não vai a lado algum, estando apenas em exposição.

FONTE: Daniel Marques.Net dia 16 de Fevereiro de 2008

Written by dissidentex

26/02/2008 at 12:34

UM SECRETÁRIO DE ESTADO OBTUSO….

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Acabo de ouvir um secretário de Estado da educação a falar sobre ensino especial.

Utiliza a expressão “enigmática” de componentes ” Psico-Bio-Sociais”.

Já passaram 2 minutos e ele utiliza a expressão “Obtuso”.

A expressão “Obtuso” é, de facto, apropriada para quem utiliza a expressão “Psico-Bio-Sociais”.

Está a dar na TSF, mas já não posso ouvir mais…

Correcção: é um tipo chamado Fernando Magalhães de uma “plataforma de pais” pelo ensino especial ou lá o que é. Não é um secretário de Estado.

Mas a falar desta forma, chegará lá depressa. Presumivelmente no Partido socialista.

PS: e não se pode exterminar esta gente que fala assim?

Written by dissidentex

21/02/2008 at 11:30