DISSIDENTE-X

EMIGRAÇÃO DE PORTUGUESES PARA FORA DESTA CHOLDRA.

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Antes do 25 de Abril de 1974, a data que celebra a gloriosa revolução que tudo mudou para tudo deixar ficar na mesma, os recém convertidos democratas de esquerda que nasceram como cogumelos a partir dessa data,  explicaram às “massas” que uma das razões pelas quais as pessoas saiam de Portugal era pelo facto de o país ser uma ditadura.

Mas que, dai em diante, tal deixaria de acontecer. A “democracia”, a “Liberdade”, a “Segurança”, o “Progresso”, a “defesa do pão com manteiga e fiambre” e mais 35249 adjectivos igualmente gongóricos seriam todos alcançados em meia hora.

5 MAIO DE 2008 -CAPA DN -EMIGRAÇÃOHoje, dia 5 de Maio de 2008, temos a notícia que agentes subversivos ao serviço de potências estrangeiras, ocuparam o Diário de noticias e serviram-se dessa ocupação para explicarem que mais de 5 milhões de portugueses – metade da população que reside em Portugal – decidiram viver fora do país.

Isto, ao que parece, não incomoda ninguém, o facto de estar tanta gente nascida aqui a viver fora daqui.

Menos ainda incomoda o actual governo que, tendo em conta o ritmo de saída de portugueses pode vir dizer que as taxas de desemprego desceram 00000,00000,0001 décimas no trimestre imediatamente anterior ao anúncio, naquilo que constitui uma grandiosa vitória da estratégia do Estado Português.

Da estratégia “deste Estado Português” e do grupo de corruptos e incompetentes que o ocuparam e que visa deixar sair e esvaziar o país para que assim a dimensão do seu próprio fracasso não seja demasiado visível, continuando, no entanto, a esperar que os emigrantes portugueses continuem a sustentar os vícios desta República de bananas através das generosas contas bancárias e remessas em dinheiro que enviam para cá.

Embora, os actuais emigrantes já sejam cada vez mais clarividentes e comecem a ver que não vale a pena, realmente, investir num charco de corrupção e imbecilidade em que Portugal está transformado.

Observemos também o que se passava em 2006, curiosamente também no dia 5 de Maio:

CM -5 MAIO 2006 -100 MIL SAIRAM

O Correio da manha é um jornal nada recomendável uma vez que usa as “capas” como arma de arremesso, contra valores de esquerda.

No entanto e indo directamente ao conteúdo em questão, em 2006, estávamos a viver já debaixo do magnifico actual governo e das suas medidas brilhantes de governação e mesmo assim 100 mil ingratos não souberam perceber a magnificência disso mesmo e sairam. Na altura os porta vozes do actual gang fizeram de conta que nada se passava e se bem me lembro falaram em qualquer coisa como “apenas 30 mil” que sairam. Os dados 100 mil eram de outras entidades, uma ligada as migracões, outra à Igreja católica, se bem me recordo.

Paralelamente a isto continua-se, no mais puro acto de esquizofrenia, possível a manter generosas política de imigração, deixando entrar estrangeiros.

O potencial de ressentimento aqui é absolutamente incrível, porque existirão muitos portugueses que, legitimamente, perceberão que aquilo que o país não lhes dá a eles, dará a outros.

Também acontece – irá acontecer aquilo que vi ainda há pouco acontecer: uma ucraniana num centro e saúde a querer marcar uma consulta, tendo chegado à 7 horas da manhã ao sitio, e sendo atendida ÀS 8.30 (centro abre às 8 ) e não tendo consulta para hoje , mas só para daqui a “X” dias.

Ou seja, por pequenos exemplos se percebe que o país, isto é, a elite de corruptos que destrói isto como um vírus, está a rebentar com as expectativas de toda a gente de todas as nacionalidades. Esta ucraniana saiu com uma cara de tempestade do centro de saúde, hipoteticamente julgando que não haveria o “bem” que requereu, porque ela seria ucraniana ou, em alternativa, começando a perceber a cloaca infecta em que isto está transformado e o sítio onde veio parar.

Uma das possíveis razões pode ver-se aqui:

declinio industrial a 30 anos

Um pequeno mapa feito, de forma científica e credível, para analisar o que será o impacto da desindustrialização na Europa desde 2005 até 2030. A azul mais carregado está o maior impacto/áreas de maior impacto, e com menos azul menos impacto. Apesar do “azul” português ser menos carregado do que o azul da área do Ruhr alemã ou do noroeste de Inglaterra por exemplo, para nós, proporcionalmente isto é ainda mais devastador.

Do que para estas áreas, uma vez que, isso significa que as substituições primárias de empregos irão para essas áreas, que fazem parte do centro da Europa e quando existem problemas é o centro que arrebata os “bens” que restam, não as periferias e à escala portuguesa torna-se ainda pior, porque, o desinvestimento de uma fábrica aqui de, vamos supor, a Yazaki saltano, que retira 400 pessoas isso significa um estrago real para 2 ou 3 mil pessoas e toda a depressão de uma pequena área entre 50 a 100 mil pessoas.

Que, de repente, se vêm sem nada. (Olhe-se para a zona branca em PORTUGAL: VAMOS CONCRETAMENTE VIVER DE QUÊ?)

Absolutamente traídos e desprotegidos por um país que não soube tomar qualquer medida séria para as defender.

Aquelas áreas a azul, europeias, pelo tamanho que tem, e pelos países a que pertencem irão concentrar apenas e só, o resto da industria europeia que depois será “renegociada em tratados europeus comerciais habilidosos” para ali ficar, ficando as migalhas para o resto.

O resto somos nós e mais alguns do mesmo estilo, e o grosso dos investimentos europeus de recuperação económica irão para ali, e não para periferias governadas por elites incompetentes e corruptas que venderam o país.

Já agora veja-se outro:atracao e polarização -europa

Este mede a 30 anos a atracção e polarização da áreas geográfica europeias. A previsível polarização. Como se pode reparar apenas Lisboa aparece e como uma pequena luzinha ridícula e medíocre, simbolizada como uma pequena cidade de província , cujo centro mais próximo e evitável,devido à dependência que isso provoca, é ainda por cima, Madrid.

Isto já não é decadência, já nem sequer se pode classificar como decadência, mas sim como um desastre de proporções cósmicas.

Irá existir um “hexágono europeu” de atracção ” de pessoas, serviços, capitais, dinheiro, desenvolvimento, e irá existir a periferia, na qual, o pior do pior é a periferia Portugal.

Cantemos hossanas a quem tão destino idiota e corrupto soube produzir e presenteou com ele os portugueses.

É por estas razões, difusas para a maior parte das pessoas, mas que muitas sentem, que essas mesmas pessoas estão a partir deste inferno cretino daqui para fora e suspeito, para nunca mais voltarem.

Aplaudo-as pela coragem. Desejaria ter a mesma. Desejaria ter sabido disto quando tinha 18 anos. Não devo nada a este país e ele a mim deve-me tudo.

Oportunamente divulgo mais posts sobre este assunto e o estudo que dá origem, a fonte que dá origem a este estudo. Existem lá mais quadros que ainda são mais aterradores que estes.

Mas o que se percebe é que em vez de se andar a discutir este tipo de assuntos em Portugal discutem-se estudos de sociologia e parvoíces do mesmo estilo.

E espero que os poucos resistentes que vem a este blog percebam – comecem a perceber o porquê de eu escrever sobre certos assuntos e sobre certas coisas.

Porque tem a ver com o que está aqui em cima mostrado e com a análise – raciocínio ao mesmo feito e que qualquer pessoas pode fazer, dai também resultando ser totalmente contra o tratado constitucional europeu, feito da forma que está.

Nada sucede por acaso.

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