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LIDL, VIGILÂNCIA ELECTRÓNICA

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Artigo do Blog Devaneios desintéricos acerca de empresas alemãs,especialmente de uma que conhecemos bem em Portugal.

Através de uma compilação de várias histórias, verificamos que o novo totalitarismo já não se manifesta através de um ditador e da sua corte de amigos e apoiantes, mas sim através da vigilância electrónica.

Transcreve-se uma parte e acrescenta-se um artigo do Jornal Global de 1 de Abril DE 2008, 3 dias depois da data da reportagem ligada do The Times online:, não assinado e não transcrito de nenhum outro jornal( o Global recorta notícias de outros lados), especificando que a administração do Lidl, pediu desculpa. No artigo do Times Online existe uma descrição do comportamento dos detectives- ex-Stasi que vigiavam os funcionários e as recomendações deles em relação a funcionários que lá estavam.

Estavam porque alguns foram entretanto despedidos através da recomendação de não renovação de contrato.

A vigilância electrónica (e ainda por cima ilegal) ainda por cima, serve para causar problemas a pessoas na sua vida privada e no seu trabalho.

” Saber que a sociedade comercial Lidl, multinacional alemã do sector dos supermercados, espia regularmente os trabalhadores dos seus estabelecimentos na Alemanha e noutros países do leste europeu, detendo um conhecimento chocantemente pormenorizado (v.g. saber quem não paga as contas da TV cabo) das suas vidas pessoais constitui um facto susceptível de chocar qualquer consciência minimamente alertada para os direitos cívicos de cada indivíduo;

Que agora seja descoberto que a Deutsche Telecom (congénere germânica da “nossa” PT) tem vindo a recorrer sistematicamente à espionagem de trabalhadores, administradores, membros de sindicatos e jornalistas para “evitar fugas de informação” que possam debilitar a situação financeira da sociedade no mercado bolsista, não poderá deixar de igualmente nos impressionar;

Como não poderá deixar nos perturbar o facto de agora se saber que Deutsche Bahn, a “CP alemã”, é suspeita de espiar a vida pessoal dos seus próprios gestores, recorrendo não raras vezes, e por exemplo, a escutas telefónicas naturalmente ilegais;

Imensamente mais alarmante, contudo, é saber que os três casos estão ligados entre si pela presença de uma empresa de “investigações secretas privadas” -a Network Deutschland – que utiliza o know-how dos seus membros: nada mais nada menos que ex-agentes da polícia política da Alemanha de Leste, a pouco recomendável STASI – Ministerium für Staatssicherheit.

A História Política tem atestado a dinâmina de permanente reabilitação e reinvenção dos métodos totalitários. Mas, por paradoxal que possa parecer, tal reabilitação tem pouco de inovador, mais a mais quando se evidencia, de forma tão límpida e cristalina, que o Capitalismo modierno, fazendo uso dos mesmos métodos totalitários, não consegue ser muito melhor que o Comunismo mais abjecto.

Sobre comunismo e Stasi mais abjecto verificar o artigo “A vida dos outros” sobre um filme feito na Alemanha à propósito de escutas e vigilância electrónica durante o comunismo.

Agora os rejeitados de outrora são reciclados e recuperados pelo capitalismo actual para atacar a democracia.

Quanto à hipocrisia do pedido de desculpas, é de notar o “à vontade” com que se pede desculpas, mas, presumívelmente, continua-se a fazer o mesmo.

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